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Julia S Crescencio P5 TUT 2 UC 15 Pneumonia Infecção do parênquima/tecido pulmonar Agentes bacterianos • Streptococcus pneumoniae o Gram +, causa a maior parte das PACs • Haemophilus Influenzae o Gram -, 2ª causa mais comum de PAC; comum em pessoas com DPOC, asma, fibrose cística... • Mycoplasma pneumoniae o Atípica; mais comum em adolescentes/adultos jovens • Chlamydia pneumoniae o Atípica • Legionella o Sintomas do TGI, aumento das enzimas hepáticas, hiponatremia • Staphyloccocus Aureus o Comum depois de infecções virais ou em indivíduos que usam drogas IV (por via hematogênica), imunocomprometidos • Klebsiella o Alcoólicos crônicos; indivíduos com maior risco de aspirar. • Pseudomonas Aeruginosa o HIV, fibrose cística, bronquiectasia Agentes virais • Para influenza o Bebês e crianças mais novas • Influenza o Mais comum em adultos • Citomegalovírus o Pós-transplantados, imunocomprometidos • Varicela Zoster Agentes fúngicos • Pneumocystis jirovecii o Imunocomprometidos • Histoplasma • Coccidioides Fisiopatologia Lembrar - Defesa • Epitélio mucociliar • Tosse • IgA = anticorpos das mucosas • Macrófagos alveolares Bactéria -> endotoxinas -> lesão tecidual -> leucotrienos -> aumento da permeabilidade -> vazamento de fluidos -> edema Histamina -> dilatação e aumento da permeabilidade Obs.: tem dilatação e aumento da permeabilidade para que os glóbulos brancos cheguem ao local da lesão e defendam o tecido. Leucotrienos -> broncoespasmo Broncoespasmo + edema = dispneia Fase de congestão (1-2 dia): a vasodilatação do capilar permite que o fluido entre no alvéolo Fase de hepatização vermelha (3-4 dias): fluido com exsudato (proteínas), glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e fibrina = consolidação Fase de hepatização cinzenta (4-5 dias): glóbulos vermelhos começam a ser destruídos Resolução (>8 dias): destruição do resto do exsudato – tosse produtiva CLASSIFICAÇÃO Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) • Comunidade ou no hospital < 2 dias • Não pode ter sido internado nos últimos 90 dias • Mais comuns: S. pneumoniae, H influenzae, mycoplasma, chlamydia, legionella, M. catarrhalis (comum se tem DPOC) Pneumonia nosocomial (PAH) • Hospital > 2 dias • MRSA, pseudomonas, klebsiella, enterobactérias, actinobactéria • Pneumonia adquirida por ventilação* o 48h após a IOT • Pneumonia associada com serviço de saúde* o Internação superior a 2 dias nos últimos 3 meses o Asilos, terapias domiciliares, pacientes de diálise... DIAGNÓSTICO: clínico (+ radiografia + laboratoriais) SINTOMAS Típicos: taquicardia, taquipneia, febre, tosse inicialmente seca que se torna mucopurulenta (produtiva), fadiga, dor pleurítica Julia S Crescencio P5 TUT 2 UC 15 Atípicos (mycoplasma, chlamydia, legionella, vírus, fungos): dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, mal- estar, mialgia, febre (mais baixa), tosse seca EXAME FÍSICO • Inspeção o Uso de músculos acessórios: ECM, escalenos, serrátil anterior, peitoral, trapézio, latíssimo, eretores, iliocostal... o Retração intercostal o Dor pleurítica ao inspirar • Palpação o Expansão respiratória ▪ A lobar apresenta diminuída unilateral o Frêmito aumentado: vibrações • Percussão o Som maciço • Ausculta o Crepitações RADIOGRAFIA Para ver complicações: derrame pleural, cavitações, opacidades... 1. Pneumonia lobar: consolidação do lobo inteiro 2. Broncopneumonia: difusa, geralmente na base 3. Intersticial/atípica: ao redor do alvéolo, concentração peri-hilar Lobar Broncopneumonia Intersticial LABORATORIAIS Escarro + hemocultura Se não der nada -> lavado bronco pulmonar Materiais examinados: sangue, líquidos e secreções dos pacientes obtidos por punção direta ou outras técnicas (toracocentese, lavado broncoalveolar) • Hemograma: leucopenia denota mal prognóstico; desvio a esquerda (presença de bastões) • Eletrólitos, bioquímica (ureia e creatinina), saturação de O2 • Hemocultura, cultura de líquido pleural, escarro (BAAR, jirovecii), lavado broncoalveolar • Testes sorológicos se suspeita de legionella, mycoplasma ou clamídias • Padrão-ouro: cultura + histopatológico do tecido pulmonar (por biópsia) ESCORES PROGNÓSTICOS Independente dos escores internar se: morador de rua ou outra dificuldade de medicar em casa, idoso que mora sozinho Julia S Crescencio P5 TUT 2 UC 15 PaO2\FiO2 deve ser maior que 250 na gasometria >3 pontos: considerar uso de aminas vasoativas ou ventilação mecânica TRATAMENTO PAC Ambulatorial: amoxicilina ou macrolídeo (ex.: azitromicina) TRATAMENTO PAH (x) Imunodeficiencia comum variável (IDCV) • Disfunção de células B, T e dendríticas • Hipogamaglobulinemia (níveis < 2 desvios padrões da média para a idade), de pelo menos duas classes de imunoglobulinas. IgG e IgA e/ou IgM. o Causada por um defeito na diferenciação dos linfócitos B: são fenotipicamente normais, mas não conseguem se diferenciar em células plasmáticas capazes de secretar as imunoglobulinas Confusão mental Ureia > 50mg/dl FR > 30 ipm PAS < 90 ou PAD < 60 IDADE > 65 ANOS Julia S Crescencio P5 TUT 2 UC 15 • Resposta baixa ou ausente a imunização ou a exposição natural (anticorpos específicos) • Ausência de outros estados de imunodeficiência • As vezes é diagnosticada na infância, mas geralmente é diagnosticada depois da puberdade. Picos entre 1-5 anos e entre 18-25. Manifestações clínicas • Linfoma, doenças autoimunes, bronquiectasia, infecções sinopulmonares Tratamento • Imunoglobulina IV 300-600mg/kg a cada 3 ou 4 semanas para manutenção de níveis séricos > 600mg/dl. Pode ser substituída pela subcutânea. Esses níveis são geralmente alcançados 3/6 meses após o início do tratamento • Antibioticoterapia se infecção e antibioticoprofilaxia se infecções recorrentes que não respondam a terapia de base • Agentes anti-inflamatórios, imunomoduladores e imunossupressores se necessário
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