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Novo RIISPOA (2017) – Portaria 9013 Queijo é um produto lácteo fresco ou maturado que é obtido pela separação parcial do soro em relação ao leite, coagulados pela ação do coalho, de enzimas específicas, produzidas por microrganismos específicos, de ácido orgânico isolados ou combinados (fermentação), com qualidade apta a uso alimentar adicionado ou não condimentos e aditivos. o O leite usado pode ser integral, parcial ou totalmente desnatado. o O grau de pureza pode variar entre as marcas do coalho. Entende-se por queijo fresco o que está pronto para consumo logo após sua fabricação. Entende-se por queijo maturado o queijo que sofreu as trocas bioquímicas e físicas necessárias e características da sua variedade normalmente está associada a ação de microrganismos em condições adequadas e por um tempo adequado para que o queijo se transforme. A denominação queijo está relacionada aos produtos em que a base láctea não contenha gordura e/ou proteínas de origem não láctea. Para a produção do queijo o leite deve ser filtrado e pasteurizado, a fosfatase alcalina tem que ser negativa e pode ou não ser combinado com outros processos físicos ou biológicos que garantem a inocuidade do produto (não são muito usados no Brasil) microfiltração reduz a carga microbiana e tem pouco impacto sob a caseína (processo caro, mas que garante menos problemas com a pasteurização), radiação UV elimina os microrganismos esses processos podem substituir a pasteurização. O queijo maturado não precisa passar pela pasteurização (IN 57, 2011) maturação dura em média 60 dias em temperatura de 5 a 15ºC (trabalha-se normalmente entre 9 e 10ºC) a maturação garante mudanças físicas e microbiológicas que garante uma inocuidade do produto, o transformando em um produto seguro comercialmente. o Se a maturação for abaixo de 3ºC ocorre uma estagnação do desenvolvimento dos microrganismos o que não é desejável (não ocorre as transformações necessárias) e se for acima de 15ºC a maturação ocorre de forma rápida, o queijo pode melar e ter proliferação de microrganismos contaminantes. A maioria dos queijos não ficam maturando por 60 dias se não teria uma perda sensorial de produto. Queijo minas artesanal Lei 23.157 (2018) Queijo minas artesanal tem que ser produzido dentro de uma região geográfica definida. O tempo de maturação é especifico de cada região. O processo de fabricação deve ser artesanal processo deve ter boas práticas de fabricação artesanal (BPFA), mas não pode ser muito tecnificado. Para ser queijo minas artesanal deve ser produzido com leite cru, pingo e coalho e o processo de dessoragem deve ser manual. Normalmente a fiscalização é realizada pelo IMA e SIM. O leite usado na fabricação do queijo artesanal deve ser livre de tuberculose e brucelose controlado pela EPAMIG e pela EMATER. o Maturação não garante segurança alimentar contra os microrganismos causadores da tuberculose e da brucelose. As legislações do queijo minas artesanal está sempre se atualizando. Regiões que não tem o tempo de maturação definido segue a legislação da serra da canastra mínimo de 22 dias de maturação. o O comum é uma maturação de 7 a 10 dias. o Apenas queijos mais valorizados, mais caros, com uma marca mais conhecida respeitam esse tempo de maturação normalmente são queijos mais secos. Selo ARTE Lei 13.680 (2018) Selo destinado para produtos artesanais que permite que o produto seja vendido para fora da região. O queijo artesanal pode ser incluído ou não no selo ARTE. Classificação De acordo com a Portaria 146. Os queijos vão ser classificados de acordo com o teor de gordura e de acordo com o teor de umidade. Matéria gorda no extrato seco Extra gordo ou duplo creme > 60% Gordo 45 a 59,9% maioria dos queijos são gordos (prato, mussarela e azul). o São os queijos mais comuns. Semi gordo 25 a 44,9% (minas frescal). Magro 10 a 24,9% (ricota). Desnatado <10% (cottage). Umidade Baixa umidade até 35,9% (parmesão) Media umidade 36 a 45,9% (prato, mussarela). Alta