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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DO PLANTIO DIRETO NA QUALIDADE 
DE SEMENTES 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como 
requisito da disciplina 
DAG 571 Produção de Sementes. 
 
 
 
Professora: 
Pós-graduanda: 
Èdila Vilela de Resende Von Pinho 
Edilene Carvalho Santos Marchi 
 
Lavras - MG 
2002 
 2 
 
ÍNDICE 
 
 Páginas 
1 Introdução.............................................................................................................. 2 
2 Qualidade de sementes........................................................................................... 2 
3 Plantio direto.......................................................................................................... 3 
4 Influência do plantio direto na produção de sementes........................................... 4 
4.1 Escolha da cultivar................................................................................. 4 
4.2 Escolha do local.................................................................................... 4 
4.3 Manejo da cultura de cobertura.............................................................. 5 
4.4 Semeadura............................................................................................. 6 
4.5 Manejo da fertilidade............................................................................. 7 
4.6 Manejo de plantas daninhas................................................................... 9 
4.7 Manejo de pragas................................................................................... 10 
4.8 Manejo de doenças................................................................................ 13 
4.9 Manejo da irrigação............................................................................... 16 
4.10 Colheita................................................................................................ 17 
4.11 Influência na produtividade de sementes 17 
5 Conclusão............................................................................................................... 18 
6 Referências bibliográficas...................................................................................... 18 
 
 3 
1 Introdução 
 
 Existe uma constante busca na produção de sementes de qualidade. O desenvolvimento de novos 
materiais genéticos, o manejo do solo e da cultura, os cuidados na colheita, beneficiamento e 
armazenamento são etapas primordiais que são cuidadosamente controladas. 
Um fator relevante é o sistema de plantio direto, que vem sendo incorporado em áreas produtoras 
de sementes. A área ocupada por esse sistema é superior a 16 milhões de ha no país inteiro, aproximando-se 
de 50% da área semeada na primavera/verão (Borges, 2002). Infelizmente, dados de área produtora de 
sementes, sob plantio direto, ainda não se tem registrado. 
O sistema plantio direto modificou toda a concepção de manejo da palhada, adubação e correção do 
solo. As práticas corriqueiras de controle de plantas daninhas, calagem, semeadura e muitas outras tiveram 
que ser adaptadas ao novo sistema. Doenças e pragas que não tinham tanta importância passaram a se 
sobressaírem. Não que o sistema seja favorável ao desenvolvimento de doenças e pragas, pois nele, também 
ocorre o aparecimento de fungos antagônicos, mas as condições ambientais são diferentes das 
convencionais. 
Na produção de sementes sob plantio direto, algumas concepções de manejo das culturas têm que 
ser alteradas, pois estamos diante de um sistema que ainda está sob desenvolvimento, principalmente por 
parte da pesquisa. O fato é que áreas de produção de sementes sob plantio direto já existem e a busca pelo 
conhecimento da dinâmica de produção de sementes em plantio direto, foi a razão desse trabalho. 
 
2 Qualidade de sementes 
 
 A semente é o principal meio de propagação de plantas no tempo e no espaço. Por meio das 
sementes são transmitidos às sucessivas gerações os melhoramentos genéticos introduzidos pelos 
geneticistas. O reconhecimento e a importância da semente como fator de desenvolvimento agrícola são 
pontos de maior relevância. Como se verifica que, o agronegócio de sementes apesar de ter uma aparente 
tímida participação no PIB agrícola, é um dos grandes responsáveis pelos repetidos aumentos no volume 
total da safra de grãos, mais de 100 milhões de toneladas em 2001/2002. Este importante papel está 
representado pelo exemplo da soja que com pouco mais de 700 mil toneladas de sementes, produziu mais 
de 40 milhões de toneladas de grãos, algo em torno de R$13 bilhões (Souza, 2002). Devido a isso, existe 
uma grande preocupação quanto à qualidade da semente que será produzida e comercializada. 
Qualidade de sementes compreende uma série de características ou atributos que determinam seu 
poder germinativo. Entre os mais importantes parâmetros estão os genéticos, físicos, fisiológicos e 
sanitários (Marcos Filho, 1994). Os fatores genéticos capazes de afetarem a qualidade das sementes estão 
 4 
relacionados com o vigor e longevidade, como também com as vantagens auferidas pela heterose (vigor 
híbrido). Os fatores fisiológicos têm sua ação determinada principalmente, pelo ambiente no qual as 
sementes se formam e pelo manuseio das mesmas durante a fase de colheita, de beneficiamento e de 
armazenamento. Os fatores sanitários se caracterizam pelo efeito deletério provocado pela ocorrência de 
microorganismos e insetos associados às sementes, desde o campo de produção até o armazenamento 
(Lucca F°., 1985). A exceção dos genéticos, todos os fatores anteriormente citados são altamente 
influenciados pelas condições de solo e clima do local de produção. 
 
3 Plantio direto 
 
O sistema de plantio direto iniciou-se, no Brasil, cerca de 32 anos atrás buscando a conservação do 
solo e o controle da erosão. Atualmente, o sucesso desse sistema pode ser expresso pela área ocupada, com 
diversas culturas, que ultrapassa 14 milhões de hectares (Amaral, 2001). 
 O sistema de plantio direto baseia-se em programas de rotação de culturas e caracteriza-se pelo 
cultivo em terreno coberto por palha e/ou plantas em desenvolvimento e em ausência de preparo do solo, 
por tempo indeterminado. Consiste, também, na aplicação de todas as técnicas recomendadas para os 
diferentes cultivos e condições edafoclimáticas e todos os cuidados com a preservação e melhoria da 
qualidade ambiental (Fernandes & Heckler, 2000). 
A adoção do plantio direto como sistema de uso e manejo de solos implica na manutenção de restos 
vegetais na sua superfície, o que lhe proporciona cobertura suficiente para dissipação de energia cinética 
das gotas de chuva e barreiras para o escorrimento superficial das águas, diminuindo a degradação das 
terras por erosão (Rheinheimer et al., 1998). 
Três pré-requisitos tornam possível o plantio direto segundo Derpsch, (1991). O primeiro diz 
respeito à verificação da adequação do solo e a probabilidade de ocorrência de doenças e pragas em relação 
a economicidade do sistema. O segundo é a disponibilidade de semeadoras apropriadas. O terceiro é a 
existência no mercado de herbicidas eficazes e de baixo custo. Além desses três, o autor cita também que a 
correção do solo com calcário e elevação do fósforo ao nível desejado, deve ser feita antes da implantação 
do sistema. Deve-se também, corrigir algumas deformações no terreno como marcas de trilho, cupinzeiros e 
sulcos de erosão. A cobertura do solo por resíduos vegetais deve ser, de no mínimo, 50%. O emprego de 
um picador de palha na colhedora, ou no mínimo, a distribuição uniforme dos restos vegetais é obrigatória 
depois da colheita. 
 
