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Ideações suicidas em crianças em idade escolar. 
Justificativa 
O presente anteprojeto justifica-se com base no cenário das ideações suicidas 
em crianças em idade escolar, consequentemente, um tema pouco falado. 
Atualmente existem pouquíssimos dados e pesquisas que falam a respeito do tema 
e, devido a isso, a proposta do projeto é realizar uma análise bibliográfica afim de 
reunir informações e possivelmente inspirar novas pesquisas acerca do tema, além 
de estimular o assunto. 
Introdução 
Como definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (2002), o suicídio é 
um ato intencional, portanto, consciente, para acabar com a própria vida e está 
relacionado a fatores biológicos, sociais, ambientais, além de estar correlacionado 
com o histórico da vida do sujeito, o que torna o suicídio um fenômeno muito 
complexo. Aqui no Brasil, Macedo e Burgeira (2020) apontam como há poucos 
trabalhos sobre a temática e essa carência de literatura aumenta a dificuldade do 
entendimento acerca do assunto, o que dificulta melhores intervenções a serem 
realizadas na prevenção ao suicídio infantil e também no acolhimento dos 
sobreviventes (LEMOS; SALLES, 2015). 
Coimbra et al. (2017) aborda que o suicídio é o terceiro motivo nos rankings de 
causas de morte na faixa etária dos 15 aos 44 anos, e está em segundo lugar entre 
os adolescentes de 15 a 19 anos, deixando evidenciado a importância do assunto, a 
importância da preparação dos profissionais que estarão conduzindo essas 
situações. Com isso, que questionamentos podemos levantar acerca da prática do 
suicídio realizada por crianças? 
Problema 
A ideação suicida em crianças em idade escolar. 
Objetivos (geral e específico) 
O objetivo desse projeto é sinalizar a respeito das ideações suicidas em 
crianças em idade escolar, a falta de pesquisas sobre o tema e os possíveis motivos 
que podem estar relacionados. 
Revisão da literatura 
Em relação ao suicídio infantil no Brasil, Lemos e Salles (2014) apontam a quão 
complicada é a situação, pois quase não existem dados acerca dessa temática e essa 
falta de pesquisa sobre suicídio do público em questão, ocasiona uma dificuldade no 
entendimento do fenômeno, prejudicando uma melhora na área da prevenção e do 
acolhimento dos sobreviventes. Foi somente a partir desse século que a literatura a 
respeito do suicídio infantil passou a ser mais expressiva, 43 artigos foram produzidos 
entre 2001 e 2005. 
 O suicídio é, atualmente, a décima terceira causa de morte no ranking mundial, 
com isso, tornou-se um problema de saúde pública, não só aqui no Brasil. Essa ação 
resultou em uma Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio, por iniciativa do 
Ministério da Saúde. O projeto inclui, entre outras coisas, a publicação da Portaria Nº. 
1.876, de 14 de agosto de 2006, que instituiu as diretrizes nacionais para prevenção 
do suicídio; a elaboração do Manual de prevenção do suicídio para profissionais das 
equipes de saúde mental; e o levantamento bibliográfico sobre os temas: suicídio, 
sobreviventes e família. Vale ressaltar que essas ações pouco incluíram a infância. 
Voltando a falar apenas do suicídio infantil, dados apontados por Lemos e Salles 
(2014), indicam que o suicídio entre crianças e adolescentes vem crescendo, 
(Feingold & Quilty, 2000; Palacios-Espinosa, Lora, Rodriguez & Ayala, 2007). Entre 
os poucos dados estatísticos localizados, Souza (2010, p. 6) afirma que: 
No Brasil, 43 crianças de 0-9 anos entre 2000 e 2008 
(média anual de cinco) morreram por suicídio, o que corresponde 
a 0,1% do total de mortes por essa causa. O enforcamento foi a 
forma utilizada por 80% dos meninos. As meninas utilizaram 
preferencialmente intoxicação medicamentosa, objetos cortantes 
e afogamento. No mesmo período, morreram 6.574 adolescentes 
de 10-19 anos por suicídio. Em média, anualmente, 730 
adolescentes morrem por suicídio. 
Lemos e Salles (2014) destacam que, nos anos 2000, em todo o mundo, cerca 
de 815 mil pessoas se suicidaram, o que pode ser entendido como uma morte por 
suicídio a cada 40 segundos. Rossi e Medeiros (2020) concordam com esse 
apontamento e ainda salientam que com isso contabilizamos aproximadamente 800 
mil óbitos por ano a nível mundial, afetando principalmente aos homens, cujo índices 
de morte por suicídio são três vezes maiores em relação aos dados relacionados às 
mulheres, entretanto, as tentativas de suicídio são o inverso: três vezes mais 
frequentes entre as mulheres. 
Como nos diz Rossi e Medeiros (2020), com as crenças populares de suicídio 
como “pecado”, os debates acerca dessa temática, assim como a busca por ajuda 
para sanar problemas no âmbito da saúde mental, é cada vez menor. As autoras nos 
lembram muito bem a dificuldade em aceitar o suicídio já em adultos, entretanto, essa 
dificuldade é ainda maior quando se trata de crianças com ideações suicidas. Muitos 
acreditam que as crianças não são capazes de se suicidarem, pois pensam que 
crianças vivem em um mundo de brincadeiras. Entretanto, estudos apontados por 
Rossi e Medeiros (2020), apresentam que 10 a 20% das crianças e adolescentes 
possuem problemas com a saúde mental e que a taxa de suicídios em crianças e 
adolescentes de 10 a 14 anos cresceu 40% entre 2002 e 2012. Outro estudo trazido 
pelas autoras ainda aponta que no ano de 2015, mortes por autoagressão estiveram 
entre as cinco principais causas de morte dos jovens de 10 a 19 anos, totalizando 
40.847 mortes por esse motivo. Mesmo com os dados anteriormente citados, foi 
muito recentemente que o assunto recebeu o mínimo de reconhecimento, além da 
percepção tardia de que as crianças merecem ter seus sofrimentos acolhidos, e não 
serem vistas como miniaturas de adultos. 
Pelo suicídio em crianças em idade escolar se tratar de um tabu, Macedo e 
Burgueira (2020) completam com a dificuldade de falar sobre o tema, que acaba 
ocasionando muita ansiedade na população em geral. 
 
