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Discursiva – Fundamentos Metodológicos e Prática do Ensino de História O papel do historiador mudou muito em razão da popularização da história. A primeira grande mudança que se pode perceber é que o cotidiano foi “descoberto”, tornando a História mais atraente para o grande público. As reflexões históricas produzidas na atualidade não se preocupam mais só com grandes guerras, heróis, seitas secretas, cultos medievais etc. Nos últimos anos, a História descobriu o campo cultural, em que é possível analisar diversos fenômenos que ainda não haviam sido estudados. É por isso que vários outros temas se tornaram objetos de estudos dos historiadores, como, por exemplo, a história do vinho, do aborto (tema de enorme repercussão nos dias atuais), das mulheres, da juventude, do medo, do perdão, das cidades. Em função dessas mudanças no rol de temas abordados pela História, foi preciso também questionar o tradicional papel do historiador. Este, hoje, não pode mais apenas narrar os eventos históricos sem conectá-los uns aos outros. É vital que, na sua formação intelectual, haja espaço para a interdisciplinaridade, pois um historiador que não entenda, por exemplo, de Filosofia, Sociologia, Antropologia, Psicologia, entre outras ciências, está fadado a análises estéreis. Torna-se cego e vazio. Sabemos que o estudo do passado não pode ser feito diretamente, mas mediado pelos vestígios da atividade humana, as chamadas fontes históricas. Para que o historiador pudesse interpretar corretamente a relação do homem com seu tempo, foi preciso alargar o seu tradicional conceito.
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