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DOENÇAS DA HIPÓFISE* Hipófise e hipotálamo: ● São duas glândulas endócrinas que se comunicam por um sistema porta. ● A célula tursica protege a hipófise. ● Na parte posterior da hipófise não produzimos nenhum hormônio, apenas secreta. Hipotálamo estimula a hipófise e ela estimula outro orgão: HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GLÂNDULA CRH ACTH CORTISOL E SDHEA (NA ADRENAL) TRH TSH T3 e T4 (NA TIREOIDE) GHRH GH IGF-1 (PRINCIPALMENTE HEPÁTICO). GnRH LH e FSH Estimula as gônadas - OVÁRIO E TESTÍCULO. DOPAMINA (TÔNUS NEGATIVO) PROLACTINA INIBE GLÂNDULA MAMÁRIA. Neurohipófise: ● A ocitocina e o ADH são secretados por ela. Avaliação topográfica da hipófise: ● Padrão ouro é a RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA HIPÓFISE. Adenoma hipofisário: INCIDENTALOMA HIPOFISÁRIO: ● Lesão encontrada por acaso em exame de imagem realizado por outro motivo. ❖ Queixas não relacionadas com a lesão hipofisária. Epidemiologia: ● 90% dos incidentalomas hipofisários são adenomas. ● 10% das necropsias tem incidentaloma hipofisário. ● Maioria microadenoma - então maioria nem são produtivos. Etiologias: ● Adenoma hipofisário (50-90%); ● Cisto de bolsa de Rahtke. ● Craniofaringioma (mais comum em extremos de idade). ● Meningeoma de tubérculo selar. ● Metástase. ● Hipófise - é raro, contudo é mais comum no final da gestação ou puerpério. ● Aneurisma de carótida interna, hamartoma, doença infiltrativa ou inflamatória. Avaliação - Tem que ver se tem ● Hipersecreção hormonal. ● Hipopituitarismo. ● Alterações visuais ❖ Pesquisar compressão do quiasma óptico - então testar o campo visual e fazer o exame neuro-oftalmológico. Temos um adenoma com crescimento supra selar que é o cinza crescendo para cima e aí acaba comprimindo o quiasma óptico que é essa curva acima dele. A hipófise fica bem no meio onde as linhas se cruzam, por isso tem a perda do campo visual periférica. Ai como tem perda de campo visual tem que fazer o exame de CAMPIMETRIA: ● A perda de campo visual chama-se Hemianopsia bitemporal. IMPORTANTE: Rastreamento hormonal no incidentaloma: ● PROLACTINA - SEMPRE DOSAR ● TSH - APENAS SE TIVER SUSPEITA DE HIPOPITUITARISMO (hipotireoidismo secundário). ● CORTISOL - TRIAGEM DE SÍNDROME DE CUSHING (APENAS NA VIGÊNCIA DE SINTOMAS) E HIPOCORTISOLISMO (DOSAGEM DE CORTISOL BASAL). ● IGF-1: SEMPRE DOSAR. ● FSH E LH - NÃO CAUSAM SUSPEITA CLÍNICA DE HIPERPRODUÇÃO. DOSAGEM DE FSH, LH E TESTOSTERONA. Imagem: É pela RM DE CÉLULA TURCA. ADENOMA NÃO FUNCIONANTE: Rastreio hormonal: ● Mesmo que o do incidentaloma hipofisário. ● A grande maioria expressa os receptores gonadotróficos - mas não são produtores. ● 25-30% dos adenomas hipofisários. ● Déficit geralmente segue a seguinte ordem: ❖ LH/FSH > GH > TSH > ACTH > PRL. ❖ Então se caso não tivermos FSH/LH ainda vivemos, contudo se não tivermos o ACTH não conseguimos viver pois ele vai parar a produção de cortisol. IMPORTANTE: ● Compressão de haste hipofisária diminui todos os hormônios hipofisários pela falta de fatores liberadores à excreção da prolactina, que passa a ser produzida em maior quantidade. ● Quando temos essa compressão não temos mais a produção dos hormônios hipofisários, contudo a prolactina ainda vai ser produzida pois a dopamina faz um tônus negativo para a prolactina, então quando ela não está funcionando a prolactina vai estar sendo produzidas e isso gera uma hiperprolactinemia. Tratamento cirúrgico: ● Cirurgia transesfenoidal. Indicado em casos: ● Comprometimento visual, neurológico ou compressão de quiasma. ● Apoplexia com comprometimento visual. ● Hipersecreção hormonal nos incidentalomas (exceto no prolactinoma). Considerar cirurgia: ● Progressão tumoral. ● Hipopituitarismo (esta não é a principal indicação pois a recuperação não é certa em cirurgia, e isso pode até agravar o quadro). ● Lesão próxima ao quiasma em paciente que quer engravidar (risco de crescimento tumoral). ● Cefaleia refratária. Tratamento: ● Se tiver sintomas neurológicos/expansão ou risco de apoplexia vamos fazer a cirurgia transesfenoidal. ● Se