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CIRCOVIROSE SUÍNA FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II Etiologia Patogenia Formas de Transmissão: Vertical e Horizontal Principais Síndromes: SMDS – Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno Pneumonia Necrosante Proliferativa Síndrome da Nefropatia e Dermatite Porcina Falha Reprodutiva Tratamento (Vacina) ETIOLOGIA Descoberto primeira vez em 1974. Primeiro vírus animal contendo genoma circular de DNA Família Circoviridae Característica familiar da Circoviridae é a associação de doenças que causam Lesões nos Tecidos Linfoides e a Imunossupressão. Replicação Autonômica ETIOLOGIA Possui duas divisões : PCV1 e PCV2 PCV1- Foi detectada a presença de Ac para o Ag, mas o mesmo não apresentou capacidade infecciosa e assim foi considerado Não Patogênico. PCV2- Possui capacidade infecciosa e tem sido associada com a PMWS (SMDS) e PDNS (SDN). Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno Síndrome da Dermatite e Nefropatia. Pneumonia Necrotizante Proliferativa Falha Reprodutiva PATOGENIA Ampla habilidade de infecção de células, seja de origem epitelial, endotelial e mieloide. O DNA do PCV2 foi diagnosticado em órgãos como linfonodos, amígdalas, pulmões, baço, rins, pele, fígado. Nível celular de macrófagos, células histiocíticas, dendríticas e células de kuppfer. PATOGENIA A ativação das células do Sistema Imune na fase precoce da infecção, será de fundamental importância para a expressão da virulência do vírus, onde com a presença de Imunoestimulação terá maiores chances da progressão das doenças associadas ao PCV2. FORMAS DE TRANSMISSÃO Vertical É possível podendo ser diagnosticada em leitões abortados (entendendo transmissão vertical como a passagem do vírus de uma geração para outra por infecção do embrião ou feto no útero) e em varrascos com sêmen contaminado (produto a ser inseridos em porcas por inseminação). FORMAS DE TRANSMISSÃO Horizontal A transmissão de forma Horizontal é de grande eficiência. O PCV de acordo com estudos está presente em todas as vias de secreção e excreção do Hospedeiro: Nasais, oculares, bronquiais e tonsilares, além de fezes, saliva e urina. Há estudos que comprovam a disseminação do vírus por via aérea, já que a principal via de transmissão horizontal seja a oro-nasal. Imunodepressão É a base de tudo, onde o sistema imune ineficiente deixará portas abertas para demais agentes, e o próprio organismo susceptível à infecções secundárias. Incapacitando o próprio animal de se defender, e facilitando seu definhamento. Onde ocorre a imunodepressão? A imunodepressão inicia com a infecção das células apresentadoras de Antígeno. Macrófagos ( Sistema mononuclear-fagocitário, Ils – 1, 12, 23 e TNF- Alfa) Células Dendríticas ( Captura e Transporta Ag p/ Linfonodos) Fazendo estas de ‘fábricas’ para proliferação viral. Debilitando o Sistema Imune do hospedeiro e sucessivamente permitindo a entrada de outros patógenos. SMDS- Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno, é a principal síndrome oportunista do Circovírus Porcino. Conhecida clinicamente ao apresentar sinais clínicos como dispneia progressiva, emagrecimento, icterícia e o aumento dos linfonodos. Principais funções dos Pulmões Fornecer Oxigênio ao sangue. Conversão de Sangue Venoso em Sangue Arterial HEMATOSE Pneumonia e Broncopneumonia Na pneumonia e broncopneumonia, estarão presentes outros agentes patogênicos que vão agravar a doença como Mycoplasma hyopneumoniae e o Vírus da Influenza, os pulmões vão ficar com uma alta carga de secreção muco purulenta (catarro e pus), dificultando a respiração levando a uma dispneia expiratória progressiva (agravada pela dispneia de origem anêmica), para compensação da falta de