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AO JUÍZO DA 1ª VARA CIVEL DA COMARCA DE CHAPADÃO DO SUL/MS
Processo nº: 	
Autora: Medicamentos Mundo Novo Ltda
Réu: Imobiliária Três Lagoas Ltda
 (
CONTESTA
)IMOBILIÁRIA TRÊS LAGOAS Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob on°	, com sede a Rua , cidade de Chapadão do Sul/MS, CEP:	, vem respeitosamente a Vossa Execelência, através do seu advogado que o subscreve, com escritório localizado a Rua	, e e-mail	meio por qual, recebe intimações e notificações, com fulcro na Lei 8.245/91, Lei de locações, , propor a seguinte ação:
 (
CONTESTAÇÃO
)
em face de MEDICAMENTOS MUNDO NOVO LTDA, já devidamente qualifica neste Processo.
I - BREVE SÍNTESE
Trata-se de uma Ação de Renovação de Contrato movida pela empresa Medicamentos Mundo Novo LTD, contrato inicialmente firmado no ano de 1997 para atuação de comercialização de medicamentos, o último contrato em vigência conta com seu término em novembro de 2022, tendo o mesmo duração de 3 (três) anos.
Narra a parte autora do processo que ora procuro a parte ré para apresentar uma nova proposta de aluguel, mas por conta da crise econômica, advinda com a Pandemia pelo Covid- 19, o que motivou a ação, ora impugnada, e oferecendo uma proposta inadequada, não atendendo a expectativa.
No entanto, ficou constatado falta de consideração da parte autora, por ter se utilizando do referido imóvel em questão por tanto tempo, e no final desta, terem feito uma proposta desestimulante. Sendo justamente por isso, o fato de desmerecimento e de total direito da empresa IMOBILIÁRIA TRÊS LAGOAS Ltda (parte ré) que não deseja mais continuar com o contrato diante dessa condição desfavorável do valor.
Tendo em vista essa questão que foi um tanto prejudicial para à parte Ré consto aqui que há terceiros já interessados no referido imóvel em questão, há pretensão em estudo para novos contratos do estabelecimento tendo em vista melhores condições no que tange ao aspecto financeiros de valoração do imóvel.
II - DO DIREITO
Na hipótese de restar afastada a preliminar alegada, ad argumentandum, cabíveis algumas ponderações acerca do mérito da presente demanda. Pertinente esclarecer ainda as bases negociais nas quais o Autor e o Réu estabeleceram, de comum acordo, o valor do aluguel que agora se pretende revisar. Nesse diapasão, resta clara a situação diferenciada do Locatário no contexto da discutida locação, até mesmo privilegiada, não se tratando de uma frágil farmacêutica, mas de uma sociedade que busca lucros constantes.
A) DO DIREITO A NÃO RENOVAÇÃO DO CONTRATO
Quanto às demais formalidades exigidas pela lei de locações, há que se destacar não estarem todas cumpridas, em perfeita conformidade com o artigo 71 da Lei n. 8.245/91.
Em atendimento ao disposto no Art. 71, no inciso III requisito previsto do dispositivo legal ora em comento, o autor não anexa na presente petição o atual comprovante de quitação do imposto sobre imóvel cujo pagamento lhe incumbia.
Ainda, de forma complementar não adiciona às provas documentais os recibos de pagamento de aluguel, o que evidencia a conduta ilibada da autora no que tange à suas atribuições contratuais.
Portanto, basta analisar os documentos anexos para perceber que a Autora não vem cumprindo integralmente com todas as obrigações assumidas no instrumento de locação.
Quanto ao disposto no inciso IV do Art. 71 da LI – indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação – a autora propõe que a locação em comento seja renovada porem o que aflora de forma cristalina é o prejuízo que a presente demanda ocasiona ocasionará a requerida visto que o valor estipulado em contrato que vem se renovando automaticamente ao longos dos anos vem sendo corrigido da forma mais correta possível, o que atualmente esta em R$17.000,00 (Dezessete mil reais) ao contrário do pedido proposto da peça inicial, bem como aliado ao fato como dito acima de que a requerida já possui interessado no imóvel, aguardando apenas a desocupação do autor no término da locação que hoje vigora.
Pois bem, é fato notório que a Pandemia de Covid-19 tem causado gravíssimas consequências em todo o mundo, resultando em milhares de mortos só no Brasil e gerando crise econômica de proporções ainda desconhecidas, tanto é que o Ministério das Saúde declarou estado de emergência em saúde pública e além disso o Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo nº 6/2020 decretou estado de calamidade pública no país.
Diante desse quadro, é evidente que os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais tiveram graves prejuízos financeiros, o que não é o caso da parte autora, uma vez que trabalha no fornecimento de medicamentos. Ademais o ministro da saude retirou o estado de calamidade revgogando a portaria e não se aplica mais essas disposiçoes. No mais, a parte autora em sua petição inicial não demonstrou quaisquer prejuízo em decorrência da situação de pandemia da Covid-19 em contrapartida bastante lucro com o aumento da venda de medicamentos, demonstrando que a parte ré vieram cumprindo com boa-fé o que fora acordado entre as partes.
