Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TEORIAS COMPORTAMENTAIS A palavra Behaviorismo pode designar: Uma técnica Um método Uma explicação Uma filosofia Um tipo de intervenção De qual behaviorismo estamos falando? Análise do Comportamento Behaviorismo Radical: Braço teórico, filosófico e histórico Filosofia da Ciência do Comportamento. Análise Experimental do Comportamento (AEC): Braço empírico Análise Aplicada do Comportamento: Criação e administração de recursos de intervenção social Behaviorismo Clássico de Watson Behaviorismo Radical Análise Experimental do Comportamento Análise Aplicada do Comportamento Define o comportamento humano como objeto de estudo da psicologia; é uma reflexão (filosofia) a respeito dos enunciados da Psicologia; è radical porque: 1) radicalmente NEGA à mente um status causal de comportamento (“mentalismo”) 2) radicalmente ACEITA que a psicologia pode e deve estudar os fenômenos privados (ao contrário do behaviorismo metodológico de Watson). Encarregada de produzir e validar dados empíricos que implica na manipulação de variáveis em um contexto controlado e, deliberadamente, simplificado e artificial; busca relações funcionais entre variáveis. Controla condições e manipula VI’s para verificar os efeitos sobre as VD’s. opção metodológica que objetiva chegar cada vez mais próximo da complexidade humana, e não reduzi-la ao comportamento de organismos infra-humanos. Surge em contraposição às psicologias mentalistas dominantes. (estudavam a mente e a consciência humana adotando a introspecção) – delimita um objeto de estudo para a psicologia. Paradigma S-R (Mecanicista e dualista). Conhecido como behaviorismo metodológico. linguagem da Psicologia. Objeto de estudo as interações organismo-ambiente. Behaviorismo Intencional ou mediacional (informação, não será estudado) · Neobehaviorismo mediacional de Tolman e Hull (Behaviorismo Intencional) – grandes percursores de terapias e teorias cognitivistas; · Behaviorismo intencional ou mediacional veio depois de Watson e antes de Skinner. REQUISITOS PARA QUE UMA PSICOLOGIA SEJA CONSIDERADA COMPORTAMENTAL nível metodológico nível conceitual nível filosófico análise funcional de contingências conhecimento e aplicação dos princípios de comportamento rejeição ao mentalismo. FOCO DE INTERVENÇÃO terapia analítico-comportamental terapia cognitiva é o comportamento público e uso de análise funcional (intervenção externalista). é sobre estruturas e conteúdos cognitivos (enfoque internalista). RECAPITULANDO CONCEITOS BÁSICOS · Os reflexos, condicionados ou não, referem-se principalmente à fisiologia interna do organismo (...) · Estamos mais interessados no comportamento que produz efeito no mundo ao redor. (...) as consequências do comportamento podem retroagir sobre o organismo. (Skinner, 1953). O QUE É OPERANTE? É todo comportamento que age sobre o mundo e é modificado por essa ação. · Modelo reflexo: S R Uma mudança no ambiente elicia uma resposta no organismo · Modelo Operante: R S Uma resposta do organismo modifica o ambiente · No comportamento operante a variável mais importante é o estímulo que ocorre depois da emissão da resposta. · Aqui, ele não elicia a resposta, apenas dá a ela a condição para ocorrer. Temos então uma relação mais complexa para explicar o comportamento: S : R C · Mesmo a consequência sendo determinante sobre a resposta, é preciso lembrar que a condição ambiental como ocasião para a ocorrência da resposta. Passamos a ter uma boa ferramenta de trabalho: atuar sobre a consequência de uma determinada resposta. · É preciso então na relação operante que uma resposta tenha sido emitida em algum contexto para então a consequência atuar sobre a probabilidade futura da mesma ocorrer. Luz acesa Tocar a campainha Ser atendido Luz apagada Tocar campainha Extinção