Buscar

FAMILIA E ESCOLA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA - LICENCIATURA
TAYENE SOUZA DIAS
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A PARTICIPAÇÃO DA FAMILÍA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Mineiros
2021
TAYENE SOUZA DIAS
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A PARTICIPAÇÃO DA FAMILÍA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Lilian Amaral da Silva Souza
Mineiros
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	6
5	PROBLEMATIZAÇÃO	6
6	REFERENCIAL TEÓRICO	8
7	METODOLOGIA	15
8	CRONOGRAMA	16
9	RECURSOS	17
10	AVALIAÇÃO	17
CONSIDERAÇÕES FINAIS	18
REFERÊNCIAS	18
INTRODUÇÃO
O projeto traz como tema: A participação da família na Educação Infantil. O mesmo contempla a linha da gestão, pois se sabe que a gestão escolar tem na relação escola e família.
O Projeto se idealizou a partir da constatação de que o ativismo dos pais e outras causas os impedem de participar ativamente da vida escolar dos filhos e isso é muito relevante para o desenvolvimento da escola e principalmente dos alunos.
Entende-se que uma das formas de amenizar o problema indisciplina é estabelecer para os alunos seus direitos e deveres através do Regimento Interno Escolar. Esse por sua vez deve ser elaborado pelo gestor escolar juntamente com o corpo docente da escola. Nele devem conter todas as normas estabelecidas pela escola, de maneira que possam divulgá-las aos alunos para que estejam cientes que se desobedecerem ou desviarem essas regras terão que arcar com as consequências de alguma forma. 
Percebe-se que outro aspecto está ligado à indisciplina são os distúrbios psiquiátricos ou neurológicos. Há também a indisciplina silenciosa onde o aluno não incomoda o professor, mas sofre muito por ser distraído, tímido, apático, necessitando de uma ajuda externa.
Conselho Escolar não com a intenção de menosprezá-lo, mas para fazer com que reflita sobre os seus atos e chegue à conclusão de que a sociedade precisa de pessoas que tenham consciência dos seus atos, respeito e limite.
Para desenvolver este projeto foram necessárias a busca e pesquisa em várias obras de autores que tratam a temática família e escola, para tanto foram feitas pesquisas em sites e em artigos que abordam esta temática. Buscou referenciais teoricos em alguns autores como: Kramer, Tiba, Soares, dentre outros.
20
TEMA 
O projeto tem como tema “A participação da família na Educação Infantil”. A relação família/escola, considerada nas teorias atuais como fundamental no processo de aprendizagem, é falseada por uma compreensão tão individualizada quanto historicamente foi a responsabilização individual do aluno pelos problemas escolares.
Esse tema se mostra relevante, pois grandes partes das disciplinas estudadas em Pedagogia reforçam a necessidade de trabalhar a valorização da escola, dos docentes e os pais devem ser engajados nessa tarefa, pois precisam confiar neles. Também se mostra importante por orientar a escola para o “cativar” dos pais a estarem participando da vida acadêmica e social dos filhos.
Uma vez que o que se tem visto, é que as famílias só são convocadas e quando o são, para estarem presentes nas reuniões de pais onde além de ouvirem por vezes durante horas a fio, uma massiva de informações burocráticas e queixas sobre o desempenho acadêmico e/ou comportamental de seus filhos, saem destas insatisfeitas, pois não se veem como agentes dignos de serem valorizados ou mesmo verem propostas de soluções eficazes para a solução das dificuldades apresentadas nessas reuniões. 
É importante ressaltar que uma criança que recebe dos pais essas orientações e limites estará disposta a praticá-los em qualquer lugar, sem a interferência de outras pessoas e é claro, obterá a confiança de pais, professores, entre outros.
O tema família e escola na educação infantil tem importância para o ensino, pois aborda a importância de a família participar nas atividades escolares dos alunos. O tema está direcionado para o ensino e a aprendizagem na educação básica de acordo com a pedagogia contemplando a docência e pesquisa.
Família e escola está relacionada a temáticas abordadas no curso e contribui para o crescimento profissional tendo Viabilidade da ideia, sendo possível de ser executada na educação de acordo com a pedagogia.
O problema de pesquisa está bem definido, onde será realizada uma pesquisa bibliográfica e outros materiais de fácil acesso para a escrita do projeto.
