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1588889944196_INJETAVEL[1046] BIOSSEGURANÇA

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AMANDA AZEVEDO 
CHEIRLA TATIANE DOS SANTOS 
 FLÁVIA TAVARES DO CARMO DE JESUS 
 MIRNA TELES FALETA 
 
 
 
 
 
 
BIOSSEGURANÇA 
 
DESCARTES DE RESÍDUOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR – BA 
2020.1 
 
 
 
 
 
 
 BIOSSEGURANÇA 
 
 
Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, 
proteção do trabalhador, visando à saúde do homem, dos animais, a 
preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Nesse 
sentido, a legislação vigente para serviços de hemoterapia (SH) prevê que 
estes estabelecimentos devam implementar programas destinados a 
minimizar os riscos para a saúde e garantir a segurança dos receptores, 
dos doadores e dos seus funcionários, assegurando também o 
atendimento às legislações vigentes relacionadas à biossegurança, à 
saúde do trabalhador. 
Na década de 80 fio criado o Programa de Treinamento Internacional em 
Biossegurança Criação do Programa Nacional de Sangue (Pró-Sangue) 
pelo Ministério da Saúde. 
Em 1985 foi lançado o primeiro curso de Biossegurança promovido pela 
FIOCRUZ onde iniciou-se a implementação das medidas de segurança 
como parte do processo de Boas Práticas em Laboratórios. Iniciou ao 
Projeto de Capacitação Científica e Tecnológica para Doenças 
Emergentes e Reemergentes, pelo Ministério da Saúde, visando capacitar 
as instituições de saúde em biossegurança. 
Em 5 de Janeiro de1995 foi a publicação da primeira Lei de 
Biossegurança, a Lei no 8.974, posteriormente revogada pela Lei no 
11.105, de 24 de março de 2005. 
Na Resolução RDC N° 57, de 16 de dezembro de 2010, determina o 
regulamento sanitário para serviços que desenvolvem atividades 
relacionadas ao ciclo produtivo do sangue humano e componentes e 
procedimentos transfusionais. 
 
Principais normas de Biossegurança (NR): 
À segurança predial e ao gerenciamento de resíduos (RDC no 34/2014 e 
Portaria no 158/2016). Destacam-se nesse campo algumas Normas 
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho tais como NR 5, NR 6, NR 
7, NR7, NR 9 e NR 32, além das RDC Anvisa no 50, de 21 de fevereiro 
de 2002 e no 306, de 07 de dezembro de 2004, entre outras. 
A NR 5 prevê a instituição de uma Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA que tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho e entre suas atribuições estão a 
identificação dos riscos envolvidos nos processos de trabalho e a 
elaboração dos mapas de riscos, além de apoio ao desenvolvimento e à 
implementação dos programas relacionados à segurança e saúde no 
trabalho. 
NR 6, Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção 
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
 
 
 
A NR7 “estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o 
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus 
trabalhadores. O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento 
e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de 
casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos 
trabalhadores. 
 A NR 9, por sua vez, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e 
implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPR 
“visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente 
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a 
existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do 
meio ambiente e dos recursos naturais. 
A NR 23, propõe de Proteção contra Incêndios - Todas as empresas 
deverão possuir: proteção contra incêndio, saídas suficientes para a 
rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio, equipamento 
suficiente para combater o fogo em seu início e pessoas adestradas no 
uso correto desses equipamentos. 
 A NR 26, dispõe da Sinalização de Segurança - Devem ser adotadas 
cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim 
de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. 
A NR 32, estabelece as diretrizes básicas para a implementação de 
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos 
serviços de saúde (também outros agentes que exerçam atividades de 
promoção e assistência à saúde em geral). Ela traz faz a relação com as 
demais NR relacionadas à segurança do trabalhador e traz os requisitos 
relacionados ao Programa de Vacinação, dentre outros. 
A RDC no 50/2002 dispõe sobre o regulamento técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos 
de estabelecimentos assistenciais de saúde, enquanto a RDC no 
306/2014 dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCARTES DE RESÍDUOS 
 