EFEITOS SOBRE O MUNDO DIRETO INDIRETO (VERBAL) SUPERSTICIOSO - a relação foi contingente. - O comportamento tem relação com o mundo físico Ex: Sempre que está com fome ele vai até a geladeira e “passa a peneira”! - A consequência depende de um outro organismo treinado como ouvinte da mesma comunidade para que o comportamento ocorra. Ex: A filha grita da varanda para o pai voltar e pegar a chave do carro que havia esquecido. A consequência apesar de apresentar contiguidade, não tem relação causal com a resposta. Ex: meia da sorte para ganhar o jogo de futebol. REFORÇADORES são estímulos consequentes que aumentam a probabilidade de a resposta ser emitida no futuro. Resposta Consequências São estímulos que: a) seguem uma determinada resposta, sendo, em geral, produzidos por ela b) aumentam a probabilidade de ocorrência de respostas desta classe. (Sério & Andery, 2007). Portanto não é possível a verificação de estímulos reforçadores apenas pela sua natureza. Ex: Churrasco para vegetarianos. ORIGEM DOS REFORÇADORES REFORÇADOR INCONDICIONADO OU PRIMÁRIO REFORÇADOR COND. GENERALIZADO estímulos cuja origem do valor reforçador é filogenética. estímulos que são ocasião na qual vários reforçadores primários podem ser produzidos. · O reforçamento natural fortalece uma gama muito mais ampla de respostas. · O reforço arbitrário pode fazer com que a consequência de uma resposta aja como reforçador condicionado. Ex: Pagar para um filho aprender a tocar violão. REFORÇADOR REFORÇAMENTO - nomeia o estímulo envolvido na relação nomeia a relação: apresentação de um estímulo reforçador e o aumento na freqUência da resposta que antecede tal apresentação PRESSUPOSTOS - Visão de homem e de mundo - pertencem ao tipo de conhecimento Filosófico. - São questionáveis - O conhecimento filosófico é o campo de produção de conhecimento que deveriam modificar tais pressupostos - Ao falarmos de pressupostos nos referimos ao Behaviorismo. Final do Século XIX - Psicologia: ciência independente. - Objeto de estudo: consciência e seus elementos constituintes. - Método de estudo: introspecção. - Implicações - Dualismo, mentalismo e circularidade nas explicações. Behaviorismo Mentalismo Processos Cognitivos Behaviorismo metodológico John B. Watson Surgiu em oposição as visões dominantes da Psicologia. Criticou e questionou o papel dos agentes causadores da ação humana: - Alma (explicação da Idade Média); - Mente/Consciência (cientistas séc. XX). Posicionamentos dualistas: Homem como ser detentor de duas naturezas: Divina – Material Mental – Física Acesso ao que se passa na mente somente por meio da introspecção. Modelo causal e mecanicista de ciência: - Indivíduo passivo (Como assim? Onde fica a subjetividade e individualidade?) - Consciência ou mente: como agentes explicativos e produtores de comportamento. como local onde outros processos ocorrem e são responsáveis pela produção do agir humano. O Behaviorista Radical: REJEITA como agentes causadores de comportamento. ACEITA como palavras do senso comum que se referem a comportamentos emitidos pelo homem, porém: Tais termos são EVITADOS no ambiente acadêmico por serem termos do senso comum; o Uso de termos técnicos “bem definidos” (será?). A Psicologia como um behaviorista vê (1913): Objetivo: estudar o comportamento observável. Utilização de procedimentos objetivos na coleta de dados Descrição, explicação, predição e controle do comportamento. Definição de Comportamento: Mudança observável de músculos ou glândulas. Método: Experimental. Sujeitos de Pesquisa: humanos e animais não humanos. REJEITAVA a introspecção como método de acesso aos estados subjetivos. Ausência de replicabilidade Behaviorismo metodológico John B. Watson - “Psicologia Estímulo-Resposta”. - S R (Paradigma Respondente) - Modelo de Causalidade: Comportamentos como meras reações aos eventos ambientais (eventos antecedentes).