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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIESP CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA INSTITUTO WALFREDO GUEDES PEREIRA KATIUSKA NÁGILA PESSOA BOSON ELOY ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA: HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO CABEDELO – PB 2022 KATIUSKA NÁGILA PESSOA BOSON ELOY CASO CLÍNICO Projeto apresentado na disciplina Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica, do Curso de Graduação em Nutrição do Centro Universitário - UNIESP, como requisito para elaboração do caso clínico. SUP. DE ESTÁGIO: Prof.ª. Kelly Cristina Muniz de Medeiros; Prof.ª. Carla Giovanna Filgueiras Peixoto PRECEPTORA: Mariana Lira CABEDELO – PB 2022 SUMÁRIO 1. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL .................................................................................. 4 2. ROTINA DO ESTAGIÁRIO NO CAMPO DE PRÁTICA ............................................. 4 3. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRIA DA VIDA DO PACIENTE ....................................... 5 4. HISTÓRIA DA DOENÇA E INTERNAÇÃO .................................................................. 6 5. DIAGNÓSTICO DEFINITIVO OU PROVÁVEL ........................................................... 6 6. QUADRO CLÍNICO ATUAL DO PACIENTE ............................................................... 6 7. FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS .............................................................................. 7 7.1. Diabetes Mellitus, tipo 2 ............................................................................................... 7 7.2. Hipertensão Arterial .................................................................................................... 8 7.3. Neoplasia De Mama ..................................................................................................... 9 7.4. Metástase Coluna ......................................................................................................... 9 8. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE .......................................................... 10 8.1. Medidas Antropométricas ......................................................................................... 10 8.2. Obesidade E Paciente Oncológico ............................................................................. 12 9. INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS DE IMPORTÂNCIA PARA DIETOTERAPIA ...................................................................................................................... 12 9.1. Exames Laborais ........................................................................................................ 12 9.2. Interpretação .............................................................................................................. 14 10. INTERAÇÃO DROGAS X NUTRIENTES .................................................................... 15 11. EVOLUÇÃO DIETOTERÁPICA PRESCRITA NO HOSPITAL E ACEITAÇÃO PELO PACIENTE .................................................................................................................... 17 12. TERAPIA NUTRICIONAL RECOMENDADA PELO ESTAGIÁRIO AO PACIENTE ................................................................................................................................ 18 12.1. Recomendações Gerais ........................................................................................... 19 12.2. Cardápio .................................................................................................................. 19 13. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 20 14. