Buscar

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS - OFIDISMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Toxicologia Veterinária
 Acidentes com Animais Peçonhentos e Venenosos: Ofidismo
Introdução
· Ofidismo clínico: século XX
· Importância medica e medica veterinária 
· Alta toxidade de serpentes 
· Alta letalidade
· Vital brasil: soro antiveneno 
Identificação de serpente venenosa ou não
Serpentes peçonhentas: Bothrops, Crotalus e Lachesis
Fonte: serpalai.jpg (756×462) (misodor.com.br)
Com exceção da Micrurus, todas tem entre os olhos e a narina um orifício denominado de fosseta loreal, órgão receptor que funciona como um radar térmico, permitindo-lhes detectar suas presas pela temperatura.
Micrurus
Fonte: MedicinaNET
Fonte: MedicinaNET
A quantidade de veneno inoculada no ato da picada depende de fatores como tamanho da serpente, tempo decorrido entre uma picada e outra, idade da serpente e local da picada.
Crotalus spp.
· Cascavel, cobra-de-quatro-ventas
· Presença de fosseta loreal, cabeça triangular
· Hábitos: terrestres, áreas abertas, quentes e secas
· Serpentes de porte médio
· Guizo
· Dentição solenóglifa: os dentes inoculadores são maiores e além de se encontrarem na região anterior da maxila, se pronunciam para frente para melhor efetividade do ataque
· Olho com pupila em fenda vertical
Acidente Crotálico
· Ação neurotoxina:
· Crotoxina: neurotoxina de ação pré-sináptica. Cerca de 50 % da fração do veneno, inibe liberação de acetilcolina, causa lesões na junção neuromuscular e em fibras musculares, provocando bloqueio periférico da transmissão neuromuscular, podendo levar o paciente a óbito por paralisia respiratória.
· Crotamina: membrana das fibras musculares, também possui potente ação analgésica, muitas vezes comparada com morfina. 
· Giroxina: é uma substância que produz sintomas labirínticos e não é considerada letal
· Convulxina: convulsões e perturbações circulatórias e respiratórias
· Ação coagulante: redução de plaquetas in vivo, aumento no TC e incoagulabilidade sanguínea devido ao veneno crotálico possuir uma fração do tipo trombina, capaz de converter o fibrinogênio diretamente em fibrina, levando o doente à diminuição do fibrinogênio
· Ação miotóxica: crotoxinna, lesões em fibras musculares esqueléticas, rabdomiólise. A fibra muscular esquelética lesada libera quantidades variáveis de mioglobina acarretando mioglobinúria, conferindo cor avermelhada, marrom ou enegrecida à urina. Também pode ser notado proteinúria e sangue oculto.
Aspectos clínicos
· Ausência de dor local
· Sensação parestésica local 
· Náusea e êmese
· Ptose palpebral
· Insuficiência a respiratória
· IRA
· Dificuldade de acomodação visual
· Fáceis miastênica
· Mioglobinúria
Bothrops spp.
· Jararaca, urutu, cotiara, caissaca.
· Hábitos diversos.
· Serpente de médio a grande porte.
· Presença de fosseta loreal, cabeça triangular, pupila em fenda vertical.
· Cauda lisa, dentição solenóglifa.
Acidente botrópico
· Maioria dos acidentes ofídicos em humanos no Brasil .
· 95% do veneno é constituído de proteínas.
· Ação proteolítica: necrosante que acarreta ação citotóxica nos tecidos, resultado da ação de proteases, hialuronidase e fosfolipases. Liberação de mediadores da resposta inflamatória. Edemas, bolhas.
· Ação coagulante: é conhecida como “tipo trombina” com alteração do fator X e ação da protrombina, ativação dos fatores II, V e VIII, consumo de fibrinogênio e consequente aumento do TC (tempo de coagulação) ou incoagulabilidade sanguínea. Pode ocorrer CID (coagulação intravascular disseminada) e comprometer vários órgãos.
· Ação hemolítica (vasculotóxica): 1% do veneno total, lesão do epitélio basal capilar (hemorraginas), plaquetopenia. Com lesão do endotélio vascular ocasionando ruptura vascular e edema acentuado. A ação das hemorraginas ocasiona hemorragias locais e sistêmicas importantes.
Aspectos clínicos
· Dor, edema local
· Evolução do edema, dor, necrose, febre
· Processos hemorrágicos
· Alterações hemodinâmicas, óbito
· Pode ocorrer complicações como infecção local, IRA, síndrome compartimental (aumento da pressão no espaço ao redor de certos músculos. Ela ocorre quando os músculos lesionados incham tanto que cortam seu suprimento de sangue).
Lachesis spp.
· Surucucu, surucucu-bico-de-jaca, surucutinga.
· Hábitos terrestres.
· Áreas florestadas.
· Serpente de grande porte.
· Presença de fosseta loreal, cabeça triangular.
· Dentição solenóglifa, olho com pupila em fenda vertical.
· Cauda com escamas eriçadas e espinho na ponta.
Acidente laquético
· Grande quantidade de inoculação de veneno.
· Veneno de ação proteolítica, hemorrágica e coagulante.
· Semelhante ao acidente botrópico, mas é mais grave.
· Intensa atividade hemorrágica.
· Ação neurotóxica: dependendo da gravidade do quadro, podem ser observadas estimulação vagal. 
Aspectos clínicos
· Semelhante ao acidente botrópico 
· Dor e edema local
· Evolução do edema, dor e necrose
· Febre
· Processos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas
· Hipotensão
· Bradicardia
· Cólicas abdominais
· Diarreia
· Tontura
Tratamento geral
· Repouso/membro atingido elevado (30°)
· Higiene local com água e sabão
· Não romper bolhas
· Não suturar o ferimento 
· Não aplicar o SAV no local da ferida
· Analgésicos 
· Hidratação adequada (fluidoterapia)
· Controlar sinais vitais e volume urinário
· Vacinação antitetânica
· Antibioticoterapia (apenas se houver evidência de infecção)
· Nunca realizar garrote, sucção ou incisão, curativos oclusivos
· Remover para um centro de tratamento
· Aspirar conteúdo de bolhas
· Tratamento das complicações: debridamento, fasciotomia
· Soro antibotrópico ou anticrotálico ou antibotrópico-crotálico-laquético
· Dose: 
· Lachesis e Bothrops: neutralização de 100mg de veneno 
· Crotalus: neutralização de 50mg de veneno
· Terapia antichoque 15 min. Antes do SAV. SAV via IV, se houver impossibilidade de via IV, pode ser IP, IM ou SC, nunca no local da picada
· Persistência de oligúria: diuréticos de alça
· Furosemida: 2 a 4 mg/kg a cada 8 horas IV
· Internar: mínimo 72 horas
· Diurese osmótica
· Manitol 20%: 0,25 q 0,5 g/kg a cada 4 horas
· Reações anafiláticas: 
· Adrenalina
· Anti-histamínicos
· Corticosteroides 
· Profilaxia tetânica

Continue navegando