 
 
 5 
4 Influência do plantio direto na produção de sementes 
 
4.1 Escolha da cultivar 
 
As indústrias privadas de sementes no Brasil não tem disponibilizado cultivares especialmente 
adaptadas às condições do plantiodireto, entretanto, uma iniciativa até mesmo pioneira nesse campo tem 
sido tomada pela CATI de São Paulo. O Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria 
de Assistência Técnica Integral (CATI) vem contribuindo para o avanço do plantio direto, por meio do 
desenvolvimento de cultivares de diversas espécies, adaptadas ao sistema. Desses, destacam-se cultivares 
de cereais de inverno (aveia-branca, aveia-preta, trigo e triticale), a cultivar de milho “AL”, as cultivares de 
painços AL Mogi e AL Tibagi, a setaria AL Piraju, o nabo forrageiro AL 1000, o girassol CATISSOL 01, 
variedade de guandu AL Mulato, sorgo CATISORGO 01 que aliam a produção econômica de grãos à 
produção de palha abundante e suficiente para atender a demanda do plantio direto na safra de verão (Portas 
& Denucci, 2002). Todo esse trabalho está sendo desenvolvido vinculado ao Projeto Plataforma Plantio 
direto, coordenado pela Embrapa, que diagnosticou, com muita ênfase para o Brasil Central, a necessidade 
de pesquisa e desenvolvimento de cultivares fornecedoras de palha adequada para o plantio direto. 
 
4.2 Escolha do local para a produção de sementes 
 
 A escolha do local de produção engloba vários fatores climáticos, topográficos e hídricos, e esses se 
tornam bem diferenciados quando sob sistema de plantio direto. 
A temperatura exerce uma grande influência sobre todas as fases do ciclo da cultura. Sob plantio 
direto, a cultura sofre menos com altas temperaturas do solo e com as oscilações na temperatura ao longo 
do dia pelo efeito da cobertura da superfície com palhada. Lal (1976) observou que as menores 
temperaturas no plantio direto são bastante vantajosas, especialmente em áreas onde a temperatura do solo 
excede os valores ótimos, e cita diferença máxima de até 11° C entre o plantio direto e as áreas preparadas 
convencionalmente. 
Também, o déficit hídrico é minimizado devido a maior retenção de água pela matéria orgânica e 
maior infiltração da água da chuva e de irrigação. Muitos trabalhos têm evidenciado que, em plantio direto, 
o conteúdo de água no solo é maior que em áreas cultivadas com preparo convencional. Sidiras et al. (1983) 
verificaram que, em plantio direto, o solo tem de 36% a 45% mais água disponível para as culturas, 
reduzindo as perdas por evaporação e aumentando seu armazenamento no solo. Sarvasi (1994) conduziu 
trabalhos em LATOSSOLO VERMELHO distroférrico, durante os anos agrícolas de 1989/1992. Estudando 
o efeito de diferentes sistemas de preparo do solo na dinâmica da água no solo e nas perdas de terra e água 
 6 
por erosão hídrica, esse autor observou que houve uma melhor resposta nos preparos reduzidos. O plantio 
direto e escarificação apresentaram menores perdas por erosão e maior armazenamento de água. 
Quanto ao solo alguns fatores devem ser levados em consideração como: o solo deve ser corrigido e 
com suficiente nível de fertilidade; deve apresentar-se o menos infestado possível para não acarretar 
problemas futuros com invasoras; sulcos, depressões e trilhas requerem aplainamento e solo compactado 
deve utilizar correção mecânica (subsolagem) (Marcos Filho, 1986; Cardoso, 2002). 
 
4.3 Manejo da cultura de cobertura 
 
 É importante ressaltar que, diante de um solo que já preencheu os quesitos necessários para a 
implantação do plantio direto, é necessário entrar com um planejamento de rotação de culturas comerciais, 
adubos verdes e plantas espontâneas. 
Se o preparo do solo ocorrer no final das águas, podem ser implantados adubos verdes de inverno 
como o milheto e o nabo forrageiro. No caso de preparo na seca ou início das águas recomenda-se utilizar 
adubos verdes de verão, como a crotalária, feijão guandu, o feijão de porco, guandu anão entre outros 
(Melarato, 1999). A Avena strigosa e Pennisetum meliaceum são duas das melhores espécies de plantas de 
cobertura de solo (Gazziero & Kokubun, 1998). 
Na época da implantação da cultura comercial, o adubo verde poderá ser dessecado com herbicida 
ou roçado antes da semeadura. 
No cerrado, culturas de cobertura podem ser usadas durante o pousio e início da estação chuvosa. 
Estudos foram conduzidos por Carvalho et al., (1999) nesse período e observaram que Canavalia 
brasiliensis, Mucuna pruriens e Crotalaria ochroleuca proporcionaram um incremento na produção de 
milho e aumento na acumulação de nitrogênio no grão quando em sucessão sob plantio direto em 
comparação ao sistema convencional. 
Em Ontario, existe uma certa restrição à rotação soja após trigo de inverno em solos argilosos, sob 
plantio direto, devido ao retardamento da emergência, diminuição do crescimento e redução na produção. 
Em estudos conduzidos por Vyn et al. (1998), o desenvolvimento da soja foi menor e a produção foi 
reduzida à medida que o resíduo de trigo aumentou. Possivelmente, devido às menores temperaturas do 
solo proporcionadas pelo acréscimo nos níveis de palhada na superfície. A influência, também pode ter sido 
causada por possíveis efeitos alelopáticos de substâncias liberadas da decomposição dos resíduos de trigo 
(Opoku et al., 1997). 
 
