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BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 NEFROPATIAS CRÔNICAS E INFARTO RENAL DEFINIÇÕES ● Azotemia: elevação dos níveis sanguíneos de compostos nitrogenados (principalmente a ureia) e creatinina, devido à redução da taxa de filtração glomerular. Pode ser: o Pré-renal: baixa perfusão renal e isquemia por choque, hemorragia, insuficiência cardíaca. o Renal: defeitos intrínsecos ao rim. o Pós-renal: obstrução ao fluxo urinário ou refluxo da urina (insuficiência das válvulas ureterais, hiperplasia prostática renal, litíase), que causa represamento da urina. ● Uremia: é uma síndrome, composta por AZOTEMIA + SINAIS CLÍNICOS + ANORMALIDADES BIOQUÍMICAS. o Há a presença secundária de gastroenterite urêmica, neuropatia periférica, encefalopatia urêmica e pericardite urêmica. o Pacientes requerem diálise neste estágio para fazer a função de filtração. INFARTO RENAL ● Geralmente devido a êmbolos de trombos murais atriais esquerdo ou infarto do miocárdio ventricular esquerdo. São locais propícios da formação de trombos, que seguem pelo sistema arterial e podem parar em vasos renais. ● Também endocardite (processos infecciosos), aneurisma da aorta abdominal (dissecção da parede pode fazer uma oclusão da artéria renal) e êmbolos ateroscleróticos. ● Os infartos são em cunha do tipo anêmico "branco" cercado por hiperemia intensa (órgãos com circulação terminal, sem circulação colateral associada). Esses infartos podem ocorrer no rim, baço – órgãos que possuem circulação terminal ● Imagem 1: Quando há oclusão de artérias arqueadas, resulta-se em infarto em cunha (formato em V), com coloração esbranquiçada. Trombo provavelmente na região mais inicial (mais medular). ● Nas periferias, onde há irrigação colateral, fica com aspecto mais avermelhado hemorrágico) e congesto, pela circulação de outras artérias na periferia da lesão. Capsula renal preservada devido a vasos subcapsulares. Pode ocorrer no pulmão. ● Na imagem abaixo vemos um infarto branco por oclusao das artérias arqueadas que irrigam o córtex. Nas periferias onde há um resquício de circulação de outras artérias, há aspecto hemorrágico e congesto nas bordas porque tenta irrigar o local da isquemia. O infarto fica subcapsular • Na imagem acima a peça foi preservada com formol e por isso fica bem esbranquiçada BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 ● Imagem 2 abaixo: corte renal à fresco. Coloração esbranquiçada na região do córtex, que chega até ao fim da cápsula, sendo um infarto (circulado em vermelho) relativamente extenso, resultante de processo tromboembólico. ● Lembrando que a necrose isquêmica é do tipo coagulativa. Exceto cérebro que é uma necrose liquefativa ● Aspecto microscópico do infarto renal: o primeiro sinal da necrose coagulativa é o apagamento das estruturas (lado esquerdo da imagem 3). O centro da imagem ainda é relativamente normal, com maior coloração e contorno mais nítido. ● Junto da necrose coagulativa, geralmente se observa o filtrado inflamatório (infiltração de polimorfonucleares. É possível observar na imagem uma artéria calibrosa que está ficando congesta e cheia de polimorfonucleares dentro. Nas mediações, é possível observar uma celularidade mais aumentada (vários pontinhos mais escuros), que correspondem aos polimorfonucleares. Formação de trombo: artéria ocluída. ● As artérias congestas ficam sem luz definida, cheias de células no lumen Imagem 3: ● Importante saber: o que causou o infarto (geralmente processos isquêmicos- embólicos, secção de aorta, infecção), lembrar que é uma necrose coagulativa, infarto branco (por ser órgão de circulação terminal e não ter circulação colateral importante), aspectos microscópicos da necrose (apagamento das estruturas, perda dos núcleos), acomete região cortical ou medular (dependendo da arteríola acometida), ramos mais proximais tem infarto mais extenso e ramos mais distais podem aparecer como microinfartos (isso pode ocorrer por microtrombos disseminados e multifocal). GROMERULONEFRITE CRÔNICA ● É o estágio final de várias formas de doenças glomerulares e também doenças sistêmicas crônicas. ● É caracterizada por insuficiência renal progressiva ( aparece como azotemia), uremia (azotemia que começa com sinais clínicos) e morte. ● Clínica: anemia, anorexia, proteinúria, hipertensão e azotemia. Pode apresentar síndromes nefríticas e nefróticas, sinais de encefalopatias urêmicas, neuropatias periféricas, pericardites, pleurites, pelo acúmulo de substâncias nitrogenadas. ● Macroscopia: Rins diminuídos de tamanho com cicatrizes finas e simétricas. BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 o O rim inferior é um rim transplantado, ligado às artérias ilíacas. Presente na fossa ilíaca por ter acesso facilitado. Há uma ligação de ureter na bexiga do paciente. É possível observar focos escuros no rim transplantado de possíveis rejeições. Na rejeição crônica, o rim tende a evoluir para um rim terminal. o Os rins terminais estão na topografia habitual, com tamanho bem diminuído, rins fibróticos, escleróticos e hialinizados, ficam “pipocados”, depressões na superfície, perda da diferenciação cortical e medular. Apresentam depressões em sua superfície e perda de estruturas corticais e medulares. o Na autópsia de um rim terminal, a cápsula renal não é facilmente destacável, por haver aderências na cápsula renal. ● Microscopia: Hialinização de glomérulos, fibrose intersticial, atrofia de túbulos e infiltrado linfocitário → achados de nefropatia terminal (única solução seria o transplante – se o rim perde os glomérulos eles não se refazem, apenas sobrecarregando outro e morrem 1 a 1). 