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Colinérgicos e anticolinérgicos

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Arísia Galdino 
Odontologia. UFPE Farmacologia 
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Colinérgicos e anticolinérgicos 
•A farmacologia colinérgica estuda as propriedades do 
neurotransmissor acetilcolina (ACh). 
• As funções das vias colinérgicas são complexas, porém 
envolvem geralmente a junção neuromuscular, o SNA e o 
SNC. 
• As aplicações terapêuticas atuais dos fármacos colinérgicos 
e anticolinérgicos são limitadas, devido à natureza ubíqua 
(encontrado em todos os lugares) e complicadas das vias 
colinérgicas e, portanto, à dificuldade inerente em efetuar 
uma intervenção farmacológica especifica sem provocar 
efeitos adversos. 
• É ativado principalmente por centros localizados: medula 
espinal, tronco encefálico e hipotálamo. 
• Função: modular a atividade contínua de órgãos viscerais. 
• Sinais autonômicos eferentes: transmitidos ao corpo. 
• Em alguns órgãos, o SNS tem ação oposta ao SNP (Ex: 
coração, intestino e bexiga). 
• Existem outros locais onde apenas um é operante (Ex: 
glândulas sudoríparas, músculo piloeretor e alguns vasos). 
• Existem locais onde os dois produzem efeitos semelhantes 
(Ex: glândulas salivares). 
OBS: não são antagônicos!!!!! 
 
Repouso e digestão 
Olhos Miose (contração das pupilas) 
Contração músculo ciliar 
Coração ↓ FC 
↓ Contratilidade 
Débito cardíaco 
Pulmão Broncoconstrição 
Intestino ↑Motilidade 
Dilatação esfíncteres 
(+) secreção glândulas 
(+) secreção HCl 
Órgãos sexuais (+) ejaculação 
Semelhante ao simpático* 
Glândula salivar (+) secreção 
Semelhante ao simpático* 
 
• A síntese, o armazenamento e a liberação da acetilcolina 
obedecem a uma sequência semelhante de etapas em todos 
os neurônios colinérgicos. 
• Os efeitos específicos da acetilcolina em determinada 
sinapse colinérgica são determinados pelo tipo de receptor 
de ACh presente na sinapse. 
• Os receptores colinérgicos são divididos em: muscarínicos 
e nicotínicos. 
a) Receptor Muscarínico: são ligados à proteína G e 
expressos nas sinapses terminais de todas as fibras pós-
ganglionares parassimpáticas e de algumas fibras pós-
ganglionares simpáticas, nos gânglios autônomos e no SNC; 
b) Receptor Nicotínico: são canais iônicos regulados 
por ligantes e concentrados pós-sinapse em numerosas 
sinapses autônomas excitatórias e pré-sinapticamente no 
SNC. 
• A Acetilcolinesterase é a enzima responsável pela 
degradação da acetilcolina e é também um importante alvo 
farmacológico. 
i. SÍNTESE DA ACETILCOLINA 
• A acetilcolina é sintetizada em uma única etapa a partir da 
colina e da acetil-coenzima-A, pela enzima acetilcolinesterase. 
• A colina acetiltransferase localiza-se no citoplasma. 
• A etapa limitadora de velocidade na síntese de Ach não é 
mediada pela colina acetiltransferase, mas pela disponibilidade 
do substrato colina, que depende da captação de colina no 
neurônio. 
• Existem dois processos responsáveis pelo transporte de 
colina: a difusão facilitada de baixa afinidade que é encontrado 
em células que sintetizam fosfolipídios que contêm colina e o 
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segundo é o mais importante e consistem em um sistema 
de alta afinidade e dependente de sódio, e encontrado 
especificamente nas terminações nervosas colinérgicas. 
• A acetilcolinesterase tem ação rápida e localiza-se na 
fenda sináptica, sangue, pele e fígado. 
• Existem fármacos que inibem a AchE (excesso de impulso 
colinérgico). 
 