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 21 1. Caracterização do local O Hospital São Vicente de Paulo fica localizado na Av. João Machado, n°1234 no bairro do Centro, na cidade de João Pessoa-PB. Fundado por Dr. Walfredo Guedes Pereira, no ano de 1912 com o nome de IPAIP – Instituto de Proteção e Assistência à Infância da Paraíba, formado por uma sociedade civil sem fins lucrativos, tendo como seu principal objetivo a prestação da assistência integral aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. O hospital supracitado é referência de alta e média complexidade nos tratamentos de casos neurológicos, nefrológicos, oncológicos e angiológicos. Os serviços prestados envolvem procedimentos eletivos e de urgência em clínica médica e cirúrgica. Possui três alas principais, quais sejam: setor oncológico, que conta com 26 leitos, setor masculino, 26 leitos, setor vascular, 32 leitos. Outras áreas presentes neste hospital e em seus anexos são: hemodiálise, UTI, área amarela, quimioterapia e consultórios. Ademais, a Policlínica do Hospital São Vicente tem uma estrutura formada por consultórios equipados e climatizados, Centro de Diagnóstico por Imagem, sala para pequenos procedimentos, bem como um bloco cirúrgico com seis salas de cirurgias. A equipe é bem treinada e preparada para propor um bom atendimento com recepcionistas, técnicas de enfermagem e enfermeiras para auxiliar os médicos de diversas especialidades como neurologistas, urologistas, cardiologistas, mastologistas, cirurgiões gerais, nefrologistas, especialistas em cabeça e pescoço entre outras. Outrossim, aceita os seguintes Planos de Saúde: Bradesco, Unimed, Assefaz, Afrafep, Sulamerica, Cassi e Fiat. 2. Rotina do estagiário no campo de prática O estágio, desenvolvido no Hospital São Vicente de Paulo, teve início no mês de fevereiro e será finalizado no mês de julho. Onde são efetuados nos turnos da manhã (7h às 12:30h), em dias de terça-feira e quinta-feira. Nas primeiras semanas foram feitas rondas em todas as áreas do hospital com o intuito de demonstração do local para a equipe de estagiários do dia/turno acima citado. A rotina diária era desenvolvida da seguinte forma: no início do turno do estágio eram feitas as análises dos prontuários, para posteriormente passar a visita nos leitos e avaliar como estava a aceitação da dieta e a parte digestiva dos pacientes, logo em seguida atualizava o mapa das copeiras. Por fim, ocorria a interação da preceptora com a equipe de estagiários, havendo aulas e trocas de informações inerentes ao âmbito de trabalho. Em dias aleatórios, e quando havia necessidade, era feita a avaliação antropométrica de alguns pacientes, onde verifica-se a circunferência do braço (CB), a meia envergadura (ME), altura do joelho (AJ) e a circunferência da panturrilha (CP). Tais medidas eram utilizadas para estimar peso e altura, com isso conseguia determinar o diagnóstico nutricional, bem como o percentual de perda de peso. Além disso, durante todo o período inicial do estágio, foram realizadas pela equipe e de forma individual as seguintes atividades: orientação sobre as avaliações físicas voltadas para o público hospitalar, manual de fórmulas, exames laboratoriais, apresentação do caso clínico, atividade para recomendação e execução de cardápio em pacientes renais, aula invertida que abordou o tema hematologia, entre outras atividades que envolviam a importância da nutrição clínica. 3. Identificação e história da vida do paciente Quadro 1 - Identificação do paciente Nome G. V. M. B. Sexo Feminino Idade 42 anos Profissão Cabeleireira Data de nascimento 24/10/1979 Data de admissão 03/04/2022 Setor Oncológica Leito 12 Médico Claúdio Emmanuel Gonçalves da S. Filho Doenças Hipertensão Arterial e Diabete Mellitus Tipo 2 Antecedentes Carcinoma da mama com masterctomia e lifadenectomia axilar- AC/RT/HERCEPTIN, há dois anos. Histerectomia com salpingectomia, há 3 anos. FONTE: Prontuário médico da paciente G.V.M.B, Hospital São Vicente de Paulo, 2022. A paciente G.V.M.B relatou por meio de anamnesenão praticar atividades físicas, seguindo uma vida sedentária, não faz uso de álcool e fumo, bem como não come de forma exagerada alimentos industrializados. Mencionou também que a partir do momento que iniciou o tratamento para o câncer de mama, passou um ano sem comer nenhum tipo de açúcares, adoçando as coisas com xilitol. No momento em que foi questionada sobre histórico familiar, falou que sua tia havia morrido de câncer e possuía outros parentes, do lado materno, com histórico de carcinoma. 