Av2 semiologia sondas,drenos e cateteres

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Av2 – SEMIOLOGIA
SONDAS, DRENOS E CATÉTERES
Quando falamos em sondas, logo pensamos nos tipos, nas indicações e nos cuidados de enfermagem para cada uma delas. Uma sonda que quase não se fala, mas que não deve ser esquecida é a Sengstaken-Blakemore também chamada balão esofagogástrico. E que consiste em uma sonda com duas porções (gástrica e esofágica) e tem por objetivo tamponar varizes provocadas pela hipertensão porta, através da compressão das veias quando insuflado.  Fabricada em Borracha de Silicone extremamente maleável, tem marcações de profundidade em toda extensão, comprimento efetivo de 85 cm e total de 100 cm, a identificação dos balões por cores (azul e transparente) e tem 4 lúmens (vias).Principais vantagens e características:A sonda é extremamente flexível e pode ser inserida ou removida sem ferir a mucosa esofágica.Com elasticidade moderada, a sonda não é apenas fácil de ser inserida, mas também capaz de sugar e remover de maneira eficiente o conteúdo do estômago, o sangue derramado na parte superior do esôfago e a saliva, uma vez que possui grandes lumens de sucção gástrico e esofágico.
Fio guia interno para auxiliar a colocação, facilitando a inserção de modo mais rápido em comparação com as sondas tradicionais.
Balão esofágico de baixa pressão com diâmetro externo de 32 mm e 14 cm de comprimento.
Apoio esponjoso para serem fixadas na narina do paciente e um clamp que facilita a abertura e o fechamento da linha do manômetro.
As linhas de manômetro (utilizadas para verificar a pressão do balão), as injeções podem ser feitas quando a pressão interna for confirmada. As linhas de manômetro gástrica e esofágica são diferenciadas pela cor, azul e transparente respectivamente, aumentando assim a segurança da operação.
 
SONDA GÁSTRICA
Via nasogástrica- a sonda é passada pelo nariz e se direciona até o estômago
Via orogástrica – a sonda é passada pela boca e se direciona até o estômago
Em ambos os casos, é uma sondagem realizada através das fossas nasais até o estômago. Pode até ser utilizada para a alimentação, mas normalmente é introduzida para remover secreções do estômago, remover doses excessivas de medicamentos ingeridos ou venenos, para esvaziamento gástrico antes de cirurgias e para administração de medicações. Ressaltando-se que pacientes com trauma craniano não tem indicação de uso por via nasal, assim como pacientes com distúrbios de coagulação pois tendem ao risco de hemorragia. Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
► Paramentar-se adequadamente.
► Posicionar o paciente em fowler (45º) sem travesseiro.
► Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice xifóide e
daí mais 3 cm marcando com esparadrapo.
► Lubrificar a ponta da sonda.
► Passar a sonda através de uma das narinas solicitar ao paciente que auxilie
(quando possível) deglutindo a sonda quando passar pela faringe. Pode haver
náuseas e vômitos, portanto deixe-o repousar alguns minutos.
► Introduzir a sonda até a porção marcada com o esparadrapo.
► Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago: aspirando o
conteúdo gástrico (o que confirma seu posicionamento correto) e injetando 20 ml de ar através da sonda e com o estetoscópio sobre o epigástrio, auscultar a presença de som estridente.
► Adaptar a sonda no frasco coletor.
► Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com micropore
sobre a pele do paciente (região nasal).
► Identificar a data da sondagem com um pequeno pedaço de
esparadrapo.
► Recolher o material.
► Retirar as luvas e lavar as mãos.
► Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências,
sinais de resíduos e posicionamento da sonda
SONDA ENTERAL
A sonda é passada e se direciona até o intestino delgado. Não é procedimento estéril. Mas para evitar riscos de broncoaspiração devemos elevar a cabeceira a 45º, assim como, sempre realizar higiene oral antes de realizar o procedimento.
Pode ser por via oral ou por via nasal. Os cuidados e a técnica é basicamente o mesmo realizado com a sonda gástrica.
O que difere esse tipo de sonda é que ela é radiopaca, tem metal na ponta para melhor visualização no RX, tem um guia que deve ser retirado imediatamente sua passagem. Sempre deve ser atestada pela equipe médica seu posicionamento. Não esqueça de evoluir o procedimento, quem liberou para o uso e em qual porção foi posicionada de acordo com o exame de imagem. Cuidados com a fixação devem ser valorizados para evitar lesionar a pele do nariz ou canto da boca.
DRENOSSONDA VESICAL DE DEMORA E SONDA VESICAL DE ALÍVIO
São procedimentos estéreis e consistem na introdução de uma sonda até a bexiga, através da uretra, com a finalidade de facilitar a drenagem da urina ou instilar medicação ou líquido, com tempo de permanência longo (pode variar de dias a meses). Também podendo ser apenas pra esvaziamento de bexiga sem que se mantenha de modo permanente , como em bexigas neurogênicas ou alívio para esvaziamento da bexiga devido a pequenas cirurgias realizadas, cujo efeito anestésico provocou retenção temporária. Lembrando que o procedimento pode ser sugerido pelo Enfermeiro mas é determinado pela equipe médica.