 
 
 7 
4.4 Semeadura 
 
 A época de plantio deve ser observada e considerada como uma agente que é influenciada pelas 
condições climáticas, principalmente, no florescimento e colheita. Disto dependerá a escolha também da 
cultivar ou híbrido, ou linhagem a ser adotada na implantação de um campo produtor de semente. 
 Em estudos conduzidos por Pereira et al. (2000), em Goiás, notou-se que a qualidade fisiológica e 
sanitária das sementes de soja foi influenciada pelas cultivares e pelas épocas de semeadura. A qualidade 
das sementes de soja produzidas na semeadura antecipada para o final de outubro (30/10) foi afetada pela 
deterioração causada por condições adversas de umidade e por danos mecânicos, aliados a incidência de 
patógenos, especialmente Phomopsis sojae, enquanto na semeadura retardada para o final de dezembro 
(30/12) foi afetada por danos mecânicos. Os danos totais por condições adversas de umidade foram maiores 
na semeadura antecipada para outubro, e as cultivares Rainha e EMGOPA 309 apresentaram danos 
menores em relação às demais (EMGOPA 304, EMGOPA 316, EMBRAPA 1, EMBRAPA 4 e Itiquira). Na 
época de semeadura antecipada, a cultivar Rainha produziu sementes com menor incidência de fungos (6%) 
enquanto as demais apresentaram valores muito altos de infecção (de 12% a 20%). 
 Alguns cuidados devem ser considerados antes da semeadura, como: o tratamento de semente que 
deve ser realizado no momento correto, regulagem da plantadeira (profundidade e disco correto), 
verificação da velocidade de plantio, existência de resíduos de herbicidas de culturas antecessoras e a 
localização do fertilizante muito próximo à semente (www.pioneer.com/brasil). 
O ato da semeadura sob plantio direto consiste na colocação da semente em sulco ou cova de solo 
não revolvido, com largura e profundidades suficientes para obter cobertura adequada e permitir um bom 
contato semente/solo. As semeadoras adaptadas cortam a vegetação e os restos da cultura anterior, abrem os 
sulcos, depositam as sementes e os fertilizantes, efetuando posteriormente a cobertura (Marcos Filho, 
1986). 
Em plantio direto há uma tendência de requerer maior quantidade e maior necessidade de 
tratamento de sementes com pesticida (Johnson, 1994). Taxas de semeadura de soja em plantio direto 
deveriam ser de 15% a 32% maior do que no sistema convencional se o desejo for uma produção 
equivalente (Oplinger & Philbrook, 1992). 
 O espaçamento influencia na produção de semente de soja, em plantio direto, como visto por 
Anaele & Bishnoi, (1992). Os autores testaram o efeito da semeadura da soja nos espaçamentos de 45 cm, 
60 cm e 90 cm e as produções seguiram essa mesma ordem 4t/ha, 3,13 t/ha, 2,49 t/ha. 
 A inoculação de sementes, sob plantio direto, com Bradyrhizobium japonicum, não influenciou na 
produção de sementes desoja (Campos, 1999). 
 