 
✓ INTRODUÇÃO 
 
Os riscos à saúde relacionados aos resíduos de serviços de saúde (RSS) 
podem ser de grande magnitude, tanto para o trabalhador como para a 
comunidade e meio ambiente. O estudo do risco é fundamental à medida 
que a percepção deste influencia o comportamento e o grau de precaução 
das ações dos indivíduos frente a situações que possam ocasionar lesão, 
acidentes ou ambos. Em 1949, Sulkin et al. publicaram a primeira de uma 
série de pesquisas sobre infecções associadas a laboratórios, em que um 
terço dos casos tinha fonte de infecção associada ao manuseio de 
animais e tecidos infectados. No final dos anos 80 do século XX, a 
preocupação com o lixo médico-hospitalar resultou na publicação do "Ato 
de Rastreamento de Lixo Hospitalar", de 1988, nos Estado Unidos da 
América.2 Os princípios estabelecidos para o manuseio de dejetos 
potencialmente infecciosos como risco ocupacional foi reforçado pela 
Pesquisa do Conselho Nacional, intitulada Biossegurança em 
Laboratórios. 
A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 306/2004 da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Resolução do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 358/20054 e outras legislações 
estabelecem o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de 
serviços de saúde. Essas resoluções pretendem preservar a saúde 
pública e a qualidade do meio ambiente com a mesma padronização de 
ações e com uma mesma linguagem. Para isso, considera princípios de 
biossegurança, além do emprego de medidas técnicas, administrativas e 
normativas para prevenir acidentes. De acordo com essas legislações os 
RSS são classificados em cinco grupos (A, B, C, D e E). Pertencem ao 
grupo A os resíduos biológicos ou aqueles com possível presença de 
agentes biológicos que podem apresentar risco de infecção. São 
classificados como RSS do grupo E aqueles resíduos perfuro cortantes e 
escarificastes, tais como agulhas, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, 
utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares. 
 
 
✓ Descartes de resíduos sólidos: 
 
 
 
 
 
Resíduos sólidos são todos os materiais produzidos a partir de produção 
e consumo, esses itens aparentemente não têm mais nenhum valor, por 
isso são descartados. Os responsáveis pela produção dos lixos são as 
pessoas, empresas, indústrias, animais e até mesmo a natureza. Todos 
eles são separados de acordo com suas características. 
 
Um tipo de resíduo que sofre uma separação mais severa é o hospitalar, 
esses resíduos são produzidos através das atividades relacionadas a 
hospitais. Os lixos produzidos, seja em estado sólido e/ou líquido, não 
deve ser de forma alguma descartados nas redes de esgotos, além de 
serem obrigatoriamente separados dos lixos de outra natureza. 
 
Os cuidados durante odescarte dos resíduos sólidos hospitalares são 
importantes, pois seus componentes podem colocar a saúde em risco, 
além de prejudicar o meio ambiente. Esse tipo de lixo é ameaçador 
pelos perigos que seus componentes oferecem, pois existem materiais 
contaminados por doenças infecciosas, resíduos tóxicos, inflamáveis, 
radioativos e outros itens que são prejudiciais a todos. 
 
Os resíduos sólidos hospitalares devem ser eliminados de acordo com 
as normas, que coloca várias condutas técnicas de manuseio para o 
descarte correto desses lixos, que se seguida assiduamente, evita 
qualquer forma de contaminação e problemas, seja em pessoas, 
animais ou até mesmo no meio ambiente. 
 
 
 
✓ Resíduos contaminantes e não contaminantes: 
 
• Descarte de Resíduos do Grupo A 
 
 
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, 
os resíduos do grupo A são resíduos que possuem a possível presença 
de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar 
risco de infecção. 
Eles podem ser classificados em: 
 
 
• Resíduos do grupo A1 
 
 
1) Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de 
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de 
microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais 
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos 
de laboratórios de manipulação genética. 
 
Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento 
prévio. 
Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o 
processo de tratamento a ser utilizado. 
 
