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Urinálise Exame de triagem, examina além de problemas renais, como problemas endócrinos, hepáticos, etc... Detecta produtos normais e anormais do metabolismo, células, fragmentos de células e bactérias na urina O rim tem a função de filtrar e decidir o que será absorvido e o que será excretado. O túbulo decide o quanto de água terá na urina. · Urina normal: pouca água e muito soluto (concentrada); · Pelo rim é possível ter informações de todos os sistemas; Tipos de coleta: · Micção espontânea: maneira difícil, pouco utilizada e o primeiro jato pode vir com contaminação; · Sondagem uretral: pode machucar o trato urinário e dar alterações no resultado; · Cistocêntese: coleta + invasiva, tem a vantagem que não pega o trato inferior, a desvantagem é que a assepsia deve ser feita corretamente, para não contaminar a bexiga (animais com problema de pele não se deve fazer); Acondicionamento: · Frasco âmbar; · Primeira urina; · Amostra recente (2h) – temperatura ambiente; · Conservar a temperatura refrigerada (2°C a 8°C por até 8 horas) – deixar a temperatura retornar a ambiente antes do exame; Se não acondicionar corretamente pode provocar alterações na amostra Urina tipo 1 · Exame físico; · Exame químico; · Sedimento; Exame físico: Volume: Quantidade representativa do sangue na amostra, ideal de 10 mL, porém depende do paciente; Cor: Deve ser associada a densidade. · Ideal – amarelo citrino; · Pode variar de amarelo-palha (despreocupante) ao âmbar (preocupante); · Cor coca-cola – necrose, final de doença renal; Aspecto: · Cães e gatos – límpida (aonde se vê transparência, como a régua do frasco); · Equinos – frequentemente turva (presença de carbonato de cálcio e muco); Densidade: Relação do peso de uma solução com o peso de um volume igual de água (relação de água com soluto); Densidade alta = urina concentrada · Hipostenúria < 1,008 (muito preocupantes); · Isostenúria – 1,008 a 1,012 (densidade parecida com a do sangue, ou seja, perca de água); · Urina minimamente concentrada – 1,012 a 1,025 (cães), 1,012 a 1,035 (gatos), (ainda não preocupa tanto); · Hiperestenúria > 1,035 em cães, > 1,045 em gatos (dependendo do estágio pode indicar doença renal); Exame químico Fita reagente (mesma de humanos). pH: É o reflexo do pH sanguíneo. · Carnívoros – 5,5 a 7,7; · Herbívoros – 7,5 a 8,5; · Alteração no pH indica mais uma alteração sistêmica do que processo localizado; Copos cetônicos / cetonuria: Não é para ter na urina. · Metabolismo das gorduras (ácidos graxos) – acetona, acetoacetato, betahidroxibutirato. · Pode indicar diabetes mellitos (cetoacidose diabética); Glicose: Não pode ter pois o glomero tem que filtrar e o túbulo reaproximal reabsorver (porém tem capacidade máxima). · Transporte máximo – cães 180 a 220mg/dL, gatos - +/- 290mg/dL, equinos +/- 150mg/dL; · Glicosúria associada a hiperglicemia – diabetes mellitos, tratamento com glicose, stress (gatos), administração de glicose; · Glicosúria não associada a hiperglicemia – IRA com severa lesão tubular (problema tubular), síndrome de Fanconi (tubulopatia renal proximal, preocupante se a glicemia no sangue está normal e na urina não, resultando em problema tubular); Sangue oculto: · Hematúria – hemácias na urina; · Hemoglobina – indicativo de hemólise (anemia?); · Mioglobinúria – célula do músculo, indica lesão muscular; · Hemólise, injúria hepática e CK – o CK é uma célula específica do músculo e caso apareça no exame confirma lesão; Bilirrubina: · Hepatopatias como hepatite infecciosa canina, leptospirose e neoplasias; · Obstrução de vias biliares, ex: colestases intra e extra-hepáticas; · Hemólise (bilirrubina está dentro da hemácia, então se ela sofrer uma quebra, ela vai para a urina (anemia); Dosagens não utilizadas: · Urobilinogênio; · Densidade; · Nitrito; · Leucócitos (principalmente gatos); Proteína (+) / proteinúria: Não deve ter. Só é aceitável na urina se a densidade for alta. · Até 1 + está normal, sem indicar patologia; · Deve sempre ser interpretada com a densidade e outros dados clínicos e laboratoriais; · O excesso pode indicar problema na filtração; Mensuração quantitativa da proteinúria: Amostra com proteinúria · ↓ densidade – animal desidratado (é sempre significante se a densidade está baixa); Proteinúria X Densidade urinária · Animal 1: “normal” de um animal desidratado; · Animal 2: significativo; Relação proteína urinária: creatinina urinária (PU/CU) Exame para investigar a origem da proteína, a parte da urinálise. O sangue tem bastante creatinina, com isso, na excreção a urina deve ter pouca proteína e muita creatinina. Interpretação: · Relação P-U:C-U (relação proteína com creatinina) < 0,2 = normal; · Relação P-U:C-U = 0,2 a 0,4 (gato) e 0,2 a 0,5 (cão) = suspeito; · Relação P-U:C-U > 0,4 (gato) e 0,5 (cão) = proteinúria significante (podendo indicar problemas no túbulo – filtração); Proteinúria pré-renal (trato superior): Doença primária não renal. · Hemoglobinúria; · Mioglobinúria; · Neoplasias (mieloma múltiplo); Identificar qual é, pois pode forçar o glomero e desenvolver uma doença renal Proteinúria renal: Doença primária renal. · Aumento da permeabilidade capilar; · Doença tubular com perda funcional; · Inflamação no rim; Enfermidades · Glomerulonefrites, nefrose, cistos renais, nefrite, pielonefrite, neoplasias renais; Proteinúria pós-renal (trato inferior): · Infecção do trato urinário inferior (bexiga e uretra); · Hematúria pós-renal; · Obstrução por cálculos; Enfermidades · Uretrocistite, vaginite, cistite, entre outras; Sedimentoscopia · Hemácias 1 a 5 por campo de 400x (aceitável); · Leucócitos 1 a 5 por campo de 400x (aceitável); Celularidade: · Descamação / TUI – descamação do epitélio uretral (coleta por sonda); · Vesical / transição – descamação do epitélio vesícula urinária (bexiga contrai e relaxa, até então normal); · Caudadas – descamação pelve renal (não é normal); · Renais – descamação do córtex renal (não é normal); Cilindros: Não é normal. Excesso de proteínas e muco que acumulam no túbulo. * final de doença renal* Cristais: Se um paciente tem cálculo, ele já teve cristalúria, e o cálculo sempre deve ser analisado para saber a predisposição (saber se alcaliniza o meio através da alimentação). Fosfato triplo e oxalato de cálcio comum, depende do pH da urina (não forma os 2 juntos). · Fosfato triplo – pH neutro a alcalino, comum em cães; · Oxalato de cálcio – pH neutro a ácido, comum em cães; · Biureto de amônio – comum em dálmata e buldogue, já outras raças indicativo de shunt ou insuficiência hepática (problema no fígado que causa excesso de amônia); · Carbonato de cálcio – herbívoros; Avaliação laboratorial dos rins Filtração: Glomérulos capilares · Célula podócito; · Toda água é filtrada; Regulação da taxa de filtração glomerular: · Modulação renal da pressão arterial sistêmica; · Pressão dos capilares glomerulares; · Controle intrínseco do fluxo sanguíneo renal; Sistema renina-angiotensina-aldosterona Sistema renina-angiotensiva-aldosterona (SRAA): É acionado quando pouca água está passando pelos rins (hipovolemia) · Aumentar volume; · Regular pressão; · Ex: paciente cardiopata (possuin pressão alta por causa do sistema renina); · Paciente cardiopata toma inibidor da ECA para segurar o SRAA; · Por conta da força do sangue (pressão), acaba por lesionar a barreira de proteção e o paciente cardiopata desenvolve doença renal (rim facilmente é lesionado, paciente cardiopata precisa tomar diurético); Azotemia X Uremia Azotemia Aumento de compostos nitrogenados não proteicos no sangue (uréia e creatinina). Uremia Manifestações clínicas, consequência da azotemia. · Vômito; · Halitose; · Náusea; · Ulcerações na cavidade oral; “Todo paciente urêmico é azotemico, mas nem todo azotemico é urêmico” Avaliação da filtração glomerular Uréia: Metabólito nitrogenado oriundo da síntese de amônia no fígado. · É necessário um fígado eficiente para fazer a conversão de amônia em uréia; · 90% é excretada pelos rins e 10% pelo tratogastrointestinal; · Dieta e taxa de produção hepática – fatores não renais que podem alterar significativamente valores séricos de uréia; “Alguma parte da uréia que passar pelos túbulos é reabsorvida, porém a grande maioria é excretada na urina.” “Primeiro pensamento caso o nível de uréia estiver aumentado é problema na filtração.” Creatinina: Produto oriundo da creatina (miócitos). · A conversão de creatina em creatinina ocorre no tecido muscular, onde 1% a 2% de creatina livre se converte em creatinina, espontânea e definitivamente; · A quantidade de creatinina produzida depende da massa muscular (levar em consideração raça e porte do animal); · Completamente filtrada pelos glomérulos; “Entre uréia e creatinina, escolher creatinina pois não sofre reabsorção igual a uréia” Gráficos: Cão é oposto do gato. Cachorro: disfunção tubular (poliúria) depois disfunção glomerular (azotemia). Possuem néfrons corticais (região cortical dos rins); Gatos: disfunção glomerular (azotemia) depois disfunção tubular (poliúria). Possuem néfrons justamedulares (região medular); · Gatos tem menos néfrons; · Ingestão de água diminuída; · Gato é carnívoro verdadeiro (aumento proteico, podendo causar sobrecarga); · Possui néfrons justamedulares; · Diferença entre tamanho dos túbulos (controlam a ingestão de água); “Gatos absorvem mais água por conta dos seus néfrons, portando bebem menos água, por isso a poliúria é significativa de caso extremo.” Classificação de azotemia Toda vez que identificar azotemia é necessário classificação. Pré renal: Diminuição TFG (taxa de filtração glomerular). · Hipovolemia (Ex. anestesia); · Desidratação; Renal: Diminuição TFG. · Perda de néfrons; · Diminuição da permeabilidade glomerular; · Pressão intratubular aumentada; Pós renal: Diminuição na excreção de compostos nitrogenados. · Obstrução TUI; · Extravasamento de urina para cavidade abdominal; “Toda azotemia pós renal pensar em trauma ou obstrução.” São derivados da metilação de L-arginina (aminoácido) e libertadas em circulação após proteólise · SDMA (dimetilarginina simétrica); · ADMA (dimetilargina assimétrica); · MMA (monometilarginina); SDMA > 90% excretado por vias renais. Não sofre metabolização.
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