umidade 46 a 54,9% (minas padrão, azul). Muito alta umidade >55% (requeijão, minas frescal, ricota). Fluxograma Seleção Deve-se avaliar o controle de qualidade do leite na fazenda e na indústria. Não tem seleção especifica para a fabricação de queijos. Fatores que afetam a produção - pasteurização Leite UAT ou leite da pasteurização rápida não pode ser usado para a produção do queijo porque ocorre a desnaturação das proteínas do soro, que se ligam as cadeias protundentes perdendo a eficiência de coagulação baixo rendimento industrial. A pasteurização lenta preserva mais as proteínas melhor opção. Mas como a pasteurização lenta demora, é usado a pasteurização rápida, mas o rendimento industrial é menor (gasta mais leite para fazer o queijo) quando se tem muita quantidade de leite normalmente é feito a pasteurização rápida com temperaturas mais baixas ou substituir pela microfiltração para reduzir a desnaturação das proteínas. Alguns laticínios homogeneízam o leite para a produção de queijo os glóbulos de gordura ficam menores e a caseína reveste o glóbulo de gordura. Como vai ter caseína no glóbulo de gordura, segura mais gordura ao coagular maior rendimento industrial. o Ao homogeneizar o glóbulo de gordura fica mais exposto então em produtos de maior maturação pode ter uma maior predisposição a lipólise homogeneização não é ideal para produtos maturados. Pasteurização Quanto mais gordura e proteína tiver o leite maior vai ser o rendimento industrial gordura também está associada a produção do coagulo. Pode ser adicionado creme no leite para aumentar o rendimento industrial. Com exceção do queijo maturado é obrigatório fazer a pasteurização do leite para a produção do queijo. Vantagem A pasteurização controla a microbiota do leite elimina os microrganismos patogênicos e controla os deteriorantes. o Menor risco de problemas tecnológicos e sanitários. Desvantagem Tratamentos térmicos insolubilizam o cálcio disponível (baixa estabilidade térmica a altas temperaturas) é realizado a adição de cloreto de cálcio a massa. o A pasteurização lenta insolubiliza menos o cálcio porque a temperatura é mais baixa. o As pontes de cálcio é o que une uma micela de caseína na outra. A pasteurização desnatura parcialmente as proteínas do soro menor rendimento industrial. o Ou se trabalha com a pasteurização lenta, ou com alternativas tecnológicas como a microfiltração (pouco comum de ser usada no Brasil) ou com a pasteurização rápida em temperatura mínima. Resfriamento e adição de CaCl², fermento e coalho Após pasteurizar e padronizar o leite o leite deve ser resfriado a 35ºC e é realizado a adição do CaCl², fermento e por último o coalho. Após a adição do fermento pode se esperar um tempo para que os microrganismos comecem a agir. Os microrganismos do fermento são mesofílicos gostam de temperatura entre 30 e 40ºC para se desenvolver. Se o coalho (enzima – renina, quimiosina) for colocado no leite em temperatura elevada (próximo de 50ºC) tem inativação do coalho temperatura ideal de ação do coalho é próximo de 35ºC. o Se trabalhar em temperaturas mais elevadas a massa pode ficar pouco firme, redução do rendimento industrial e redução da eficiência do coalho. Coagulação enzimática – química das proteínas Durante a coagulação enzimática ocorre um corte nas cadeias protundentes entre os aminoácidos 105 e 106 ocorrendo a saída do GMP (glicomacropeptideo) Para-kappa-caseína se torna hidrofóbica. Caseína deixa de interagir com a água e passa a interagir com outras caseínas irá ocorrer a formação de pontes de cálcio que irão unir as micelas de caseína interação mais forte e robusta que irá promover a formação do coágulo. A cultura DVS (R-704) irá acidificar o leite e consequentemente acidificando o coagulo fortalecendo ainda mais a união das caseínas não é uma coagulação enzimática, apenas favorece a interação das micelas de caseína e a formação do coagulo. Sinérese separação do soro do coágulo. As micelas de caseína são anfipáticas (tem uma parte hidrofóbica e outra