Fosfato de Zinco

Prévia do material em texto

Aula 07/06/2022 – prof. Alexandre Conde (Fosfato de Zinco) 
 
 O que se espera de um cimento? 
 que a delgada camada do agente de cimentação seja capaz de suportar grandes 
forças 
 resistência à tração 
 resistência a compressão 
 resistência à fratura 
 boa adaptação marginal 
 mínima quantidade do agente 
 
 baixa espessura da película: 
• precisa ser suficiente fino para preencher o espaço entre a restauração e o dente, 
caso contrário, pode deixar a restauração mais alta e consequentemente causar 
problemas oclusais e necessidade de ajuste. – Neste caso, haverá a exposição do 
cimento na margem da restauração. 
 
 facilidade de uso 
 estética 
 
Conceito: 
 – cimento tradicional é um agente usado para cimentar coroas e pontes metálicas. 
 – é um cimento não adesivo; 
 – a retenção se dá as custas do preparo e adaptação marginal; 
 – como o próprio nome diz, não existe adesividade ao dente, metal ou cerâmica 
 
Conicidade de 6º 
 
 
• usado a mais de 100anos; 
• facilidade de uso; 
• variedade de aplicações; 
 
 
 
 
 
 
Apresentação: 
 – Pó + Líquido 
 
Pó 
• óxido de zinco 
• óxido de magnésio 
• dióxido de sílica 
• trióxido de bismuto 
 
Líquido 
 Solução aquosa de ácido fosfórico tamponado. 
 
 
 Reação de Presa: 
 Pó+ líquido= reação exotérmica 
 
 
 Manipulação: 
 
 deve-se incorporar o pó ao líquido lentamente numa placa de vidro para obter a 
consistência adequada. 
 
 placa de vidro resfriada dissipará o calor da reação 
 
 
Bula Sswhite 
Para cimentação: 
• PÓ: usar o lado da espátula (que o fabricante fornece) com 3 marcas no cabo: 
(dividido o pó em 6 porções) 
 + 
• 4 gotas de líquido 
• tempo de espatulação : 1min e 30s 
 
 
 
 
 
Bula Coltene 
Para cimentação: 
• PÓ: usar a espátula (que o fabricante fornece): (dividido o pó em 5 porções) 
+ 
• 3 gotas de líquido 
• tempo de espatulação : 1min e 30s 
 
Consistência e Espessura do Filme 
 / Depende da indicação: 
 Para base ou restauração provisória em odontopediatria: mais consistente, 
“pesada” 
 
 Para cimentação: mais fluida deve formar um “fio” ao levantar a espátula da 
laje. O mais fino possível para não desadaptar a prótese 
 
 
 
Tempo de trabalho e presa 
• t. espatulação: 1,5 minutos/1min 30 seg 
• t. trabalho: 2,5 minutos/2min 30 seg 
• t. presa: 5-8 minutos 
 
Fatores que influenciam o tempo de presa e o de trabalho 
• relação pó-líquido; 
• velocidade de incorporação do pó; 
• tempo de espatulação; 
• temperatura da placa de manipulação 
 
Velocidade de incorporação do pó: 
 A adição do pó ao líquido em pequenas proporções aumenta o tempo de presa pela 
redução do calor gerado. 
 
 
 
Temperatura da placa de manipulação: 
 O resfriamento da placa retarda a reação química entre o pó e o líquido. 
 Ou seja, aumenta o tempo de trabalho sem alterar o tempo de presa. 
 
 
Resistência 
• quando manipulado corretamente exibi após 24hs uma resistência de 70 Mpa. 
 
 
Solubilidade e Desintegração 
• a dissolução contribui para a infiltração marginal resultando na penetração 
bacteriana. 
• altamente solúvel nas primeiras 24hs, após apresenta solubilidade bastante reduzida. 
• importante que o cimento não seja exposto aos fluidos orais. 
 
 
Biocompatibilidade 
• fosfato de zinco recém misturado tem pH 1,3 a 3,6 e pode levar até 24hs para voltar 
ao pH neutro. 
• Em caso de preparos protéticos excessivos, a cimentação de coroas protéticas com 
cimento de fosfato de zinco pode induzir uma resposta inflamatória da polpa. 
 
 – Não possui propriedades antibacterianas, 
• não fornece a barreira ideal ao ingresso de bactérias 
• contração de presa 
• acidez inicial 
 
 
Propriedades mecânicas 
• depende da proporção pó-líquido; 
• 50% da resistência final em 10 minutos; 
• resistência final após 24hs; 
• baixa resistência a tração 5-7mPa; 
• módulo de elasticidade similar a dentina 12 mPa 
 
• viscosidade aumenta com o tempo 
 
Sensibilidade pulpar 
transitória 
 
 
 
• espessura significativamente mais alta, consequentemente, uma restauração mal 
assentada 
 
Aplicações/Indicações 
• cimentação de Coroas metálicas, 
• cimentação de Coroas metalocerâmicas; 
• cimentação de Núcleos fundidos; 
 
Vantagens 
• facilidade de uso (técnica menos complexa quando comparada aos cimentos 
resinosos) 
• baixo custo (custo mais baixo quando comparada aos cimentos resinosos) 
 
• reversibilidade (menos complexo para remoção da coroa e pinos quando comparada 
aos cimentos resinosos) 
 
 Desvantagens 
• potencial de irritar a polpa (baixo pH inicial); 
• não tem ação antibacteriana; 
• não tem qualidades adesivas; 
• solúveis no ambiente oral. 
 
Como minimizar as desvantagens !!!! 
 Preparo protético na conicidade correta (6º); 
 Cimentação com consistência do material correta; 
 E a menor espessura de cimento possível 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicações/Indicações 
✓ Cimentação de incrustrações metálicas; 
✓ Cimentação de Coroas metálicas; 
✓ Cimentação de Coroas metalocerâmicas; 
✓ Cimentação de Núcleos fundidos; 
✓ Cimentação de Próteses sobre implantes de coroas não parafusadas; 
 
Contra-indicações 
 quando o remanescente dentário contemplar fina espessura de dentina/proximidade 
da polpa. (resposta inflamatória à polpa – cimento recém misturado tem pH 1,3 a 
3,6 e pode levar até 24hs para voltar ao pH neutro). Fato que não ocorre em 
dentes tratados endodonticamente.