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Aspectos pré, trans e pós-operatórios em cirurgia oral

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Aspectos pré, trans e pós-operatórios em cirurgia oral 
 
1. Avaliação pré-operatória 
 Visa analisar a condição clínica do paciente, 
tendo em vista a realização da intervenção 
cirúrgica, buscando reduzir complicações. 
1. Anamnese 
2. Exame clínico 
3. Exame de imagem 
4. Exames laboratoriais 
5. Estudos de modelos 
6. Estudos fotográficos 
 Sequência para coleta de dados do paciente 
 Dados do paciente (número de telefone do 
paciente e da família) 
 Queixa principal do paciente (identificação 
do problema) 
 História da queixa principal (circunstâncias do 
início e desenvolvimento do problema) 
 História médica – paciente e família 
(documentação de condições médicas 
passadas; pesquisa de fatores genéticos, 
sociais ou ambientais) 
 Exames 
 Princípios básicos para avaliação dos 
sistemas 
1. Temperatura 
 Normal – 36,7°C a 37,2°C 
 Variações normais – 0,3 a 0,6’ média 
 Aumento da temperatura – doenças 
infecciosas, traumas, ansiedade 
2. Frequência respiratória 
 14-20 respirações por minuto 
 Padrão - superficial ou profunda (em 
relação a movimentos respiratórios, 
padrões curtos/ superficiais – taquipneia) 
 Ritmo – regular ou irregular 
 Sinais de comprometimento – cianose 
(acúmulo de CO2, com coloração mais 
azulada da pele), inquietação, dispneia, 
sons respiratórios anormais (aspirações) 
 
 
3. Pulso 
 Frequência – adulto 60 a 100bpm 
 Pulso radial 
 Ritmo – regular ou irregular 
 Intensidade – forte ou fraco (idosos 
pode possuir um pulso menos forte) 
 Locais mais comuns para verificação 
4. Pressão arterial 
 Oscila bastante 
 Ao sentir dor, aumenta 
 Artéria braquial 
 P. sistólica: 100-140mmHg 
 P. diastólica: 90-60mmHg 
 Evita a urgência hipertensiva 
 Avaliação da cavidade oral 
 Utilizar todos as técnicas semiotécincas. 
1. Avaliação do tecido ósseo 
 Visual 
 Palpação 
 Tensionamento de tecido 
 Exames radiográficos 
 Estudos de modelos 
 Remove a prótese 
2. Avaliação do tecido mole 
 Visual 
 Palpação 
 Tensionamento de tecidos 
 Avaliar a língua (pede para colocar para fora 
e traciona a língua para fora da cavidade, no 
céu da boca para avaliar o assoalho) 
 Paciente com boca aberta, pede para ocluir 
e analisar se é uma lesão de origem 
traumática. 
 Inspeção com próteses 
 Retirar as próteses removíveis – pede para 
ver 
 Inspecionar o número e a qualidade dos 
dentes 
 Percussão dos dentes 
Maria Eduarda Noronha Tavares 
Maria Eduarda Noronha Tavares 
 Observar inserção dos freios para ver se 
estão muito altas ou muito baixas, pois 
alguns freios podem atrapalhar a retenção 
das próteses, a presença de bridas 
musculares. 
 Presenças de tórus palatinos/ mandibulares 
 Análise de modelos de gesso – para ver se 
existe intrusão ou extrusão dos dentes – 
planejamentos 
 Estudo radiográfico 
 Identificar elementos da cavidade oral 
 Radiografias panorâmicas apresentam uma 
certa distorção 1:1,25 da panorâmica 
 Para avaliar a qualidade de um tratamento 
endodôntico, prótese bem adaptada, cáries 
interproximais – periapical/ interproximais 
 Exames laboratoriais 
 Exames solicitados frequentemente: 
1. Hemograma 
2. Coagulograma – diferencias anti-
coagulante e anti-agregante (estudar) 
3. Glicemia (em jejum/ glicada) 
 Classificação do Estado físico do paciente 
(ASA) 
1. ASA 1 – paciente normal, saudável – 
ambulatório 
2. ASA II – Paciente portador de doenças 
sistêmicas leves (obesos, tabagistas, 
elitistas) – ambulatório 
3. ASA III – portador de doença sistêmica 
limitante – ambulatório 
4. ASA IV – Portador de doença sistêmica 
severa incapacitante - risco de vida 
*cirurgia – último recurso* (urgência 
hospitalar) 
5. ASA V – paciente moribundo – 24 hs 
de vida (hospitalar) 
6. ASA VI – Morte cerebral – doação de 
órgãos (hospitalar) 
 Avaliação de fotografias extrabucais 
 Frente 
 Perfil 
 Sorriso (planejando aumento de coroa 
clínica, cirurgia periodontal) 
 
 Avaliação de fotografias intrabucais 
 Oclusais 
 Laterais 
 Sorriso 
- Prevenção de urgências 
cirúrgicas: 
° Formação e habilidade 
profissional 
1. Indicação de um especialista 
2. Obrigação moral e 
responsabilidade médico-legal 
° Planejamento do procedimento 
cirúrgico. 
 