hidrofílica) quando adicionado as enzimas a micela se torna totalmente hidrofóbica e passam a se interagir mais com as caseínas. Após a Para-kappa-caseína se tornar hidrofóbica ela se junta com o cálcio e com outras micelas de caseínas e se transforma em um Paracaseinato de cálcio (coagulo) o Esse cálcio é suplementado porque após o tratamento térmico uma parte desse cálcio pode entrar para dentro das micelas de caseína e ficar indisponível. o Coagulo é a massa do queijo separado do soro. Após a colocação do coalho deve-se esperar um período de tempo para que ocorra a coagulação da massa. Corte da massa O ponto ideal de corte é quando já houve separação do soro e a massa se encontra mais firme. O corte pode ser realizado com uma lira inicialmente na horizontal e depois na vertical, passando por todo o tanque. O corte deve ser realizado de forma calma. O tamanho do grão que será obtido é definido pela lira (a lira pode ser mais fina ou mais grossa) ou a quantidade de vezes que a lira é passada. Quanto maior o grão mais úmido vai ser o queijo porque vai ter maior retenção do soro queijo camember, queijo frescal, queijo brie. Quanto menor o grão mais soro vai estar sendo eliminado da massa e menos úmido vai ser o queijo queijo parmesão. Quanto maior o grão menor a sinérese. A fermentação além de fornecer um perfil do que será visto na maturação, ainda garante um perfil tecnológico e normalmente é a mesma para a maioria dos queijos um queijo com o grão pequeno normalmente não se transforma em um queijo frescal porque vai perder mais umidade. Mexedura A mexedora é realizada para retirar ainda mais o soro da massa. A mexedora deve ser devagar e deve-se tomar cuidado com o material usado para na mexedura para não cortar ainda mais a massa. A mexedura da massa crua ocorre por volta de 35ºC, da massa semi-cozida ocorre até 40ºC e da massa cozida > 40ºC. Quanto mais aquecida a massa estiver mais soro vai sair da massa ao ser aquecido as micelas de caseína vão se aproximar ainda mais. O tamanho do grão e a temperatura da mexedura está relacionada com o atendimento ou não do RTIQ do queijo. Há diversas formas de aquecer o queijo: o Adição de água quente importante pensar na qualidade microbiológica da água, processo mais rápido. o Por vapor fonte muito quente de difícil contaminação, processo mais rápido que a dupla camisa. o A forma que é mais realizada é a dupla camisa mídia quente que esquenta a parede do tanque, sem risco de contaminação, processo mais lento. Fatores que afetam a produção do queijo Temperatura de cocção elevadas aumentam sinérese e determina a umidade do queijo. Enformagem As formas também vão interferir no produto final. Quando se utiliza formas maiores está se pensando em queijos que irão ser maturados mais tempo, queijos menos úmido, enzimas tem a difusão mais lenta e o ambiente será se anaerobiose processamento mais lento e controlado. Quando se utiliza formas menores está se pensando em queijos de maturação media à curta, maior umidade do queijo, as enzimas têm a difusão mais rápida e o ambiente é de aerobiose. O tamanho da forma também tem influência no atendimento do RTIQ. Prensagem/ Dessoragem Realizada para dar forma ao queijo e separar ainda mais o soro da massa. Normalmente é realizada em 3 viragens (30 min cada) pode ser realizado mais viragens, não é recomendado virar menos que 3x se não vai ficar muito soro no queijo ainda. O processo pode ser manual ou mecânico: o O processo manual é realizado em pequenas queijarias ou para a produção do queijo artesanal. o O processo mecânico já é realizado em queijarias maiores as forminhas são empilhadas e tem um maquinário que pressiona a massa para a saída do soro por microfuros presente na forma. A retirada do soro promove redução da umidade da massa, redução da abundância de lactose presente no queijo e consequentemente tem a redução da intensidade da acidificação que estava acontecendo pela ação do fermento maturação passa a ser mais devagar. Salga Na massa 2% do volume inicial do leite. A