 8 
4.5 Manejo da fertilidade 
 
 O aumento da fertilidade do solo é uma das principais vantagens do plantio direto, devido ao 
eficiente controle da erosão do solo, um aumento no armazenamento de água, uma diminuição da 
temperatura do solo e o aumento da atividade biológica do solo e (Derpsch, 1991). Com o controle da 
erosão, as perdas de água e nutrientes por escorrimento superficial são mínimas. O solo coberto por palhada 
diminui a evaporação de água deixando o solo mais úmido e reduz as oscilações de temperatura, tornando-a 
mais amena. A palhada aumenta a quantidade de matéria orgânica no solo. Esta por sua vez, estimula a 
atividade biológica do solo, pois é a fornecedora de energia e nutrientes aos microorganismos. O estímulo à 
absorção de nutrientes pelas plantas, ao desenvolvimento radicular e a formação de órgãos reprodutivos são 
atribuídos à matéria orgânica (Melarato, 1999). Portanto, o plantio direto favorece a fertilidade do solo. 
A correção do solo, com calcário, é muito importante no plantio direto, pois, como no sistema 
convencional, a calagem neutraliza o efeito do alumínio, hidrogênio e manganês, enriquece o solo com 
cálcio e aumenta o pH. O método de aplicação do calcário na superfície do solo tem sido aprovado por 
vários pesquisadores (Moschler et al., 1973; Blevins et al., 1978; Koch & Estes, 1986 citados por Pöttker & 
Ben, 1998) desde que a área sob plantio direto tenha sido anteriormente calcariada pelo método 
convencional e que apresente bons níveis de nutrientes. A ação do corretivo aplicado na superfície é 
explicada pela porosidade contínua existente no plantio direto, pela mineralização lenta e gradual dos 
resíduos culturais e pela formação de sítios de matéria orgânica. A porosidade contínua existente no plantio 
direto devido aos canalículos de raízes de culturas anteriores, galerias de organismos e planos de fraqueza 
do solo, favorecem o deslocamento de partículas de calcário através do movimento descendente de água , 
promovendo a correção da acidez em outras camadas do perfil do solo. A mineralização lenta e gradual dos 
resíduos culturais depositados na superfície liberam entre os diversos compostos, ácidos orgânicos que 
complexam o alumínio ou mesmo liberam nitrato e sulfato que podem atuar como íon acompanhante, 
deslocando o cálcio no perfil do solo. A mistura de partículas de calcário com resíduos culturais devido à 
ação da fauna é transportada ao longo do perfil, formando “sítios de matéria orgânica” enriquecidos com 
cálcio e magnésio, proporcionando aumento do teor desses nutrientes para as raízes (Sá, 1997). Também, o 
gesso é usado como corretivo de subsolo, no plantio direto, para neutralizar o efeito do alumínio tóxico e 
para adicionar cálcio em profundidade promovendo o crescimento das raízes em profundidade (Ritchey et 
al., 1980; Pavan et al., 1984; Nogueira, 1985; Summer et al., 1986; Farina & Channon, 1988 citados por 
Caíres et al., 1998). 
O manejo do nitrogênio, principalmente, na forma de nitrato no milho, sob plantio direto, tem 
influenciado a presença de Cercospora zeamaydis. A presença de nitrato livre na planta de milho tem 
 9 
favorecido a ocorrência desse patógeno. Por isso, deve-se realizar a adubação nitrogenada mais cedo, não 
excedendo em quantidade e nem atrasando o momento da adubação (Fancelli, 2002). 
 Ainda na cultura do milho, a adubação foliar com manganês e cobre, entre a quarta e sexta folha, 
estimulam a produção de fitoalexinas. Essas substâncias ajudam na proteção natural contra a cercosporiose 
que aparece, geralmente, após a oitava folha (Fancelli, 2002). 
 A adubação nitrogenada além de contribuir na produtividade pode afetar o teor de proteína na 
semente e agir positivamente no vigor das sementes, como relatado em trigo (Carvalho & Nakagawa, 
1988). Observou-se que o plantio direto influenciou positivamente a produção de semente, a nodulação, o 
desenvolvimento da planta e a fixação de nitrogênio na soja. A nodulação em plantio direto foi de 4,5 
massa de nódulo/porcentagem parte aérea enquanto que, no cultivo convencional foi de 2,3 massa de 
nódulo/porcentagem parte aérea. O potencial de ganho de nitrogênio foi maior sob plantio direto (110 kg 
ha-1) do que no cultivo convencional (80 Kg ha-1) (Hughes & Herridge, 1989). Também, em um campo de 
produção de semente de soja sob plantio direto, Anaele & Bishnoi, (1992), observaram aumento de 
nitrogênio total, umidade e matéria orgânica no perfil (0 a 15 cm de profundidade) em relação ao 
convencional. Desse modo, a fixação de N2 atmosférico na cultura da soja é favorecida sob plantio direto e 
estudos mostram uma elevação para mais de 85% o teor de nitrogênio na semente (Wheatley et al., 1995). 
Entretanto, a qualidade de sementes de feijoeiro cultivar IAC-Carioca, cultivada convencionalmente, não 
foi afetada pelo fornecimento diferencial de nitrogênio bem como o de micronutrientes quando analisadas 
pelo teste de germinação e de plântulas anormais, não se observando acúmulo ou déficit de nutrientes nas 
sementes de feijoeiro (Ambrosano et al., 1999). Já, estudos com a aveia preta Nakagawa et al., (1994) 
verificaram que a adubação nitrogenada afetou o rendimento de sementes (Kg ha-1), a produção de 
sementes por planta e o peso hectolítrico, mas não afetou os componentes de produção, o teor de proteína e 
a qualidade fisiológica das sementes, no cultivo convencional. 
A adubação potássica influência no aumento no teor de óleo, enquanto que com a prática da 
calagem ocorre um aumento na concentração de proteína e diminuição do teor de óleo. Portanto, existe uma 
relação inversa entre o teor de óleo e o de proteína nos grãos de soja, e esses decorrentes da competição 
cálcio e potássio (Tanaka et al., 1995). A utilização de potássio, no plantio direto, pela cultura da soja foi 
diferente quando esta foi cultivada em monocultivo e em rotação com o trigo no inverno. O suprimento de 
potássio para as sementes não foi dependente das mesmas fontes. Menor taxa de acúmulo de potássio na 
rotação trigo/soja foi observada durante o enchimento de grãos, necessitando de maior redistribuição do 
potássio das partes vegetativas da planta para as sementes (Coale & Grove, 1991). 
 A influência da classe de solo, do plantio direto e da adubação com fósforo e potássio na produção 
de sementes de soja e no desenvolvimento da cultura foram estudadas por Hairston et al. (1990). Os autores 
verificaram que a produção de semente de soja diferiu de acordo com a classe de solo, obtendo valores 
 10 
médios de 1.687,37 L ha-1; 2.539,75 L ha-1 e 2.452,77 L ha-1 em silte argiloso, siltoso e areno siltoso, 
respectivamente. O plantio direto reduziu o desenvolvimento e a produção de sementes nas classes de solo 
estudadas. Sob plantio direto, a adubação com fósforo e potássio localizada produziu mais do que aplicados 
superficialmente nos solos estudados, exceto no areno siltoso. 
 
