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Ação Pública e de Iniciativa Privada no Código Penal

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Aula 06 – 14/04
Art.100, § 2º, CP - Ação Pública e de iniciativa privada
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
 A que ação pública privada não há interesse do Estado em Intentar a ação, porque o bem tutelado não tem interesse pelo caso. Podemos ver isso nos arts a seguir, os dois primeiros tratam da honra objetiva o último da honra subjetiva. Onde o interesse do particular tem que ser manifestado e é ele que tem que intentar a ação, o ministério público só irá se posicionar como fiscal da lei para que a ação corra de forma ordeira.
Não há interesse do Estado em atuar – art.138,139,140 CP
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
Disposições comuns
Nessas situações ocorrendo a perempção, o Estado (MP) irá declarar perempta a ação. 
Art. 60.CPC Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Princípio da Conveniência e Oportunidade – art.74, PÚ, lei 9099/95 Após o acordo, o direito de ação é extinto. 
 Esse princípio vigora na ação penal privada, em que o ofendido, ou seu representante legal, é o legitimado a propô-la, já que o Estado, em determinados crimes, confere ao particular o jus accusationis, ou melhor, o direito de perseguir o autor da infração penal cometida em seu desfavor. 
 O direito de acusar do particular nada mais é que um direito, uma alternativa. Isto é, cabe ao interessado fazer uso ou não de tal prerrogativa. Assim, o princípio da oportunidade ou conveniência significa a expressão de um exercício facultativo da ação penal pelo seu titular.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.  
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.
Princípio da Indivisibilidade
 A ação é indivisível se temos mais de um sujeito no pólo passivo, a ação tem que ser direcionada a todos, intentar contra todos esses sujeitos. Princípio segundo o qual a denúncia contra um implica a denúncia contra os demais autores do mesmo crime. 
 É inerente à ação penal privada e consiste na necessidade de o querelante oferecer queixa contra todos os autores do fato, sob pena de extinção de punibilidade se houver renúncia com relação a algum deles. O aludido princípio conjuga-se com o princípio da oportunidade, que em sede de ação penal privada se contrapõe ao da obrigatoriedade, que vigora na ação penal pública. Dessa forma, se cabe ao querelante escolher processar ou não o autor do fato, e se o fizer, terá que oferecer queixa contra todos os envolvidos. 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Da Intranscendência (ação proposta ao autor) 
 Tal princípio está previsto no art. 5º, XLV da CF, que declara:
"nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;" O princípio trata da impossibilidade de se propor ou estender os efeitos da pena para terceiros que não tenham participado do crime. Garante que somente quem atuou no crime será por ele responsabilizado, não cabendo a privação de liberdade para quem não concorreu ao tipo legal.
Da Disponibilidade art.105, CP
 Este princípio rege a ação pública privada, garantindo que, após o ajuizamento da ação penal privada, o querelante possa dela desistir, assim como também poderá desistir de recurso eventualmente interposto.
 Em decorrência desse princípio compete ao autor da ação penal privada decidir se deseja prosseguir ou não até seu final. A disponibilidade da ação penal privada manifesta-se na possibilidade de renúncia ao direito de queixa, na possibilidade de o querelante ensejar a perempção da ação ou de perdoar o querelado, se este com isso concordar. O ofendido pode desistir ou abandonar a ação penal privada até o trânsito em julgado da sentença condenatória, por meio do perdão ou da perempção.
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. 
Ação Penal – Espécies
Exclusivamente Privada ou propriamente dita, art.31 CPP.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendenteou irmão.
Ação privada personalíssima art.236, PÚ, CP. Só pode intentar a ação o ofendido do caso.
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Ação Subsidiária da Pública 
 O particular da ação em caso de omissão do MP. Se o MP no prazo estabelecido for omisso, pode o particular intentar uma ação privada subsidiária da pública, suprindo a inércia do MP, ressalvando que este a qualquer tempo poderá intentar a ação. Na prática, eu nunca vi uma situação dessas, em que o MP deixa correr o prazo sem o oferecimento da denúncia, mas é uma possibilidade. 
Art. 38. CPP Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
Artigos revogados ou parcialmente revogados pelo art.5° CC
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Art.15 CPP Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. Esse artigo perdeu o objeto, com o novo cc/2002.
Art. 33 CPP Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. Diante do CC, se o ofendido for menor de 18, será nomeado a curador e só. 
Art.34 CPP  Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal. 
Art.52 CPP Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito. Tudo que está no código com relação à 18 anos até 21, está revogado. 
Art. 50 CPP  A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro. O PÚ foi revogado.
Art. 262 CPP Ao acusado menor dar-se-á curador.
- Gente, essa aula ele falou muito sobre outros assuntos como diminuição da menoridade penal. Nas anotações da Ully, ele escreveu mais no quadro. Que são os tópicos a seguir, mas a aula foi até o art.262. 
OBS: Art.104, PÚ, Lei 9099/95 Causa extinta de punibilidade
Art. 264, III, CPP
Notas: 
Art.51 CPP Não se explica, ação personalíssima 
Art.32, 33, 34 CPP
Aditamento da Ação Penal
Próprios: real e pessoal. 
Impróprios: retificação, ratificação, suprimento, esclarecimento. 
Recebimento da denúncia e inturrupção da prescrição – art.117, I, CP
Recurso cabível: Apelação – art. 581 CPP

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