 Planejamento do procedimento cirúrgico 
1. Revisão da história médica 
2. Solicitação e análise dos exames 
complementares 
3. Planejamento pré-operatório 
 Plano cirúrgico detalhado 
 Plano para controlar a ansiedade e dor 
 Plano de recuperação pós-operatório 
4. Princípios cirúrgicos básicos 
 Princípios de biossegurança 
 Manuseio atraumático dos tecidos 
 Controle da força 
 Hemostasia 
 Cuidados com a ferida 
 Acidentes e complicações 
1. Acidentes: intercorrências que 
acontecem durante o procedimento 
2. Complicações: Dificuldades que 
acontecem após o procedimento 
 Anestésicas 
 Transoperatórias 
 Pós-operatórias 
 
 
Maria Eduarda Noronha Tavares 
 Acidentes 
 Intercorrências que acontecem durante um 
procedimento 
 Lesões em tecidos moles 
 Fratura de coroa/ raiz 
 Fraturas do processo dento alveolar 
 Lesões em dentes adjacentes 
 Fratura de agulha 
 Fratura de instrumental 
 Hemorragias 
 Descolamento dentário/ introdução de 
dente no seio maxilar 
 Comunicação buco sinusal 
 Luxação das ATMS 
 Fratura mandibular 
 Complicações 
 Hemorragia 
 Edema, equimose e dor 
 Alveolite 
 Infecções 
 Distúrbios neurossensoriais 
 Fístula bucossinusal 
 Edema e Equimose 
 Dissipação do exsudato inflamatório 
 Fragilidade capilar (mais comum em 
pacientes idosos) 
 Alerta paciente antes do procedimento, 
fazer compressas, pomadas para diminuir 
área arroxeada mais precocemente. 
 Necrose tecidual 
 Ter cuidado na hora de realizar os retalhos 
e procedimentos que não atinjam artérias 
que nutrem os vasos 
 Ao acontecer necrose na mucosa palatina, 
com o tempo vai acontecer revitalização da 
mucosa, usando antissépticos intraorais e 
medicamentos 
 Alveolite 
 Osteíte alveolar 
 Bastante desconfortável 
 Características 
1. Retardo da cicatrização 
2. Queixa 2 a 3 dias após a exodontia 
3. Etiologia não esclarecida (fibrinólise) – 
acelerada do tampão/ perda precoce do 
coágulo – por isso solicita que paciente 
não bocheche após o procedimento – 
procedimento cirúrgicos longos – 
osteotomias – há um risco aumentado/ 
pacientes do sexo feminino que faz uso 
do anticoncepcional oral 
4. Sintomatologia dolorosa (moderada a 
intensa) – analgésicos não resolvem, 
associam com analgésicos de ação 
central - opióides 
5. Exposição óssea 
6. Não possuem infecção associada 
 Alveolite seca 
 Dor +++ 
 Alvéolo vazio 
 Ausência de coágulo 
 Odor fétido 
 Coloração acinzentanda 
 Alveolite úmida 
 Dor ++ 
 Álveolo parcialmente preenchido 
 Presença de coágulo em desarranjo 
 Odor fétido 
 Coloração róseo avermelhada 
 Tratamento 
 Alvéolo seco – anestesia no local (não 
recomendam anestesia infiltrativa com 
vasoconstrictor, então realiza mais a 
distância), lava o alvéolo (soro fisiológico/ 
clorexidina) para retirar resto de alimento 
ou de necrose, sem realizar curetagem 
pois o local está muito sensível – 
irrigação local, passa a cureta ao redor 
da margem gengival apenas no tecido 
mole e gengiva começa a sangrar, 
deixando alvéolo totalmente preenchido 
de coágulo, alguns realizam sutura e 
outros não (fio monofilamentados, 
menos calibrosos) 
Maria Eduarda Noronha Tavares 
 Existem curativos que se colocam no 
interior do alvéolo, possui composição 
de própolis e eugenol (ação analgésica) 
– pode retardar cicratrização – deve ser 
feita a troca após 2 dias. 
 Laser de baixa intensidade – analgesia 
 Comunicação bucossinusal 
 Já deve ter suspeita antes, devido dente 
ser próximo do seio Momento da cirurgia 
 Diagnóstico: Inspeção visual – evita inserção 
de instrumentais no alvéolo para saber se 
comunicou (pois existem casos em que a 
mucosa está preservada, e não há 
comunicação) 
 Manobras de Valsalva*: consiste em pedir 
para o paciente soltar o ar pelo nariz e oclui 
as narinas do paciente, deixando alvéolo 
cheio de sangue para e analisa se o ar saiu 
pela comunicação. 
 Quando ocorrer a inserção de dentes/ 
objetos – não utilizar a via trans alveolar 
(não vai pelo mesmo alvéolo, pois pode 
aumentar essa comunicação) – tenta fazer 
outra abertura 
 Tratamento: 
1. Comunicação de 2mm – sutura 
2. Comunicação de 2 a 6mm – sutura 
+ medidas adicionais 
3. >7mm – confecção de retalhos 
4. Precauções sinusais – não realizar 
sucção – nos primeiros momentos 
pós-operatório 
5. Antibiotioterapia – pois há 
comunicações entre microbiotas 
diferentes. 
 Comunicou – fecha a comunicação, se não 
perceber vai formar a fístula bucossinusal 
 Fístula bucossinusal 
 Comunicação que ocorreu e só percebeu 
tardiamente a cirurgia 
 É um canal de acesso direto entre as 
cavidades bucal e sinusal, revestido por 
tecido epitelial oriundo da proliferação dos 
tecidos que a circundam. 
 Próprio paciente no pós, sente a passagem 
de líquidos para a cavidade nasal; 
 Diagnóstico visual e clínico 
 Tomografia mostra o tamanho do defeito 
ósseo para planejar qual tipo de retalho vai 
fazer para fechar a comunicação 
 Tratamento: confecção de retalhos 
(corpo adiposo bucal); deslizamento de 
tralho mucoso vestibular e palatino; 
sutura da mucosa + retalho – 
fechamento em 2 planos; 
 Cuidados: evitar diferenças de pressão 
entre a cavidade nasal e bucal. 
 
 
 
 
Maria Eduarda Noronha Tavares

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