- Rejeitava a mente como causa. - Definiu o ambiente como causa. - Mesmo assim dualista? q Não nega a existência da mente; nega-lhe status científico (inacessibilidade).Assim ocorre com todos os outros eventos privados (emoções, sensações, pensamento, sonhos e etc). - A Psicologia S R (desencadeada/eliciada, logo mecanicista). · Críticas ao Behaviorismo de Watson: · • Mecanicista; · • Reducionista; · • Incapacidade de lidar com comportamentos · complexos; · • Não levar em consideração a genética; · • Generalização de achados com não · humanos para humanos; · • Priva a Psicologia de sua essência. Behaviorismo Radical B. F. Skinner - Visão de Psicologia: é uma ciência que estuda a interação organismo-ambiente - Visão de Ciência: Pragmática. - Visão de Homem: organismo único que se comporta em interação com o meio. - Visão Monista e selecionista - NEGA a existência de fenômenos além do mundo físico (metafísicos) e REJEITA o seu papel causal sobre os fenômenos físicos. - Fenômenos psicológicos passam a ser tratados como fenômenos comportamentais. - Paradigma: Sd-R-Sr; - Terapia analítico-comportamental: a partir da década de 60 surgem os marcos do modelo clínico comportamental. - Modificação do Comportamento: Abordagem Inicial X Terapia Comportamental. - Pesquisas com humanos e não humanos. - Adaptação do organismo ao ambiente. -Influência: Teoria da evolução das espécies (Darwin) - Objetivo: PREVER e CONTROLAR o comportamento. - Método de pesquisa: Método experimental - Definição de COMPORTAMENTO: Tudo o que o organismo faz. - COMPORTAMENTO não existe, ou não pode ser entendido sem as circunstâncias em que ocorre - COMPORTAMENTO como uma interação (e não uma coisa!). - COMPORTAMENTO como produto da determinação de três níveis de seleção pelas consequências: 1. Filogenia (herança genética); 2. Ontogenia (história de vida individual); 3. Cultura (prática sociais, linguagem). “Os homens agem sobre o mundo, modificando-o e, por sua vez são modificados pelas consequências de sua ação”. - O homem é um ser histórico e social. - Perspectiva interacionista. - Observável ou não. - Eventos públicos e privados são eventos de natureza física. - MATERIALISTA e EVOLUCIONISTA. - Quebra da relação “Eventos internos = Eventos mentais”. - ACEITA a introspecção como objeto de estudo e NÃO como método. - “Não busca explicações realistas ou de causa-efeito, e sim relações funcionais ou leis que expressem sequências regulares de eventos, e que eventualmente poderão ser descritas por funções matemáticas.” Behaviorismo Radical CAUSALIDADE Explicações causais Causas internas psíquicas Causas internas conceituais Causas neurais Todas pressupõem um agente interno, dando a falsa impressão de estar explicando o comportamento. Na verdade são explicações circulares. Substituição da causalidade mecânica por Relações funcionais. Causalidade Mecânica: Pressupõe força e mecanismos Internos (mediacionais) que “ligam” dois eventos(nesse caso, S – R). Relações Funcionais: Implica em regularidade entre eventos que estão correlacionados. Cadeia causal unidirecional = Metodológico Mecanicista Observação consensual Interacionista = Radical Histórico Probabilístico Materialista = Ambos Questão: Por que os organismos se comportam? Determinismo probabilístico: Probabilidade futura de emissão de comportamentos depende de contexto e consequências atuais e históricas. Relações funcionais entre eventos. Paradigma Operante: S – R S Estabelecidas por meio de: 1. Mudanças na probabilidade de ocorrência dos comportamentos que procuramos entender. 