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Aula 4 e 5 urinálise e uréia creatinina

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Urinálise
Exame de triagem, examina além de problemas renais, como problemas endócrinos, hepáticos, etc... Detecta produtos normais e anormais do metabolismo, células, fragmentos de células e bactérias na urina
O rim tem a função de filtrar e decidir o que será absorvido e o que será excretado. O túbulo decide o quanto de água terá na urina.
· Urina normal: pouca água e muito soluto (concentrada);
· Pelo rim é possível ter informações de todos os sistemas;
Tipos de coleta:
· Micção espontânea: maneira difícil, pouco utilizada e o primeiro jato pode vir com contaminação;
· Sondagem uretral: pode machucar o trato urinário e dar alterações no resultado;
· Cistocêntese: coleta + invasiva, tem a vantagem que não pega o trato inferior, a desvantagem é que a assepsia deve ser feita corretamente, para não contaminar a bexiga (animais com problema de pele não se deve fazer);
Acondicionamento:
· Frasco âmbar;
· Primeira urina;
· Amostra recente (2h) – temperatura ambiente;
· Conservar a temperatura refrigerada (2°C a 8°C por até 8 horas) – deixar a temperatura retornar a ambiente antes do exame;
Se não acondicionar corretamente pode provocar alterações na amostra
Urina tipo 1
· Exame físico;
· Exame químico;
· Sedimento;
Exame físico:
Volume:
Quantidade representativa do sangue na amostra, ideal de 10 mL, porém depende do paciente;
Cor:
Deve ser associada a densidade.
· Ideal – amarelo citrino;
· Pode variar de amarelo-palha (despreocupante) ao âmbar (preocupante);
· Cor coca-cola – necrose, final de doença renal;
Aspecto:
· Cães e gatos – límpida (aonde se vê transparência, como a régua do frasco);
· Equinos – frequentemente turva (presença de carbonato de cálcio e muco);
Densidade:
Relação do peso de uma solução com o peso de um volume igual de água (relação de água com soluto);
Densidade alta = urina concentrada
· Hipostenúria < 1,008 (muito preocupantes);
· Isostenúria – 1,008 a 1,012 (densidade parecida com a do sangue, ou seja, perca de água);
· Urina minimamente concentrada – 1,012 a 1,025 (cães), 1,012 a 1,035 (gatos), (ainda não preocupa tanto);
· Hiperestenúria > 1,035 em cães, > 1,045 em gatos (dependendo do estágio pode indicar doença renal);
Exame químico
Fita reagente (mesma de humanos).
pH:
É o reflexo do pH sanguíneo.
· Carnívoros – 5,5 a 7,7;
· Herbívoros – 7,5 a 8,5;
· Alteração no pH indica mais uma alteração sistêmica do que processo localizado;
Copos cetônicos / cetonuria:
Não é para ter na urina.
· Metabolismo das gorduras (ácidos graxos) – acetona, acetoacetato, betahidroxibutirato.
· Pode indicar diabetes mellitos (cetoacidose diabética);
Glicose:
Não pode ter pois o glomero tem que filtrar e o túbulo reaproximal reabsorver (porém tem capacidade máxima).
· Transporte máximo – cães 180 a 220mg/dL, gatos - +/- 290mg/dL, equinos +/- 150mg/dL;
· Glicosúria associada a hiperglicemia – diabetes mellitos, tratamento com glicose, stress (gatos), administração de glicose;
· Glicosúria não associada a hiperglicemia – IRA com severa lesão tubular (problema tubular), síndrome de Fanconi (tubulopatia renal proximal, preocupante se a glicemia no sangue está normal e na urina não, resultando em problema tubular);
Sangue oculto:
· Hematúria – hemácias na urina;
· Hemoglobina – indicativo de hemólise (anemia?);
· Mioglobinúria – célula do músculo, indica lesão muscular;
· Hemólise, injúria hepática e CK – o CK é uma célula específica do músculo e caso apareça no exame confirma lesão;
Bilirrubina:
· Hepatopatias como hepatite infecciosa canina, leptospirose e neoplasias;
· Obstrução de vias biliares, ex: colestases intra e extra-hepáticas;
· Hemólise (bilirrubina está dentro da hemácia, então se ela sofrer uma quebra, ela vai para a urina (anemia);
Dosagens não utilizadas:
· Urobilinogênio;
· Densidade;
· Nitrito;
· Leucócitos (principalmente gatos);
Proteína (+) / proteinúria:
Não deve ter. Só é aceitável na urina se a densidade for alta.
