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Aula 5 - processo penal

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Aula 5 
Desarquivamento do Inquérito Policial 
Art. 17- A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos dos inquérito. 
Assim, quem poderá mandar arquivar será o Ministério Publico. O juiz só confere se não existe o elemento. 
Art. 18 - " Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria..." O CPP está desatualizado, leia-se : "Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo Ministério Publico..." 
Importante notar que o art. 18 deixa claro que inquérito apenas poderá ser desarquivado se for produzida novas provas. Não tem recurso para pedir o desarquivamento. 
Arquivamento Implícito 
Arquivamento implícito é o fenômeno através do qual o titular da ação penal pública (Ministério Público), deixa de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem justificação ou expressa manifestação deste procedimento, sendo que esse arquivamento irá se consumar quando o juiz não se pronunciar com relação aos fatos omitidos na peça de acusação. O arquivamento implícito tem duplo aspecto : subjetivo e objetivo. Subjetivo, quando a omissão refere-se a um ou mais indiciados, e objetivo, quando concernente a fatos investigados não considerados na decisão. 
Exemplo de arquivamento subjetivo: 2 indivíduos supostamente cometem um roubo, porém na denuncia o MP coloca como apenas um individuo tivesse cometido os fatos. 
Exemplo de arquivamento objetivo: o furto foi cometido através de rompimento de obstáculo( qualificadora- art.155,§4, I), mas o MP não coloca essa qualificadora na denuncia. 
O Juiz manda aditar a denuncia, para que assim esses "erros" sejam sanados. Esse é um pensamento de uma corrente doutrinaria. 
A prescrição ocorre em relação aos fatos e não a pessoa. Logo, se os fatos são novos a denuncia volta para o MP para que assim a edite. Toda vez que tiver fatos novos, a denuncia devera ser aditada, uma vez que o acusado responde por aquilo que consta na exordial , que no caso é a denuncia. 
Citação é o chamamento do réu a juízo para que tome conhecimento da acusação e procure defender-se. Sem citação, não se realiza a relação processual e torna-se inútil a sentença, tratando-se de nulidade insanável. 
 Ë ato de comunicação processual que visa levar ao conhecimento da acusação ao réu. É ato do juiz e uma garantia constitucional do réu. 
Busca e apreensão em escritório de advogado (Lei 11767/08) 
É possível busca e apreensão em escritório de advogado quando ele fizer parte do processo ( reu). Ex: O adv X faz parte de uma quadrilha. 
 
 
Identificação datiloscópica (art. 6º, VIII CF/88) e a norma constitucional (art. 5º, LVIII CF/88). 
 
Artigo 5, LVIII CF - O civilmente identificado não devera ser submetido a identificação criminal, salvo as hipóteses previstas em lei" 
A datiloscopia é a ciência que visa à identificação de pessoas através da comparação de suas identidades digitais. 
Se o individuo estiver sendo acusado de ser estelionatário (art. 171 do CP)a autoridade policial fará um despacho para que esse individuo seja identificado datiloscopicamente. A base do Estado deveria conter todos os dados da pessoa, mas não é isso que ocorre na realidade. 
 
Ação Penal 
 
 
 Condições 
- Genéricas 
• Legitimidade para agir 
• Interesse de agir 
• Possibilidade jurídica do pedido 
• Justa causa 
a.1.) Legitimidade para Agir (legitimatio ad causam”): “pertinência subjetiva da ação” 
a.2.) Interesse de Agir: interesse-necessidade; interesse-adequação; interesse-utilidade (“prescrição em perspectiva” ou “prescrição hipotética” ou “prescrição ideal” ou “prescrição virtual” ou “prescrição antecipada”). 
a.3.) Possibilidade Jurídica do Pedido: fato típico (ou tipicidade legal). 
a.4.) Justa Causa: lastro probatório mínimo (prova da materialidade e indícios de autoria). Art. 395, III, CPP. 
Assim, recebida a denúncia ou queixa, deve o juiz analisar se presentes tais condições já que, na falta de algum destes requisitos, deverá declarar a inépcia da peça, rejeitando-a. A carência da ação pode ser declarada a qualquer momento do processo, podendo gerar, inclusive, a nulidade absoluta do mesmo (art. 564, do Código de Processo Penal). 
Obs. Crítica de Aury Lopes Jr.: impropriedade na importação de categorias do processo civil. Defende as seguintes condições próprias do processo penal: - prática de fato aparentemente criminoso (fumus comissi delicti); - punibilidade concreta; - legitimidade de parte; - justa causa; 
 
- Específicas 
• Requisição do Ministério da Justiça 
• Representação do ofendido (Art.39 do CPP) 
 
b.1.) representação do ofendido ou de seu representante e requisição do ministro da justiça, nos crimes de ação penal pública de iniciativa condicionada; 
b.2.) surgimento de novas provas, em se tratando de ação penal com base em inquérito policial anteriormente arquivado por falta de provas (Súmula n.º 524 do STF); 
b.3.) laudo pericial, em se tratando de crimes contra a propriedade imaterial (art. 525,CPP); 
 
 
 
Espécies 
 
 
Art. 100 CP – APPI e APPC 
Caracteriza-se assim a ação penal pública incondicionada por ser a promovida pelo Ministério Público sem que esta iniciativa dependa ou se subordine a nenhuma condição, tais como as que a lei prevê para os casos de ação penal pública condicionada, tais como representação do ofendido e requisição do ministro da Justiça. 
Na ação penal incondicionada, desde que provado um crime, tornando verossímil a acusação, o órgão do Ministério Público deverá promover a ação penal, sendo irrelevante a oposição por parte da vítima ou de qualquer outra pessoa. É a regra geral na moderna sistemática processual penal. 
 
