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Processo Penal - aula 1 2

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Processo Penal 
Provas – 05/05 e 16/06
Princípios processuais penais
Princípio do devido processo penal - Art. 5, LIV CF/88
Para que ocorra o cerceamento de um bem ou da liberdade, é preciso que haja um devido processo legal. Mas pode existir no ordenamento jurídico pátrio uma decisão na sem que haja um processo? O art. 98, I da CF. No JECRIM existe uma fase administrativa onde pode existir um acordo. Isso não é um processo. Porém, quando não se tem o acordo, aquilo se tornará um processo. A constituição permite nessas situações especificas que haja uma “decisão” na esfera de Juizado Especial de aspecto administrativo. 
No caso de acordo, estará encerrado o procedimento sem dar início a uma ação penal. Porém, se não há acordo, o MP, em ato contínuo, iniciará oralmente e em seguida o Juiz vai inquirir ao agora acusado, se ele se submete a determinadas situações ou sanções. Se ele diz que se submete, o Juiz suspende o processo. Já temos um processo. O Juiz dará outra decisão aspecto administrativo. 
Então temos o padrão contido no art. 5º, LIV da CF, nessa visualização do princípio do devido processo legal. Mas a própria constituição traz uma situação dentro do bojo do judiciário que permite uma decisão de cunho administrativo que resolverá um conflito de interesses. Então temos, por força do JECRIM, em situações especificas no âmbito do judiciário, uma decisão de cunho administrativo, sem que se inicie um processo. A própria Constituição abriu essa lacuna, no art. 98, I, quando cria os Juizados especiais, prezando o princípio da celeridade. 
 