oxigênio nos demais tecidos do corpo, a frequência cardíaca será elevada. Sinais Clínicos Febre Dificuldade de Respiratória Cansaço Aumento da Frequência Cardíaca Tosse Hiperventilação pH= pKa + log[HCO3-] 0,03 x PaCo2 Funções do Fígado Emulsificação de gorduras (bile) Síntese de proteínas do plasma Desintoxicação de drogas Gliconeogenese Transformação de proteínas em aas e a síntese de aas não essenciais em proteínas essenciais Filtração do sangue enviando para rins as toxinas para serem eliminadas. Primeira hidroxilação da Vitamina 1, 25 Diihidroxcolicalciferol Transforma gordura da alimentação e gordura acumulada como fonte de energia quando necessário. Transformação de Amônia em Uréia Hepatite Ocorre pela necrose dos hepatócitos, com isso o metabolismo de nutrientes, principal disfunção ficará ineficiente prejudicando os demais sistemas do corpo, onde terá redução de hematopoiese, contribuindo para a anemia, falha na execução de armazenamento de vitaminas, síntese da bile, do glicogênio hepático, do colesterol, conversão amônia-uréia, metabolismo de fármacos entre outras. Sinais Clínicos Anemia Emagrecimento progressivo Hepatomegalia Hiperamonemia ( Aumento significativo de Amônia no sangue) – Letargia, Hiperventilação, Perda de apetite, Menor crescimento, Problemas neurológicos. Anemia Sequestro de ferro para tecidos (Hemocromatose) Falha Hepática (Metabolismo de Nutrientes, Hematopoiese) Falha Renal (Eritropoietina) Síndrome da Má Absorção (Intestino Delgado) Hemorragias (Úlceras Gástricas) Sinais Clínicos Letargia Fadiga Indisposição Icterícia (Palidez da Pele) Enoftalmia Apresentação da Linha da Coluna Hemocromatose – Fadiga, Astenia, Perda de Peso, Insuficiência Hepática, Insuficiências e Arritmias Cardíacas. PNP- Pneumonia Necrosante Proliferativa Forma acentuada da Pneumonia Intersticial, também associada a outros agentes agrava ainda mais o estado do animal deixando-o mais debilitado. Precursor da Síndrome Respiratória Reprodutiva Porcino Sinais Clínicos Os sinais clínicos da Pneumonia Necrosante Proliferativa são indistinguíveis dos sinais da Síndrome Multisistêmica do Definhamento Suíno. Podendo ser distinguidas apenas com análise Histopatológica, onde na PNP encontrará Hipertrofia dos pulmões e a proliferação de Pneumócitos tipo 2 (Surfactante). Tosse – Devido secreções, conteúdo proteináceo e edema intersticial Conteúdo proteináceo - Proveniente do excesso de resposta imune. Edema – Deficiência de Albumina Febre – Resposta à infecção Hipersensibilidade Tipo III Causada pela deposição de imunocomplexos (Antígeno + Anticorpos) nas paredes dos capilares vasculares e glomerulares (renais). A partir do imunocomplexo formado associado com proteínas do complemento (C3a, C4a, C5a) vão recrutar células (Mastócitos) para desencadear os processos pró inflamatórios no local onde se encontra o imunocomplexo. Síndrome de Nefropatia e Dermatite Suína (PDNS) O PDNS pode afetar suínos da recria, engorda e esporadicamente, animais adultos, o índice de mortalidade é subjetivo pois depende de fatores como o grau em que se encontra a doença e idade do animal. Órgãos afetados Linfonodos Rim Intestino Baço Sinais clínicos Lesões de pele Edema de membros inferiores Ascite Diarreia Anemia Alterações Sistema Nervoso Central Febre Prostação Hemorragia Luta (antígeno+ anticorpo), anticorpo + sistema complemento = imunocomplexos Fisiopatologia A deposição de imunocomplexos nos órgãos e na pele é um precursor para as lesões, por causa da hipersensibilidade tipo 3 começa a estimular fatores de necrose, levando a lesão na derme, epiderme. Os imunocomplexos também estão presente no trato intestinal levando a ulcerações gástricas, diminuindo a absorção de nutrientes ( Íons de cálcio, fósforo, vitaminas