 CONDICIONADA - Embora continue sendo do Ministério Público a iniciativa para interposição da ação penal pública, neste caso, esta fica condicionada à representação do ofendido ou requisição do ministro da Justiça. “São crimes em que o interesse público fica em segundo plano, dado que a lesão atinge primacialmente o interesse privado”.[3] 
No caso da ação penal pública condicionada, o ofendido autoriza o Estado a promover processualmente a apuração infracionária. A esta autorização dá-se o nome de representação, com a qual o órgão competente, ou seja, o parquet, assume o dominus litis, sendo irrelevante, a partir daí, que venha o ofendido a mudar de idéia. 
Quando a ação penal for condicionada, a lei o dirá expressamente, trazendo, em geral ao fim do artigo, o preceito de que somente proceder-se-á mediante representação. 
 
 
Titularidade – art. 129 CF 
Prevê o art. 129, inciso I, da Constituição Federal, que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública na forma da lei. A única exceção a esta regra está prevista no art. 29 do CPP, que trata da possibilidade do ofendido ou seu representante legal proporem ação penal privada subsidiária, nos casos em que o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro do prazo legal. Nesta hipótese, poderá o Ministério Público aditar a queixa oferecida pelo ofendido, assim como intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso, e até retomar a ação como parte principal quando houver negligência do querelante. 
 
 
Princípios 
 
 
a) Obrigatoriedade 
A propositura da ação penal, uma vez preenchidos os requisitos legais, é obrigatória. Não pode, portanto, o Ministério Público recusar-se a dar início à ação. Nos casos em que requerer o arquivamento do inquérito policial, por exemplo, deverá justificar sua opção, que poderá ser negada pelo juiz (art. 28 do CPP). Comete crime de prevaricação o Promotor de Justiça que deixar de oferecer denúncia para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (artigo 319 do CP). Ressalta-se que há possibilidade de transação oferecida pelo Ministério Público ao infrator nas hipóteses de crimes de menor potencial ofensivo (art. 98, I da CF - há, portanto, mitigação do princípio). 
 
b) Indisponibilidade – art. 42 CPP 
Uma vez iniciada a ação penal, não pode o Ministério Públicodela desistir (art. 42 do CPP). Exceção: tal princípio não é cabível nos casos de crime de menor potencial ofensivo, em que o Ministério Público pode propor a suspensão condicional da pena (art. 89 da Lei nº 9.099/95). 
 
c) Oficialidade 
A persecução deve ser realizada e fiscalizada pelos órgãos oficiais, que são públicos, tendo em vista que a pretensão punitiva só pode ser satisfeita mediante o devido processo legal. Sendo assim, compete apenas ao órgão do Ministério Público o exercício da ação penal. Porém, a investigação, por exemplo, fica a cargo da autoridade policial. Além disso, a ação privada subsidiária da pública é exceção a tal princípio. 
 
 
d) Indivisibilidade 
A ação penal deve abranger todos aqueles que cometeram a ação penal, sem exceção. Assim, não pode o Ministério Público escolher contra qual suspeito vai intentar a ação, posto que todos suspeitos deverão figurar no pólo passivo conjuntamente. O mesmo acontece na ação penal privada, de acordo com o art. 48 do CPP: "A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade" 
 
e) Intranscendência 
 A ação penal será promovida somente contra a pessoa a quem se imputa a prática da infração, não podendo englobar o responsável por eventual indenização, por exemplo, como acontece em ordenamentos jurídicos de outros países. 
 
 A.P.P. Condicionada 
Trata-se de ação de iniciativa da vítima ou seu representante legal, se ela for menor ou incapaz (artigo 100, § 2º, do CP, e artigo 30 do CPP). Embora o direito de punir continue sendo estatal, a iniciativa se transfere ao ofendido quando os delitos atingem sua intimidade, de forma que pode optar por não levar a questão a juízo. Portanto, a diferença básica entre a ação penal privada e ação penal pública está na legitimidade ativa. Existem três espécies de ação penal privada: a exclusiva, a personalíssima e a subsidiária da pública. 
 
 
- Condições: art. 24 CPP e art. 100, §1º CPP 
Como vimos, na ação penal privada a titularidade da ação é do ofendido ou de seu representante legal. O Ministério Público não tem legitimidade para a propositura da ação penal privada. 
Nas ações penais privadas, a vítima (autor da ação) é denominada querelante e o réu querelado. A propositura da ação é feita mediante queixa que é a inicial do processo e equivale à denúncia da ação penal pública. A ação penal privada pode ser proposta por pessoa física ou jurídica. 
Os dispositivos do CPP que tratam da titularidade da ação penal privada são os seguintes (grifos meus): 
"Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
Prazo 
Ocorre a decadência do direito de oferecer queixa dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que o ofendido, ou seu representante legal, vier a saber quem é o autor do crime. 
Na hipótese de ação penal privada subsidiária da pública, a decadência do direito de queixa ocorre em seis meses do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
Essa regra, prevista no art. 38 do CPP é dispositiva, ou seja, admite disposição em contrário. Com efeito, existem diversas exceções, como a lei de imprensa, que estabelece prazo de três meses para a queixa, o crime de adultério, cujo prazo para queixa é de um mês etc 
 
Destinatários 
b) Juiz 
c) MP 
d) Autoridade Policial

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