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ADKASKDSKAJ TANINOS PROF RODRIGO O DE FARIA O que são taninos? O que são taninos? um grande grupo de substâncias naturais, complexas, de natureza fenólica, hidrossolúveis, que possuem peso molecular compreendido entre 500 e 3000 Dalton e que, além das reações clássicas dos fenóis, apresentam a propriedade de precipitar alcalóides, gelatina e outras proteínas (formam complexos insolúveis em água com estes compostos). historicamente usados para curtir couro. responsáveis pela adstringência de muitos frutos e outros produtos vegetais. Como agem: taninos + macromoléculas interações hidrofóbicas e pontes de hidrogênio entre os agrupamentos fenólicos dos taninos e as proteínas e outros polímeros formação de complexos que precipitam “Taninos conferem sabor adstringente a alimentos e bebidas (frutas, chás, vinho, café, etc).” Classificação: taninos hidrolisáveis taninos elágicos taninos gálicos taninos condensados (ou não hidrolisáveis, ou pró-antocianidinas) (pseudo-taninos) Taninos hidrolisáveis: ésteres de glucose (ou compostos semelhantes) e de ácidos fenólicos: ác. gálico (taninos gálicos) ou ác. hexahidroxidifênico e seus derivados (taninos elágicos). podem ser hidrolisados por ácidos ou enzimas. Taninos hidrolisáveis: Taninos hidrolisáveis: ésteres de glucose (ou compostos semelhantes) e de ácidos fenólicos: ác. gálico (taninos gálicos) ou ác. hexahidroxidifênico e seus derivados (taninos elágicos). podem ser hidrolisados por ácidos ou enzimas. Taninos hidrolisáveis: taninos elágicos são mais frequentes que os gálicos. presentes em pele de romã, casca de romãzeira, folhas de eucalipto, castanha, casca de carvalho etc. Taninos hidrolisáveis: taninos gálicos presentes em ruibarbo, cravo, pétalas de rosa vermelha, hamamélis, castanheira etc. Taninos condensados: oligômeros e polímeros formados pela policondensação de duas ou mais unidades de flavan-3-ol e flavan-3,4-diol. não são hidrolisados e não contêm um núcleo DE CARBOIDRATO. Taninos condensados (contin.): quando tratados com ácidos ou enzimas, se convertem em compostos vermelhos insolúveis conhecidos por flobafenos coloração vermelha de muitas drogas (cascas principalmente). amplamente distribuídos em plantas lenhosas. Presentes em cascas de canelas, cereja, quina, acácia, salgueiro, carvalho, hamamélis; sementes de cacau, guaraná, cola; folhas de hamamélis, chá (verde) etc. FUNÇÕES ECOLOGICAS: inseticida; ● antifúngico; ● antibacteriano. ● inibem o ataque às plantas por herbívoros (vertebrados ou invertebrados); ● inibem ataque por microrganismos patogênicos. ● ↓palatabilidade; ● dificultando digestão; ● produção subst. tóxicas através da hidrólise taninos Economicamente: ● curtimento de couro; ● agricultura ecológica; ● preparação de floculantes tratamento de águas; ● obtenção de polímeros naturais; ● clarificação de vinhos e alcóois; Propriedades físico-químicas: formam sólidos amorfos; solúveis em água (formam soluções coloidais) e em solventes orgânicos polares (acetona, álcool, glicerina). A solubilidade depende do grau de polimerização; insolúveis em solventes orgânicos apolares (éter, clorofórmio); Propriedades físico-químicas: capacidade de precipitar com alcalóides, proteínas, celulose e outras macromoléculas; com hidróxido de cálcio e de bário; com molibdato de amônio; formam complexos (são agentes quelantes) com metais pesados (cobre, mercúrio, chumbo, estanho, zinco etc.); se oxidam com facilidade, principalmente em meio ácido, podendo atuar como agentes antioxidantes. Teste com solução de gelatina a 1% (água, 10% NaCl) - não específico ● Teste com solução de alcaloides - ex.: sol. de cafeína a 1-2% Propriedades físico-químicas: Teste com solução de gelatina a 1% (água, 10% NaCl) - não específico ● Teste com solução de alcaloides - ex.: sol. de cafeína a 1-2% Métodos laboratoriais: precipitação com cloreto férrico (FeCl3): coloração azul = taninos hidrolisáveis; coloração verde = taninos condensados ; precipitação com soluções de gelatina e/ou de alcalóides (quinina, cafeína etc.) e/ou de metais pesados; doseamento por precipitação de pó de pele, por espectrofotometria ou gravimetria; doseamento por precipitação de hemoglobinas e/ou de albumina bovina sérica; cromatografia. CCD Ações farmacológicas e usos: 3 características gerais principais: 1- complexação com íons metálicos 2- atividade antioxidante e sequestradora de radicais livres 3- complexação com macromoléculas Ações farmacológicas e usos: USOS: antídotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides; adstringentes: - via externa: cicatrizantes, hemostáticos, protetores e reepitelizantes; - via interna: antidiarreicos; anti-sépticos; antioxidantes; antinutritivos. Aplicações industriais: curtimento de couro; fabricação de tintas; reagentes para detecção de gelatina, proteínas e alcalóides; junto com outros compostos, produção de agentes floculantes e coagulantes para tratamento de água; produção de espumas de uretano (boa resistência à flamabilidade); desenvolvimento de sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, chás e outras bebida, etc. Curiosidades: Pesquisas científicas ao redor do mundo já constataram que o consumo moderado de vinho, em virtude da presença dos taninos, auxilia em cardiopatias, é antioxidante, anti-séptico e combate