 
 • No SNC, a colina é utilizada na síntese de acetilcolina 
origina-se de três fontes: 
 a) Cerca de metade da colina produzida pela 
acetilcolinesterase volta para a terminação do axônio. 
b) Reservas plasmáticas de colina são transportadas 
até o cérebro na forma do lipídio fosdatidilcolina (essa 
incorporação é essencial, pois a colina não atravessa a BHC, 
mas a fosfatidiilcolina sim). 
c) A colina é armazenada em fosfolipídios na forma 
de fosforilcolina. 
→A acetil-CoA utilizada na reação de síntese 
provém principalmente da glicólise e é produzida pela enzima 
piruvato desidrogenase. 
→O que limita a produção de acetilcolina não é a 
colina acetiltransferase, mas si m a captação de colina para o 
neurônio. 
 
ii. ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DA 
ACETILCOLINA 
• A colina é sintetizada no citoplasma e a acetilcolina é 
transportada em vesículas sinápticas para o seu 
armazenamento. Para isso ocorrer, é necessário uma 
ATPase que bombeia prótons para dentro da vesícula. 
• O transporte de prótons para fora da vesícula está 
acoplado à captação de acetilcolina para dentro da vesícula 
através de um cotransportador (alguns fármacos 
anticolinérgicos bloqueiam esse cotransportador, como o 
vesamicol, e há um déficit de armazenamento e liberação de 
acetilcolina. 
• A liberação de ACh na fenda sináptica ocorre através da 
fusão da vesícula sináptica com a membrana plasmática. 
 
iii. DEGRADAÇÃO DE ACETILCOLINA 
• Para que a acetilcolina seja útil na neurotransmissão rápida 
e repetida, deve existir um mecanismo que limite seu 
período de ação. 
• É essencial para impedir a ativação indesejável de 
neurônios ou células musculares adjacentes e assegurar o 
momento apropriado de sinalização na célula pós-sináptica. 
Uma única molécula do receptor é capaz de distinguir entre 
dois eventos sequenciais de liberação pré-sinápticos, visto 
que a degradação da ACh na fenda sináptica ocorre mais 
rapidamente do que a ativação do nAChR. 
• Enzimas que fazem a degradação: COLINESTERASES. • 
As colinesterases são de dois tipos: 
 a) Acetilcolinesterase 
b) Butirilcolinesterase (papel secundário) 
Uma vez liberado na fenda sináptica, a Ach se liga a uma ou 
duas classes de receptores: muscarínicos ou nicotínicos, 
localizados sobre a superfície da membrana da célula pós-
sináptica. 
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• Os muscarínicos são mais sensíveis ao mesmo 
neurotransmissor dos nicotínicos, essas duas classes de 
receptores colinérgicos compartilham pouca semelhança 
estrutural. 
------ RECEPTOR MUSCARÍNICO ------- 
• Ocorrem principalmente nos gânglios autônomos, órgãos 
terminais inervados pelo parassimpático e SNC. 
• Transduzem sinais através da membrana celular e 
interagem com a proteína G. 
• O tempo de latência é maior que o receptor nicotínico. 
• A ativação da proteína G ocorre pela ligação do agonista 
ao receptor muscarinico e tem vários efeitos sobre as 
células como: Inibição da Adenilciclase, estimulação da 
Fosfolipase C e aumento da abertura dos canais de K = 
hiperpolarização da célula. A estimulação dos receptores M1, 
M3 e M5 facilita a excitação da célula. 
• A estimulação M2 e M4 suprime a excitabilidade celular. 
 
 
-------- RECEPTOR NICOTÍNICO ---------- 
• A transmissão colinérgica nicotínica resulta da ligação da 
acetilcolina ao receptor nicotínico: condutância direta 
regulada por ligante. 
• Necessita da ligação simultânea de duas moléculas de 
acetilcolina no receptor. 
• Corrente efetiva de entrada de sódio, que despolariza a 
célula. 
• Os receptores colinérgicos nicotínicos presentes nos 
gânglios autônomos e no sistema nervoso central 
(denominadosN2 ou NN) assemelham-se aos receptores na 
JNM. 
• Possui cinco subunidades: alfa, beta, gama, ômega e “e”, 
que são responsáveis pela ligação da acetilcolina. 
• Essa diversidade de combinações de subunidades α e β 
é responsável pelas respostas variáveis do SNC e dos 
manchar autônomos aos agentes farmacológicos. 
 
Nicotínico 
(Ionotrópico) 
Muscarínico 
(Metabotrópico) 
Função 
Nn Gânglio 
 autônomo 
 Medula adrenal 
M1 Gânglio autônomo 
 
Excitação lenta 
dos gânglios 
Nm Placa terminal 
 JNM 
M2 Músculo cardíaco ↓FC 
↓Força de 
contração 
 M3 Músculo liso 
Glândulas 
Secreção 
Contração 
musculatura lisa 
Relaxamento 
vascular 
 M4, M5 SNC? 
 