4. História da doença e internação A paciente relatou que fez seguimento oncológico no hospital São Vicente de Paula, onde realizou mastectomia em 2017 e posteriormente com AC, linfonodo positivo e esvaziamento linfonodal axilar esquerdo, fez RT e HERCEPTIN. Segundo a mesma, vinha com funcionalidade prévia e há 15 dias iniciou quadro de dor, inicialmente de leve intensidade, piorando progressivamente, aumentando de intensidade ao decúbito lateral, associado a dispneia aos moderados esforços. Ato contínuo, após ser medicada, relatou que os remédios amenizaram as dores, entretanto ainda sentia dor moderada ao sentar e se movimentar. Os exames de sangue realizados na admissão apresentaram taxas de leucometria normal, boa função renal e PCR discretamente alterado. Com relação aos exames de raio x, o médico observou apagamento dos seios costofrênicos bilateralmente e opacidade em base esquerda compatível com derrame pleural pequeno, aparentemente cardiomegalia. Mediante relato de intensa dor e por causa de muita insistência da paciente, esta foi internada no setor oncológico do Hospital São Vicente de Paulo, para a realização de exames com intuito de investigar a causa da dor. 5. Diagnóstico definitivo ou provável No dia 06 de abril de 2022, a paciente recebeu o laudo da TC de coluna torácica que apresentou lesões osteolíticas nos corpos vertebrais T1 a T4, bem como os elementos posteriores de T3 e T4, determinando afilamento e erosões corticais, provocando colapso dos corpos vertebrais, com redução de sua altura em até 90%. Notou-se também componentes de partes moles adjacentes que determinam compressão sobre saco dural. A soma dos achados pode estar relacionada à envolvimento neoplásico secundário. Sinais de leve espondilodiscoartropatia degenerativa. 6. Quadro clínico atual do paciente A paciente segue internada em leito de enfermaria, na ala oncológica para início de quimioterapia e posterior alta. Se encontra consciente e orientada, estável hemodicamente, confortável em repouso e a dor permanece controlada. Apresenta episódios de dispneia paroxística à noite e durante o dia; apetite e dieta preservados, diurese presente; evacuação presente. 7. Fisiopatologia das doenças 7.1. Diabetes mellitus, tipo 2 A diabetes mellitus tem se destacado como uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que mais acometem os indivíduos atualmente e sua prevalência vem crescendo muito ao longo das últimas décadas, por causa de vários fatores que envolvem o sedentarismo, maior taxa de urbanismo, obesidade, alimentação inadequada, envelhecimento populacional, entre outros quesitos (SCHMIDT et al., 2009 apud BERTONHI, 2018). Conforme a OMS, a diabetes mellitus é uma doença metabólica, de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia crônica, com défices no metabolismo dos glicídios, proteínas e lipídios resultantes de distúrbios ao nível da secreção ou ação da insulina, ou de ambas (ROMANCIUC, 2017). Na fase inicial da DMT2, as células β elevam a secreção de insulina para compensar a resistência à insulina. Durante essa fase, a tolerância à glicose permanece normal. Este mecanismo compensatório resulta na falha progressiva das células β e em razão disso a progressão da doença. A DMT2 desenvolve-se quando a capacidade de secreção de insulina pelas células β não é suficiente para superar o grau de resistência dos tecidos à insulina (GASTALDELLI, 2011). Neste sentido, os indivíduos com DMT2, normalmente produzem insulina, entretanto suas células não conseguem utilizá-la adequadamente em razão da diminuição da sua ação, quadro caracterizado como resistência à insulina. Dessa forma, não há efetiva ação hipoglicêmica da insulina e a diminuição da captação de glicose pelas células resulta a elevada produção de glicose hepática, o que colabora ainda mais com o aumento da glicemia e se associa com altos níveis de insulina no sangue (BERTONHI, 2018). Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo alimentar habitual constitui um dos principais fatores determinantes passíveis de modificação para DCNT (WHO/FAO; 2003). Nesse mesmo sentido, a American Diabetes Association (ADA) afirma que a melhor estratégia para a promoção da saúde e redução DCNTs é manter uma alimentação balanceada. Sendo assim, a dieta adequada e saudável se faz extremamente importante para pessoas com DM para o controle, tratamento e prevenção de complicações (FONSECA, 2015 apud BERTONHI, 2018) 7.2. Hipertensão Arterial O sistema cardiovascular é formado pelo coração, vasos sanguíneos e sangue, tem como funções fornecer e manter o fluxo sanguíneo, levar