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ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA: VISÃO GERAL A. Visão geral das artérias da cabeça A artéria carótida comum sobe pelo pescoço, lateralmente à traquéia e à laringe (Ferenbach, 2005) bem protegida por músculos em quase toda a sua volta e pela bainha carótica (Rizzolo & Madeira, 2004). A bainha carótica é uma condensação da fáscia cervical (tecido aureolar que suporta os músculos, vasos e vísceras do pescoço). Na bainha estão engastadas as artérias carótidas comum e interna, a veia jugular e o nervo vago. O grupo de linfonodos cervicais profundos forma uma cadeia ao longo da veia jugular interna e também está engastado na bainha carótica (Snell, 1999). A bainha carótica se estende da base do crânio, circundando o canal carótico e o forame jugular até o tórax (Bogart, 2008). A artéria carótida comum ramifica-se no nível da altura da 4ª vértebra cervical formando: as artérias carótidas (interna e externa) – BIFURCAÇÃO. A artéria carótida interna estende-se, sem ramificação, para o interior do crânio. A artéria carótida interna supre o cérebro, o olho, a fronte e parte do nariz. Esta artéria não dá ramos no pescoço (Snell, 1999). A artéria carótida externa origina-se na bifurcação da artéria carótida comum e termina no nível do colo da mandíbula, onde emite seus ramos terminais. O corpo carótico e o seio carótico são dois órgãos especializados associados com a bifurcação da artéria carótida comum e seus ramos internos. O seio carótico é uma dilatação da parede arterial da junção das artérias carótidas comum e interna. Ele funciona como um barorreceptor, que é estimulado pela elevação da pressão sanguínea. O corpo carótico é um órgão marrom-avermelhado que funciona como um quimiorreceptor estimulado primeiramente por hipóxia (um nível baixo de oxigênio no sangue) ou um excesso de CO2. Quando estimulado, ele sinaliza aos centros respiratórios localizados no troco encefálico para aumentar a frequência e a profundidade da respiração (Bogart, 2008). A artéria carótida externa se divide em oito ramos (importante para os cirurgiões- dentistas). A artéria carótida interna estende-se, sem ramificação, para o interior do crânio. Chega a base do crânio penetrando-o através do canal carótico do osso temporal. Na fossa média do crânio antes de penetrar na dura-máter e tornar-se parte do círculo arterial ela emite a artéria oftálmica. (a. oftálmica anastomose com a artéria facial. Supre: globo ocular, mm. do olho, pálpebras, pele e músculos da fronte). A artéria carótida externa origina-se na bifurcação da artéria carótida comum e termina no nível do colo da mandíbula, onde emite seus ramos terminais. A artéria carótida externa em seu trajeto, sempre profundo, relaciona-se superficialmente com os músculos esternocleidomastoideo, digástrico, estilohióideo, nervo hipoglosso, glândula submandibular e ângulo da mandíbula. Percorre de baixo para cima o interior da glândula parótida, na qual ela se acha profundamente ao nervo facial e a veia retromandibular (Rizzolo & Madeira, 2004). A artéria carótida externa supre estruturas no pescoço, face e escalpo; supre também a língua e a maxila (Snell, 1999). Seus ramos podem ser agrupados de acordo com o local de origem, em ramos anteriores, medial, posteriores e terminais. Os ramos anteriores da artéria carótida externa são: as artérias tireóidea superior, lingual e facial. Existe apenas um ramo medial da artéria carótida externa, a pequena artéria faríngea ascendente. Os ramos posteriores da arteira carótida externa são as artérias: occipital e auricular posterior. No interior da glândula parótida, a artéria carótida externa emite seus dois ramos terminais, a artéria temporal superficial e a artéria maxilar (Ferenbach, 2005). B. Ramos da artéria carótida externa: padrões e variações de alguns ramos Na situação normal (50%), as artérias facial, lingual, tireóidea originam-se