 →Todos os mACh (muscarínicos) são ativados pela Ach e 
bloqueados pela Atropina. 
1. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR. 
• A acetilcolina é o principal neurotransmissor na JNM. 
• Os neurônios motores alfa liberam acetilcolina que irão se 
ligar aos receptores nicotínicos = despolarização da placa 
motora terminal. 
• A despolarização depende da quantidade de acetilcolina. 
• A acetilcolina deflagra a CONTRAÇÃO MUSCULAR como 
seu efeito primário na JNM e também modula a sua própria 
ação nesse sítio. 
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• Fadiga tetânica = quando 50% ou mais dos receptores 
pós-sinápticos são dessensibilizados = declínio da tensão 
muscular e estimulação tetânica. 
2. EFEITOS AUTÔNOMOS 
• Neurotransmissão através dos gânglios autônomos. 
• Possui complexo padrão de despolarização nos gânglios 
autônomos = 4 componentes 
a) evento primário-rápida despolarização 
b) modulam o sinal primário (PP SE lento, PPSI e PPSE lento 
tardio. 
• Os fármacos seletivos para cada um desses 
componentes fazem com que os agentes 
farmacológicos só alterem a eficiência da transmissão, 
nunca eliminando a transmissão ganglionar. 
• Metacolina= agonista dos receptores muscarínicos que 
estimula PPSE lento 
• O efeito global do bloqueio ganglionar depende do 
predomínio do tônus simpático e parassimpáticos nos 
órgãos-alvo 
• Atropina = agente antimuscarínico= bloqueio da inibição 
vagal do coração = taquicardia 
3. EFEITO SOBRE O SNC 
• Funções da acetilcolina no SNC: modulação do sono, 
estado de vigília, aprendizagem e memória, supressão da 
dor ao nível da medula espinal, funções essenciais na 
plasticidade neural, imunossupressão e epilepsia. 
• Despertar e atenção = importante papel dos 
neurônios colinérgicos, pois é parte do sistema de 
ativação reticular. 
• Estado de vigília e sono REM = aumento de 
acetilcolina. 
• Acetilcolina diminui nos estados de intenção e sono N-
REM ou ondas lentas. 
• Ativação do núcleo basal de Meynert= aumenta Ach. 
• Cérebro = estado de responsividade de nível mais 
alto. 
• Durante o sono N-REM precisa de pouca Ach para 
consolidar as memórias recém-adquiridas. 
• Os fármacos de ação colinérgica ou anticolinérgica são 
usados principalmente para: 
→ Modulação da motilidade gastrintestinal 
→ Xerostomia (boca seca) 
→ Glaucoma 
→ Cinetose (e como antieméticos) 
→ Doenças neuromusculares, como a miastenia gravis e 
a síndrome de Eaton-Lambert. 
→ Bloqueio neuromuscular agudo e reversão durante a 
cirurgia 
→ Bloqueio ganglionar durante a dissecção da aorta 
→ Distonias (p. ex., torcicolo), cefaleia e síndromes dolorosas. 
→ Reversão da bradicardia mediada pelo vago 
→ Midríase 
→ Doença pulmonar obstrutiva crônica, como 
broncodilatadores. 
→ Espasmos vesicais e incontinência urinária 
→ Efeitos cosméticos sobre as linhas cutâneas e rugas 
→ Tratamento da doença de Alzheimer, disfunção cognitiva 
e demência. 
COLINÉRGICOS → Fármacos que mimetizam os efeitos 
da Ach 
ANTICOLINÉGICOS → Fármacos que antagonizam os 
efeitos da Ach 
 
• Liga-se a receptores muscarínicos ou nicotínicos e os 
ativam. 
• Os fármacos de ação direta podem ser classificados em 
dois grupos: 
a) ÉSTERES DA COLINA ENDÓGENOS 
→ Betanecol: retenção urinaria não obstrutiva; 
→ Carbacol: glaucoma; 
→ Acetilcolina: Não possui muita importância terapêutica 
visto que tem múltiplas ações (com efeitos difusos) e é 
rapidamente inativada pelas colinesterases. Possui atividade 
muscarínica e nicotínica, sendo responsável pelas seguintes 
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ações: diminuição da frequência e débito cardíaco, diminuição 
da pressão arterial (vasodilatação pelo mecanismo indireto), 
aumento da secreção salivar e estímulo da motilidade 
intestinal. 
 
b) ALCALÓIDES DE OCORRÊNCIA NATURAL 
→ Pilocarpina: glaucoma; 
→Muscarina 
→Arecolina: carece de emprego terapêutico no homem, 
porém encontra algum uso veterinário como vermífugo. 
 
• ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E METABOLISMO: 
→ Os ésteres de colina são pouco absorvidos e mal 
distribuídos no sistema nervoso central porque são 
hidrofílicos. Todos são hidrolisados no TGI, menos ativos pela 
via oral, porém diferem bastante em relação a sua 
suscetibilidade à hidrólise pela colinesterase. 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
→ A ativação do sistema nervoso parassimpático modifica a 
função orgânica pela ativação direta dos receptores ou, 
ainda, a acetilcolina é liberada de nervos parassimpáticos para 
interagir com receptores muscarínicos a fim de inibir a 
liberação do seu neurotransmissor (alteração indireta da 
função orgânica). Os efeitos dos receptores muscarínicos 
são mediados através da ativação da proteína G. O 
mecanismo de ativação dos receptores nicotínicos é 
mediado por abertura de canais iônicos. Esses fármacos 
mimetizam os efeitos da acetilcolina ligando- se aos 
colinoceptores de forma direta. Todos os fármacos 
colinérgicos de ação direta têm efeitos mais prolongados do 
que a acetilcolina. 
• EFEITOS ADVERSOS: 
→ Hipotensão acentuada; 
→ Bradicardia exagerada; 
→ Miose; 
→ Diarreia; 
→ Sialorreia; 
→ Cólicas; 
• CONTRAINDICAÇÃO: 
→ Asma; 
→ Insuficiência coronariana; 
→ Doenças ácido-pépticas. 
 
AGONISTAS CILINERGICOS DE AÇÃO INDIRETA 
• As ações da acetilcolina liberada de nervos motores 
autonômicos e somáticos são terminadas pela hidrólise 
enzimática da molécula. Essa hidrólise é feita pela 
enzima acetilcolinesterase, que está presente em altas 
concentrações nas sinapses colinérgicas. Os 
colinomiméticos de ação indireta realizam suas ações através 
da inativação dessa enzima. Essa inativação vai diminuir a 
hidrólise da acetilcolina e, consequentemente, aumentar 
seus níveis nas fendas sinápticas. 
• São drogas que proporcionam maior tempo da ação da 
acetilcolina. 
OBS: os medicamentos que afetam o SNA não 
agem de modo muito especifico, portanto, com 
frequência, provocam efeitos colaterais em diferentes 
segmentos afetados!!!!! 
 • Os fármacos de ação indireta podem ser 
classificados em dois grupos: 
a) ANTICOLINESTERÁSICOS REVERSÍVEIS: 
 → Edrofônio 
→ Fisostigmina 
→ Neostigmina 
→ Piridostigmina e ambenônio 
→ Tacrina, donepezila, rivastigmina e 
galantamina. 
 
OBS: A miastenia de Gravis é uma doença crônica, 
caracterizada por fatigabilidade anormal de músculos 
estriados, em razão da dificuldade da passagem do impulso 
nervoso (AC h) na JMN, que promove a contração do 
músculo, podendo acometer grupos muscularesisolados 
ou tornar-se generalizada. É uma desordem 
neuromuscular de caráter congênito crônico ou 
autoimune. Para tratamento dessa doença, utiliza- se o 
EDROFÔNIO!!! 
 
Arísia Galdino 
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OBS: Os inibidores dirigidos contra a enzima 
acetilcolinesterase no SNC são fármacos utilizados na 
Doença de Alzheimer, pois tem facilidade em penetrar 
no SNC e possuem ação inibitória reversível da 
enzima acetilcolinesterase e consequentemente 
aumentam o nível de acetilcolina. A doença de Alzheimer 
é uma doença neurodegenerativa de desenvolvimento 
lento, provocando a perda progressiva da memória e 
da função cognitiva, levando a demência. Há estudos 
que indicam que essas alterações são resultantes 
inicialmente da perda da transmissão colinérgica no 
córtex.. 
 
