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Brachiaria decumbens

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Brachiaria decumbens:
 
O que é fotossensibilização? 
É uma sensibilidade exagerada da pele à luz solar, 
induzida pela presença de um agente 
fotodinâmico (agente cuja estrutura química 
absorva uma quantidade considerável de luz 
solar, e transforma essa luz solar em energia e 
leva essa energia para as células, causando 
edema e consequentemente dermatite). Pode ser 
classificado em: 
➔ Tipo 1- fotossensibilização primária: os 
agentes fotodinâmicos são exógenos. 
➔ Tipo 2- fotossensibilização causada por 
síntese de pigmentos aberrantes, origem 
hereditária. 
➔ Tipo 3- fotossensibilização hepatógena, 
ocorre pelo acúmulo de filoeritrina, 
formado pela degradação da clorofila e 
normalmente a filoeritrina é metabolizada 
no fígado e excretada na bile, mas o 
animal tem uma lesão hepática, devido a 
algumas toxinas, bactérias, vírus, fungos 
presentes nas plantas. E a lesão hepática 
não permite com que a filoeritrina seja 
excretada e nem metabolizada 
corretamente, então ela circula no 
organismo e na circulação periférica a 
filoeritrina age como agente 
fotodinâmico. 
Aspectos gerais: 
➔ Se desenvolve em áreas perenes e são 
extremamente adaptadas ao clima 
tropical 
➔ Resistente a seca 
➔ Desenvolve em solos de média fertilidade 
➔ Uma das principais utilizadas em gado de 
corte no Brasil, possui uma boa 
palatabilidade- possui alta procura e é 
resistente à alta pressão de pastejo. 
Condições que favorecem a intoxicação: 
➔ Condições de manejo da pastagem: pastos 
de Brachiaria decumbens vedados, que 
estavam sem animais, há mais chances 
dos animais apresentarem 
fotossensibilização são maiores. 
➔ Presença ou não de Phitomyces 
chartarum: produtor da micotoxina 
esporidesmina é um agente hepatotóxico, 
causava lesão hepática que causava 
prejuízo na excreção da filoeritrina, que se 
acumulava na circulação periférica e por 
ser um agente fotodinâmico causava a 
fotossensibilização. A Brachiaria 
decumbens possui sapogeninas derivadas 
de esteroides que induzem a formação de 
cristais no sistema biliar dos animais 
(agentes hepatotóxicos), por serem 
litogênicas estimulam a formação de 
cristais nos ductos biliares, causando uma 
lesão obstrutiva nessas estruturas, 
portanto a filoeritrina não consegue ser 
excretada pela bile e se acumula na 
circulação periférica. 
Toxicidade: 
➔ 40 mil esporos = aparecem os sinais 
clínicos 
➔ 100 mil esporos= causa morte 
➔ A bile apresenta uma grande quantidade 
de micotoxina 
Sinais clínicos: 
➔ Apatia, anorexia 
➔ Redução de movimentos ruminais 
➔ Hemoglobinúria 
➔ Icterícia 
➔ Fotossensibilização 
➔ Eczema facial 
➔ Cistite 
Diagnóstico: 
➔ Biopsia de fígado e pele (DEFINITIVO) 
➔ Exame histopatológico 
➔ Tamanho da amostra e interpretação 
Tratamento: 
➔ Pontos principais: eliminar o agente 
fotodinâmico; remover o paciente da luz 
solar e tratar as lesões 
➔ Paliativo/sintomático: corticoides, 
unguento ou spray anti-inflamatório na 
pele antibioticoterapia + repelentes e 
anti-histamínicos. 
➔ Os sinais clínicos costumam aparecer após 
duas semanas do consumo da planta e a 
lesão hepática costuma a estar presente a 
partir do 10° dia de ingestão então o 
tratamento tem que se iniciar no começo 
do desenvolvimento da sintomatologia 
clínica dos animais. 
Profilaxia: 
➔ Aplicação de fungicidas na pastagem 
➔ Suplementação preventiva de zinco, visto 
que possui baixo custo, reduz a 
ocorrência, diminui a mortalidade e 
minimiza a gravidade 
Controle: 
➔ Não esperar o surgimento dos SC- quando 
5% de um rebanho ovino apresenta sinais 
óbvios de lesão de pele, 70% dos animais 
podem ter lesão hepática.

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