nutrientes aos diversos tecidos do corpo, bem como remover as toxinas resultantes do metabolismo celular (SANTANA et al., 2019 apud SONTANG et al., 2019). A homeostase do bombeamento do sangue e sua livre passagem pelo lúmen dos vasos sanguíneos, resulta na manutenção da pressão arterial (PA). A determinação da PA ocorre pelos fatores físicos, como débito cardíaco (DC) e resistência vascular periférica total (RVPT) e a interação destas duas variáveis pode ser matematicamente expressa pela equação pressão arterial média (PAM)= DC x RVP (KRIEGER, 1999 apud SONTANG et al., 2019). Conforme a Diretriz Brasileira de Hipertensão (2020), a hipertensão arterial (HA) é definida como uma doença crônica não transmissível (DCNT) determinada por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento superam os riscos. Trata-se de uma condição multifatorial, o qual depende de fatores genéticos, epigenéticos, ambientais, bem como sociais, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), isto é, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, sendo essa pressão medida com a técnica correta, no mínimo duas vezes, na ausência de remédios hipertensivos. (BARROSO, 2021) A hipertensão tem como uma de suas característica a hiperatividade do sistema renina- angiotensina, o qual contribui para várias alterações funcionais, bem como estruturais em vários órgãos-alvo. Um dos produtos deste sistema, a angiotensina II, provoca lesão vascular por induzir vasoconstrição, proliferação e hipertrofia de células musculares lisas e inflamação vascular, bem como a degradação da matriz extracelular. Outrossim, contribui com o aumento da contratilidade miocárdica, retenção de sódio e água e elevação da pressão arterial (Santos et al., 2012; Thieme et al., 2017 apud CALZERRA, 2018) Ademais, existem propostas de dietas para a prevenção da HA, que também favorecem o controle dos hipertensos e contribuem para a saúde no geral. Destaca-se, nesse sentido, a dieta DASH e outras que envolvem baixa quantidade de gordura baixo e teor de carboidratos, como a mediterrânea, vegetariana, vegana, nórdica e etc. 7.3. Neoplasia de Mama O câncer é definido como um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Estas células dividem-se rapidamente e tendem a ser agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores que podem espalhar-se para outras regiões do corpo, culminando no caráter de maior malignidade (INCA, 2018) A neoplasia de mama caracteriza-se por desregulação da proliferação e apoptose celulares, desaparecimento de células mioepiteliais, transformação epitélio mesênquima, instabilidadegenômica (mutações, deleções, amplificações, rearranjos cromossômicos), perda da organização e compartimentalização (FERREIRA; ROCHA, 2004). O padrão molecular do câncer de mama pode ser identificado pela imunohistoquímica, permitindo a quantificação dos receptores de estrogênio, progesterona, bem como o receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER-2). Outra classificação dos tumores se dá através do microarranjo, o qual os organiza em subtipos moleculares de acordo com a expressão gênica, podendo ser: luminal A, luminal B, HER-2 e Basal-Like (KAKIMI et al., 2017) Os fatores de risco associados ao desenvolvimento da neoplasia de mama são de origem multifatorial, os quais culminam na reprodução descontrolada das células cancerígenas na região mama, como por exemplo a idade avançada, história hereditária, hábitos de vida, fatores de riscos genéticos e aspectos reprodutivos (PENATTI, 2020) Por fim, vários estudos evidenciam o impacto da alimentação sobre o câncer de mama. Neste sentido, uma alimentação adequada e saudável colabora na prevenção do câncer de mama em mulheres, independente da fase da vida, desde que estejam inseridas em um estilo de vida saudável, o que inclui bons hábitos alimentares, exercício físico regular, diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas e açucaradas, entre outras. A adesão de uma alimentação equilibrada que priorize alimentos in natura e minimamente processados, somada ao estilo de vida, consequentemente podem garantir um melhor prognóstico quando se está com a doença (PEREIRA, 2020). 