4.6 Manejo de plantas daninhas 
 
O sistema de plantio direto está ancorado num eficiente planejamento das culturas em rotação e de 
sua conseqüente produção de biomassa. As culturas escolhidas, de interesse comercial ou simplesmente 
para cobertura de solo, devem contemplar aspectos referentes ao manejo da fertilidade do solo, pragas, 
doenças e plantas daninhas e propiciar rentabilidade à propriedade rural (Bianchi, 2000). 
A rotação de culturas é uma prática de grande influência na diversidade de plantas daninhas, 
interferindo na redução e ampliando as condições de controle das mesmas. Esta prática dificulta o 
aparecimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas, pois ocorre uma maior diversificação no uso 
desses. 
 Sabe-se que, resíduos vegetais em quantidades superiores a 4t/ha, reduzem a densidade de plantas 
daninhas, atrasam sua emergência e diminuem a evaporação de água. Isto possibilita melhorar a eficiência 
do controle químico, bem como reduzir a área efetivamentecontrolada e as quantidades usadas de 
herbicidas (Bianchi, 2000). A presença de palhada na superfície do solo afeta a germinação de sementes de 
plantas daninhas pelo efeito físico e efeito alelopático. 
 No sistema de plantio direto ocorre uma redução de plantas daninhas ao longo dos anos, 
possibilitando a redução no uso de herbicidas (Heckler & Fernandes, 2000). Por exemplo, uma área com 
soja semeada sobre aveia preta e trigo, e milho semeado sobre ervilhaca, notou-se que o tipo de cultura de 
inverno e os sistemas de cultivo determinaram o número de plantas daninhas germinadas. Em plantio 
direto, devido a menor densidade de plantas daninhas, o uso de herbicidas poderá ser reduzido na soja 
semeada sobre aveia preta e no milho que sucede a ervilhaca (Bianchi, 2000). 
Os herbicidas usualmente, utilizados para o controle de plantas daninhas em plantio direto, as quais 
aparecem antes da cultura (incluindo soja e milho) que será semeada, são o glyphosate, sulphosate, paraquat 
e diquat em associação com o 2,4-D. Para o controle após semeadura, os mesmos herbicidas (pós-
emergência) recomendados no cultivo convencional são aplicados. O uso de herbicidas baseados em 2,4-D 
não é recomendado devido ao dano que causa em culturas susceptíveis. Os herbicidas devem ser utilizados 
dentro de um manejo integrado, em que se utiliza a alelopatia e métodos culturais como a rotação de 
culturas e plantas de cobertura do solo. Culturas semeadas, em plantio direto, com pouca cobertura do solo, 
sofrerão maiores problemas com plantas daninhas. Em plantio direto, a flora é sempre mudada e algumas 
 11 
espécies (como a Brachiaria plantaginea) tendem a diminuírem, entretanto outras tendem a aumentar 
(como Sida rhombifolia, Digitaria insulares, Senecio brasiliensis, Conyza bonariensis). O número de 
fatores envolvidos na mudança de plantas daninhas inclui a alelopatia, alterações no banco de sementes do 
solo, mudanças na temperatura, umidade e composição física e química do solo (Gazziero & Kokubun, 
1998). 
 Anaele & Bishnoi, (1992) observaram que, sobre palhada de trigo, em plantio direto, a infestação 
de plantas daninhas na cultura da soja, foi significativamente menor com herbicida e foi menor no 
espaçamento de 45 cm em relação ao de 60 cm e 90 cm entre linhas. 
 Na produção de sementes de soja não foi verificada a influência de herbicida de pré (0,45 kg ha-1 
metribuzin) e pós-emergência (0,01 kg ha-1 chlorimuron; 0,22 kg ha-1 2,4-D; 0,56 kg ha-1 linuron; 0,09-0,16 
kg ha-1 quizalop; 0,56-0,84 kg ha-1 bentazone e 0,28 kg ha-1 acifluorfen) sozinhos ou em combinação 
(Heartley et al., 1992). 
 Herbicidas aplicados na cultura anterior podem afetar as próximas que a sucederão. A sensibilidade 
da cultura ao resíduo do herbicida pode ser afetada pelo sistema de preparo do solo, pH, textura, fonte de 
fertilizante a base de nitrogênio e quantidade de chuva. O preparo do solo influencia na distribuição e na 
dissipação do resíduo do herbicida no perfil do solo, o qual pode alterar o grau de injúria na planta ocorrida 
no ano posterior a aplicação (Pawlak et al, 1987). Kells et al. (1980) encontraram que a taxa de dissipação 
da atrazina foi maior sob plantio direto do que no convencional. Semelhantemente, Baumann & Ross 
(1983), evidenciaram menor persistência de atrazina sob plantio direto do que sob cultivo convencional. A 
taxa de degradação da atrazina em solos está ligada ao pH do solo (Kells et al., 1980). Hiltbold & Buchanan 
(1977) encontraram que a persistência da atrazina estava ligada à textura do solo e ao pH. Quando se 
utilizou como fonte de adubação nitrogenada, o nitrato de sódio, a eficácia e longevidade da atrazina foram 
maiores em relação ao nitrato de amônio (Lowder & Weber, 1979). O uso de fertilizantes nitrogenados 
acidificantes no plantio direto resulta na acidificação da superfície do solo, no qual a degradação da atrazina 
se torna mais rápida devida a hidrólises químicas (Kells et al., 1980). A retenção de atrazina em resíduos de 
culturas depende principalmente do total de chuvas recebidas e do tipo de resíduo (Pawlak et al, 1987). 
 