JUSTIFICATIVA
As famílias precisam se ver envolvidas pela escola e pelo processo de ensino aprendizagem e as escolas, precisam criar espaços para a efetiva participação das famílias, a ponto de família e escola serem coautoras das decisões administrativas e pedagógicas e coparticipantes efetivas no processo de ensino/aprendizagem, o que irá favorecer a efetiva formação educativa dos estudantes.
A escola precisa ser o espaço onde irão ser formadas as novas gerações. Os professores precisam manter relações de proximidade com seus alunos, apoiados direta e constantemente pelas famílias. 
Corroborando com o supracitado, Soares (2010, p.17), enfatiza que. 
[...] demonstrar interesse pela vida escolar dos filhos é de fundamental importância para que a aprendizagem ocorra, pois, ao perceber o interesse dos pais e da família por seus estudos, a criança sente valorizada aumentando sua autoestima. E isto reflete diretamente em sua aprendizagem, dando lhe segurança em seguir em frente para os desafios da vida.
É preciso valorizar a igualdade, a universalização do ensino, evitando em especial a discriminação, o abandono e, sobretudo o crescente quadro de analfabetismo funcional. Valorizar o processo educativo e não apenas o produto do conhecimento, investir e garantir que haja a verdadeira educação inclusiva, não só dos portadores de deficiência. Mas, sobretudo, das famílias que compõem a escola e reafirmar o verdadeiro objetivo da escola que é a de formar cidadão críticos, conscientes e capazes de mudar a sua realidade. 
Com isso, Parolin (2007 apud SOARES) destaca que a família está precisando das parcerias das escolas, que ela não dá conta da educação dos filhos sozinha. A partir daí, percebe-se que a família, mais do que nunca, necessita do auxílio dos educadores para uma melhor efetivação da educação e consequentemente do ensino aos filhos.
Ao abordar a relação professor - aluno, é necessário primeiramente considerar que ela é constituída no seio de uma teia de relações muito mais ampla, que contempla as relações institucionais na escola e as relações sociais e políticas em que a escola está inserida. A escola e família precisam estabelecer uma parceria para melhoria no ensino e aprendizagem das crianças.
PARTICIPANTES
A família precisa e deve se ver como agente importante na educação dos seus filhos e cabe a escolar garantir a efetivação disto através de ações que valorizem o conhecimento mesmo empírico que as famílias possuam. Porém, à escola cabe a necessidade de repensar o que se deseja das famílias em relação a está participação. 
Dessa forma, o projeto está direcionado a família, professores, equipe pedagógica e alunos. Os participantes são essenciais durante a aplicação do projeto, eles serão responsáveis por colocar o projeto e as atividades propostas em prática e assim alcançar os objetivos.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Relatar a importância da parceria família e escola na educação infantil para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.
Objetivos específicos:
- Indicar como podem ser benéficos os efeitos da participação ativa dos pais na escola.
- Estabelecer atividades promovendo a parceria escola/família.
- Adotar palestras mensalmente com os pais para que percebam a importância na educação dos filhos.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Essa compreensão faz parte da cultura liberal, na qual o indivíduo é responsabilizado por seu desempenho econômicoe social, desconsiderando-se os fatores próprios de uma sociedade de classes e os preconceitos e exclusões vividas pelas classes menos favorecidas.
Esse abismo foi justificado por um discurso de defasagem técnica, no qual as teorias referidas nos planos de educação brasileiros entendiam os problemas escolares em termos de déficit infantil a ser sanado por uma determinada concepção teórica, implantada sem discussão com professores e trabalhadores diretos da escola.
No que diz respeito à colaboração da família com à escola, é importante levar em conta a adequação e estruturação de atividades correspondentes à série do aluno, sempre contando com o acompanhamento dos pais neste processo, pois “a necessidade ou não de supervisão aos filhos depende das demandas implícitas ou explícitas deles que, por sua vez, estão relacionadas a fatores como idade, independência, autonomia e desempenho como aluno” (DESSEN; POLONIA, 2007, P. 28).
Além disso, as condições políticas brasileiras, pouco democráticas em muitos momentos históricos, contribuíram para a constituição hierarquizada da escola brasileira, transformando as possibilidades de debate democrático sobre os problemas enfrentados em questões técnicas a serem resolvidas por agentes governamentais que muitas vezes nem sequer conheciam as escolas para as quais formulavam soluções. 