Devem ser tratados através de processo físico ou outros processos que 
vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da 
carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de 
Inativação Microbiana. 
Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma: 
. Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser 
acondicionados em sacos plásticos, brancos leitosos. Estes sacos 
devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo 
menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme está descrito do 
“gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”. 
. Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser 
acondicionados como resíduos do Grupo D. 
 
 
 
2) Resíduos resultantes de atividades de vacinação com 
microorganismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com 
expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com 
restos do produto, agulhas e seringas. 
Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. O 
processo físico ou outros processos de tratamento utilizado deve ser 
validado para a obtenção de redução ou eliminação da carga 
microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação 
Microbiana. 
 
 
 
 
Os resíduos provenientes de campanha de vacinação e atividade de 
vacinação em serviço público de saúde, quando não puderem ser 
submetidos ao tratamento em seu local de geração, devem ser 
recolhidos e devolvidos às Secretarias de Saúde responsáveis pela 
distribuição, em recipiente rígido, resistente à punctura, ruptura e 
vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o 
transporte seguro até a unidade de tratamento. 
 
Os demais serviços devem tratar estes resíduos, utilizando-se processo 
físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção 
de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento 
compatível com Nível III de Inativação Microbiana. 
Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma: 
- Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser 
acondicionados conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem 
ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 
1 vez a cada 24 horas e identificados conforme está descrito do 
“gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”. 
- Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser 
acondicionados como resíduos do Grupo D. 
 
3) Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, 
com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe 
de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de 
disseminação ou causador de doença emergente que se torne 
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão 
seja desconhecido. 
Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. 
A manipulação em ambiente laboratorial de pesquisa, ensino ou 
assistência deve seguir as orientações contidas na publicação do 
Ministério da Saúde - Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção 
com Material Biológico, correspondente aos respectivos microrganismos. 
Devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento 
de resíduos de serviços de saúde”, em saco vermelho, que devem ser 
substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 
vez a cada 24 horas e identificados conforme descrito neste mesmo 
documento. 
 
 
 
Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou 
outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de 
redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento 
compatível com Nível III de Inativação Microbiana. 
Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma: 
- Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser 
acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento de resíduos 
de serviços de saúde”, em saco branco leitoso, que devem ser 
substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 
vez a cada 24 horas e identificados conforme descrito neste mesmo 
documento. 
- Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser 
acondicionados como resíduos do Grupo D. 
 
4) Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes 
rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de 
validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta, sobras de 
amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, 
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, 
contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
 
 
 
 
 
Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. 
Devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento 
de resíduos de serviços de saúde”, em saco vermelho, que devem ser 
substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 
vez a cada 24 horas e identificados conforme descrito no mesmo 
documento. 
Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou 
outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de 
redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento 
compatível com Nível III de Inativação Microbiana e que desestruture as 
suas características físicas, de modo a se tornarem irreconhecíveis. 
Após o tratamento, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo 
D. 
 
Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora, o 
acondicionamento para transporte deve ser em recipiente rígido, 
resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de 
controle de fechamento e devidamente identificado, conforme está 
descrito do “gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”, de forma 
a garantir o transporte seguro até a unidade de tratamento. 
As bolsas de hemocomponentes contaminadas poderão ter a sua 
utilização autorizada para finalidades específicas tais como ensaios de 
proficiência e confecção de produtos para diagnóstico de uso in vitro, de 
acordo com Regulamento Técnico a ser elaborado pela ANVISA. Caso 
não seja possível a utilização acima, devem ser submetidas a processo 
de tratamento descrito anteriormente. 
 
As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos 
corpóreos, podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de 
esgotos, desde que atendam respectivamente as diretrizes 
estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores derecursos hídricos e 
de saneamento competentes. 
 
 
 
 
• Resíduos do grupo A2 
 
 
 
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes 
de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação 
de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de 
animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância 
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou 
não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica. 
 
Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. 
Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o 
processo de tratamento a ser utilizado. Quando houver necessidade de 
fracionamento, em função do porte do animal, a autorização do órgão de 
saúde competente deve obrigatoriamente constar do PGRSS. 
 