4.7 Manejo de pragas 
 
A produção e a preservação de palha na superfície do solo, um dos requisitos do sistema plantio 
direto, altera substancialmente o microclima e, em conseqüência, a composição da fauna nociva e benéfica; 
pragas de superfície de solo são as mais atingidas, podendo o efeito da palha ser positivo ou negativo paras 
mesmas. A rotação de culturas e a dessecação química exercem efeito marcante sobre a fauna edafícola. A 
rotação ou sucessão de culturas favorece ou desfavorece essas espécies pois, a capacidade de sobrevivência 
 12 
depende da habilidade em utilizar vários hospedeiros. A utilização de dessecantes, em plantas cultivadas 
para a proteção do solo, suprime drasticamente o alimento de insetos e outros pequenos animais fitófagos 
na área (Salvador et al., 2002). 
No sistema de plantio direto, as pragas de hábitos subterrâneos são as mais importantes. Devido a 
ausência de preparo do solo, desenvolvem-se grupos de pragas com ciclo biológico mais longo em relação 
ao das culturas. A maioria desses insetos considerados pragas são polífagos e utilizam como hospedeiros 
culturas como milho, soja, trigo, arroz e feijão, usualmente componentes do sistema de plantio direto. 
Vários grupos de insetos danificam as sementes após o plantio ou atacam o sistema radicular dessas 
culturas. Geralmente, o ataque acarreta falhas nas lavouras e as plantas sobreviventes tornam-se 
improdutivas ou aumentam as perdas na colheita, devido ao tombamento, ou aos danos causados às 
sementes e ao sistema radicular (Cruz et al., 2001). Vyn et al., (1998) estudando o efeito da palhada de trigo 
na cultura da soja atribuíram efeitos negativos à cultura, possivelmente à associação da palhada com insetos 
praga. 
As populações de insetos são influenciadas pelos métodos de preparo do solo. As melhores 
condições de umidade do solo e temperatura sob camada de cobertura morta podem favorecer o 
desenvolvimento de alguns grupos de insetos ou ser prejudiciais a outros (Tabela 1) (Derpsch et al., 1991). 
Ferreira, (1984) citado por Derpsch et al., (1991) verificou em cultivo de soja, numa média de três anos, o 
aumento de certos parasitas importantes, notadamente o Thrips. Porém, esse aumento não chegou a 
prejudicar a produção. Foi observado, entretanto, uma diminuição no ataque de Elasmopalpus sp. no trigo e 
lagartas Spodoptera no milho. Provavelmente, pelas maiores populações de inimigos naturais, favorecidos 
pelas condições adequadas de umidade e temperatura existentes na camada de cobertura morta (Derpsch et 
al., 1991). A infestação da Elasmopalpus sp. chega a ser duas vezes mais em cultivo convencional do que 
em plantio direto. Nesse caso, as fêmeas preferem depositar os ovos no solo arado e gradeado do que sobre 
cobertura vegetal existente em plantio direto (Viana et al., 2001). 
As principais pragas subterrâneas encontradas na cultura do milho sob plantio direto têm sido a 
Lagarta-rosca, (A. ipsilon), e o percevejo castanho, (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae), o 
Bicho-bolo, coro ou pão-de-galinha (Eutheola humilis, Dyscinetus dubius, Stenocrates sp., Liogenys sp.) e 
Larva arame (Conoderus spp., Melanotus spp.) devido a maior umidade do solo encontrada sob esse 
sistema favorecendo a biologia dessas pragas. Entretanto, a maior ocorrência de larvas da Diabrotica spp., 
praga do milho, tem sido encontrada em área preparada com arado de aiveca, do que em área sob plantio 
direto (Viana et al., 2001). 
 
 
 
 13 
 
TABELA 1 Influência de plantio direto (PD) e preparo convencional (PC) sobre a ocorrência de algumas 
pragas em soja, milho, trigo e feijão*. 
Fonte Pragas PC PD 
Soja (insetos/2 m lineares de plantas) 
Ferreira, (1984) Lagartas: Anticarsia sp. e Pseudoplusia sp. 6,0 8,3 
 Hedylepta sp. 3,2 3,9 
Ferreira, (1984) Percevejos:Nezara sp, Piezodorus sp. e Euschistus sp. 6,2 7,7 
Ferreira, (1984) Tripes: Calliothrips sp. e Frankliniella sp 98,4 134,4 
Feijão (número/m2) 
Insetos: Diabrotica sp. 2,3 1,7 
Hohmann & Carvalho, (1981) 
Empoasca sp. 1,6 0,5 
Milho (% cartuchos destruídos) 
Carvalho & Bianco, (1981) Lagarta: Spodoptera sp. 5,0 2,5 
Trigo (% plantas atacadas ou mortas) 
Carvalho & Silva, (1981) Lagartas: Elasmopalpus sp. 22,3 9,8 
Pulgões: Metopolophium sp. 87,5 14,8 
Carvalho & Silva, (1981) 
Sitobium sp. 11,7 1,8 
*Fonte: Derpsch et al., (1991). 
 
Com relação as pragas de parte aérea do milho tanto no plantio direto como no convencional, 
apenas algumas são consideradas de importância econômica em todas as áreas de cultivo (Silva, 1998). 
Entre tais pragas, destacam-se as cigarrinhas Dalbulus maidis e Deois flavopicta, os percevejos da Nezara 
viridula, Dichelops melacanthus e D. furcatus e a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda. Com relação 
a essas pragas pode-se distinguir como de grande importância em campo de produção de sementes 
Dalbulus maidis pois, tem a capacidade de transmitir , de forma persistente e propagativa, o vírus da risca 
do milho (MRFV) e dois molicutes associados ao enfezamento, Spiroplasma kunkelii e o fitoplasma 
(MBSP). Também, cita-se os danos do percevejo verde (N. viridula) que ataca os grãos em formação 
afetando a qualidade (teor de óleo e proteína), a estética do grão e reduzindo a germinação das sementes 
(Viana et al., 2001). 
Na cultura da soja é relata maior abundância de artrópodos em sistemas conservacionistas 
(Hammond & Stinner, 1987 citado por Viana, 2001). Corrêa-Ferreira, (1984) comparando o efeito do 
sistema de plantio direto e convencional, durante três safras em Londrina (PR), na ocorrência de insetos 
praga, verificou que a população de insetos como Anticarsia gemmatalis, percevejos sugadores de 
 14 
sementes, tripes, Hedylepta indicata e Epinotia aporema, foi em média mais elevada no sistema de plantio 
direto. A ocorrência de Sternechus subsignatus, é maior em semeadura direta do que na convencional 
(Hoffmann-Campo et al., 1991). O aumento de problemas com escarabeídeos, como Diloboderus abderus, 
em locais de plantio direto tem ocorrido devido a preferência das fêmeas desse inseto em ovipositar em solo 
não lavrado e ricos em matéria orgânica (Silva et al., 1994). Tem-se observado também, a ocorrência de 
outros invertebrados como piolho-de-cobra (Miriapoda e Diploda), lesmas e caracóis, causando dano mais 
intenso à soja em plantio direto, especialmente em períodos chuvosos (Viana, 2001). 
 