Importante inflar o balonete com 15-20 ml de água destilada(não pode soro fisiológico, pois cristaliza e fere o canal uretral) e tracionar a sonda para verificar se está bem fixado na bexiga. Isso deve ser feito até que se tenha certeza da posição da sonda na bexiga, pois se o balonete for inflado no meio da uretra causará danos ao paciente, principalmente se forem do sexo masculino. 
Havendo a necessidade de coletar urina para exame, pode ser feito com agulha estéril de fino calibre em dispositivo de borracha próprio, que existe no circuito, respeitando a técnica de desinfecção com 
álcool 70% e fricções que durem de 5 a 15 segundos. Quanto ao frasco coletor manter sempre a bolsa coletora no mínimo 15 cm acima do chão para não contaminar e nunca deixar a bolsa coletora com volume acima de 2/3 de sua capacidade. Manter o meato uretral sempre higienizado, ter cuidado com a fixação da sonda. Sendo na face externa da coxa em mulheres e em homens na supra púbica respeitando a anatomia de cada um. 
Vale lembrar que não há intervalo preconizado para a troca da sonda, mas recomenda-se sua retirada precocemente a fim de evitar infecções do trato urinário. Em situações onde se desconecte a sonda do frasco a recomendação é a troca do sistema todo, por ser um sistema fechado. Em situações de transporte fecha-se o clamp mas ao chegar ao local desejado colocar abaixo do nível do paciente e manter aberto sempre.
Os drenos cirúrgicos (procedimentos médicos) são dispositivos cuja finalidade é retirar a presença de ar ou secreções de espaços cavitários, sejam eles anatômicos (tórax e abdômen, por exemplo) ou leito de feridas. Eles permitem a saída de sangue e líquidos serosos decorrentes de procedimentos cirúrgicos, entre outros tipos de efluentes (secreções do trato digestivo, exsudato purulento). 
A importância da utilização dos drenos cirúrgicos se dá por eles retirarem o acúmulo de líquidos do sítio cirúrgico que poderia servir como meio de cultura para micro-organismos, reduzindo, assim, a possibilidade de formação de um potencial foco infeccioso. Além disso, o acúmulo de líquido pode acarretar aumento de pressão local, comprometendo o fluxo sanguíneo e linfático; comprimindo áreas adjacentes e causar irritação e necrose tecidual (no caso de efluentes como bile, pus, suco pancreático e urina. Eles podem ser classificados segundo sua estrutura básica (laminares, tubulares); sua composição, como borracha (látex), polietileno ou silicone, de acordo com seus diferentes mecanismos de drenagem, sendo elas passiva (capilaridade – drenos laminares), (gravidade – drenos tubulares); e ativa: sucção ou vácuo (drenos tubulares); além das suas maneiras de uso.
Os tipos de drenos cirúrgicos mais utilizados são: 
· Drenos de Penrose (DEDO DE LUVA): é um sistema de drenagem aberto, com composição à base de borracha tipo látex, utilizado em procedimentos cirúrgicos compotencial para o acúmulo de líquidos, infectados ou não; Devem ser tracionados 3 a 5 cm a cada 24 horas e fixado novamente, esse é um dos cuidados de enfermagem ao realizar a troca de curativos.
· Drenos de Sucção (HEMOVAC®/PORTOVAC®/JACKSON-PRATT/BLAKE): sistema fechado de drenagem por sucção contínua e suave, fabricado em polietileno ou silicone. É composto de um reservatório com mecanismo de abertura para remoção do ar e do conteúdo drenado, um tubo longo com múltiplos orifícios na extremidade distal que fica inserida na cavidade cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório cria uma condição de vácuo, promovendo uma aspiração ativa do acúmulo de secreções;
· Dreno de tórax (selo d’água): os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas, destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica. São constituídos de um dreno tubular em polietileno, geralmente com mais de um orifício na extremidade distal que fica inserida na cavidade, um tubo extensor que conecta o dreno ao frasco coletor e o frasco em polietileno rígido com um suporte na sua base; Um dos cuidados de enfermagem mais importantes é nunca deixar esse tipo de dreno fora de uma base para que não caia e não entre ar no tórax do doente causando outras complicações. Em situações onde o paciente precise ser transportado o dreno precisa ser aberto e ficar abaixo do nível do tórax do paciente. Mas não esquecer que em situações de pneumotórax hipertensivo o sistema não pode ser fechado de jeito nenhum a não ser por solicitação médica.
· Dreno de Kerr: introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão ou, ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora, devendo ser fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua remoção espontânea ou acidental.
HEMOVAC/PORTOVAC
BLAKE OU JACKSON PRATT (JP)
BLAKE OU JACKSON PRATT (JP)
DRENO DE KHERR (USADO PARA DRENAGEM DAS VIAS BILIARES)