7.4. Metástase coluna A metástase caracteriza-se como um processo de crescimento tumoral em áreas distantes do foco primário de câncer, podendo ocorrer decorrente da perda da coesão celular e migração tumoral pelo sistema circulatório. Os pulmões, o fígado e o esqueleto são os principais locais acometidos por metástases no corpo humano, sendo a coluna vertebral a mais frequentemente acometida no sistema ósseo (SILVA, 2021). As neoplasias de coluna mais habituais são as metástases do adenocarcinoma de mama, de neoplasias pulmonares, de próstata, dos rins, bem como dos tumores hematopoiéticos, sobressaindo os linfomas e o mieloma múltiplo. O diagnóstico ocorre corriqueiramente no período em que já há conhecimento da doença primária, entretanto cerca de 10% dos pacientes podem ter sinais de CM como primeira manifestação da neoplasia (JOAQUIM et al., 2007 apud ARAÚJO, 2013). De acordo com estudos feitos em autópsias, a distribuição das metástases extra durais se relaciona com o tamanho das vértebras, sendo mais prevalentes nas lombares, depois torácicas e cervicais. Entretanto, a compressão sintomática ocorre mais frequentemente na coluna torácica (50–70%), seguida pela coluna cervical (10–30%) e, por último, pela coluna lombo-sacra (20– 30%). As neoplasias pulmonares e de mama, cursam com lesões cervicais ou torácicas, ao passo que o de próstata, cólon e tumores pélvicos têm maior propensão pela coluna lombo-sacra (JOAQUIM et al., 2007 apud ARAUJO, 2013). 8. Avaliação Nutricional do paciente 8.1. Medidas antropométricas Data 31/04/2022 Peso Usual 70 kg - 88 kg Peso seco 89,42 kg Peso atual estimado (com edema) 91,62 kg Altura 1.62 m Circunferência do Braço - CB 36 cm Circunferência da Panturrilha - CP 36 cm Porcentagem de 164,28% Adequação de Peso Porcentagem de Adequação da CB 123 % (Obesidade) A paciente avaliada encontra-se em estado nutricional de obesidade de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que se classifica o IMC de 30,0 a 34,9 kg/m² como Obesidade Grau I (Tabela 1). Corroborando com o mesmo diagnóstico, a classificação conforme a adequação do peso foi a mesma, obesidade (Tabela 2). Tabela 1 – Classificação do estado nutricional segundo o IMC para adultos Tabela 2 – Classificação do estado nutricional segundo a adequação do peso Diante dos parâmetros, a paciente encontra-se em estado de Obesidade Grau I, já com correção em peso seco, uma vez que se encontra em anasarca. A alimentação está com a adequação devida e boa aceitação. Faz-se necessário seguir em acompanhamento nutricional, efetuar avaliações físicas frequentes, visto que a paciente está bem acima do peso, podendo agravar o seu estado de saúde 8.2. Obesidade e paciente oncológico O tecido adiposo se expande em resposta ao aumento no número de calorias ingeridas, por meio do aumento do tamanho das células ou no número de adipócitos. Com isso, o suprimento de oxigênio fica baixo e gera a hipóxia tecidual, levando a uma inflamação sistêmica de baixo grau, com liberação de adipocinas inflamatórias que perpetuam esse ciclo. A ativação de vias inflamatórias causa desequilíbrio na produção de espécies reativas de oxigênio, aumento do estresse do retículo endoplasmático, resistência à insulina e aumento da apoptose dos adipócitos (OIKONOMOU, 2018). Em estado inflamatório, o processo de apoptose das células é prejudicado, podendo acontecer a morte celular programada pela inflamação, o qual desenvolve a explosão da membrana celular e extravasamento de lipídeos, citocinas, ATP e espécies reativas de oxigênio do seu conteúdo no meio celular. Este processo é o pontapé inicial para ativação e deslocamento de células imunes para a região, com acúmulo de macrófagos fagocíticos (QUAIL; DANNENBERG, 2018). Nesse sentido, a obesidade está relacionada com a incidência e mortalidade de, aproximadamente, 20% de cânceres associados. A maior biodisponibilidade de glicose, bem como lipídeos fornece substrato para a carcinogênese se instalar e progredir, assim como há alteração no mecanismo de apoptose das células cancerígenas (QUAIL; DANNENBERG, 2018) A obesidade é reconhecidamente um fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer e está associada com pior prognóstico. A mesma ativa numerosas vias oncogênicas que promovem a sobrevivência, proliferação e metabolismo de células tumorais. Em razão disso, é essencial minimizar seu impacto no tratamento do paciente oncológico. A