· Até 1 + está normal, sem indicar patologia;
· Deve sempre ser interpretada com a densidade e outros dados clínicos e laboratoriais;
· O excesso pode indicar problema na filtração;
Mensuração quantitativa da proteinúria:
Amostra com proteinúria 
· ↓ densidade – animal desidratado (é sempre significante se a densidade está baixa);
Proteinúria X Densidade urinária
· Animal 1: “normal” de um animal desidratado;
· Animal 2: significativo;
Relação proteína urinária: creatinina urinária (PU/CU)
Exame para investigar a origem da proteína, a parte da urinálise.
O sangue tem bastante creatinina, com isso, na excreção a urina deve ter pouca proteína e muita creatinina.
Interpretação:
· Relação P-U:C-U (relação proteína com creatinina) < 0,2 = normal;
· Relação P-U:C-U = 0,2 a 0,4 (gato) e 0,2 a 0,5 (cão) = suspeito;
· Relação P-U:C-U > 0,4 (gato) e 0,5 (cão) = proteinúria significante (podendo indicar problemas no túbulo – filtração);
Proteinúria pré-renal (trato superior):
Doença primária não renal.
· Hemoglobinúria;
· Mioglobinúria;
· Neoplasias (mieloma múltiplo);
Identificar qual é, pois pode forçar o glomero e desenvolver uma doença renal 
Proteinúria renal:
Doença primária renal.
· Aumento da permeabilidade capilar;
· Doença tubular com perda funcional;
· Inflamação no rim;
Enfermidades
· Glomerulonefrites, nefrose, cistos renais, nefrite, pielonefrite, neoplasias renais;
Proteinúria pós-renal (trato inferior):
· Infecção do trato urinário inferior (bexiga e uretra);
· Hematúria pós-renal;
· Obstrução por cálculos;
Enfermidades
· Uretrocistite, vaginite, cistite, entre outras;
Sedimentoscopia
· Hemácias 1 a 5 por campo de 400x (aceitável);
· Leucócitos 1 a 5 por campo de 400x (aceitável);
Celularidade:
· Descamação / TUI – descamação do epitélio uretral (coleta por sonda);
· Vesical / transição – descamação do epitélio vesícula urinária (bexiga contrai e relaxa, até então normal);
· Caudadas – descamação pelve renal (não é normal);
· Renais – descamação do córtex renal (não é normal);
 
Cilindros:
Não é normal. Excesso de proteínas e muco que acumulam no túbulo.
* final de doença renal*
Cristais:
Se um paciente tem cálculo, ele já teve cristalúria, e o cálculo sempre deve ser analisado para saber a predisposição (saber se alcaliniza o meio através da alimentação).
Fosfato triplo e oxalato de cálcio comum, depende do pH da urina (não forma os 2 juntos).