4.8 Manejo de doenças 
 
 A influência dos restos vegetais sobre o solo faz com que fungos se desenvolvam bem, pois a 
palhada propicia condições de sobrevivência e fonte de constante propagação de esporos (Tabela 2). Então, 
o plantio direto, deve ser utilizado dentro de um sistema de rotação de culturas bastante diversificado e 
provavelmente, um aumento no uso de fungicidas poderá ser necessário (Derpsch et al., 1991). 
 Segundo Fancelli (2002), evidencia-se uma tendência de atribuir o sistema de plantio direto pela 
expansão da cercosporiose na cultura do milho, principalmente nos Cerrados. Segundo esse mesmo autor, 
outro patógeno importante é a Diplodia macrospora. A incidência desses patógenos tem sido atribuída à 
falta de rotação de culturas e ao ambiente favorável (alta umidade devido à irrigação ou mesmo 
prolongamento do período de chuvas). O plantio direto mal manejado proporciona o aparecimento de 
fungos, principalmente de natureza necrotrófica, que sobrevivem em restos culturais. Isso possivelmente 
explica o aumento de doenças na região Centro Oeste. A C. zeamaydis é difundida por esporos, estes são 
pesados e sua disseminação pelo vento não explica sua rápida dispersão em vários estados brasileiros 
(Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul). Existem suposições de que ela esteja sendo veiculada 
via semente ou a possibilidade de se tratar de uma nova espécie desse patógeno, mas ainda não se tem 
registro na literatura. 
 No plantio direto da soja, tem-se observado um aumento da incidência de algumas doenças 
e uma redução de outras. Muitos são os fatores que influenciam, porém, os mais importantes têm sido a 
fertilidade do solo e a conservação da água no solo, os quais promovem crescimento e abrigo aos 
patógenos. Na Argentina e em muitos países tem-se registrado o aumento da incidência de muitas doenças 
na soja em monocultura em plantio direto e em cultivos mínimos. Entre as mais importantes doenças estão: 
podridão branca da haste ou podridão de sclerotinia (Sclerotinia sclerotiorum), cancro da haste (Diaporthe 
phaseolorum var. meridionalis), podridão das raízes (Phytophthora sojae), antracnose (Colletotrichum 
spp.), podridão parda da haste (Phialophora gregata) e doenças bacterianas (Tabela 2). 
 
 15 
 
Tabela 2 Algumas culturas, doenças e patógenos favorecidos pelo plantio direto*. 
Cultura Patógeno 
Trigo e triticale 
Mal-do-pé Gäuemannomyces graminis var. tritici 
Mancha da folha e da gluma Septoria nodorum 
Mancha salpicada da folha Septoria tritici 
Mancha amarela da folha Drechslera tritici-repentis 
Helmintosporiose Bipolaris sorokiniana 
Cevada 
Mancha-em-rede Drechslera teres 
Escaldadura Rhynchosporium secalis 
Helmintosporiose Bipolaris sorokiniana 
Septoriose Septoria sp. 
Mal-do-pé G. graminis var. tritici 
Aveia 
Helmintosporiose Drechslera avenae 
Feijão 
Mancha-angular Phaeoisariopsis griseola 
Antracnose Colletotrichum lindemuthianum 
Mofo-branco Sclerotinia sclerotiorum 
Soja 
Cancro da haste Phomopsis phaseoli f. sp. Meridionalis 
Septoriose Septoria glycines 
Antracnose Colletotrichum truncatum 
Cercosporiose Cercospora kikuchii 
Mofo-branco Sclerotinia sclerotiorum 
Milho 
Mancha-branca da folha Phaeosphaeria maydis 
Helmintosporiose Bipolaris maydis e Exserohilum turcicum 
Podridão de diplodia Diplodia maydis e D. macrospora 
Podridão de Fusarium Fusarium graminearum e F. moliniforme 
Antracnose Colletotrichum graminicola 
Sorgo 
Antracnose Colletotrichum graminicola 
Helmintosporiose Exserohilum turcicum e Curvularia sp. 
*Zambolim et al., (2001). 
 
Anaele & Bishnoi, (1992) também observaram que, a incidência de doenças e a infestação por 
bactérias foram maiores no plantio direto em relação ao convencional, em campo produtor de semente de 
soja. Por outro lado, a incidência de outras doenças como mancha parda ou septoriose (Septoria glycines) e 
 16 
podridão preta das raízes (Macrophomina phaseolina) podem diminuir em plantio direto e em cultivos 
mínimos. 
O efeito benéfico da rotação de cultura em plantio direto num estudo conduzido no Paraná, sobre a 
incidência de Sclerotium rolfsii mostrou que sob cultivo convencional o número de plantas infectadas foi de 
6,87% enquanto que no plantio direto esse número caiu para 1,05% (Almeida et al., 2000). Então, práticas 
culturais de rotação de culturas, uso de variedades resistentes ou tolerantes, semeadura em data apropriada, 
adequado espaçamento entre linhas e população de plantas, controle de planta daninha e insetos, aumento 
na fertilidade do solo, uso de fungicida, controle biológico, seleção de sementes de alta qualidade e isenta 
de doenças e tratamento de sementes, são recomendadas para diminuir a incidência de doenças (Vallone & 
Kokubun, 1998). 
Adee et al. (1994) observou o efeito da seqüência de rotação e do tipo de sistema de preparo do solo 
na incidência de podridão parda da haste (PPH) (Phialophora gregata) na cultura da soja em rotação com o 
milho. A severidade dessa doença foi 38% maior e a produção de soja 10% menor em plantio direto em 
relação ao convencional. A severidade da PPH foi 30% maior e a produção 15% menor em cultivo de soja 
alternado anualmente em plantio direto do que no convencional. Quando plantou soja no primeiro ano e 
após 5 anos de milho teve 44% menos severidade de PPH, incremento na produção de11% e 4,8% no 
aumento de peso de sementes do que na soja anualmente alternada com milho. A severidade da PPH tendeu 
em aumentar e a produção e o peso de sementes diminuir com o aumento na freqüência de soja na rotação. 
A redução da produção de soja observada no plantio direto e em rotações mais curtas foi atribuída 
principalmente à maior severidade de PPH. 
A semente se constitui no meio mais eficiente de disseminação de patógenos, proporcionando a 
introdução de doenças em novas áreas (Tabela 3). A transmissão de patógenos via semente pode ser 
avaliada sob dois aspectos. Patógenos que causam danos no campo, restringindo seu efeito na redução de 
rendimento, sem, no entanto, afetar a viabilidade de sementes e outros patógenos que se caracterizam por 
além de provocar redução no rendimento, concentrar seus efeitos sobre a semente. 
Os efeitos das bactérias sobre as sementes são o apodrecimento das mesmas por ocasião da 
germinação, morte de plântulas, e descoloração do tegumento (Xanthomonas e Pseudomonas em sementes 
de feijão). Os danos mais comuns provocados por fungos nas sementes, citam-se o aborto, a redução do 
tamanho, a podridão, a esclerotisação, as necroses, a descoloração, a redução de viabilidade e a perda de 
germinação. Os vírus, geralmente, causam aborto das sementes, alterações morfológicas e descoloração das 
sementes (F°. Lucca, 1985). 
O tratamento da semente de soja com fungicida nem sempre é necessário para obter um estande 
adequado e produção de sementes de alta qualidade. A resposta do tratamento está relacionada à qualidade 
 17 
da semente e a susceptibilidade da cultivar a doenças de “seedlings” do que aos sistemas de preparo do solo 
(Lueschen et al., 1991). 
 