da artéria carótida externa, acima da bifurcação da carótida comum. Variações (2-6) Saída da artéria tireóidea superior na altura da bifurcação da carótida (20%). Saída da artéria tireóidea superior da artéria carótida comum (10%). Dois ou três ramos formam troncos: tronco linguofacial (18%). Dois ou três ramos formam troncos: tronco tireolingual (2%). Dois ou três ramos formam troncos: tronco tireolinguofacial (1%). C. Ramos da artéria carótida externa (04 grupos) Artéria tireóidea superior, primeiro ramo da a. carótida externa, que irriga os músculos hioideos, a laringe e as pregas vocais, e a glândula tireoide. Artéria faríngea ascendente (ramo medial). Anastomoses com palatina ascendente. Áreas de irrigação: músculos da faringe, tonsila, periósteo da cavidade craniana posterior. Artéria lingual, parte da a. carótida externa na altura do corno maior do osso hioide. Áreas de atuação: língua, tonsila palatina, epiglote, glândula sublingual, m. milo - hióideo. Artéria facial, parte cranialmente a artéria lingual, às vezes do tronco linguofacial. Trajeto sinuoso. Áreas de irrigação: arcos palatinos e tonsila, glândula submandibular, lábios e dorso nasal. Artéria occipital (ramo posterior), parte da mesma altura que a a. facial. Áreas de irrigação: pele e mm. occipitais, m. esternocleidomastoideo, as meninges sobre o encéfalo, o processo mastoideo. Artéria auricular posterior (ramo posterior). Anastomoses com ramos da a. occipital e temporal superficial, que irriga a orelha e o couro cabeludo acima da orelha. Artéria maxilar (ramo terminal). Origina-se medialmente a região do colo do côndilo da mandíbula, curso anterior e medial na fossa infratemporal, na maioria dos casos lateralmente ao m. pterigoideo lateral, até penetrar na fossa pterigopalatina. Envia 14 ramos, que podem ser divididos em ascendentes, descendentes, anterior e terminais, fornecendo ramos para os dentes e as gengivas, músculos da mastigação, cavidade nasal, pálpebras e meninges. Artéria temporal superficial (ramo terminal). Atravessa a glândula parótida e ascende anteriormente a orelha externa. Áreas de irrigação: glândula parótida, gálea aponeurótica, m. temporal, mm. da mímica facial e as estruturas superficiais laterais da cabeça. Sub-ramos mais importantes ARTÉRIA TIREÓIDEA SUPERIOR Ramos glandulares Artéria laríngea superior Ramo esternocleidomastoideo ARTÉRIA LINGUAL Ramos dorsais da língua (base da língua, epiglote) A. sublingual (glândula sublingual, língua, cavidade oral, assoalho da boca) A. profunda da língua ARTÉRIA FACIAL A. palatina ascendente (parede faríngea, véu palatino, tuba auditiva) Ramo tonsilar (tonsila palatina) A. submentual (assoalho da boca, glândula submandibular) Aa. labiais A. angular (raiz do nariz) ARTÉRIA MAXILAR Parte mandibular A. alveolar inferior (mandíbula com os dentes, gengiva). Ramos: (i) a. milo-hióidea – Supre: m. milo-hióideo, polpa dental, osso alveolar, gengiva lingual; (ii) a. mentual – Supre: pele e mm. do mento A. meníngea média A. auricular profunda (ATM, MAE) A. timpânica anterior Parte pterigóidea A. massetérica Aa. temporais profundas Ramos pterigoideos A. bucal: m. bucinador, mucosa jugal e gengiva vestibular Parte pterigopalatina A. alveolar superior (posterior e anterior). Supre: osso alveolar, polpa dental e gengiva vestibular dos dentes superiores A. infraorbital (parte anterior da bochecha, raiz do lábio superior) A. palatina descendente (palato duro e mole, tonsila palatina) A. esfenopalatina (septo nasal e conchas nasais) ARTÉRIA FARÍNGEA ASCENDENTE Ramos faríngeos A. timpânica inferior A. meníngea posterior ARTÉRIA OCCIPITAL Ramos occipitais Ramo descendente ARTÉRIA AURICULARPOSTERIOR A. estilomastóidea A. timpânica posterior Ramo auricular Ramo occipital Ramo parotídeo ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL A. facial transversa Ramos frontal e parietal A. zigomático-orbital
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