Princípio da verdade processual.
O juiz vai se utilizar de todos os meios para a descoberta do fato e a imputação ou absolvição daquele individuo que figura no polo passivo da relação processual. Esse princípio vai correr atrás de todos os meios. Porém, possui limitações presentes no art. 1º, III, CF e art. 5º, LVII, CF. o art. 1º, III da CF fala da dignidade da pessoa humana, logo, os meios para buscar a verdade processual se limitam. 
Por exemplo, um grampo telefônico pode ser utilizado como prova quando o mesmo obtiver autorização judicial, pois seria uma violação dos direitos fundamentais do individuo. O Estado não pode ultrapassar os limites que a própria lei fixou para ele fluir. A ação não é válida quando os limites são ultrapassados (fruto da árvore envenenada).
Porém, em estado de necessidade, meios ilícitos são aceitáveis, pois se trata de um excludente de ilicitude. Por exemplo, se a única forma de provar sua inocência é se utilizando de um grampo telefônico de forma ilegal, o juiz receberá a prova. O Estado e os seus representantes não podem se utilizar dessa prerrogativa, pois devem agir de acordo com a lei.
Princípio da publicidade dos atos processuais 
Art. 5, LX, CF: “A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. No tribunal do júri há uma mitigação do principio da publicidade dos atos processuais no momento em que os jurados, Juiz, Promotor e defensor vão para a sala secreta para a votação dos quesitos. Desta forma evita-se tumulto, permitindo que façam o trabalho com tranquilidade. Então, não se trata da violação desse princípio, é apenas uma mitigação.
Princípio do contraditório – art. 5º, LV, CF e art. 8, I, CSJCR (Decreto 678/92)
Sempre deverá ser respeitado o contraditório e a ampla defesa. O relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, indeferiu a inquisição das testemunhas arroladas pela defesa de Marcos Valério, porém, não violou o princípio da ampla defesa, pois inquirir testemunhas em países estrangeiros demandaria muito tempo, logo haveria a prescrição. Isso seria um ato procrastinatório, por isso foi indeferido, já que não havia como recorrer. 
Na operação Lava jato, houve diligências procrastinatórias que não foram indeferidas pelo Juiz para não correr o risco de alegação por parte da defesa de cerceamento de defesa e, por via de consequência, o processo é nulo a partir do momento que foi feita a solicitação indeferida. 
Princípio da imparcialidade do Juiz – A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes e acima delas, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional. Referido pressuposto, dada sua importância, tem caráter universal e consta da Declaração Universal dos Direitos do Homem, artigo X: “Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele”. A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes e, embora não esteja expressa, é uma garantia constitucional. Por isso, tem as partes o direito de exigir um juiz imparcial; e o Estado que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. 
Princípio de presença de inocência – O princípio da Presunção de Inocência é no Brasil um dos princípios basilares do Direito, responsável por tutelar a liberdade dos indivíduos, sendo previsto pelo art. 5º, LVII da Constituição de 1988, que enuncia: “ninguém será considerado culpado até transito em julgado de sentença penal condenatória”. Tendo em vista que a Constituição Federal é nossa lei suprema, toda a legislação infraconstitucional, portanto deverá absorver e obedecer tal princípio.
Princípio do favor rei – art. 386, VII, CPP e art. 615, §1º, CPP – O princípio do favor rei, é também conhecido como princípio do favor inocentiae, favor libertatis, ou in dubio pro reo, podendo ser considerado como um dos mais importantes princípios do Processo Penal, pode-se dizer que decorre do princípio da presunção de inocência. O referido princípio baseia-se na predominância do direito de liberdade do acusado quando colocado em confronto com o direito de punir do Estado, ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu. O mencionado princípio deve orientar, inclusive, as regras de interpretação, de forma que, diante da existência de duas interpretações antagônicas, deve-se escolher aquela que se apresenta mais favorável ao acusado.
Princípio do promotor natural – art. 127, §1º, CF – O réu tem o direito público subjetivo de somente ser acusado por um órgão escolhido de acordo com critérios legais previamente fixados. Nesse sentido: CONSTITUCIONAL - PROCESSUAL PENAL - MINISTÉRIO PÚBLICO -PROMOTOR NATURAL- O promotor ou o procurador não pode ser designado sem obediência ao critério legal, a fim de garantir julgamento imparcial, isento. Veda-se, assim, designação de promotor ou procurador ad. Hoc, no sentido de fixar previa orientação, como seria odioso indicação singular de magistrado para processar e julgar alguém. Importante, fundamental e prefixar o critério de designação. O réu tem direito público, subjetivo de conhecer o órgão do ministério público, como ocorre com o juízo natural.
Principio da razoabilidade da duração do processo – art. 5º, LXXVIII CF/88, art. 8, CSJCR – Introduzindo no ordenamento jurídico brasileiro com status de princípio fundamental, como inciso LXXVIII do art. 5º, tendo em vista ser a sua lavra do Poder Constituinte Derivado Reformador, o princípio denominado "duração razoável do processo", visa assegurar a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação com vistas à efetividade da prestação jurisdicional. Essa mudança, entretanto, não pode comprometer a segurança jurídica. Os princípios da celeridade e da duração do processo devem ser aplicados com observação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, assegurando que o processo não se estenda além do prazo razoável e tampouco venha a comprometer a plena defesa e o contraditório.
Princípio do ne bis iden processual - O princípio em comento estabelece, em primeiro plano, que ninguém poderá ser punido mais de uma vezpor uma mesma infração penal. Mas não é só. A partir de uma compreensão mais ampla deste princípio, desenvolveu-se o gradativo aumento da sua importância. Hodiernamente, uma das suas mais relevantes funções é a de balizar a operação de dosimetria (cálculo) da pena, realizada pelo magistrado. Temos que observar que se consolidou o entendimento de que uma mesma circunstância não deverá ser valorada em mais de um momento ou em mais de uma das fases que compõem o sistema trifásico estabelecido pelo art. 68 do Código Penal.
Os sistemas processuais
Sistema inquisitivo – sec. XI, XII e XIII
Características: 
As 3 funções (acusar, defender e julgar) concentram-se nas mãos de uma única pessoa;
Não tinha a oportunidade do individuo se defender. A inquisição não queria saber da possibilidade de inocência.
O processo é regido pelo sigilo, de forma secreta;
Nada era revelado as partes.
Não há contraditório nem ampla defesa
Sistema de prova é o de prova tarifada ou prova legal = a confissão é a rainha das provas
Sistema acusatório 
Características:
Separação de funções: entre acusados, defensor e julgador;
O processo é regido pelo principio de publicidade dos atos processuais
Princípio do contraditório e ampla defesa
Sistema do livre convencimento
Imparcialidade do órgão julgador
Sistema acusatório e a lei do crime organizado (lei 9034/95)
Sistema acusatório e lei de interceptação telefônica (Lei 9296/96)
Sistema acusatório e o CPP
Art. 5º, II -> art. 40
Art. 13
Art. 18
Art. 28 – art. 26 (L. 4611/65)
Art. 75
Art. 241 – art. 5, XI CF – art. 311 CPP
Art. 385 CPP
Art. 413 CPP

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