Abordagens teórico-metodológicas de estudo da língua

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13/07/2021
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Introdução aos 
estudos linguísticos 
Abordagens teórico-metodológicas 
de estudo da língua
Profª Dra. Wéllem A. de Freitas Semczuk
Unidade de Ensino: 3
Competência da Unidade: Os diferentes modos de pensar a linguagem:
gerativismo, funcionalismo e sociointeracionismo.
Resumo: Pretende-se, nesta unidade, explorar os estudos da língua
desenvolvidos ao longo do século XX, como: o Gerativismo, de Noam Chomsky,
a escola chamada Funcionalismo, e o Sociointeracionismo, de Vygotsky.
Palavras-chave: Gerativismo. Funcionalismo. Sociointeracionismo.
Título da Teleaula: Abordagens teórico-metodológicas de 
estudo da língua. 
Teleaula nº: 3
Contextualização
• Como a criança aprende sua língua?
• Quais são as diferentes abordagens para estudar a
língua materna na escola?
• Quais são os resultados da opção por uma ou outra
abordagem?
• Qual o papel da linguagem no aprendizado?
Fonte: Freepek.com 
Gerativismo -
contextualização
Noam Chomsky
N
oam
 Chom
sky 
(1928)
• É linguista, filósofo, ativista, autor e analista
político estadunidense.
• É autor de uma contribuição fundamental à
linguística moderna, com a formulação teórica e
o desenvolvimento do conceito de gramática
transformacional, ou generativa.
• Opôs-se aos distribucionistas em razão de
terem se dedicado muito aos dados (construção
de uma ciência puramente descritiva).
Fonte: https://bit.ly/2MhputA. Acesso em: 25 jul. 2021.
Gerativismo
• A finalidade da teoria de Chomsky seria dar conta de
todas as frases gramaticais, ou seja, que
pertencem à língua. Essa teoria é conhecida como
Gramática Gerativa.
A gramática “permite, a partir de um número limitado de
regras, gerar um número infinito de sequências que são
frases, associando-lhes uma descrição” (ORLANDI, 1986,
p. 38).
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• Chomsky considera a sintaxe como central e
autônoma, relegando à semântica somente o caráter
interpretativo, por não gerar estruturas.
Gramática 
transformacional
Descrever como os 
constituintes das 
sentenças eram 
formados e como tais 
constituintes 
transformavam-se em 
outros por meio da 
aplicação de regras.
Estrutura superficial
É a estrutura das 
unidades como elas se 
apresentam na frase, 
tal como a ouvimos.
Estrutura profunda
É uma forma da frase 
que pode ou não 
coincidir com a ES. 
estando relacionada à 
noção de sentido, que 
chamamos de 
semântica.
Gerativismo -
competência e 
desempenho
Gerativismo 
Inatismo e Gramática Universal: a tarefa do linguista é descrever a
competência do falante de certa língua.
• Capacidade que todo falante tem
de produzir (compreender) todas
as frases da língua.
• Característica inerente a todo ser
humano.
Competência
• Performance dos falantes em seus
usos concretos da língua.Desempenho 
Gerativismo 
• Todo ser humano apresenta uma predisposição exclusiva da espécie que
estaria presente em seus genes e permitiria a aquisição da linguagem.
Princípios: 
Parâmetros: 
Leis gerais que valem para todas as línguas
naturais.
Diferença entre as línguas, sendo estes as
propriedades que uma língua exibe ou não.
• Um dos aspectos da linguagem humana em que se
baseia a teoria gerativa é a criatividade.
Recursividade 
• Princípio pelo qual se pode aplicar o mesmo processo (a mesma regra)
repetidas vezes.
(SALGADO, Beatriz de Oliveira; MARQUES, Paula. Introdução aos estudos linguísticos. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2017, p. 118)
Funcionalismo
Europeu
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Funcionalismo
• Investiga a relação entre a estrutura gramatical e os
diferentes contextos comunicativos;
• Apresenta diferentes propostas e concepções;
• Traz análises menos formais;
• Considera as situações reais de fala e o momento em
que ocorre a interação verbal.