b) ANTICOLINESTERÁSICOS IRREVERSÍVEIS: 
• Esses fármacos correspondem aos compostos 
organofosforados sintéticos que possuem a capacidade 
de efetuar ligação covalente c om a enzima 
acetilcolinesterase, c om ação bastante prolongada, o que 
leva ao aumento duradouro da concentração de 
acetilcolina em todos os locais onde está sendo liberada. 
→ Ecotiofato: glaucoma; 
→ Isofluorato: glaucoma; 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
→ A acetilcolinesterase é o alvo primário desses 
fármacos, mas a butirilcolinesterase também é inibida. 
Todos os inibidores da colinesterase aumentam a 
concentração de acetilcolina endógena nos colinoceptores 
por inibição da sua degradação. 
• EFEITOS ADVERSOS: 
→ Efeitos cronotrópicos 
→ Dromotrópicos e inotrópicos negativos 
com queda do débito cardíaco 
→ Bradicardia 
→ Aumento da resistência vascular sistêmica 
→ Prolongamento e intensificação das ações 
da acetilcolina fisiológica na junção 
neuromuscular 
 RESUMEX DOS FÁRMACOS AGONISTAS 
COLINÉRGICOS: 
Betanecol 
- Usado no tratamento 
de retenção urinária 
- Liga-se 
preferencialmente aos 
receptores muscarínicos 
Fisostigmina 
- Aumenta a motilidade 
intestinal e da bexiga 
-Reverte o efeito dos 
antidepressivos tricíclicos 
no coração e no SNC 
Rivastigmina, galantamina 
e donepezila. 
-Usados como 
tratamento de primeira 
escolha no mal de 
Alzheimer, com 
-É uma amina terciária 
não ionizada que pode 
entrar no SNC 
benefícios modestos. 
Carbacol 
-Produz miose durante 
cirurgia ocular 
-Usado topicamente para 
diminuir a pressão 
intraocular, 
principalmente em 
paciente que se tornam 
intolerante a pilocarpina. 
Neostigmina 
- Previne a distensão 
abdominal pós-cirúrgica e 
a retenção urinária 
-Usado no tratamento de 
Miastenia grave 
-Duração intermediaria 
Ecotiofato 
-Usado no tratamento de 
glaucoma de ângulo 
aberto 
-Longa duração de ação 
(100 h) 
Pilocarpina 
-Diminui a pressão 
intraocular no glaucoma 
-Liga-se 
preferencialmente aos 
receptores muscarínicos 
-É uma amina terciária 
não ionizada que pode 
entrar no SNC 
Edrofônio 
-Usado para diagnóstico 
de Miastemia Grave 
-Curta duração de ação 
Acetilcolina 
- Usado para produzir 
miose em cirurgias 
oftálmicas. 
 
• São drogas que agem nos receptores colinérgicos, 
bloqueando seletivamente a atividade parassimpática. 
• Podem ser chamados de parassimpaticolíticos ou 
fármacos anticolinérgicos ou anticolinérgicos. 
• Esses fármacos inibem ou bloqueiam a resposta 
colinérgica, ou seja, reduzem ou anulam o efeito de 
estimulação do SNP e, em determinadas situações tem 
efeito estimulante do sistema nervoso simpático. 
• Esses fármacos são agentes chamados espasmolíticos 
ou antiespasmódicos. 
• A classificação desses fármacos é feita de acordo 
com o local da ação e seus efeitos. 
• São os receptores que são estimulados pelo alcaloide 
muscarina e bloqueados pela atropina. 
• São seletivos para o sistema parassimpático, agindo 
unicamente nos receptores muscarínicos, bloqueando ou 
inibindo as ações da acetilcolina nestes receptores. 
• Fármaco padrão: ATROPINA é um anticolinérgico 
natural. 
• Sensível aos tecidos: aumenta a ação das glândulas 
endócrinas, musculo liso e coração e células parietais do 
estômago. 
• Ações da Atropina: 
→ Broncodilatação 
→ Relaxamento do tônus 
→ Diminuição das secreções de 
esvaziamento. 
→ Aumenta a pressão arterial. 
→ Excitação, irritabilidade e alucinações. 
Arísia Galdino 
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→ Midríase 
• ESCOPOLAMINA OU HYOSCINA 
→ Anticolinérgico natura l. 
→ Usos semelhantes à Atropina: cinetose, 
endoscopia, 
cólicas abdominais, radiologia do TG I; 
→ Efeitos depressores no SNC; 
→ BUSCOPAN 
 
ANTICOLINÉRGICOS SEMISSINTÉTICOS 
• Oftalmologia: produzem midríase e ciclopegia. 
→ Tropicamida – ação curta 
→ Ciclopentolato – ação prolongada 
• Pneumologia: broncodilatação e diminuição de 
mediadores inflamatórios. 
→ Ipratrópio (atrovent, duovent). 
OBS: Os agonistas dos receptores nicotínicos são utilizados 
clinicamente para indução da paralisia muscular. Eles ativam 
os canais colinérgicos e produzem despolarização da 
membrana celular. 
SUCCINILCOLINA= é um éster de colina utilizado para 
induzir a paralisia durante a cirurgia. 
 
 
 
REFERÊNCIAS

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