Para Tiba (1996) a falta do amparo familiar, mais precisamente a carência afetiva durante a infância, pode conduzir a uma deterioração integral da personalidade, e consequentemente do comportamento. Quando o relacionamento familiar é precário, certamente irá influenciar nos relacionamentos sociais de seus membros, principalmente dos filhos. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, à desagregação dos casamentos, droga, ausência de valores, permissividade, demissão dos pais da educação dos filhos etc. São apontados como as principais causas que minam o ambiente familiar. 
Pensado nisso a problematica aqui levantada foi: Como a família pode contribuir com a escola na Educação Infantil? Sabe-se que estes problemas podem ser resolvidos se entendermos essas questões.
REFERENCIAL TEÓRICO
A família e a escola têm, na sociedade atual, tarefas complementares, apesar de distintas em seus objetivos, metodologia de abordagem e campo de abrangência.
Dessen e Polonia (2007) também afirmam que quando há participação e predisposição dos pais, eles também se vêm como referências para os filhos, contribuindo assim, de diversas formas para se envolverem neste processo de acompanhamento, reconhecendo até mesmo quando o filho mostra a necessidade de desenvolver alguma tarefa de casa sozinho, quando é o caso, onde os pais se afastando, no intuito de colaborar, permitem a realização de tal tarefa com um nível reduzido de supervisão e auxílio, sendo que essa necessidade de trabalhar sozinho depende muito da série do aluno e das competências exigidas pela escola.
Dessa maneira utilizamos as palavras do autor para mencionar como a família pode intervir ou melhorar o desempenho do educando no processo ensino-aprendizagem. 
Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111). 
A Educação Infantil sempre esteve vinculada às concepções de família e de infância, sendo que essas concepções sofreram transformações ao longo dos séculos. E faz-se necessário salientar que a criança nem sempre ocupou lugar de destaque no seio familiar, como acontece atualmente.
Para compreender os processos de desenvolvimento e seus impactos na pessoa, é preciso focalizar tanto o contexto familiar quanto o escolar e suas inter-relações (Polonia & Dessen, 2005).
Em meados do século XVIII, um novo tipo de família emergiu localizada nas áreas urbanas - a família burguesa - estabelecendo novos padrões familiares.
Durante o século XIX, o novo modelo de família se consolida. Aspectos que antes não possuíam relevância, como higiene, limpeza e observância dos hábitos alimentares, passam a receber atenção de forma sistemática. Foi nesse contexto de reorganização familiar em torno da criança pequena, em um período de grandes transformações ocorridas no campo social, político e econômico, que ao final do século XVIII, especialmente na França e Inglaterra, se dá o início do atendimento a criança de zero a seis anos.
O principal objetivo dos denominados refúgios era a guarda e alimentação das crianças, cujas mães estavam ausentes do lar, isto por quaisquer motivos.
Por volta de 1840, também na França, começaram a aparecer as primeiras instituições que cuidavam de crianças recém-nascidas, com até os cinco anos de idade. Estas casas foram denominadas "creches", que, em francês, significa "berço".
Para Kramer (apud PIRES, 1984), a Segunda Guerra Mundial provocou um novo impulso ao movimento de atendimento pré-escolar. A autora citada destaca duas contribuições bastante importantes:
Por um lado, foi introduzido o conceito de assistência social para crianças pequenas, sendo ressaltada a sua importância para a comunidade na medida em que liberava a mulher para o trabalho. Por outro, foi despertado o interesse de novas formas de atuação com crianças cujas famílias passavam agora por situações antes desconhecidas e que implicavam a ausência do pai (convocado para a guerra) e, muitas vezes, a da mãe (engajada no trabalho produtivo). Surgia, assim, a preocupação com as necessidades emocionais e sociais das crianças (KRAMER, apud PIRES 1984, p. 27).
Tendo como fundamento os diversos estudos que estão relacionados à criança e ao rendimento escolar desta, foi elaborada a abordagem de privação cultural. Acreditava-se que a família não conseguiria dar as melhores condições favoráveis a um bom desempenho escolar.
Um dos programas que mais se destacou, nos EUA, de cunho compensatório, foi o "Head Start", que abrangeu atendimento de educação, saúde e nutrição, além da assistência social. 
A família é considerada o primeiro agente de socialização, é nela que são transmitidos e construídos normas, princípios e valores. É essencial a participação da família no acompanhamento dos filhos nas atividades escolares no processo de educação construído em casa. A literatura aponta como a dinâmica familiar pode refletir nos comportamentos da criança no âmbito educacional, como também, no seu desempenho escolar (SOARES, 2000).