2. Mudanças nas consequências e/ou nos contextos. Explicações funcionais são diferentes de explicações causais. Probabilidade. LIVRE-ARBÍTRIO VERSUS DETERMINISMO A ideia de que uma ciência do comportamento é possível implica que o comportamento, como qualquer outro objeto de estudo da ciência, é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto desde que se tenha dados necessários e pode ser controlado desde que se tenham os meios corretos. ISSO É O DETERMINISMO. LIVRE-ARBÍTRIO VERSUS DETERMINISMO DETERMINISMO noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente. Todo Behaviorista é determinista. Biológico natural:Determinam nosso comportamento - determinados pela nossa genética; - hereditariedade; - ambiente que a gente vive; - contingências atuais O comportamento só se torna consciente quando ele é analisado. Você não age e se comporta em função do pensamento, de sentimento. Isso NÃO CAUSA COMPORTMANTO. É sempre no ambiente que vamos encontrar as respostas e NÃO dentro das pessoas. As escolhas inesperadas também estão determinadas pelas experiências das pessoas. LIVRE-ARBÍTRIO capacidade de escolher. Esse livre-arbítrio implica um terceiro elemento além da hereditariedade e do ambiente, ALGO DENTRO DO INDIVÍDUO. Afirma: que, apesar da herança e de todos os impactos ambientais, uma pessoa que se comporta de uma forma poderia ter escolhido se comportar de outra. algo além do simples fato de que alguém tem escolha – poderia me parecer que eu posso comer sorvete ou não, e, ainda assim, isso poderia ser totalmente determinado por eventos passados. que a escolha não é uma ilusão, que OS PRÓPRIOS INDIVÍDUOS CAUSAM O COMPORTAMENTO. Significa imprevisibilidade do comportamento, mas isso não significa que exista livre-arbitrio. SIGNIFICA QUE ESTAMOS IGNORANTES. No Behaviorismo o livre-arbítrio é ausência de experiência e consequência. Muitos comportamentos inesperados, aleatórios, acidental não conseguimos prever, mas nunca vamos considerar comportamento livre de determinantes. Mesmo tudo que é inesperado, imprevisto significa que não temos formação suficiente para prevê-lo. Sempre vai ter algo que não conseguimos explicar por não termos acesso a todos os dados necessários. Sabemos que está sendo determinado por algo, mas não sabemos o que está determinando. Os filósofos tentaram conciliar determinismo e livre-arbítrio. Surgiram posições chamadas “determinismo brando” e teorias “compatibilizadoras” do livre-arbítrio. Donald Hebb (um behaviorista) O determinismo brando, sustenta que o livre-arbítrio consiste no fato de o comportamento depender da hereditariedade e da história ambiental passada e presente. o livre-arbítrio é apenas uma experiência, uma ilusão, E NÃO uma relação causal entre pessoa e ação. Daniel Dennett teoria compatibilizadora do livre-arbítrio - define o livre-arbítrio como uma deliberação antes da ação Qualquer outra definição, como as de Hebb e Dennett, que seja compatível com o determinismo NÃO APRESENTA problema para o behaviorismo ou para uma ciência do comportamento. Somente o livre-arbítrio libertário conflita com o behaviorismo. A história desse conceito na teologia judaica e na cristã sugere que ele existe precisamente para negar o tipo de determinismo que o behaviorismo representa. LIVRE-ARBÍTRIO LIBERTÁRIO - ideia de que a escolha pode realmente ser livre de eventos passados Separando-nos dos filósofos, portanto, faremos referência ao livre-arbítrio libertário como “livre-arbítrio”. ARGUMENTOS A FAVOR E CONTRA O LIVRE-ARBÍTRIO Para comprovar o livre-arbítrio (em outras palavras, refutar o determinismo), seria necessário que um ato contrariasse a previsão, mesmo que todos os possíveis fatores contribuintes fossem conhecidos; é impossível na prática, o conflito entre determinismo e livre-arbítrio jamais poderá ser resolvido por demonstração; Se parece que jovens de classe média de bons lares que se tornam dependentes de drogas escolheram isso livremente, pois nada em suas histórias explica esse comportamento, o