Resíduos contendo microrganismos com alto risco de transmissibilidade 
e alto potencial de letalidade (Classe de risco 4) devem ser submetidos, 
no local de geração, a processo físico ou outros processos que vierem a 
ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga 
microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação 
Microbiana e posteriormente encaminhados para tratamento térmico por 
incineração. 
Os resíduos não enquadrados no item acima devem ser tratados 
utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser 
validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga 
microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação 
Microbiana. O tratamento pode ser realizado fora do local de geração, 
mas os resíduos não podem ser encaminhados para tratamento em local 
externo ao serviço. Após o tratamento, podem ser encaminhados para 
aterro sanitário licenciado ou local devidamente licenciado para 
disposição final de RSS, ou sepultamento em cemitério de animais. 
Quando encaminhados para disposição final em aterro sanitário 
licenciado, devem ser acondicionados conforme está descrito do 
“gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”, em saco branco 
leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua 
capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados 
conforme mesmo documento e a inscrição de “PEÇAS ANATÔMICAS 
DE ANIMAIS”. 
 
 
 
 
• Resíduos do grupo A3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação 
sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor 
que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que 
não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo 
paciente ou familiares. 
 
Após o registro no local de geração, devem ser encaminhados para: 
 
I - Sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão 
competente do Município, do Estado ou do Distrito Federal ou; 
 
II - Tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento 
devidamente licenciado para esse fim. 
 
Se forem encaminhados para sistema de tratamento, devem ser 
acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento de resíduos 
de serviços de saúde”, em saco vermelho, que devem ser substituídos 
quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 
horas e identificados conforme mesmo documento e a inscrição “PEÇAS 
ANATÔMICAS”. 
O órgão ambiental competente nos Estados, Municípios e Distrito 
Federal pode aprovar outros processos alternativos de destinação. 
 
 
 
 
 
• Resíduos do grupo A4 
 
 
 
 
 
 
 
· Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando 
descartados. 
 
· Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana 
filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros 
similares. 
 
· Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, 
urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem 
sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem 
apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou 
microrganismo causador de doença emergente que se torne 
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão 
seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. 
 
· Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura 
ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. 
 
· Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à 
saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
 
· Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes 
de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de 
confirmação diagnóstica. 
· Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes 
de animais não submetidos a processos de experimentação com 
inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres 
de animais provenientes de serviços de assistência. 
 
· Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
 
Estes resíduos podem ser dispostos, sem tratamento prévio, em local 
devidamente licenciado para disposição final de RSS. 
 
Devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento 
de resíduos de serviços de saúde”, em saco branco leitoso, que devem 
ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 
1 vez a cada 24 horas e identificados conforme mesmo documento. 
 
 
 
 
• Resíduos do grupo A5 
 
- Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou 
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de 
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com 
príons. 
Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo 
com o definido na RDC ANVISA nº 305/2002. 
Devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento 
de resíduos de serviços de saúde”, em saco vermelho, que devem ser 
substituídos após cada procedimento e identificados conforme descrito 
no mesmo documento. Devem ser utilizados dois sacos como barreira 
de proteção, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade, 
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. 
 
 
• Referências bibliográfica: 
 
 
1-Fiocruz.br/biossegurança/descartes de resíduos. 
 
 
2-Costa EA, Rosenfeld S. Constituição da Vigilância Sanitária no Brasil. 
In: Rosenfeld S, org. Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de 
Janeiro: Fiocruz; 2000. p. 15-40. 
 
3- Brasil. Decreto nº 49.974-A. Regulamenta, sob a denominação de 
Código Nacional de Saúde, a Lei nº 2.312, de 3/9/54. Diário Oficial da 
União 1961; 28 jan. 
 
4- Brasil. Ministério da Agricultura. Portaria nº 609. Torna extensiva a 
proibição do emprego de hormônios determinada pela Portaria 
Ministerial n° 545, de 5/7/61. Diário Oficial da União 1962; 22 ago.

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