Tabela 3 Patógenos associados às sementes de espécies de plantas empregadas em sistema de plantio 
direto*. 
Cultura Patógeno 
Trigo 
(T. aestivum) 
Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis, Fusarium graminearum, 
Pyricularia grisea, Septoria nodorum, S. tritici, Pseudomonas syringae pv. Syringae, 
Xanthomonas campestris pv. undulosa 
Feijão 
(P. vulgaris) 
Colletotrichum lindemunthianum, Fusarium oxysporum f. sp. Phaseoli, F. solani f. 
sp. Phaseoli, Rhizoctonia solani, Virús do mosaico comum do feijão, Pseudomonas 
phaseolicola 
Soja 
(G. max) 
C. truncatum, Diaporthe phaseolorum f. sp. sojae, D. phaseolorum f.sp. 
meridionalis, Fusarium solani, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani, 
Heterodera glycines 
Triticale 
(X. triticosecale) 
Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis, F. graminearum, Septoria 
nodorum, Xanthomonas campestris pv. undulosa 
Aveia 
(Avena sativa) 
Drechslera avenae, Xanthomonas campestris pv. coronafaciens 
Cevada 
(Hordeum 
vulgare) 
B. sorokiniana, Drechslera gramínea, D. teres, F. graminearum, Rhynchosporium 
secalis, X. campestris pv. undulosa 
Milho 
(Z. mays) 
Cephalosporium sp., Diplodia maydis, D. macrospora , F. moniliforme, F. 
graminearum 
Sorgo 
(Sorghum bicolor) 
C. graminicola, F. moniliforme 
*Mehta (1993), Mehta & Barea (1994), Reis & Casa (1998), Sinclair & Backman (1989) e Shurtleff (1980) citados por Zambolim 
et al., (2001). 
 
4.9 Manejo da irrigação 
 
 A produção de sementes é conduzida, principalmente, sob irrigação, então, se faz necessário saber 
um pouco mais sob essa prática em plantio direto e suas conseqüências. 
 18 
 No oeste de Nebraska, foi conduzido um experimento em que foi avaliado o efeito do resíduo da 
cultura de cobertura e irrigação (incluindo precipitação pluviométrica) na emergência da soja e produção de 
grãos. A emergência não foi afetada pela palhada em níveis menores que 3,17t/ha. O volume de colheita foi 
maior nas parcelas irrigadas (Williams et al., 2000). 
 
4.10 Colheita 
 
A semente é muito sensível à ocorrência de danos mecânicos depreciando sua qualidade física, 
fisiológica e sanitária, devendo esta ser colhida, beneficiada e armazenada com bastante cuidado, visando 
preservar sua qualidade. 
Nas safras que ocorrem estiagens o plantio direto tem sido vantajoso, em campo de produção de 
semente de soja, porém, esse sistema pode acarretar atraso no processo de maturação devido a maior 
quantidade de matéria orgânica, maior disponibilidade de água e de fósforo na camada superficial do solo. 
Esse atraso pode ser prejudicial à qualidade das sementes de soja, pois esta permaneceria exposta durante 
período de tempo prolongado às condições adversas de ambiente (Marcos Filho, 1986). Mas, não há até o 
momento, volume de informações suficientes para concretizar o assunto). 
O mesmo ensaio de Williams et al., (2000), verificou a influência da cultura de cobertura na 
colheita de sementes de soja. Quando a biomassa da cultura de cobertura foi maior que 2,17t/ha, houve 
redução do volume de colheita de 33% a 44% durante a metade da estação seca. 
 
4.11 Influência na produtividade de sementes 
 
 Em ensaios de campo de produção de semente de soja em rotação com o trigo, no Alabama, o 
sistema de plantio direto proporcionou menor produção (2,74 t ha-1) em relação ao cultivo convencional 
(3.67 t ha-1) (Anaele & Bishnoi, 1992). O mesmo ocorreu na produção de soja na rotação com trigo, na 
Bulgária, durante o período de 1997 a 1999, (Stoyanova, 2000). Entretanto, diferenças não foram 
observadas na produção de grãos, umidade, proteína e conteúdo de óleo em grãos de soja, cultivadas sob 
plantio direto e convencional (Yusuf et al., 1999). A produção de sementes de soja também não foi afetada 
pelo sistema plantio direto (Sukyeong et al., 1998). 
Após três anos de cultivos, sob plantio direto, nenhuma redução foi observada na produção de 
sementes de soja e de grãos de sorgo, em rotação. A adoção do plantio direto produziu mais e reduziu os 
custos de produção por eliminação de operações de cultivo em relação ao cultivo convencional (Dickey et 
al., 1994). 
 
 19 
5 Conclusão 
 
O plantio direto não será o fator que determinará se uma semente será de boa ou má qualidade. 
Entretanto, o correto manejo da adubação, calagem, rotação de culturas, controle de pragas e doenças 
poderão influenciar na qualidade da semente produzida. Aliado ao manejo da cultura no campo estará o 
importante papel desempenhado pelos melhoristas no desenvolvimento de materiais produtores de palha, 
que sejam produtivos e tolerantes à doenças e pragas. 
 
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