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O GRAFITE E SUA ESTÉTICA NO ESPAÇO ESCOLAR1

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O GRAFITE E SUA ESTÉTICA NO ESPAÇO ESCOLAR
Autor: Adriana Garcia da Silva Droczak[footnoteRef:1] [1: 1.Adriana Garcia da Silva Droczak
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Artes Visuais;
E-mail: drikadroczak@yahoo.com.br
2. Claudia Regina Lima
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLX 0562) – Estágio Curricular Obrigatório III – 01/12/2021 ] 
 Tutor Externo: Camila dos Reis Otaviano
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso: Artes Visuais (FLEX) – Estágio III
01/12/2021
RESUMO
Discorrer sobre esta linguagem expressiva denominada grafite, leva-nos a elencar sua trajetória através dos tempos. Assim, por muito tempo, o grafite foi considerado uma prática controversa, destacada até mesmo como atos de vandalismo. Atualmente, é destacada como uma das mais expressivas linguagens dentro do universo as artes visuais, uma das formas de expressão em que o artista busca destacar através das imagens suas vivencias, sendo estas compostas de críticas e reflexões acerca do meio que o cerca. Estes artistas, denominados “grafiteiros” utilizam de espaços públicos para desenvolver suas obras de arte, tendo como foco de suas produções a intervenção no contexto social, isto dentro dos aspectos culturais, políticos ou religiosos. Assim como as demais expressões artística, o grafite atua como agente transformador. Daí importância em eleger o presente tema como foco de estudos dentro do contexto escolar. Desta forma, este relato visa descrever o trajeto percorrido durante os estágios, destacando as vivências de sala e aula, elencando sempre as necessidades dos jovens e dos adolescentes em transmitir seus pensamentos e sentimentos através das artes visuais. Os objetivos deste referencial abordam aspectos qualitativos, abordagens bibliográficas, expressos de forma descritiva. Os dados enfatizados para a aplicação dos estágios, bem como para a efetivação deste paper percorreram uma longa pesquisa bibliográfica para apresentar o grafite como arte urbana e como forma e expressão de sentimentos interligados aos aspectos sociais, culturais, políticos, econômicos e religiosos dentro da abordagem educacional inclusiva.
Palavras-chave: Grafite. Arte. Ensino. Inclusão social
1 INTRODUÇÃO
Dentro das atribuições a que este paper de estágio está vinculado, pode-se descrever a relação atribuída a pesquisa elaborada na qual a área de concentração prioriza o “Ensino e Aprendizagem das Artes Visuais” e tem como priori destacar o tema: “O grafite e sua estética no espaço escolar”, sendo que o mesmo esteve voltado ao primeiro ano o ensino médio.
Quanto à escolha desta área de concentração, pode-se mencionar que o primeiro ano referente ao ensino médio, os alunos ainda estão com uma visão voltada ao ensino fundamental e não conseguem ainda visualizar todo cabedal e conhecimentos que este componente curricular poderá contribuir em seu desenvolvimento e em sua aprendizagem. Desta forma compreende-se que o ensino e a aprendizagem das artes visuais, quando desenvolvidos de maneira consciente e crítica, em consonância com os critérios e interdisciplinariedade poderão contribuir significativamente para o desenvolvimento e a aprendizagem o aluno, isto em quaisquer níveis de ensino, mas prioritariamente no ensino médio, quando os jovens já estão amadurecidos e aquilo que é desenvolvido em sala de aula passa a ter outros significados e da mesma forma passam a ter relevância dentro o meio ao qual estão inseridos. Assim desenvolver um ensino voltado a contribuir com o real aprendizado o aluno foi o foco central da escolha desta área de concentração. Ensinar atribuindo significados aquilo que se é trabalhado. 