determinista insistirá que uma investigação adicional revelará os fatores genéticos e ambientais que levaram a essa dependência. Se a evidência não é capaz de persuadir, então aceitar o determinismo ou o livre-arbítrio pode depender das consequências de acreditar em um ou outro, e estas podem ser sociais ou estéticas;ARGUMENTOS SOCIAIS: Em termos práticos, parece que a negação do livre-arbítrio pode solapar toda a estrutura moral de nossa sociedade. O que acontecerá com nosso sistema judicial se as pessoas não puderem ser responsabilizadas por suas ações? Já estamos tendo problemas quando os criminosos alegam insanidade e incapacidade mental. O sistema judiciário, ele existe para lidar com as falhas da sociedade, e não precisamos considerar a justiça como uma questão puramente moral. Nós sempre precisaremos “responsabilizar as pessoas por seu comportamento”, no sentido prático de que as ações são atribuídas a indivíduos. Encarcerar criminosos tem feito pouco para evitar reincidências. A ciência do comportamento poderia ajudar tanto para prevenir o crime como para tratá-lo de forma mais eficaz. O que acontecerá com nossas instituições democráticas se as pessoas não tiverem livre escolha? Por que se preocupar em realizar eleições se a escolha entre os candidatos não é livre? Acreditar que o comportamento das pessoas pode ser determinado poderia encorajar uma ditadura. Por essas razões, talvez seja bom e útil acreditar no livre-arbítrio, mesmo que ele não possa ser comprovado. As pessoas não precisam ter livre-arbítrio para que as eleições tenham sentido; seu comportamento só precisa estar aberto à influência e à persuasão (determinantes ambientais de mais curto prazo). E quanto aos padrões morais? A teologia judaica e a cristã incorporaram o livre-arbítrio como meio de salvação. Sem tal ensinamento, as pessoas continuarão sendo boas? Uma maneira de responder a essa pergunta é apontar para aquela parte da humanidade, sem dúvida a maioria, que não tem esse compromisso com a noção de livre-arbítrio. Nos Estados Unidos, o crescimento da educação pública tem cada vez mais transferido a formação moral da igreja e de casa para as escolas. À medida que a sociedade norte-americana se apoia mais nas escolas para produzir bons cidadãos, a análise de comportamento já está ajudando. Longe de destruir a moral, a ciência do comportamento pode ser usada para educar as crianças para que se tornem cidadãos bons, felizes e eficientes. ARGUMENTOS ESTÉTICOS: Críticos da noção de livre-arbítrio muitas vezes apontam para a sua falta de lógica. Mesmo os teólogos que promoveram essa ideia trataram de decifrar seu conflito paradoxal com um Deus onipotente. Santo Agostinho coloca o assunto claramente: se Deus faz tudo e sabe tudo antes que aconteça, como é possível que uma pessoa faça qualquer coisa livremente? Assim como com o determinismo natural, se Deus determina todos os eventos (inclusive nossas ações), então é só a nossa ignorância – no caso, da vontade de Deus – que permite a ilusão do livre-arbítrio. A solução teológica comum é chamar o livre-arbítrio de mistério; de alguma forma, Deus nos dá o livre-arbítrio a despeito de Sua onipotência. Do ponto de vista científico, essa conclusão é insatisfatória porque desafia a lógica e não resolve o paradoxo. Em seu conflito com o determinismo, divino ou natural, o livre-arbítrio parece depender da ignorância. De fato, pode-se argumentar que o livre-arbítrio é simplesmente um nome para a ignorância dos determinantes do comportamento. IGNORÂNCIA NO BEHAVIORISMO é no sentido de não conhecer as variáveis que controlam o comportamento. Quanto mais se sabe das razões por trás das ações de uma pessoa, menor a probabilidade de as atribuirmos ao livre-arbítrio. Ex: Se um menino que rouba carros vem de um ambiente pobre, somos