salga na massa possui melhor distribuição do sal no queijo, mas tem maior comprometimento do aproveitamento do soro, além de poder causar comprometimento do fermento. o O soro que sai do queijo vai estar salgado o deixando inviável para a produção de alguns subprodutos (não pode ser usado para a alimentação animal e tem maior chance de contaminação). Na superfície da massa Pode ser realizada entre as prensagens ou ao final da prensagem. Desvantagem de salgar na superfície (salga seca) menor certeza de uma difusão da salga no queijo e maior chance de contaminação pela mão do funcionário. o Técnica menos usada devido à falta de segurança. Salmoura O queijo é colocado em um tanque 20% NaCl, a 15ºC (evitar aceleração microbiana) por 24 horas (no caso de queijos de 1Kg) esta salmoura deve ser trocada constantemente. No contexto industrial o mais comum de ser realizado é a salga em salmoura na salmoura a preocupação é o desenvolvimento de Staphylococcus spp. (microrganismo alotolerante – consegue sobreviver em altas concentrações de sal) e consequentemente a contaminação do queijo. o Para evitar o desenvolvimento do Staphylococcus spp. deve usar a salmoura em temperatura de 15ºC e realizar a troca constante da salmoura. O queijo fresco normalmente não passa pela salmoura, faz a salga na superfície ou na massa porque é um queijo menos salgado. Funções da salga: o Controla a umidade porque o queijo tende a perder umidade durante a salga, principalmente a superfície. o Auxilia na formação da casca do queijo. o Controla a microbiota boa parte dos microrganismos deteriorantes (coliformes) e patogênicos não toleram o sal, com exceção do Staphylococcus spp e desta forma a cultura láctica pode agir mais rápido. o Fornece sabor ao queijo. Microrganismos desejáveis/ indesejáveis Secagem/Maturação O tipo de maturação e o local onde ela vai ser realizada deve ser aprovada pelo MAPA. Deve-se tomar cuidado com problemas de bolores controlar o acesso, fazer a filtragem bem feita e a higienização entre lotes. o Em casos de bolores na câmara deve-se fazer uma longa quarentena e um vazio sanitário atraso industrial. Queijo fresco não passa pela secagem e nem maturação, após a enformagem ele já é embalado. A maturação varia entre os queijos, mas um período médio que quase todos os queijos seguem é 20 dias, entre 10 e 16ºC (quando se quer um queijo com um perfil mais maturado trabalha-se perto de 16ºC e quando quer um queijo com perfil menos maturado se trabalha perto de 10ºC). o A oscilação de temperatura tem influência na ação do fermento. Queijos mais firmes tem um tempo maior de maturação, o tempo de maturação também pode ser influenciado pelo tamanho do queijo (provolone, parmesão). o Quanto maior o queijo, mais tempo ele tem que ficar maturando. O queijo meia cura é a metade do tempo (10 dias). Quando o queijo é mofado normalmente o mofo é aspergido na superfície ou adicionado no fermento. Aspectos físico-químicos Durante a maturação os microrganismos do fermento estão consumindo o que ainda tem de lactose no queijo, acidificando o meio ao acidificar o meio (pH está reduzindo) e devido a temperatura controlada, sai ainda mais soro do queijo (sinérese). Durante a maturação a massa do queijo vai ficando mais solida, concentrando os sólidos do queijo a microbiota do queijo vai alterando as características do meio, promovendo segurança alimentar, sabor e características sensoriais, além de ter ação proteolítica e lipolítica (uns microrganismos mais que os outros) o que traz o perfil sensorial esperado. Aspectos sensoriais Com o passar da maturação os queijos vão ficando com a tonalidade mais forte, sabor mais acentuado e a casca mais firme. o O queijo sai de branco para uma cor amarelada. O fermento pode definir um sabor mais amargo, mais ácido, picante ou adocicado de acordo com a microbiota. Normalmente a maturação não ocorre com o queijo embalado reduz a intensidade da maturação. Armazenamento Queijos de muita alta umidade devem ser armazenados em temperatura de refrigeração (10ºC) queijo minas frescal, muçarela de búfala. Queijos de média a alta umidade já podem ficar refrigerados em gondolas abertas (12ºC) não podendo ficar em temperatura ambiente. Queijos de baixa umidade podem ficar em temperatura ambiente (20 a 25ºC) queijo parmesão. o Ideal colocar nas partes frias do supermercado ou em gondolas abertas. Se colocado em locais quentes pode haver aceleração da desora, oxidação e perda sensorial. Embalagem A grande maioria dos queijos são embalados a vácuo evitar que a maturação continue. Em alguns estabelecimentos também pode ser realizado a afinação do queijo finalização da maturação (maturação cuidadosa para melhorar as características do queijo). No laticínio o queijo deve ficar refrigerado e o transporte também deve ser refrigerado. Etapas adicionais Queijo Camembert e Queijo Brie Aspersão do fungo branco Penicillium camemberti na superfície do queijo. Deve-se ter uma câmara e um funcionário especifico para a produção desses queijos evitar que tenha o carreamento do fungo e a contaminação de outros queijos. Esses queijos são mais moles porque o mofo não acidifica o meio, eles alcalinizam, por isso são queijos mais amargos e ao alcalinizar o meio tem uma alteração na interação das micelas de caseína o lactato e o H+ tendem a se deslocar para a superfície do queijo (para compensar a alcalinidade da superfície) levando as pontes de cálcio superfície fica mais firme e o meio mais mole quanto mais tempo o queijo maturar mais mole o meio vai ficar. Muçarela e Provolone Passam pela filagem (maior facilidade para derreter) processo de aquecimento da massa (55 a 58ºC) e esticam a massa (pode ser um processo manual ou mecânico). São queijos de massa ácida (pH entre 4,9 a 5,5) deixam o fermento agir por mais tempo, normalmente overnight (de um dia para o outro). Com a acidificação o lactato sequestra alguns cálcios das pontes de cálcio paracaseinato de cálcio passa a ser um paracaseinato monocálcico a interação entre as caseínas ficam mais frouxas permitindo a filagem. Massas que não são acidas ao esticar a massa ela se rompe. Defeitos tecnológicos Estufamento precoce Ocorre devido a presença de coliformes a 45º (coliformes fecais) que usaram a umidade presente no queijo e se multiplicaram Presença de microrganismos deteriorantes que se sobressaíram sobre o fermento. Normalmente tem presença da E. coli pode causar problemas a saúde pública devido a presença do microrganismo ou devido a presença de toxinas. Durante a heterofermentação da E. coli há produção de gás carbônico queijo com estufamento precoce apresenta olhaduras irregulares. Está associado com o queijo frescal normalmente produzido com leite cru principalmente em queijos de muita alta umidade. Importante se atentar a higiene durante a produção do queijo, uma pasteurização bem-feita e evitar a recontaminação. Estufamento tardio Presença de olhaduras grandes em queijos maturados a longo período. Normalmente associado a presença de Clostridium spp. principalmente de seus esporos que não são eliminados na pasteurização ou podem ter chegado ao queijo por um erro do funcionário que cariou o microrganismo ou problemas no ambiente. Durante a maturação ocorre a saída de oxigênio (anaerobiose) e de água fazendo com que o ambiente fique favorável para o desenvolvimento dos esporos do Clostridium spp. que saem da sua forma vegetativa, começam a se multiplicar e produzem hidrogênio (formação de olhaduras) comprometimento sensorial do produto final, possui pouco risco patogênico. Normalmente a destinação é a produção de queijo ralado. Para evitar esse problema deve-se passar o leite pelo bactofuga para eliminação dos esporos e/ou trabalhar com a nisina ou nitrito e nitrato para conter a saída do esporo da forma vegetativa normalmente é feito a associação do bactofuga com a nisina. Queijo minas artesanal pode ter olhaduras provenientes da heterofermentação dos Lactobacillus spp (produção de gás carbônico) não é um defeito.
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