 Em relação a temática escolhida vinculada a arte do grafite, pode-se enumerar a infinidade de motivos que levou a escolha do tema. Inicialmente pela beleza das representações artísticas, suas formas e suas cores. Em segundo lugar por elencar a linguagem utilizada por seus representantes, onde cada obra elucida um pensamento, um crítica ou uma reflexão. 
Conforme descrito anteriormente, o grafite foi considerado por muito tempo um assunto controverso e até mesmo associado como atos de vandalismo. Nos dias atuais é considerado uma forma de expressão no universo das artes visuais, sendo um expoente da arte urbana. Seus artistas, denominados grafiteiros, utilizam-se de espaços públicos para desenvolver suas obras de arte onde o foco de seus trabalhos é a intervenção no contexto social, político e cultural do meio onde vivem.
Ambientes abandonados ganham formas e cores como formas de manifestações de repulsa a determinados problemas políticos e sociais presentes em determinadas áreas, prioritariamente nas periferias das cidades.
A questão do grafite como tema gerador do projeto de estágio veio permeado de evidencias que pudessem contribuir qualitativamente não só na questão as artes visuais, mas sim nas reflexões pertinentes ao que o grafite consegue expressar, ou seja, por trás da linguagem visual estão as inúmeras interpretações que uma obra poderá transmitir. A estas questões estão as ideologias, as críticas sociais e todo um rol e reflexões surgidas através da leitura de imagens. Os jovens da atualidade anseiam por serem ouvidos e buscam ao seu modo externar estes anseios.
Percebeu-se no decorrer dos estágios aplicados que mesmo sem fazer uso do grafite os alunos tendem a expressar suas marcas no ambiente escolar. Nada mais propício do que utilizar esta expressão das artes para atribuir significados a estas manifestações que muitos denominam pichações. Assim o tema do presente projeto surgiu e ganhou forma em todas as etapas que o mesmo percorreu até a sua finalização.
Assim, enfatizando que a arte busca demonstrar sua preocupação com a parte estética, o grafite ocupa um lugar privilegiado em comunicação, pois suas obras podem ser apreciadas em ambientes públicos que atingem todas as faixas etárias, classes sociais e culturais, com objetivo de externarem suas opiniões, visões e sentimentos. 
Com base em que as artes possuem o cunho de serem grandes agentes transformadores, o professor através do desenvolvimento de aulas voltadas a instigar o senso crítico e o fazer artístico poderá utilizar-se deste universo e proporcionar através e suas aulas momentos de inclusão e reflexão dentro do espaço escolar. 
Desta forma este referencial teórico visa expressar as vivencias dos alunos durante a aplicação do projeto de estágio, as manifestações artísticas vinculadas a este período, além de buscar demonstrar a necessidade que os jovens e adolescentes sentem em demonstrar através da arte toda sua expressividade e sentimentos. Junto a estas reflexões buscaremos destacar a beleza dos elementos estéticos proporcionados através da arte o grafite. 
O paper está dividido em quatro subseções: fundamentação teórica; vivência do estágio; e impressões do estágio ou as considerações finais.
 
 
 
	
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A base de toda fundamentação teórica converge à área de concentração, na qual expõe-se o “Ensino e Aprendizagem das Artes.
2.1 O Grafite e seu contexto histórico
Conforme (MARTINS; SCHMIDT, 2021), os primeiros registros históricos referentes ao grafite nos remetem ao período pré-histórico, onde as pinturas rupestres produzidas naquele período estavam relacionadas a comunicação entre os indivíduos daquela época. Com temas voltados a expressar aspectos sociais, religiosos, culturais e políticos.
Este mesmos autores retratam também o período posterior a pré-história, sendo este o período medieval, onde destacam que durante o período inquisitório, há registros de que os padres pichavam os muros de conventos rivais, contestando suas doutrinas através de mensagens que eram pichadas nestes muros.