Características funcionalistas
Dados reais
- Dados de fala ou 
escrita: contextos 
efetivos de 
comunicação;
- Universais 
linguísticos: 
universalidade dos 
usos a que a 
linguagem serve 
nas sociedades 
humanas. 
Noções extralinguísticas
- A língua não é 
considerada um 
sistema autônomo: 
tem por base a 
cognição e a 
comunicação, o 
processamento 
mental, a interação 
social e cultural, a 
mudança e variação.
Relações 
comunicativas
- Não podemos 
dissociar as línguas 
de seu uso;
- A noção de uso da 
língua voltado para 
uma finalidade.
Funcionalismo Europeu
• Membros da Escola de Praga, que se originou no
Círculo Linguístico de Praga (CLP).
• Oposição entre a distinção entre sincronia e diacronia
e à noção de homogeneidade do sistema linguístico.
• Uma das principais contribuições do CLP foi cunhar os
termos função/funcional como fundamento teórico
básico do funcionalismo e das análises que
consideram parâmetros pragmáticos e discursivos.
Fonte: Shutterstock.com
Escola de Praga
• Jakobson - marcação morfológica – distinção
entre as categorias marcadas e não marcadas –
categoria de número “meninos” é marcada pelo
[+plural] em oposição a “menino” [-plural].
• Firbas - propõe que parte da sentença – tema –
representa a informação dada e o rema seria a
informação nova.
Ex. O que Maria comprou?
Maria comprou uma bolsa preta.
Fonte: Shutterstock.com
Escola de Londres
• Halliday (década de 70)
Conceito amplo de função – abrangendo enunciados,
textos e unidades da estrutura – sendo estudado no
contexto dos papéis sociais desempenhados pelos
indivíduos.
Fonte: Shutterstock.com
Resolução de 
exercício
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Seção 3.1 – Gerativismo - p. 123
Visão de língua
• Sobre a visão de língua
Atividade de Interação 1
As novas correntes teóricas 
apresentam a mesma visão de língua 
do estruturalismo?
Fonte: Shutterstock.com
Funcionalismo
Norte-americano
Funcionalismo Norte-americano
• Boas, Sapir e Whorf (etnolinguístas), que se opunham
à tendência formalista derivada do estruturalismo,
contribuíram para abordagem funcionalista;
• Bolinger - fatores pragmáticos (ordenação das
palavras na frase);
• Hopper e Du Bois - a gramática seria constituída nos
contextos discursivos específicos.
Fonte: Shutterstock.com
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Informativida-
de
• Conhecimento 
compartilhado 
entre os 
participantes 
da situação 
comunicativa. 
Iconicidade
• Forma e 
significado é 
considerados 
motivados.
Marcação
• Estruturas da 
língua marcada 
e não marcada. 
Princípios fundamentais do Funcionalismo 
norte-americano
“Estudos com viés funcionalista concebem a gramática de uma língua
como uma estrutura maleável e adaptável ao uso, que considera, além
do contexto linguístico, o contexto extralinguístico também, como a
intenção do falante, sua capacidade de atenção e memória, dentre
outras possibilidades (MARTINS, 2009)”.
Sociointeracionismo
Sociointeracionismo
• Teoria de aprendizagem que se situa no campo da
psicologia sócio-histórica.
• O sociointeracionismo é uma concepção que prioriza a
análise dos reflexos do mundo exterior no interior dos
indivíduos, por meio da interação deles com a
realidade.
• Para Vigotsky, as pessoas só adquirem cultura e
linguagem, além de se desenvolverem historicamente e
de estimularem o raciocínio, se estiverem inseridas em
meios sociais com outras pessoas.
Lev Vygotsky
Lev Vygotsky(1896-
1934)
• Foi um psicólogo, proponente
da psicologia cultural-histórica.