· Fosfato triplo – pH neutro a alcalino, comum em cães;
· Oxalato de cálcio – pH neutro a ácido, comum em cães;
· Biureto de amônio – comum em dálmata e buldogue, já outras raças indicativo de shunt ou insuficiência hepática (problema no fígado que causa excesso de amônia);
· Carbonato de cálcio – herbívoros;
 
Avaliação laboratorial dos rins
Filtração: 
Glomérulos capilares
· Célula podócito;
· Toda água é filtrada;
Regulação da taxa de filtração glomerular:
· Modulação renal da pressão arterial sistêmica;
· Pressão dos capilares glomerulares;
· Controle intrínseco do fluxo sanguíneo renal;
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Sistema renina-angiotensiva-aldosterona (SRAA):
É acionado quando pouca água está passando pelos rins (hipovolemia)
· Aumentar volume;
· Regular pressão;
· Ex: paciente cardiopata (possuin pressão alta por causa do sistema renina);
· Paciente cardiopata toma inibidor da ECA para segurar o SRAA;
· Por conta da força do sangue (pressão), acaba por lesionar a barreira de proteção e o paciente cardiopata desenvolve doença renal (rim facilmente é lesionado, paciente cardiopata precisa tomar diurético);
Azotemia X Uremia
Azotemia
Aumento de compostos nitrogenados não proteicos no sangue (uréia e creatinina).
Uremia
Manifestações clínicas, consequência da azotemia.
· Vômito;
· Halitose;
· Náusea;
· Ulcerações na cavidade oral;
“Todo paciente urêmico é azotemico, mas nem todo azotemico é urêmico”
Avaliação da filtração glomerular
Uréia:
Metabólito nitrogenado oriundo da síntese de amônia no fígado.
· É necessário um fígado eficiente para fazer a conversão de amônia em uréia;
· 90% é excretada pelos rins e 10% pelo tratogastrointestinal;
· Dieta e taxa de produção hepática – fatores não renais que podem alterar significativamente valores séricos de uréia;
“Alguma parte da uréia que passar pelos túbulos é reabsorvida, porém a grande maioria é excretada na urina.”
“Primeiro pensamento caso o nível de uréia estiver aumentado é problema na filtração.”
Creatinina:
Produto oriundo da creatina (miócitos).
· A conversão de creatina em creatinina ocorre no tecido muscular, onde 1% a 2% de creatina livre se converte em creatinina, espontânea e definitivamente;
· A quantidade de creatinina produzida depende da massa muscular (levar em consideração raça e porte do animal);
· Completamente filtrada pelos glomérulos;
“Entre uréia e creatinina, escolher creatinina pois não sofre reabsorção igual a uréia”
Gráficos:
Cão é oposto do gato.
Cachorro: disfunção tubular (poliúria) depois disfunção glomerular (azotemia). Possuem néfrons corticais (região cortical dos rins);
Gatos: disfunção glomerular (azotemia) depois disfunção tubular (poliúria). Possuem néfrons justamedulares (região medular);
· Gatos tem menos néfrons;
· Ingestão de água diminuída;
· Gato é carnívoro verdadeiro (aumento proteico, podendo causar sobrecarga);
· Possui néfrons justamedulares;
· Diferença entre tamanho dos túbulos (controlam a ingestão de água);
“Gatos absorvem mais água por conta dos seus néfrons, portando bebem menos água, por isso a poliúria é significativa de caso extremo.”
Classificação de azotemia
Toda vez que identificar azotemia é necessário classificação.
Pré renal:
Diminuição TFG (taxa de filtração glomerular).
· Hipovolemia (Ex. anestesia);
· Desidratação;
Renal: 
Diminuição TFG.
· Perda de néfrons;
· Diminuição da permeabilidade glomerular;
· Pressão intratubular aumentada;
Pós renal:
Diminuição na excreção de compostos nitrogenados.
· Obstrução TUI;
· Extravasamento de urina para cavidade abdominal;
“Toda azotemia pós renal pensar em trauma ou obstrução.”
São derivados da metilação de L-arginina (aminoácido) e libertadas em circulação após proteólise
· SDMA (dimetilarginina simétrica);
· ADMA (dimetilargina assimétrica);
· MMA (monometilarginina);
SDMA > 90% excretado por vias renais. Não sofre metabolização.

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