Séculos mais, tarde já em plena era contemporânea, o grafite originou-se nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, mais precisamente na década de 1970. Este fato se deu devido a alguns jovens da época passarem a fazer inscriçõesem muros da cidade e que mais tarde evoluíram com desenhos compostos de técnicas. Já no Brasil o grafite chegou no final da década de 1970, envolto pelos movimentos da ditadura, contribuindo para enfatizar o grafite há práticas controversas onde as ideologias presentes eram expostas em forma de pichações pelas cidades. 
2.2 O que é a arte do grafite?
O grafite pode ser referenciado como uma forma de arte urbana, caracterizado por cores diversas e que destacam temáticas atuais, capazes de estimular a reflexão. São obras expostas em espaços públicos como muros e paredes onde o objetivo principal leva a expor uma ideologia ou uma visão a respeito de um tema presente na sociedade ou relacionado a ela.
Pode-se dizer que dentro do universo das artes visuais, o grafite é uma linguagem privilegiada de comunicação, pois suas obras expõe-se em espaços públicos urbanos, possibilitando a todos sem distinção de classe, credo ou cor estarem em contato podendo usufruir dos mais variados contextos ideológicos transmitidos pelas mesmas.
É um estilo de arte capaz de envolver o conteúdo artístico e poético dentro do contexto social estando disponível em espaços públicos e sendo capazes de estimular o imaginário de seus apreciadores.
Suas obras destacam-se em criatividade e potencializam o imaginário pedagógico por abstrair assuntos e possibilitar a crítica social, agindo com o intuito de resgatar a cultura e valorizar espaços públicos, dando a eles beleza e harmonia através da arte reflexão.
2.3. A diferenciação entre grafite e pichação
Com base em toda fundamentação teórica e na pesquisa bibliográfica, a diferenciação entre estes dois termos que muito se aproximam é de extrema relevância, prioritariamente dentro do contexto escolar, sendo o professor capaz de expor os pormenores que diferem entre ambos os termos.
Desta forma, até bem pouco tempo atrás estes termos se igualavam e não havia a interpretação entre as distinções evidenciadas por eles.
Na arte enquanto disciplina, tem o professor que ser detento destes conceitos para evidenciar ao aluno o que fundamenta o grafite como arte e as práticas de pichação como algo não muito proveitoso.
Assim, pode-se evidenciar o grafite como a arte exposta no espaço público e a pichação como uma expressão não artística, muitas vezes simbolizada como atos de vandalismo, ou simplesmente atitudes que contribuem a depredar determinados espaços muitas vezes já esquecidos pelo poder público.
Estas práticas denominadas pichações são consideradas crimes e estão previstas no artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, (Lei nº 9,605/98), punindo de três meses a um ano de prisão, sem pagamento de multa para aqueles forem autuados cometendo atos que expressem-se como pichação, ou simplesmente, atos de vandalismo. 
Conforme expressa Lazzarin (2007, p. 63), “enquanto o pichador busca reconhecimento dentro do seu grupo, o grafiteiro deseja visibilidade e reconhecimento pela sociedade, sendo identificado como artista.
Outra diferenciação pertinente e que aqui cabe ressaltar, diz respeito aos materiais utilizados nos processos de pichação e do grafite. Para as práticas do grafite o material utilizado apresenta-se de melhor qualidade, pois o produto final exige qualidade. Para a pratica do grafite, o espaço a ser grafitado necessita ser preparado, seja ele um muro ou parede. Uma base de tinta acrílica é aplicada com rolo de pintura e em seguida o desenho é feito com spray, podendo-se utilizar-se de pinceis e estêncil para dar vida as suas produções. Assim para a prática do grafite requer-se planejamento quanto ao que busca expor.
Ainda de acordo com Silva (2004 p. 5), “as pichações costumam denegrir o local onde são feitas. Zombam da indiferença das estátuas, da ineficácia dos prédios públicos”. 
2.4 O Grafite como representação da arte contemporânea
Conforme exposto anteriormente, a arte esteve presente na vida das pessoas desde os tempos mais remotos, representando sempre maneiras em que se evidenciavam as comunicações e como formas de expressão. 