As pesquisas têm demonstrado que os pais estão constantemente preocupados e envolvidos com as atividades escolares dos filhos e que dirigem a sua atenção à avaliação do aproveitamento escolar, sendo isto independentemente do nível socioeconômico ou escolaridade (Polonia & Dessen, 2005).
Um importante e eficaz mecanismo para a garantia da efetivação da aprendizagem por parte dos alunos é a análise da realidade e a aplicação das atividades curriculares a partir desta. Endossando essa temática, Vasconcellos, salienta que a análise da realidade e o primeiro item a ser contemplado quando da elaboração do Projeto de ensino-aprendizagem da escola, bem como das suas respectivas matérias curriculares. Mas concordamos com Kramer (2005, p.103) quando diz:
É importante haver ainda, atividades integradoras de pais, crianças e equipe da escola, com o objetivo de estreitar os vínculos e os laços de convivência. Assim, ocasiões tais como Dia dos Pais, das Mães ou Festa Junina podem dar lugar a eventos festivos, tornando-se as famílias, aos poucos, de convidadas em organizadoras.
 Para isso, é preciso que haja um esforço amplo e investigativo com vistas a captar, analisar e entender a realidade local, não só como ela se encontra no presente, mais como está se articula com o passado do qual se originou, como se projeta na perspectiva de futuro, com vista a propor mecanismos para a sua transformação.
Os professores precisam através desta análise adquirir a consciência de que não é possível educar, no sentidoexpresso da palavra, sem partir da realidade do aluno e sem estar sempre a ela vinculada. Devendo este, ser capaz se enquadrar os mais variados temas do currículo programático à realidade do educando. 
Os pais, atualmente, estão bastante ocupados e não tem tempo de educar seus filhos como deviam, não dialogam com os filhos quando necessário, alguns são permissivos demais outros autoritários, não auxiliam seus filhos na realização dos deveres de casa passados pela escola, não comparecem nas reuniões escolares, vivem totalmente para o trabalho profissional na esperança que a escola sozinha conseguirá educar seus filhos (SOARES, 2010).
O planejamento das atividades pedagógicas deve partir da realidade concreta tanto dos sujeitos, quanto do objeto de conhecimento a ser estudado, ou seja, o conteúdo programático, bem como do contexto em que se processa aquela ação pedagógica. Para que isso ocorra, segundo Vasconcellos, cabe ao educador, enquanto agente articulador do processo de ensino-aprendizagem o conhecer a realidade na qual irá trabalhar, além é claro, do conhecimento do objeto de estudo em questão, e a partir disto, saber interpor ambas para que como resultado se produza a aquisição de conhecimento.
Nesse sentido Kramer (2002) pondera:
Finalmente, sabemos que o trabalho conjunto escola-famílias é um dos maiores desafios de uma proposta pedagógica, na medida em que reflete uma problemática social mais ampla. De um lado, a população não sente como seu um espaço público, mas muito ao contrário, considera que a rua, a praça, a praia, o telefone ou a escola pública não são de ninguém. De outro lado, as pessoas não se sentem responsáveis pelas instituições particulares como uma escola, que assim, “deve ser cuidada pelo seu dono específico”. Nesse sentido, é preciso compreender os fatores sociais e políticos que estão em jogo na relação escola-famílias, não acusando ou culpando os pais quando não participarem da vida escolar e simultaneamente, buscando as formas de aproximá-los da nossa proposta e de aproximarmo-nos de seus interesses. (KRAMER, 2002, p.13).
Por outro lado, é preciso a partir da prática em que estamos inseridos, através da reflexão crítica e coletiva enquanto equipe, estar sempre propondo soluções que possam transformá-la com vistas a melhorar o sistema educacional. 
Segundo Polonia e Dessen (2005) a escola e a família destacam-se como duas instituições fundamentais cuja importância só se compara à própria existência do Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano, proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e social. No ambiente escolar, uma vez atendida às demandas psicológicas, sociais, culturais e consequentemente cognitivas, esse desenvolvimento irá acontecer de forma mais estruturada e pedagógica, que no ambiente doméstico familiar. (p.304)
Partindo dessa análise, de valoração da realidade do aluno, o primeiro passo a ser alçado seria o de reconhecer a família como agente primordial para efetivação do processo educacional e a partir disso conhecê-las de fato. Aproximando-as assim do ambiente escolar. Identificando assim, quais são as demandas familiares em relação ao processo educacional de seus filhos e a partir delas construir propostas educacionais que sejam compatíveis com a realidade.