• Em seus estudos, sobre desenvolvimento
intelectual, atribuía um papel
preponderante às relações sociais, tanto
que a corrente pedagógica que se
originou de seu pensamento é chamada
de sociointeracionismo.
Fonte: https://bit.ly/2MhputA. Acesso em: 25 jul. 2021.
Três ideias centrais dessa nova abordagem
Suporte biológico Relações sociais Sistemas
simbólicos
Funções psicológicas, 
que são produto da 
atividade cerebral, ao 
considerar o cérebro 
como um sistema que 
é muito plástico, ou 
seja, apto a 
desenvolver novas 
funções.
Entre indivíduo e 
mundo exterior, 
fundamentando o 
funcionamento
Psicológico.
A mediação da 
relação 
homem/mundo.
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Conhecimento 
potencialZona de 
desenvolvimento 
proximal
Conhecimento real
Potencialidade de 
aprender
Processo de 
aprendizagem
O aluno já sabe e faz 
sozinho
O papel das interações
• Avaliar o que o sujeito pode fazer sozinho.
• Observar o que o sujeito faz com a ajuda do outro.
• O nível de riquezas e diversidades das interações
determinará o potencial atingido.
Como aplicar a teoria ao ensino
• Incidir na ZDP;
• potencializar o processo colaborativo entre educador e
criança;
• preparar a criança para realização sozinha da atividade;
• apresentar interferências intencionais do adulto;
• prever um planejamento competente do educador;
• contemplar atividade em grupo com crianças de
diferentes idades e níveis de desenvolvimento;
• ver o aluno enquanto sujeito ativo da aprendizagem.
Linguagem e 
pensamento segundo 
Vygotsky
Linguagem e pensamento segundo Vygotsky
Para Vygotsky, haveria duas funções básicas da
linguagem:
• Intercâmbio social: cria e utiliza os sistemas de
linguagem justamente para se comunicar com os
outros.
• Pensamento generalizante: em que a linguagem
“ordena o real, agrupando todas as ocorrências de
uma mesma classe de objetos, eventos, situações,
sob a mesma categoria conceitual”.
Fonte: Shutterstock.com
Pensamento e linguagem
No desenvolvimento da linguagem e do pensamento, distinguem-se dois
momentos:
• Fase pré-verbal do desenvolvimento do pensamento;
• Fase pré-intelectual do desenvolvimento da linguagem. 
Interação Interação Pensamento verbal
Pensamento 
verbal
Fala 
intelectualizada
Fala 
intelectualizada
Funções psicológicas humanas
o discurso já tem a
função que terá como
discurso interior, mas
ainda tem a forma
socializada, externa.
Interpsíquica Intrapsíquica 
Fala 
egocêntrica
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Resolução de 
exercício
Seção 3.2 – Funcionalismo - p. 138
Abordagens teórico-
metodológicas
• Sobre as abordagens teórico-metodológicas de estudo 
da língua
Atividade de Interação 2
Quais as contribuições das novas abordagens 
para o ensino de línguas?
Fonte: Shutterstock.com
Revisão final
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Revisão final
• Gerativismo – foco no falante ideal e acredita-se no
inatismo e na gramática universal.
• Funcionalismo – foco no falante real e na situação em
que ocorre a comunicação verbal.
• Sociointeracionismo – o desenvolvimento humano dá-
se por meio de relações sociais entre indivíduos de um
mesmo grupo cultural através de processos de
interação e mediação.
Fonte: Freepek.com 
Referências
MARTINS, A. P. P. Funcionalismo Linguístico: um breve 
percurso histórico da Europa aos Estados 
Unidos. Domínios de Lingu@gem, v. 3, n. 2, p. 18-35, 
2 fev. 2011.
SALGADO, Beatriz de Oliveira; MARQUES, Paula. 
Introdução aos estudos linguísticos. Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 
28.ed. São Paulo: Cultrix, 2012. 
ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é Lingüística? 4. ed. São 
Paulo: Brasiliense, 1986. 
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