perda de peso progressiva pode melhorar a performance funcional, os desfechos e a qualidade de vida. O déficit calórico é a intervenção mais óbvia e efetiva para induzir à perda de peso. Entretanto, sua indicação pode levar à redução de massa de gordura com efeito colateral imprevisível e indesejável (obesidade e sarcopenia), que é a perda conjunta de massa muscular. (BRASPEN, 2019) 9. Interpretação de exames laboratoriais de importância para Dietoterapia 9.1. Exames Laborais Vale destacar a importância dos exames laboratoriais no auxílio do fechamento do diagnóstico nutricional do paciente. Por tanto, os parâmetros a seguir foram analisados. Quadro 2- Resultados do exame de sangue da paciente HEMOGRAMA / SÉRIE VERMELHA Exames 26/03/2022 Valor de Referência Eritrócito 4,27 milhões /mm3 4,2 a 6,0 milhões/mm3 Hemoglobina 12,9 g/DL 13,5 a 16,0 g/dL Hematócrito 36,7% 40,0 a 52,5 % V.C.M 86,0 fL 82,0 a 92,0 fL H.C.M 30,2 pg 27,0 a 31,0 pg C.H.C.M 35,1 g/dL 32,9 a 36,0 g/dL RDW 13,7 % 11,5 a 15,0 fL SÉRIE BRANCA Leucócitos 19.600 / mm3 5.000 a 10.000 / mm3 Neutrófilos Promielocitos 0 0 a 0 /mmm3 Mielócitos 0 0 a 0 /mmm3 Metamielócitos 0 0 a 0 /mmm3 Bastonetes 0 0 a 0 /mmm3 Segmentados 88,0 / 17.248 40 a 70% - 1.800 a 8.500/mm3 Eosinófilos 2,0 / 392 0,5 a 6,0% / até 500/mm3 Basófilos 0 0 a 2,0% - até 100/mm3 Linfócitos Típicos 7,0 / 1.372 20 a 45% – 1.000 a 3.500/mm3 Atípicos 0 0 a 5% – 0 a 500/mm3 Monócitos 3 2,0 a 10%/ até 1.000 OBS: Hemácias normocíticas e normocrônicas. Resultado: Leucocitose confirmada. Plaquetas 402.000 mm3 140.000 a 400.000 mm3 P.D. W 12,8% 10,0 até 18,0 % BIOQUIMICO Glicose 161 mg/DL Ureia 26 mg 10 a 50 mg/dL Creatinina 0,8 mg/DL 0,4 a 1,3 mg/dL Sódio 138 mg/DL 135 a 148 mEq/LPotássio 4,2 4,0 a 5,6 mEq/L Cálcio 10,1 Albumina 5,0 g/DL 3,5 a 5,5 g/dL FONTE: Prontuário médico da paciente G.V.M.B, Hospital São Vicente de Paulo, 2022. 9.2. Interpretação O hemograma é comumente utilizado para analisar determinados aspectos sanguíneos como o número de glóbulos vermelhos, leucócitos e plaquetas, sendo um bom instrumento para identificar a ocorrência de infecções, excesso de ferro ou de anemia, por exemplo (LEMOS, 2021). No exame da nossa paciente, podemos observar que os valores de a hemoglobina e do hematócrito, se encontra abaixo do valor de referência dos mesmos, em contrapartida o V.C.M e o H.C.M, encontram-se em sua faixa de normalidade. Isto refere-se a uma anemia decorrente de doença crônica (anemia normocítica) que para cessar, é necessário tratamento na doença existente. A contagem de glóbulos brancos (leucócitos) faz parte de uma contagem completa de sangue, ela indica a quantidade de leucócitos em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total. A contagem de leucócitos pode elevar ou diminuir em determinadas doenças, porém é diagnosticamente útil somente quando o diferencial de glóbulos brancos e o estado clínico do paciente são levados em consideração (FLEURY, 2007). A leucocitose, contagem elevada de leucócitos, são caracterizados por um valor superior a 11.000/mm³ no exame de sangue, o que leva a possíveis causas de infecção ou doença recente, excesso de estresse, efeito colateral de um remédio, entre outros (LEMOS, 2017). Diante do resultado do exame de sangue (quadro), podemos observar que os níveis de leucócito e neutrófilos estão acima dos valores considerados normais. Tais resultados podem ser devido a alterações causadas pelos diversos fármacos utilizados durante o tratamento da patologia de base, bem como a presença de tumores malignos. No mesmo sentindo, a glicose se encontra descompensada, sendo necessário uma mudança nos hábitos alimentares para o controle a glicemia. 