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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO 1° JUIZADO ESPECIAL CIVIL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Embargos à Execução por dependência ao processo nº: XXX
CARLA MEDEIRO, brasileira, casada, contadora, identidade sob n°, Cadastro de Pessoa Física nº:___, endereço eletrônico residente e domiciliada na Rua:----, no Bairro de NOVA IGUAÇU, RIO DE JANEIRO, vem por seu advogado com escritório na rua ... (endereço completo), para fins do artigo 77, inciso V do CPC com base no artigo 914 e seguintes, opor:
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Pelo rito comum, em face do banco BCN S/A, CNPJ nº: ..., endereço eletrônico, com sede na rua ... (endereço completo), Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamento a seguir: CNPJ nº: ..., endereço eletrônico, com sede na rua... (endereço completo), Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamento a seguir:
1. DOS FATOS
A Embargante, foi avalista em um contrato de cédula de credito bancário firmado por MARIO MARTINS com o embargado, no valor de R$ 100.00,00 ( CEM MIL REAIS). A EMBARGANTE tomou conhecimento que o banco ingressou com AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDIACIAL contra MARIO, PROCESSO N° ---, no 1° JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DACAPITAL, RIO DE JANEIRO, estando o processo já em fase de execução, para surpresa da embargante no dia 28/09/2021, foi certificada pelo gerente de seu banco, que sua conta poupança foi bloqueada no valor de R$ 5.400,00 (CINCO MIL E QUATROSSENTOS REAIS) e que a conta corrente de seu marido MARCIO COUTO também foi bloqueada contendo o valor de R$ 3.000,00 ( TRÊS MIL REAIS ), salário do mês de setembro de 2021. 
É importante citar que apesar de ser avalista do referido contrato em nenhum momento Carla foi notificada do processo em trâmite.
2. PRELIMINARES
2.a DA INEXISTÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO 
Nos termos do art. 238 do CPC, “a citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação Processual.” Isto é ndispensável para a validade do processo. Trata-se de matéria de ordem pública que pode ser alegada em qualquer fase da jurisdição. 
Ocorre que neste caso a embargante só teve conhecimento da presente ação quando o processo já estava em fase de execução, onde para sua surpresa no 28/09/2021 foi cientificada pelo gerente de seu banco que sua conta poupança foi bloqueada no valor de R$ 5.400,00 (...), e ainda a conta corrente de seu marido Marcio Couto também foi bloqueada contendo o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) referente a seu salário do mês de setembro de 2021. 
Sobre isto o ministro Aldir Passarinho Junior da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça afirmou “que todos os executados devem ser intimados, mesmo que a penhora seja apenas sobre alguns dos bens, como manda a jurisprudência pacífica do STJ. “Isso é mais do que natural e justificado, na medida em que a defesa de um interessa aos outros que mesmo que a penhora recaia apenas sobre os bens de um ou de alguns dos envolvidos no processo, todos eles devem ser intimados.”
Entende-se ainda que a responsabilidade entre o avalista e o devedor principal dela solidária, a mora daquele somente pode ser caracterizada após sua regular notificação a respeito da existência do débito inadimplido por parte do devedor principal. Deste modo, torna-se imprescindível a cientificação do avalista antes mesmo de se proceder a um bloqueio indevido.
3. DO DIREITO 
3. a DO BLOQUEIO DE VALOR DE CONTA POUPANÇA
O artigo 833 do Código de Processo Civil declara que essa modalidade de conta bancária é impenhorável:
Art. 833. São impenhoráveis:
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
Logo, percebe-se indevido o bloqueio em conta poupança realizado, tendo em vista que o valor da conta não supera o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos. Portanto a conta poupança da avalista não poderia ser objeto de penhora.
3.b DA IMPENHORABILIDADE DO SALÁRIO
Em relação ao valor da conta corrente também bloqueado em relação a vencimentos de salários do conjugue da embargante há impenhorabilidade, tendo em vista que se trata de valor que este recebe mensalmente e este bloqueio não se revela razoável em relação à remuneração por ele percebida, há afronta a dignidade ou a subsistência do devedor e de sua família. Há proteção existente ao salário conforme artigo 833, inciso IV. Há uma exceção neste artigo quando se trata de pensão alimentícia e este não é o caso apresentado.
Art. 833. São impenhoráveis:
“IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º.” 
De acordo com o art. 805 do CPC, “quando por vários meios o exeqüente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.”
Entende-se que a penhora somente seria cabível diante de valores vultosos, que fosse capaz de alterar a condição social do embargante, o que não é o caso apresentado. Portanto, tem-se configurada uma ilegalidade, passível de condenação pelas judiciária e conseqüente liberação imediata da conta e valores retidos.
Por fim, destaca-se ainda que mesmo que fosse permitida a penhorabilidade do salário, esta deve ser limitada a 30% dos provimentos do embargante, por manifesta previsão legal.
4. DA CONCESSÃO DO DIREITO SUSPENSIVO 
4.a PERICULUM IN MORA 
Considerando se tratar de execução que afeta tanto os bens da embargante quanto de seu conjugue, a execução se provou extremamente prejudicial ao embargante, pois a mesma coloca em risco seus meios de subsistência.Tal ação pelo judiciário apenas criará danos de natureza financeira e patrimonial ao embargante.
5. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
a) que seja atribuído o efeito suspensivo aos embargos; 
b) que seja reconhecida a falta de notificação da embargante da execução principal;
c) que seja realizada a oitiva do embargado, no prazo de 15 dias; 
d) que seja desconstituído o bloqueio sobre o valor da conta poupança da avalista no valor de R$ 5.400,00;
e) que seja desconstituído o bloqueio da conta corrente no valor de R$3.000,00 referente a vencimento salarial;
f) que o embargado seja condenado ao pagamento de honorários e custas sucumbências.
6. DAS PROVAS
Pede-se a produção de todas as provas em direito admitidas, segundo os termos do artigo 369 do CPC, especialmente documental. Em anexo seguem- se todas as provas comprobatórias das alegações. 
 
7. VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor do R$ xxx. 
 
Nestes termos,
Aguarda deferimento.
Local e Data
Advogado
 OAB/ Nº

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