inclinados a atribuir o comportamento ao ambiente, e quanto mais sabemos sobre como ele foi maltratado e negligenciado por sua família e pela sociedade, menor a probabilidade de dizermos que ele escolheu livremente. O outro lado desse argumento é que, por mais que saibamos, NÃO PODEMOS prever exatamente o que uma pessoa vai fazer em determinada situação. Essa imprevisibilidade é, às vezes, considerada uma prova do livre-arbítrio. O clima, entretanto, também é imprevisível, mas nós nunca o consideramos como um produto do livre-arbítrio. Existem muitos sistemas naturais cujo comportamento momentâneo não podemos prever com antecedência, MAS QUE JAMAIS CONSIDERAMOS LIVRES. O livre-arbítrio realmente implica imprevisibilidade, mas isso de forma alguma exige o inverso, que a imprevisibilidade implique livre-arbítrio. Minhas ações podem ser imprevisíveis por outra pessoa, talvez, mas se o meu livre-arbítrio causa meu comportamento, eu deveria saber muito bem o que vou fazer. Se eu conheço minha vontade e minha vontade causa meu comportamento, eu deveria ser capaz de prever meu comportamento perfeitamente A noção de que o livre-arbítrio causa o comportamento também levanta um problema espinhoso. Como pode um evento não natural como o livre-arbítrio causar um evento natural como comer sorvete? Eventos naturais podem levar a outros eventos naturais, porque eles podem estar relacionados um com o outro no tempo e no espaço. A ciência admite enigmas sem solução, porque enigmas podem posteriormente originar maior reflexão e experimentação, mas a conexão entre livre-arbítrio e ação não pode ser tão elucidada. É um mistério. O objetivo da ciência de explicar o mundo exclui mistérios que não podem ser explicados. A natureza misteriosa do livre-arbítrio, por exemplo, vai contra a teoria da evolução. Primeiro, levanta o problema da descontinuidade. Se falta livre-arbítrio aos animais, como ele repentinamente surgiu em nossa espécie? mesmo que os animais pudessem ter livre-arbítrio, como uma coisa tão pouco natural poderia evoluir? Mas não existe maneira concebível de a seleção natural produzir um livre-arbítrio não natural. Essa pode ser uma poderosa razão pela qual alguns grupos religiosos se opõem à teoria da evolução; inversamente, ela é uma razão igualmente poderosa para excluir o livre-arbítrio das descrições científicas do comportamento. A discussão dos argumentos contra o livre-arbítrio é realmente mostrar que explicações científicas do comportamento que excluem o livre-arbítrio são possíveis. Os argumentos visam defender a ciência do comportamento CONTRA A ALEGAÇÃO de que o comportamento humano não pode ser compreendido porque as pessoas têm livre-arbítrio. A análise do comportamento omite o livre-arbítrio, mas ela não proíbe o uso do conceito no discurso cotidiano ou nas esferas da religião, da poesia e da literatura; clérigos, poetas e escritores muitas vezes falam de livre-arbítrio e livre escolha. Uma ciência do comportamento poderia tentar explicar essa fala, mas de modo algum a proíbe. Outros conceitos que andam junto com o livre-arbítrio são, PSICOLOGIA POPULAR · o eu interior, em contraste com o corpo externo, e a importância dos pensamentos e sentimentos internos. · De acordo com a psicologia popular, o corpo exterior é habitado por um eu e todo um mundo dentro da pele. · Expressões como “Eu pensei comigo mesmo” ou “No fundo eu sabia” · Supostamente esse eu interior tem uma vida interior de pensamentos e sentimentos. Respostas: mudanças no organismo ou em parte dele. ➢ Estímulos: alterações no ambiente ou em parte dele. ➢ Instrumento de análises: contingências – descrevem relações funcionais). .MsftOfcResponsive_Fill_000000 { fill:#000000; } .MsftOfcResponsive_Fill_000000 { fill:#000000; } .MsftOfcResponsive_Fill_000000 { fill:#000000; }
Compartilhar