e água), aumentando a rapidez do trânsito no trato, consequentemente causando a diarreia, e hemorragia. A síntese de proteínas nobres tais como a albumina, que é importante para manter a água dentro da circulação, em disfunção disso a redução dos níveis de albumina, altera a pressão oncótica – hidrostática, a água escapa dos vasos, extravasando para os tecidos que estão debaixo da pele e produz inchaço, chamado de edema ocorrendo principalmente nos membros inferiores, e abdome (ascite). O rim é responsável pela formação da eritropoietina que age na medula óssea estimulando a produção de células vermelhas – a falta de sangue leva a anemia, as hemoglobinas são responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos em sua disfunção o animal tende posteriormente, hipóxia, e em decorrência a apatia. O fígado e o rim tem função de produção de gliconeogenese (é o processo através do qual precursores como lactato, piruvato, glicerol e aas são convertidos em glicose), se o organismo estiver perdendo energia e não estiver repondo essa energia o animal tende a cansar mais rápido, juntamente devido a Hipóxia, posteriormente a uma fadiga muscular, prostração. O rim é responsável pela segunda hidroxilação do colecalciferol (vitamina D3) – Deficiência da ativação na vitamina D3, no intestino não terá absorção de cálcio- deficiência de cálcio – ossos fracos- Raios-X. O rim é responsável pela remoção de substâncias – Excreção de metabolitos do organismo - exemplo alguns compostos como a amônia que são eliminados via renal, não podem ficar de forma constante na circulação sanguínea, podendo ocasionar alterações no sistema nervoso central, convulsões, perda de consciência. Controle de pressão e da volemia: Fazendo vasoconstrição, aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e, portanto, eleva a pressão arterial. Além do poder vasoconstritor, a angiotensina é um dos fatores que provocam na glândula adrenal, aumentando a secreção do hormônio aldosterona na qual aumenta a reabsorção de sal + água no túbulo contorcido distal angiotensina 2 trabalha na secreção hormônio antidiurético ADH que atua no ducto coletor aumentando a permeabilidade. Febre – É uma resposta a substancias pirogênicas secretadas por macrófagos (função dos macrófagos- função de detectar e fagocitar microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos) em resposta a uma inflamação. Elas liberam prostaglandinas e ácido araquidônico que elevam o ponto de ajuste do termostato (região do hipotálamo, então o hipotálamo passa a entender que manter a temperatura alta seja o normal). Falhas Reprodutivas As falhas reprodutivas como abortos, natimortos e mumificados são manifestações clínicas reproduzidas experimentalmente com PCV2. O DNA de PCV2 já foi detectado em sêmen de machos suínos infectados representam um fator importante na disseminação do PCV2 dentro do plantel, principalmente através de sêmen infectado. Isso sugere que o PCV2, assim como outros vírus de transmissão genital, pode infectar células do sistema reprodutivo do macho, manter uma produção viral eficiente capaz de ser transmitido pelo sêmen, infectar fêmeas e consequentemente levar à patologia reprodutiva. Prevenção e controle da circovirose O fato de a Circovirose ser uma doença de natureza multifatorial implica que as medidas necessárias para a sua prevenção e/ou controle A principal vacina utilizada é a CIRCOVAC ®, Conforme a bula a vacina deve ser feita nas porcas para posteriormente a proteção passiva via colostro para com os leitões, a dose administrada é 2 ml da vacina, via intramuscular ao menos duas semanas antes da parição. Se os animais forem de origem desconhecida aplicar 0,5 ml da dose normal (1-4) a partir de 3-4 semanas via intramuscular.