Não se pode tirar as referências para a prática pedagógica apenas dos conteúdos programáticos/explicativos da realidade pedagógica educacional. Pois isso implicaria em tornarmos a realidade atual um modelo a ser construído e não a ser superado. Ou seja, não haveria assim realidade a ser questionada. 
É ilusório admitir que a Educação Infantil servisse de mola propulsora para mudança social, pois os verdadeiros problemas que afetam a sociedade em nada seriam abalados.
A defesa da educação pré-escolar como medida preventiva ao fracasso escolar das crianças 'privadas' culturalmente se intensificava, culminando em 1965, com a criação do Projeto Head Start de assistência médica, dentária e de serviços educacionais para crianças em idade pré-escolar (KRAMER, apud PIRES, 1992, p. 29).
Para a autora, as crianças "carentes" são comparadas com as crianças de classe média e os objetivos do trabalho são justamente os de compensar as deficiências do desempenho das primeiras em relação ao padrão escolar das segundas.
Independente das que ocorrem no âmbito familiar, elas são produtoras de mudanças que podem funcionar como aspectos propulsores ou inibidores do desenvolvimento, influenciando, direta ou indiretamente, os modos de criação dos filhos. No entanto, a principal rede de apoio da família é oriunda das próprias interações entre seus membros. Contatos negativos, conflitos, rompimentos e insatisfações podem gerar problemas futuros, particularmente nas crianças. Por outro lado, relações satisfatórias e felizes entre marido esposa constituem fonte de apoio para ambos os cônjuges, sobretudo para a mulher (Dessen & Braz, 2005).
É importante que haja vínculos afetivos e emocionais entre a família, pois a presença participativa da família é essencial para o desenvolvimento saudável da criança nos aspectos cognitivos, afetivo, emocionais, comportamentais e sociais. Neste sentido, compreende-se que a família é considerada o primeiro agente de educação do indivíduo e tem o papel de construir vínculos afetivos e de confiança para que dessa forma haja uma potencialização na dinâmica familiar e contribua na educação dos filhos frente ao âmbito educacional (SOARES, 2000).
Esse distorce a compreensão contínua do processo de aprendizagem, tornando-a uma simples diminuição de exigências, que encobre problemas do cotidiano escolar e a dificuldade das instituições educacionais brasileiras em levar a cabo a formação de seus alunos, resolvendo os índices de evasão, repetência e alfabetização, porém não sua ocorrência concreta na vida de alunos e professores. Além disso, atribui-se a culpa exclusivamente ao professor por um desempenho constituído num contexto muito mais complexo.
De acordo com Tiba (2006, p. 45) “não é tarefa de o professor tratar o aluno, mas cabe à escola encaminhá-lo a um serviço especializado.”
Importa dizer que os professores devem ficar atentos àqueles alunos que gostam de constantemente tumultuar as aulas com interesse de impedir o trabalho do professor deixando o ambiente barulhento e disperso, mas não é recomendável que o expulse da aula, pois isso não lhe trará benefícios podendo agravar ainda mais o problema.
O mais indicado é que o encaminhe para a orientação escolar sendo um momento de lembrá-lo do regimento escolar - comentado antes. Em muitos casos, esses tumultuadores podem interromper as aulas agredindo e intimidando o colega verbalmente devido a sua diferença racial, social e física, o que é considerado como Bullying e esse só pode ser contido com autoridade do professor, sendo uma oportunidade de prepará-lo para a aceitação e o respeito ao outro.
A Educação se constrói de maneira integral envolvendo a participação da família e da escola, esta última considerada o segundo agente de socialização que constrói juntamente com o educando a aquisição de conhecimentos diante dos conteúdos das disciplinas trabalhadas em sala de aula, habilidades, potencialidades, aptidões a partir das ferramentas de ensino introduzidas pelo educador no contexto escolar (SOARES, 2000).
Constata-se como pior que a indisciplina escolar é o ato infracional que pode ser confundido pelos funcionários da escola. Para que um ato possa ser considerado infracional é necessário observar se houve ameaças, difamação ou agressão física a alguém.
Tiba (1996) afirma que há pais que, por manter seus filhos na escola, acham que esta é responsável por sua educação. Quando a escola reclama de comportamentos inadequados ou das indisciplinas por parte dos alunos, os pais atribuem a responsabilidade à escola.