Na era contemporânea, ou seja, nos dias atuais, a arte e os seus artistas não estão limitados, possui condições e liberdade de expressão para atuar representando toda expressividade em obras de arte.
Dentro do contexto do grafite, visto como representação da arte contemporânea, é considerado uma forma de expressão com objetivo de fazer com que seus apreciadores reflitam sobre suas produções.
De acordo om Henckemaier (2016), arte é conhecimento, expressão, questionamento e fruição. O grafite por integrar-se a estes conceitos é mencionado como uma forma de arte representada em espaços públicos, a qual faz uso de cores e formas impactantes relacionadas sempre às questões sociais e que tem como objetivo instigar reflexões acerca do contexto atual. Através da linguagem do grafite muitos espaços são revitalizados e ressignificados, desta forma, pode ser considerado como uma ferramenta educacional capaz de dialogar e transformar o meio em um ambiente criativo, capaz de ser convergido em métodos e práticas de trabalho, com objetivos únicos voltados ao fazer educacional, sendo elencados como facilitadores do ensino e da aprendizagem.
Desta forma o grafite é uma linguagem potencial, capaz de transformar paisagens urbanas em cenários educativos. Esta interligação estão expressas a seguir nas palavras de Moura:
[...] favorecendo o contato direto do homem em três etapas distintas que se relacionam: com ele mesmo, com o próximo e com o mundo. O grafite desperta a atenção pela sua qualidade visual e potencial reflexivo, ao mesmo tempo em que contribui para a revitalização de muros e outros territórios, transformando-os em paisagens e ambientes agradáveis para apreciar, estar e experienciar. (MOURA et al, 2015, p.155).
Citado por Silva (2004, p. 7), com ênfase nas práticas do grafite, este menciona que: é “impossível falar do grafite sem observar que ele surge num contexto urbano particular, com a explícita determinação de provocar uma mudança no curso evolutivo da cidade”. 
Sobre o citado anteriormente, as transformações repercutidas pelas práticas do grafite no meio social podem repercutir também no meio educacional, possibilitando o acesso ao conhecimento através da execução de práticas voltadas a instigar os ideais e as mensagens transmitidas e que pelo ambiente de trabalho são ressignificadas.
[...] o grafite traz uma ideologia para a transformação social da comunidade porque ensina a pensar e mostra que o pensamento vale a pena. É uma cultura de alternativas e uma manifestação cultural. Utilizado como denúncia urbana, transmite mensagens, humanizando e transformando a cidade, e resgata a identidade e a valorização da periferia, transformando o cinza e o pálido em cores vivas de uma força inigualável. Com a necessidade de comunicação o grafite torna os muros sociais e visíveis, nele a noção de posse da obra é eliminada pelo potencial dialógico entre o transeunte e o poder público (MOURA et al., 2015, p.155).
2.5 A arte do Grafite como ferramenta de ensino
O universo das linguagens e das expressões artísticas ultrapassam o escrever, o falar, o cantar, atuar e desenhar. O espaço educativo deve ampliar o conhecimento em relação as artes e suas formas de expressão, tendo o professor o papel de facilitador de um conhecimento mais amplo, isto no que envolve as várias linguagens e os movimentos artísticos, neste rol, inclui-se o grafitismo.
As escolas são as principais responsáveis por inserirem seus estudantes em realidades diferenciadas de aprendizagem, possibilitando-os compreender o meio que os cercam. 
Quanto a introdução do grafitismo em sala de aula, inicialmente terá o professor que compreender as diferenciações entre o que expressam ambos os termos para então utilizar-se do mesmo para não só elencar as arte, mas incorporar nos alunos o potencial de criticidade e desenvolvendo no aluno as capacidades em se expressar artisticamente.