10. Interação Drogas x Nutrientes O quadro a seguir, ilustra em forma de síntese os medicamentos utilizados pela paciente durante sua internação e tratamento médico. Quadro 3 - Medicamentos utilizados pela paciente MEDICAMENTO SUBSTÂNCIA ATIVA INDICAÇÃO INTERAÇÃO MEDICAMENTO X NUTRIENTE Ceftriona em pó – 1G Ceftriaxona Antibiótico Tem o potencial de interagir com laticínios, principalmente com o Ca 2+, quando administrada por via oral. Insulina Humana Regular - 100Ui/mL Insulina Humana Tratamento do diabetes mellitus - Glicose 50% - ampola 10ml Glicose Utilizado como diurético, no edema cerebral, choque e colapso circulatório, suplemento energético nos estados infecciosos e desidratações, hepatoprotetor nas intoxicações endógenas e nas hepatoses de ordem infecciosa ou tóxica, nas formas agudas ou crônicas. - Solução Ringer com Lactato – 500ml Cloreto de sódio, cloreto de cálcio, Indicado para reidratação e restabelecimento do - cloreto de potássio e lactato de sódio equilíbrio hidroeletrolítico, quando há perda de líquidos e de íons cloreto, sódio, potássio e cálcio. Losartana Potássica – 50 mg Losartana Potássica Indicado para o tratamento da hipertensão - Propranolol – 40 mg Cloridrato de Propranolol Controle de hipertensão (pressão alta) - Furosemida – 40 mg Furosemida Alívio da hipertensão arterial leve a moderada, edema (inchaço) devido a distúrbios do coração, do fígado e dos rins e edema (inchaço) devido a queimaduras. Se tomado junto com a refeição diminui a sua biodisponibilidade, sendo recomendado tomar em jejum. Recomenda-se monitorar potássio, magnésio e glicose séricos. Pode ser necessário aumentar o potássio na dieta ou usar suplementos. Bromoprida – 10 mg Bromoprida Tratamento de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e distúrbios da motilidade gastrintestinal. - Omeprazol – 20 mg Omeprazol Úlceras gástricas (do estômago) Úlceras duodenais (do intestino) Refluxo gastroesofágico (retorno do suco gástrico do estômago para o esôfago). Alimentos ricos em vitamina B12 diminuem a absorção do fármaco. Diazepam – 10 mg Diazepam Medicamento ansiolítico da classe dos benzodiazepínicos. Utilização de alimentos contendo cafeína, reduz seu efeito sedativo. Os efeitos sedantes podem ser intensificados quando se associam benzodiazepinas com álcool. Anlodipino, Besilato - 5 mg Besilato de anlodipino Anti-hipertensivo Heparina Sódica – 5.000 uI/0,25ml Heparina sódica Anticoagulante - Pregabalina – 75 mg Pregabalina Anticonvulsivo e antiepilético. - Dipirona – 500 mg Analgésico, antipirético, antitérmico. Redução de ferro sérico. Morfina – 10 mg Sulfato de Sulfato de Morfina pentaidratada Analgésico. Os efeitos depressores centrais da morfina são potenciados quando associados com outros depressores do SNC, como álcool. FONTE: Prontuário médico da paciente G.V.M.B, Hospital São Vicente de Paulo, 2022. 11. Evolução dietoterápica prescrita no hospital e aceitação pelo paciente DATA RELATÓRIO 26/03/2022 Paciente encontra-se com conduta dietoterápica para diabético, hipossódica, relata bom apetite. Apresenta função intestinal regular. 28/03/2022 Paciente segue com conduta dietoterápica hipossódica, relata apetite moderado. Apresenta função intestinal regular. Mantida a conduta. Segue em observação nutricional. 29/03/2022 Paciente segue com conduta dietoterápica hipossódica, relata apetite moderado. Apresenta função intestinal regular. Mantida a conduta. Segue em observação nutricional. 30/03/2022 Paciente evolui em conduta dietoterápica, permanece a mesma hipossódica e para diabético. Refere boa aceitação da dieta, apresenta função intestinal regular. Mantida a conduta. 31/03/2022 Paciente segue com conduta dietoterápica para diabético e hipossódica, relata apetite moderado. Apresenta função intestinal regular. Mantida a conduta. Segue em observação nutricional. 01/04/2022 Paciente encontra-se com conduta dietoterápica para diabético, hipossódica, relata bom apetite. Apresenta função intestinal regular. FONTE: Prontuário médico da paciente G.V.M.B Hospital São Vicente de Paulo, 2022. 12. Terapia nutricional recomendada pelo estagiário ao paciente Inicialmente, fez-se necessário o cálculo do peso ideal para a altura da paciente, qual seja 54,43 para IMC 21 kg/m², entretanto a grande perda de peso não é recomendada para pacientes oncológicos, sendo indicado a perda gradativa do mesmo, em razão disso o IMC usado para calcular o VET foi de 29.9 kg/m², tendo em vista que a paciente se encontra em Obesidade Grau I com IMC de 34.49 kg/m² e objetivando a migração desse estado nutricional para o Sobrepeso. Posteriormente, o cálculo utilizado para a paciente foi a regra de bolso, por causa do seu IMC de 34.49 kg/m² e seguindo as recomendações do Consenso Nacional de Nutrição Oncológica, o qual menciona que as necessidades do paciente com câncer e obesidade em tratamento clínico seriam entre 20 e 25 kcal/kg, foi utilizado 20 kcal/ kg, resultando assim no VET de 1.540 calorias. Para a construção do cardápio foi levado em consideração a anamnese nutricional feita diretamente com a paciente no hospital, bem como os seguintes fatores descritos logo abaixo: Levando em consideração que as frutas e as hortaliças têm assumido posição de destaque nos estudos que envolvem a prevenção do câncer, VAN DUYN & PIVONKA (2000) salientaram as evidências de que o consumo de frutas e hortaliças tem um efeito protetor contra diversas formas de câncer. Levando em consideração que vários fitoquímicos, como isoflavonas (genisteína, daidzeína), ligninas (matairesinol, secoisolariciresinol), terpenos e carotenóides, os quais seencontram em diversos alimentos, são identificados como tendo papel preventivo contra várias formas de câncer. Os fitoquímicos interferem direta ou indiretamente na prevenção do câncer, visto que participam em diversas etapas do metabolismo; por exemplo, atuando como antioxidantes ou na redução da proliferação de células cancerígenas (VAN DUYN & PIVONKA, 2000). Levando em consideração que em pacientes portadores de câncer, observa-se aumento do turnover de proteínas associado ao aumento na taxa catabólica de proteínas musculares, levando ao balanço nitrogenado negativo, podendo causar desnutrição (IKEMORI et al., 2003). Dessa forma, é necessário um aumento na ingestão proteica, sendo recomendado 1,0 g/kg/dia a 2,0 g/kg/dia, tornando-se uma dieta hiperproteíca. Levando em consideração que a falta de cálcio na dieta pode causar osteoporose, hipocalcemia, excitabilidade neuromuscular e o baixo consumo de fibras pode causar hábito intestinal obstipado. E a falta de vitamina A pode causar nictalopia, aumentar a suscetibilidade a infecções e provocar alterações na pele. Quadro 4 - Necessidades em macronutrientes da paciente. Diante de todo o exposto, a prescrição dietética indicada se baseou na consistência normal dos alimentos, hipocalórica, hiperproteíca, normoglicídica e normolipídica, fracionada em seis refeições, sendo elas: desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. 12.1. Recomendações gerais Consumo hídrico diário de 3.115 ml (35 ml x peso); Higienizar as frutas e verduras em solução clorídrica; Não utilizar como adoçantes: açúcares refinados, mel, melado, leite condensado, rapadura; Fazer todas as refeições; Não consumir alimentos ultraprocessados; As proteínas devem ser consumidas bem passadas; Dormir bem; 12.2. Cardápio DESJEJUM Alimento Porções Tapioca Média – 40 g Semente de Chia 01 colher de sopa – 15 g Queijo Coalho 01 fatia média – 45g Café 01 xícara Adoçante 06 gotas LANCHE DA MANHÃ Banana Prata 01 unidade Aveia em flocos 01 colher de sopa – 15 g ALMOÇO Salada Crua (Alface + tomate + couve) Á vontade Salada Cozida (Cenoura + Abóbora) 02 colheres de sopa cheias - 100g MACRONUTRIENTE % KCAL/DIA G/DIA Glicídio 55 847 211 Proteína 18 277 69 Lipídio 27 415 46 Azeite Extravirgem 01 colher de chá – 5g Carne Bovina magra assada 02 fatias finas – 60 g Arroz Parboilizado ou Integral 03 colheres de sopa - 90 g Feijão Verde 01 concha pequena – 30 g LANCHE DA TARDE Iogurte desnatado 01 copo – 200 ml Maçã 01 unidade JANTAR Salada Crua (Alface + tomate + pepino) Á vontade Inhame 02 fatias pequenas - 120g Galinha assada 02 porções - 120g CEIA Mamão papaia 01 fatia - 60 g Aveia em flocos ou Psyllium 01 colher de sopa - 15 g 13. Conclusão Com base em todo o exposto podemos concluir que, se mostra necessário à intervenção nutricional para promover a qualidade de vida e bem-estar do paciente oncológico, o qual apresenta sistema imunológico deprimido, hábitos alimentares inadequados, consumo deficiente. Embora apresente obesidade, se encontra em quadro de anemia e com sua diabetes descompensada, colocando em risco o seu estado de saúde. É sempre importante lembrar que o simples fato do paciente ser portador de neoplasia maligna, já o classifica como um paciente de alto risco nutricional. 14. Referências ARAUJO, João Luiz Vitorino et al. Manejo das neoplasias metastáticas da coluna vertebral-uma atualização. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 40, p. 508-514, 2013. BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021. BERTONHI, Laura Gonçalves; DIAS, Juliana Chioda Ribeiro. 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