O contrato enfocado resulta da atualidade: as relações entre a população e o comércio são por meio de condições diversas impressas com antecipação. Em consequência do dinamismo do capitalismo econômico há formação de grandes empresas, consequentemente o aumento de produção e maior ampliação da área de consumidores.
Em decorrência disso, existe um tráfego em massa quanto às transações negociais: os contratos são celebrados em massa, por ter-se como impossível formular contratos singulares com cada um dos clientes. Houve, então, necessidade e premência de racionalização e organização de um contrato único ou contrato padrão. Ele foi cristalizado em formulários impressos.
Neste viés, Orlando Gomes conceitua contrato:
o contrato é lei entre as partes... deve ser executado pelas partes, como se as cláusulas fossem preceitos imperativos. O contrato obriga os contratantes, sejam quais forem as circunstâncias em que tenha de ser cumprido. Estipulado validamente seu conteúdo, vale dizer definidos os direitos e obrigações de cada parte, as respectivas cláusulas têm, para os contratantes, força obrigatória. Diz-se que é intangível, para significar-se à irretratabilidade do acordo de vontades". (in Contratos, Rio de Janeiro, Forense, 12ª. edição, p. 38 ) .
Do princípio, resultam algumas consequências de máximo interesse para a hipótese sub judice: a) a impossibilidade do contratante poder ad nutum libertar-se de tais vínculos por efeito de sua própria deliberação, a menos que tal direito se haja reservado; b) intangibilidade do conteúdo dos contratos; e, c) as cláusulas contratuais não podem ser alteradas judicialmente, seja qual for a razão invocada por uma das partes.
Cumpre, ainda, frisar que a Requerida vem experimentando crescentes prejuízos, pois o Autor permanece na posse do imóvel sem efetuar qualquer pagamento há vários meses e, ainda, impede a venda ou a prática de qualquer outro ato de disposição sobre o bem.
Deste modo, a parte autora decidiu por vontade própria e espontânea não renovar o contrato, expondo o locador a prejuízos eminentes. Conforme aponta o art. 52 da Lei 8.245/91 o locador não é obrigado a renovar o contrato, se: I – por determinação do Poder Público, tiver de realizar obras no imóvel, ou para aumentar valor da propriedade; II – se o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou transferência para fundo comércio existente a mais de um ano ou sendo detentor único do capital transferência para cônjuge, descentes e ascendente. Vale ressaltar que, na hipótese prevista no inciso II, são poderá o novo locatário ser do mesmo ramo, ressalvado em caso de fundo e em caso de shopping centers não poderá valer-se do referido inciso.
Neste viés, o Tribunal de Justiça do Paraná, no julgamento da Apelação Cível nº 1.555.970-3, de relatoria do Desembagador RUY MUGGIATI.
“O direito à indenização pelo fundo de comércio (artigo 52, § 3º, da lei n. 8.245/91) está intrinsecamente ligado ao direito à renovaçãolocatícia compulsória (artigo 51 do referido diploma legal), destinando-se aquela, exclusivamente, a penalizar o locador pela retomada insincera do imóvel, frustrando uma legítima expectativa à renovação contratual, hipótese não verificada nos autos, haja vista não ter o locatário manifestado a pretensão judicial renovatória, nos termos do § 5º do art. 51 da mesma lei.”
Por mais este prisma, sem qualquer amparo as alegações do autor, como sobejamente demonstrado acima, desta forma merecendo a improcedência da ação com resolução do mérito.
Em atendimento a exigência dos incisos V e VI do referido dispositivo, a autora não informa que sua seguradora originária do contrato de locação se compromete a continuar garantindo o cumprimento da obrigação assumida.
Sendo assim, não estão preenchidos os requisitos do dispositivo legal em evidência, não merece a ação ser reconhecida.
Inegável, portanto, o direito da parte ré à dissolução da renovação locaticia, tendo em vista que o autor não preenche todas as exigências legais.
Cabe ressaltar a menciodana preclusão para a juntada de novos documentos de acordo com o artigo 320 do cpc.
III - DOS PEDIDOS
1. O réu roga pela designação de audiência de conciliação, pois, ante a possibilidade de autocomposição do conflito, deve o judiciário, através dos meios processuais existentes, incentivar a resolução da lide, devendo que a autora seja intimada para comparecer a audiência de conciliação, de acordo com o art. 334 do CPC
2. Sucessivamente, no mérito, seja julgada improcedente a presente ação, e que seja acolhida o aumento do valor do aluguel para a permanência da parte autora, e por conseguinte seja renovado o contrato.
3. Requer a condenação da parte Autora no pagamento das verbas sucumbenciais, alémde honorários advocatícios arbitrados por este Juízo.
4. Requer que seja produzido provas através de todos meios de direitos admitidos em juízo para comprovar os fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes.
Nestes termos pede-se deferimento:
Local. Data.
OAB
Advogado

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