Metodologia 
A metodologia do projeto será realizada por meio de uma análise bibliográfica 
a fim de, através de uma revisão sobre trabalhos publicados, concatenar dados que 
possibilitem realizar uma elucidação sobre o tema. 
 
Bibliografia 
 
LEMOS, Milena Fiorim de Lima; SALLES, Andréia Mansk Boone. Algumas reflexões em torno 
do suicídio de crianças. Revista de Psicologia da UNESP, São Paulo: UNESP, ed. 14, 17 
dez. 2014. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442015000100004. 
Acesso em: 13 mai. 2022. 
MACEDO, Fernando Luis; BURGUEIRA, Daniela Soares. SUICÍDIO INFANTIL: POR QUAIS 
MOTIVOS O SUICÍDIO NA INFÂNCIA ESTÁ COMEÇANDO TÃO CEDO. Interciência, 
Catanduva, ed. 1, ano 4, 31 jul. 2020. Disponível em: 
https://www.fafica.br/revista/index.php/interciencia/article/view/141. Acesso em: 16 mai. 
20022. 
ROSSI, Camila; MEDEIROS, Izabel Scarabelot. Suicídio Infantil: Quando a brincadeira é fatal. 
Inova Saúde, Santa Catarina, 1 fev. 2020. Disponível em: 
http://periodicos.unesc.net/Inovasaude/article/view/3587/5346. Acesso em: 16 mai. 20022. 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442015000100004
https://www.fafica.br/revista/index.php/interciencia/article/view/141
http://periodicos.unesc.net/Inovasaude/article/view/3587/5346