A capacidade transformadora da arte em contato com as realidades destes sujeitos possibilita observar práticas educativas,que utilizam o grafite como ferramenta de conhecimento e expressão. Proposições para a realidade contemporânea denotam ter mais integração, mais participação, além da socialização dos conhecimentos – que, partindo do contexto oferecido pelas relações sociais historicamente construídas, podem promover a humanização das escolas e alimentar o engajamento em uma sociedade que cede à homogeneização (HENCKEMAIER, 2016, p. 142).
A arte o grafitismo a ser desenvolvido em sala e aula deverá estar vinculado as formas de expressão de sentimentos e que envolvam os contextos social e cultural do aluno, associando em todas as suas ações de sala de aula possibilidades de comunicação, criação e como forma de expressar-se e demonstrar seus sentimentos.
 O fazer artístico deverá fazer parte do contexto da sala de aula, deverá ser praticado para que o aluno mantenha-se em constante contato com as práticas artísticas e possa vincular a elas toda sua expressividade e sentimento que por conseguinte surgirão nos momentos de execução as atividades.
Arte como conhecimento, como a mais importante concentração de todos os processos biológicos e sociais do indivíduo na sociedade, como meio de equilibrar o homem com o mundo nos momentos mais críticos e responsáveis da vida; como motivo de transformação do homem e consequentemente da sociedade. É esta transformação pela arte que busco alcançar [...], pois considero que a aprendizagem artística envolve um conjunto de diferentes tipos de conhecimento que visam à criação de significações, exercitando fundamentalmente a constante possibilidade de transformação do ser humano (FREITAS, 2006, p.35).
Segundo o que expressa Freitas, o desenvolvimento os indivíduos ocorre quase que em sua totalidade dentro o espaço escolar. Valendo-se desta afirmação, cabe aqui destacar que o contato com os bens artísticos ocorrem em sua grande maioria nos bancos escolares, isto faz da escola um ambiente transformador, pois além de mediar o conhecimento e a aprendizagem aproxima o aluno e universos desconhecidos, possibilitados para alguns unicamente pela escola. “E, como o ser humano é um ser cultural, essa é a razão primeira para a presença das artes na educação escolar”.
Esta interligação das artes com este universo a ser desenvolvido dentro do espaço escolar deverá ocorrer de maneira interdisciplinar. O grafite pode ser evidenciado como uma potencial ferramenta para que este desenvolvimento ocorra, isto quando o professor consegue dialogar entre os diversos saberes presentes no ambiente escolar.
Desta forma pode-se elencar o grafite como uma exponencial ferramenta para desenvolver aptidões que contribuam para a formação cultural, artística e estética do aluno, contribuindo para a formação do caráter e assim, auxiliando os jovens e adolescentes em sua transformação como agentes sociais e culturais 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O referido estágio ocorreu de maneira diferencia, pois o mesmo ocorreu em um momento onde o mundo como um todo convive com um vírus que vem dissipando populações em diversas regiões do planeta. Devido a pandemia do Covid – 19, o estágio ocorreu inicialmente através de entrevistas direcionadas, com base no distanciamento social previsto pelos órgãos sanitário, ocorrendo através dos meios de comunicação, e por aplicativos como o watts zap. As observações com relação a turma escolhida ocorreu da mesma forma, ou seja, buscamos acesso as redes sociais nas quais a escola expunha suas atividades em períodos que antecederam a pandemia. Desta forma, este processo ocorreu entre os meses de outubro e novembro do corrente ano de dois e vinte, na Escola Básica Municipal Francisco Rocha. 
Para a regência de classe elaborou-se um projeto desenvolvendo um planejamento voltado ao tema do projeto inicialmente descrito com o tema: A arte do grafite e sua estética no espaço escolar, voltado ao Ensino Médio. A base de todo processo do estágio esteve voltado a área de concentração onde se buscou enfatizar o ensino e a aprendizagem as artes visuais com foco no grafite e em desenvolver uma metodologia de trabalho onde o ensino da temática viesse a contribuir com o desenvolvimento e a aprendizagem os alunos envolvidos no processo de aplicação do estágio. 