Se uma criança ou adolescente cometer um ato infracional deverá ser encaminhado ao Conselho Tutelar e posteriormente ao Juizado da Infância e da Juventude que tomará as atitudes cabíveis.
Aescola precisa dar o primeiro passo para que esta parceria ocorra, já que é uma instituição formada de profissionais da educação. Deve encontrar meios de garantir o envolvimento da família na escola, informando-a de tudo que acontece no núcleo escolar, promovendo reuniões diferenciadas onde os familiares tenham oportunidades de opinarem sobre os métodos da escola etc. Esses encontros devem ser programados levando em consideração os horários disponíveis dos pais trabalhadores. Os familiares precisam conscientizar e realizarem a parte que lhes cabe (SOARES, 2010).
No caso de criança, não é necessário que haja Boletim de Ocorrência, será encaminhada ao Conselho Tutelar, sendo que a família juntamente com a criança deverá seguir algumas normas, entre elas: o encaminhamento da criança aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade, matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino etc.
Tiba (2006, p. 43) ressalta que: “Tem dado melhores resultados é o aplicar consequências, isto é, reparar com as próprias mãos os danos provocados”. É muito importante que os pais e professores da escola detectem ou corrijam o ato indisciplinar, pois este pode estar ligado a fatores que podem prejudicar a criança ou o adolescente em sua vida cotidiana, como: drogas, álcool, inalantes domésticos etc. esses podem deixá-los em dois estados: depressivos ou agressivos, fora do seu estado normal podendo assim fugir das normas da escola e até mesmo infringir a lei da sociedade.
É importante registrar que ao aplicar tais medidas deve-se observar que seja criança ou adolescente estão em processo de desenvolvimento, portanto não é vantajoso lesar sua imagem diante da sociedade, pois poderá revoltar-se e sentir-se incapaz.
De acordo com Dessen e Polonia (2007), a instituição família se encontra presente em todas as sociedades, e é neste ambiente em que a criança tem o seu primeiro contato social, funcionando como intercessor dos padrões, modelos e influências culturais presentes na sociedade na qual esse indivíduo está inserido.
Ao invés dessa atitude seria interessante aproximar-se, elogiá-lo, demonstrar afetividade. No entanto, muitas vezes recebem mais críticas que auxílio e compreensão. Provavelmente, as cobranças, a falta de trato e o despreparo para resolver certas situações acarretam maiores problemas e muitas vezes escolhem a escola para pô-los em prática.
METODOLOGIA
GESTÃO ESCOLAR
O tema escolhido foi “A participação da família na Educação Infantil”.
1ª ATIVIDADE
Como primeira atividade, a escola desenvolverá com os pais um círculo de palestras em volvendo os temas: Ética; Bullying; Respeito aos direitos dos outros; e outros.
Passar para os professores e pais o vídeo “Pais brilhantes, professores fascinantes. Após o vídeo eles devem fazer comentários relacionando com o momento atua da escola.
Serão duas noites de palestras e os pais farão a inscrição. Após cada noite, serão servidos lanches.
2ª ATIVIDADE
A segunda atividade desenvolvida no projeto será a confecção de um mural pintado coletivo.
Será trabalhado o conteúdo cores e os pais e os filhos farão desenhos/pinturas que representem sentimentos bons: amor, amizade, companheirismo, fé, respeito, paz e os murais serão delimitados por turma.
3ª ATIVIDADE
A terceira atividade envolverá os jogos cooperativos, e será desenvolvida no sábado, para que os pais que trabalham (a maioria durante a semana) possam participar.
Os jogos serão: queimada, bandeirinha, vôlei e outros. Os pais e os filhos farão a inscrição e as equipes serão montadas na hora.
4ª ATIVIDADE
A quarta e última atividade será uma tarde de lazer, com brincadeiras tradicionais, filmes, karaokê, confecção de brinquedos com sucata e um grande piquenique.
CRONOGRAMA
O projeto será realizado em 1 semana letiva, com 3 horas por dia, totalizando 15 horas.
	ATIVIDADES
	 DATAS/TEMPO
	Palestra com os pais e responsáveis realizada pela gestão.
	 01/11/2021 - 13:00 h as 15:00 h
	Confecção do mural com desenhos pintados pelos pais e crianças.