tiver assintomática damos seguimento com a RM. ● Se tiver um déficit hormonal podemos fazer a cirurgia ou repor o hormônio da glândula deficitária. Síndrome de SHEEHAN: ● É quando tem uma necrose da hipófise após um parto complicado. ● Quadro clínico: ❖ Hipotireoidismo. ❖ Insuficiência adrenal. ❖ Cessa o leite ● Tratamento: ❖ Reposição de hormônio - levotiroxina ou glicocorticóide. ❖ Cirurgia. HIPERPROLACTINEMIA: Causas fisiológicas: ● Gestação; ● Lactação; ● Estresse; ● Exercícios; ● Estímulo mamário - como piercing, herpes zoster ; ● Sono. Causas farmacológicas: ● Estrogênio (estimula o gene PRL); ● Antagonista da dopamina (risperidona, olanzapina, haldol, metildopa, opioide); ● Fenitoína; ● Inibidor seletivo do receptor de serotonina; ● Tricíclicos; ● Alprazolam; ● Verapamil; ● Domperidona, plasil, cimetidina e ranitidina. Causas patológicas: ● Prolactinoma. ● DRC. ● Insuficiência hepática. ● Addison. ● Lesão de haste. ● Tumor cossecretor GH e PRL. ● Lesão de parede toracica. ● Macroprolactinemia (não causa sintomas, mas a dosagem fica alta). PEGADINHA: MACROPROLACTINEMIA: ● A maioria das pessoas tem 85% da prolactina circulante na forma monomérica, contudo algumas pessoas têm esses aglomerados de prolactina (que são não funcionantes, mas são mensuráveis). ● É UMA CONDIÇÃO NÃO PATOLÓGICA. ● Prolactina de 200 mg/ml e aí fazemos o PEC e ela cai para 20 ng/ml. EFEITO GANCHO: ● É quando tem muita prolactina circulante, contudo o resultado vem como 20-200 ng/ml e aí nesse caso fazemos uma diluição dela e aí conseguimos ver seu valor real. VOLTANDO A HIPERPROLACTINEMIA: ● > 200 ng/ml é chamado de macroprolactinoma. ● 100-200 ng/ml temos a microprolactinoma ou desconexão de haste. ● < 100 ng/ml pode ser causas farmacológicas ou um pseudoprolactinoma. Quadro clínico: ● Hipogonadismo hipogonadotrófico: ❖ Irregularidade menstrual. ❖ Infertilidade. ❖ Redução da libido. ❖ Oligospermia. ❖ Osteoporose. ● Ganho de peso. ● Galactorreia. ● Acne/hirsutismo. ● Sintomas compressivos. ● Cossecreção. PROLACTINOMA: ● Tumor mais comum da hipófise. ● Mulheres de 20-50 anos (nas mulheres acima de 50 anos não são tão sintomáticas pois os sintomas são mais mentais). ● Nos homens a grande maioria é macro. Tratamento: ● Único tumor hipofisário em que a primeira linha de tratamento é medicamentoso: ❖ Agonistas dopaminérgicos → CABERGOLINA E BROMOCRIPITINA. ❖ A bromo pode ser usada na gestante. ❖ Esses medicamentos fazem a queda da prolactina em 2-3 semanas e diminuição do adenoma em meses. ❖ Devemos avaliar após 1 mês de terapia. ACROMEGALIA: IMPORTANTE: ● GIGANTISMO: excesso da produção de GH e IGF-1 na criança ou adolescente. ● ACROMEGALIA: excesso de produção de GH e IGF-1 no adulto. Etiologia da acromegalia: Quadro clínico: ● Macrognatia - quando a mandíbula cresce mais que o maxilar. ● Aumento das mãos e pés. ● Aumento do nariz e osso frontal. ● Lombalgia - pode ter compressão do nervo ciático. ● Sudorese (sinal de atividade da doença). ● Artropatia. ● IC. ● HAS. ● DM ● Apneia do sono. ● Hipertrofia do ventrículo esquerdo. ● Neoplasias. Diagnóstico: ● Dosagem do GH e IGF-1 - pois ambos estão aumentados. ● Se IGF-1 estiver elevado e GH normal, temos que fazer o teste oral de tolerância à glicose. ● RM de hipófise. Avaliação das complicações: ● Alteração do campo visual. ● Avaliação hormonal de outros eixos. ● Cálcio (excluir NEM-1). ● Polissonografia. ● ECG. ● Ecocardiograma. ● USG abdome (visceromegalia). ● USG tireoide se nódulo palpável. ● Densidade mineral óssea. ● Colono, mamografia, colpocitologia oncótica e PSA. Tratamento: ● Cirúrgico: ❖ Ressecção transesfenoidal. ❖ Padrão ouro. ● Medicamentoso: ❖ Análogos da somatostatina; ❖ Agonista dopaminérgico; ❖ Pegvisomanto (antagonista do receptor do GH). ● Radioterapia estereotáxica: refratária. MEMORIZE: NEM 1- neoplasia endócrina do tipo 1: ● Associação com os 3 P´S ● PARATIREÓIDE ( HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO), PÂNCREAS (NÃO FUNCIONANTE, GASTRINOMA E INSULINOMA) e PITUITÁRIA( ADENOMA DE HIPÓFISE). CAI NA PROVA: HIPOFISITE:
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