o envelhecimento das células. Outras substâncias fenólicas da uva, como os flavonóides e as antocianinas, beneficiam a saúde, em relação ao colesterol, radicais livres, e fortalecem o sistema vascular, auxiliando cardiopatias. https://www.wine.com.br/winepedia/curiosidades/qual-a-funcao-dos-taninos-descubra/?doing_wp_cron=1601336425.7526249885559082031250 chá com leite (ingleses) X chá sem leite (holandeses). NOZ-DE-GALHA - crescimentos vegetais em brotos jovens de Quercus infectoria Olivier (FAGACEAE) resultantes da deposição de ovos de insetos Himenópteros (Cynips) NOZ-DE-GALHA inseto deposita os ovos no broto da planta desenvolvimento da larva proliferação e hipertrofia dos tecidos vegetais formação de taninos . seu principal componente é o ácido tânico (50 a 70%). em desuso na medicina humana. usada na indústria de curtumes e corantes. NOZ-DE-GALHA NOZ-DE-GALHA NOZ-DE-GALHA ESPINHEIRA-SANTA - folhas de Maytenus ilicifolia Reissek e Maytenus aquifolium Mart. , CELASTRACEAE Prof Aluizio França (Faculdade de Medicina do Paraná), em 1922 que usou a M. ilicifolia em pacientes portadores de úlcera gástrica e relatou o sucesso do tratamento ESPINHEIRA-SANTA conhecida como cancorosa ou cancerosa por ser usada popularmente no tratamento de câncer de pele (uso tópico). nativa do sul do Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina. além de taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros. apresenta atividade antiulcerogênica semelhante à cimetidina. externamente é usada como cicatrizante e anti-séptica. PRINCIPAIS CONSTITUINTES IDENTIFICADOS terpenos (maitenina, tringenona, isotenginona II, congorosinas A e B, ácido maitenóico), os triterpenos (friedelanol e friedelina) óleos essenciais (friedenelol), taninos, principalmente os gálicos (epicatequina, epigalocatequina e galato de epigalocatequina), glicolipídeos (monogalactosildiacilglicerol, digalactosildiacilglicerol, trigalactosildiacilglicerol, tetragalactosildiacilglicerol e sulfoquinovosildiacilglicerol) alcalóides (maiteina, maitanprina e maitensina) , ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS Taninos derivados da catequina possuem atividade in vivo e in vitro contra H. pylori TERPENOS (friedelina e o friedelan) In vitro sobre S. aureus, E. coli, e Aspergillus niger (fungo) Atividade antioxidante: Lipoperoxidação (extrato) extrato de M. ilicifolia exibiu maior poder antioxidante, contra sulfato de estanho Derivados da catequina são potentes antioxidantes (mais potentes que a vitamina C ou Epara inibir a oxidação in vitro) ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS (anti-oxidante) O uso de derivados da catequina, obtidos em decocto por 30 dias, causa um aumento da atividade de enzimas antioxidantes endógenas como a SOD (superóxido dismutase), glutation peroxidase, glutation redutase e catalase. ação antimutagênica, protegendo contra agentes genotóxicos Quais as evidências científicas para o uso da Espinheira Santa no tratamento de úlcera gástrica? Hamamelis virginiana Hamamelis virginiana composição fitoquímica,TESE.PDF Hamamélis é um fitoterápico natural feito a partir da casca e das folhas da planta Hamamelis virginiana, um tipo de arbusto nativo da América do Norte. Hamamelis é adstringente, hemostático e vaso protetora, aumenta a elasticidade das veias, diminui a permeabilidade capilar. Trata varizes e hemorroidas Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas que tanto os taninos, principalmente a epigalocatequina, quanto os óleos essenciais, em especial o fridenelol, são responsáveis por parte dos efeitos gastroprotetores. Terpenos (maitenina, tringenona, isotenginona II, congorosinas A e B, ácido maitenóico), os triterpenos (friedelanol e friedelina), óleos essenciais (friedenelol), taninos, principalmente os gálicos (epicatequina, epigalocatequina e galato de epigalocatequina), Glicolipídeos (monogalactosildiacilglicerol, digalactosildiacilglicerol, trigalactosildiacilglicerol, tetragalactosildiacilglicerol e sulfoquinovosildiacilglicerol) os alcalóides (maiteina, maitanprina e maitensina) triterpenóides, denominados por eles de maytefolinas A, B e C e uvaol-3- cafeato. No mercado informal é fácil encontrar espinheira- santa à venda. principalmente nas feiras livres, que a espécie oferecida não é M. ilicifolia e sim Sorocea bomplandi Bailon (Moraceae), uma das espécies mais utilizadas na adulteração da espinheira- santa. Essa frequência fez com que diversos pesquisadores estudassem a espécie S. bomplandi e, por meio de pesquisa fitoquimicas e farmacológicas verificaram presença de alguns flavonoides, mais o risco do uso dessa espécie é grande As pessoas consomem achando ser espinheira santa. á c i d o g á l i c o H O O H O H C O O H C O O H O H H O H O O C O H O H H O á c i d o h e x a h i d r o x i d i f ê n i c o O H O H á c i d o e l á g i c o H O O H O O C O O H C O á c i d o g á l i c o H O O H O H C O O H C O O H O H H O H O O C O H O H H O á c i d o h e x a h i d r o x i d i f ê n i c o O H O H á c i d o e l á g i c o H O O H O O C O O H C O O H á c i d o e l á g i c o H O O H O O C O O H C O á c i d o g á l i c o H O O H O H C O O H á c i d o g á l i c o H O O H O H C O O H O H e s t r u t u r a f l a v a n - 3 , 4 - d i o l O H O H O H O O H H O O H e s t r u t u r a f l a v a n - 3 , 4 - d i o l O H O H O H O O H H O