	 02/11/2021 – 13:00 h as 15:00 h
	Jogos cooperativos com pais e crianças
	 03/11/2021 – 13:00 h as 15:00h
	Encerramento com brincadeiras e karaokê
	 04/11/2021 – 13:00 h as 17:00 h
RECURSOS 
Recursos humanos: 
· Professores
· Alunos
· Família.
Recursos materiais: 
· Figuras, papel cenário;
· Cola, tesoura sem ponta;
· Lápis de cor e canetinha hidrocor;
· Cartolina;
· Materiais pessoais (lápis, borracha, régua, etc.);
· Pen drive com slides e filmes;
· Projetor;
· Papel;
· Giz de cera;
· Outros
AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto será realizada de forma contínua, pois a família e professores da educação infantil precisam trabalhar de forma conjunta em prol da aprendizagem e desenvolvimento da criança.
Os alunos serão avaliados por sua participação nas atividades levando em consideração a aprendizagem da família em relação a sua participação ativa na escola das crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aluno é o foco maior da educação, sem ele não há como manter e existir nenhuma escola. Seus pais são imprescindíveis no seu desenvolvimento, a participação ativa melhora significativamente sua atuação e socialização.
A escola precisa resgatar os pais para dentro de seu espaço, e estes, em contrapartida, precisam ter segurança e confiança na equipe escolar. Muitas vezes, os pais acabam por ocupar-se de outras tarefas e acabam deixando a atenção e participação na vida escolar dos filhos num outro plano, secundário.
Nesse sentido, afirma-se que não há manual de como os pais devem educar seus filhos. Essa educação é algo bastante peculiar, pessoal. Necessitando vir do interior de cada um, com seu jeito singular, aprendendo a partir das experiências, com todas as fontes úteis que encontrar durante o percurso.
Não se trata de uma ação fácil, exigindo tanto do pai quanto da mãe muita dedicação, discernimento e união, mesmo que não vivam sob o mesmo teto. 
Família e escola quando se juntam formam uma equipe. É fundamental que as duas andem no mesmo ritmo, ou seja, sigam os mesmo objetivos e critérios para obter o sucesso que pretendem.
Sabendo que as duas têm o mesmo intuito, é válido ressaltar que cada uma tem que fazer a sua parte, para que se atinja o caminho do sucesso.
Portanto, conclui-se através desse projeto de ensino que o grande problema é trazer essas famílias para dentro da escola, quando se considera o interior da escola, não se mensura que as famílias têm que largar tudo e passar a estudar com seus filhos, mas um acompanhamento de qualidade.
REFERÊNCIAS
DESSEN, M. A., & Braz, M. P. (2000). Rede social de apoio durante transições familiares decorrentes do nascimento de filhos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16(3), 221-231.
DESSEN, M. A., & Braz, M. P. (2005). As relações maritais e sua influência nas relações parentais: implicações para o desenvolvimento da criança. In M. A. Dessen & A. L. Costa Junior (Org.), A ciência do desenvolvimento humano: Tendências atuais e perspectivas futuras (pp. 132-151). Porto Alegre: Artmed Editora S.A.
DESSEN, M. A.; POLONIA, A. D. C. (2007). A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia, 17(36), 21-32.
DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A Família e a Escola como contextos de desenvolvimento humano. Scielo 37 Brasil, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasil, p.21-32, 2007. 
KRAMER, Sônia. (Coordenadora). Com a pré-escola nas mãos. 14ª ed. São Paulo, SP: Editora Ática,2002.
KRAMER, Sônia. A política do pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce 4ªed. São Paulo.Cortez.1992.
KRAMER, Sônia. A Política do Pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce. Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.
KRAMER. (coordenadora). Com a pré-escola nas mãos. 14 ed. São Paulo, SP: Editora Ática, 2005.
POLONIA, A. C.; DESSEN, M. A. (2005). Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Psicologia escolar e educacional, 9(2), 303-31.
POLONIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. EM BUSCA DE UMA COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA:RELAÇÕES FAMÍLIA-ESCOLA. Psicologia Escolar e Educacional, p.303- 312, 2005. 
SOARES, J. M. Família e Escola: parceiras no processo educacional da criança. 2000.
SOARES, J. M. Família e escola: parceiras no processo educacional da criança. 2010. 
TIBA, Içami. Disciplina – Limite na medida certa. 8ª edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. - 1ª Edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.
TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa. Novos paradigmas/Ed.rev. Atual. e ampl. S. Paulo: Integrare Editora, 2006.
TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.

Mais conteúdos dessa disciplina