As técnicas, os métodos, as formas, as cores e os materiais utilizados nas práticas do grafite fizeram parte o rol e atividade desenvolvias no transcorrer do estágio. 
As observações efetivadas para a construção o projeto de estágio contribuíram para que as práticas em sala de aula ocorressem de forma concreta, pois expressaram inúmeras possibilidades da construção e do desenvolvimento do fazer artístico em sala de aula.
4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONISEDERAÇÕES FINAIS)
Com vista que este momento tão expressivo de nossa caminhada acadêmica ocorreu em um momento pouco propicio para sua efetivação, através da finalização do estágio pode-se perceber o quanto o fazer artístico pode e deve ser explorado em sala de aula. Através das observações vinculadas a elaboração do projeto de estágio evidenciamos a quantidade de métodos e técnicas que podem e devem fazer parte das aulas de arte para que as mesmas se tornem cada vez mais atrativas aos alunos.
Desta forma, conclui-se que o estágio é uma pequena amostra do que vem a ser o dia a dia de sala de aula e deixa claro que a busca por aprimoramento tem que ser constante, independente de quantos anos ele leciona, mas a intenção do professor ao trabalhar os conteúdos de arte, deverão estar voltados a implementação de novos objetivos, com diversidade de materiais e técnicas que proporcionem o conhecimento e a este conhecimento a criatividade e a expressividade do aluno em ser um conhecedor das arte e em consonância a isto um construtor da arte que o cerca.
Com relação a arte expressa no grafite pode-se evidenciar que em um passado recente o mesmo já foi considerado como ato e vandalismo. Hoje está vinculado a cultura urbana e faz parte da arte contemporânea. É um tipo de arte que tende a modificar não só o espaço físico onde é realizado, mas que contribui para que as mensagens transmitidas através do grafite possam interagir com o público construindo e desconstruindo conceitos e valores. Valores estes que muitas vezes estão arraigados de preconceitos acerca dos temas aos quais buscam enfatizar. 
Pode-se vincular o grafite como uma forma de arte que está ao acesso e todos e que é capaz e transformar o meio que o cerca, agregando conteúdos diversificados voltados aos movimentos sociais, políticos e culturas envolvendo todas as classes e camadas sociais, daqueles menos favorecidos aos mais abastados socialmente.
Em relação ao fazer pedagógico presente nas instituições escolares, mais precisamente o ambiente das salas de aula, a arte do grafite expressa grande potencial pedagógico, pois expressa uma forma de comunicação e expressão que estimula a reflexão acerca dos temas trabalhados, possibilitando um diálogo entre os diferentes saberes. 
 
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva; Porto Alegre: Fundação IOCHPE, 1991.
 
BRASIL. Lei n. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Brasília, DF, 1998. 
BUBLITZ, Kathia Regina; KREISCH, Cristiane. Arte na escola: grafitismo como uma forma de expressão. Revista Maiêutica, Indaial, v. 3, n. 1, p. 89-96, 2015. 
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. 
FREITAS, Joselaine Borgo Fernandes de. Um estudo de caso com adolescentes: revelando a vida e construindo a arte. Dissertação de mestrado. Artes Visuais. Instituto de Artes da UNESP. São Paulo, 2006. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
HENCKEMAIER, Luciane Izabel Ferreira. Educação pela arte do grafite em uma escola pública: uma proposta de participação. Educação, Artes e Inclusão. v.12, n. 2, p. 141-157, 2016.MOURA, Jeani Delgado Paschoal; MOREIS, Carina Sala de; RODRIGUES, Vitor Hugo. Grafitando muros escolares, produzindo territórios criativos Ciência Geográfica - Bauru - XIX - Vol. XIX - (1): Janeiro/Dezembro – 2015.
ANEXO I
ANEXO II