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MOVIMENTOS MANDIBULARES • São cinco os fatores que incidem sobre os movimentos mandibulares e os relacionam a ̀ morfologia oclusal: 1) A posiça ̃o fisiológica inicial: relaça ̃o horizontal (RH) do côndilo na fossa ou relaça ̃o cêntrica (RC). 2) A direça ̃o do movimento e o plano em que ocorre. Isso é necessa ́rio porque cada cúspide e superfície oclusal têm diferentes planos. 3) O tipo de movimento: rotaça ̃o e translaça ̃o. 4) O grau do movimento e sua relação com as superfícies oclusais 5) Os significados clínicos do movimento, que expressa diferenças entre os pacientes. • A posiça ̃o fisiológica inicial dos movimentos mandibulares é a RC, por ser a posiça ̃o mais esta ́vel e mais fácil de ser reproduzida Direção dos movimentos nos planos: • Os movimentos mandibulares de abertura, fechamento, protrusão, retrusa ̃o e lateralidade sa ̃o executados pelos movimentos de rotaça ̃o e translaça ̃o condilar, direcionados em planos e graus distintos. → Movimentos de rotação: Movimento de um corpo ao redor do seu centro. Movimento rotatório entre disco e côndilo no compartimento inferior da ATM → Movimento de translação: Movimento de um corpo quando todos os seus pontos se movem em uma mesma direça ̃o ao mesmo tempo OBS: maioria das funço ̃es mandibulares ocorre ao menor grau de abertura. A abertura máxima normal é de aproximadamente 40 mm, em movimento de translação → Movimento de protrusão: Movimento mandibular na direça ̃o posteroanterior, de aproximadamente 10 mm. No movimento protrusivo, os côndilos deslizam sobre a eminência articular, e simultaneamente os dentes incisivos inferiores deslizam sobre a fossa lingual dos incisivos superiores (guia anterior) ↳ desoclusa ̃o de todos os dentes posteriores → Movimento de trabalho: Movimento em direça ̃o ao lado para o qual a mandíbula se desloca durante a funça ̃o mastigatória, com o côndilo rotacionando e transladando sobre as paredes posterior e superior da fossa mandibular do osso temporal ➥ Guia canina/ parcial ou em grupo @ @dentistastudious → Movimento de balanceio/ não trabalho: Movimento em direça ̃o ao lado oposto de trabalho. No plano frontal, o côndilo movimenta-se para anterior e para baixo ao longo da parede mediana da fossa mandibular, enquanto as cúspides funcionais inferiores se movem para baixo, anterior e medialmente, sem contatar os planos inclinados antagonistas → Oclusa ̃o mutuamente protegida: dentes posteriores previnem o excessivo contato dos dentes anteriores em uma máxima intercuspidaça ̃o, e os dentes anteriores desocluem os dentes posteriores em todos os movimentos excursivos da mandíbula → Trespasse vertical/ overbite/ sobremordida: Dista ̂ncia em que os dentes superiores se projetam verticalmente sobre os dentes inferiores em MIH → Trespasse horizontal/ overjet/ sobressalência: Dista ̂ncia em que os dentes superiores se projetam horizontalmente sobre os dentes inferiores em MIH → Movimento de Bennett: Movimento de deslocamento lateral realizado pelo corpo da mandíbula durante o movimento de lateralidade, que é observado pelo movimento do côndilo de trabalho → Movimentos bordejantes: Movimentos mandibulares extremos, limitados pelas estruturas anatômicas → Curva de Spee: Curvatura anatômica no plano sagital, de sentido antero-posterior do alinhamento @ @dentistastudious oclusal dos dentes, partindo do a ̂ngulo incisal do canino (ponta da cúspide), passando pelas cúspides vestibulares dos pré-molares e molares, continuando em direça ̃o a ̀ borda anterior do ramo da mandíbula → Curva de Wilson: Curvatura anatômica no plano frontal, de sentido vestibulolingual, passando pelas cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores de ambos os lados. → Ângulo de Bennett: ângulo formado pela trajetória de avanço do côndilo do lado de balanceio com o plano sagital, durante o movimento extorsivo lateral mandibular. Tem em média 15°. Durante esse deslocamento, o côndilo se movimenta para a frente, para baixo e para dentro. Reposicionamento mandibular • Reposicionamento mandibular em RC por meio da manipulação • Para facilitar o reposicionamento mandibular, deve- se confeccionar o dispositivo denominado JIG - tem como funções inibir os contatos denta ́rios posteriores e promover o relaxamento dos músculos da mastigaça ̃o. • Adapta-se a la ̂mina de papel alumínio sobre os incisivos centrais superiores a fim de isolar os espaços interdentais do contato com a resina.. • Manipula-se o pó e o líquido da RAAQ em pote Dappen. Durante sua fase pla ́stica, a resina é modelada em forma de cilindro e adaptada sobre o papel alumínio. A seguir, ela é posicionada sobre os dentes estendendo de vestibular para palatina dos incisivos, apresentando na face palatina forma de cunha. • Quando a resina começar a aquecer pela exotermia de presa, deve-se removê-la da boca do paciente e deixar que conclua a polimerizaça ̃o em a ́gua fria. Após a presa final, deve-se lava ́-la, seca ́-la e remover o papel alumínio, reposicionando-a sobre os dentes para conferir exatidão e retença ̃oexatida ̃o e retença ̃o • Em seguida, solicita-se ao paciente que feche a boca e verifique se ha ́ somente um incisivo inferior em contato com o vértice da cunha palatina do JIG, proporcionando desoclusa ̃o máxima de 1 mm entre os dentes posteriores • O paciente deve usar o JIG por aproximadamente 5 minutos. Após esse tempo, ocorre a perda da memória proprioceptiva dos dentes interferentes, promovendo o relaxamento muscular e facilitando a manipulaça ̃o mandibular. OBS: Qualquer que seja a técnica de manipulaça ̃o utilizada, esta devera ́ ser executada com delicadeza, para estimular o relaxamento neuromuscular, e com firmeza, para verificar a manutença ̃o do conjunto côndilo-disco na posiça ̃o obtida. O paciente deve estar sentado com o encosto da cadeira bem inclinado (posiça ̃o supina), e o mento deve estar dirigido para cima, o que evita a protrusa ̃o da mandíbula @ @dentistastudious ➥ Técnica frontal de ramfjord: • Entre as posições de referência mandibular, a posiça ̃o de retrusa ̃o (por se tratar de uma posiça ̃o bordejante) é esta ́vel e reproduzível e, portanto, mais fácil de ser registrada que as posições intrabordejantes. • Após o posicionamento do paciente na cadeira, com o uso de JIG ou outro dispositivo de escolha, apoia-se o dedo polegar frontal e cervicalmente na face vestibular anterior da mandíbula, na região de gengiva inserida, e o dedo indicador sob o mento. • Em seguida, orienta-se o paciente a deixar a mandíbula “relaxada” e, a partir da abertura mínima, colocar a língua contra a porção posterior do palato duro (simulando a deglutiça ̃o), guiando a mandíbula no arco de fechamento repetidas vezes, até que os côndilos se assentem na posiça ̃o de RC
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