🡺 Na imagem acima: é possível observar arteríolas calibrosas com a parede bem espessada (camada média hiperplásica, com diminuição do lúmen, provavelmente paciente com processo hipertensivo com excesso de células mm lisas nas extremidades), glomérulos escleróticos/hialinizada (não se vê arteríola, mesângio, cápsula, vê apenas resquício do que foi glomérulo), túbulo com material eosinofílico (atrófico, epitélio menor/mais achatado, com acúmulo de material dentro do túbulo sinalizando obstrução). Também é possível ver o infiltrado infamatório crônico por linfomononucleares (pode haver proliferação bacteriana neste rim parado e desenvolver episódios de pielonefrites). Material rosa claro corresponde ao estroma renal, que se prolifera com a atrofia das outras estruturas (corresponde a fibrose intersticial). Tudo isso leva a um aspecto de tireoidização, visto que lembra muito um corte de tireoide na microscopia. PRINCIPAIS ACHADOS que resultam em TIREOIDIZAÇÃO 1. Fibrose intersticial 2. Arteríolas hiperplasias – excesso de camada media e redução do lumen 3. Glomérulos escleróticos e hialinizados 4. Processo inflamatório crônico BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 🡺 O glomérulo esta evoluindo para esclorese na imagem acima → Glomérulo hipercelular, com hialinizações parciais, com perda dos capilares (não é visto furinhos brancos de um glomérulo normal). Isso evolui até glomérulo se hialinizar por inteiro (fica todo rosa, como se fosse um glomérulo cicatricial/fibrótico). Há células inflamatórias crônicas (linfócitos) no interstício. Túbulos com epitélio descamando na luz do túbulo. 🡺 Aspecto de tireoidização: esclerose glomerular, atrofia tubular, infiltrado inflamatório linfomononuclear, fibrose intersticial. O corte maior é de um rim terminal. As estruturas que formam estruturas semelhantes a folículos tireoidianos (figura menor) são túbulos atróficos com citoplasma descamado, proteínas, junto a infiltrado no interstício. 🡺 Na imagem pequena do lado direito vemos a tireoide que no seu interior possuem a secreção de hormônios.O rim terminal evolui para esse aspecto com seus túbulos atróficos e dilatados onde há proteínas e restos celulares obstruindo o túbulo → tireoidização NEFROPATIA DIABÉTICA ● 2 eixos patológicos → metabólico (pela hiperglicemia) + hemodinâmico (hiperfluxo, sobrecarrega glomérulo, eleva PA) + produção de EROS → lesões sobrepostas ● Doença caracterizada por hiperglicemia: formação de produtos finais da glicolisação responsáveis pelo espessamento da MBG e aumento da matriz mesangial. ● Há também presença de alterações hemodinâmicas resultando em hipertrofia glomerular com aumento da área de filtração, contribuindo para proteinúria. Pode levar a processos isquêmicos associados e processos de oxidação, produzindo EROs, o que leva a mais lesões (como lesões endoteliais). ● Dois eixos: metabólico (produz finais da glicolisação, que se acumulam na membrana basal e ativam células mesangiais, que fazem fagocitose das substâncias) + hemodinâmico (distúrbio de circulação - causa disfunção das arteríolas aferentes e eferentes, promovendo um distúrbio de filtração, sobrecarga do glomérulo, com hiperfluxo e lesão, com perdas de proteínas). ● Tudo isso ativa fatores de transcrição, fatores de crescimento e citocinas inflamatórias. A ativação dos fatores de crescimento leva a produção de células mesangiais, recrutamento de fibroblastos (fibrose local), atrai citocinas, chamando processo inflamatório (macrófagos, fibroblastos). É um processo em cadeia. ● Alterações funcionais: distúrbio da permeabilidade e da filtração. o No início acontece hiperfiltração pela lesão, com perda de proteína. Isso cai com o tempo, evoluindo para falência do glomérulo. Também vai havendo perdas na reabsorção, devido à sobrecarga e atrofia dos túbulos. ● Alterações estruturais: podocitopatia (alterações nos podócitos – achatamento dos podócitos), acúmulo de matriz extracelular (produzida por mesangio, glomérulo com substância rosa, lembrando membrana basal), glomeruloesclerose (glomérulos hialinos – fibrosados). BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 ● Tudo isso resulta em nefropatia diabética. É possível encontrar achados de microalbuminúria ou macroalbuminúria = diminuição da filtração glomerular = falência renal. ● Alterações morfológicas: o Espessamento da membrana basal glomerular: 🡺 É a alteração morfológica mais precoce; 🡺 É vista em praticamente todos os diabéticos independente da proteinúria; 🡺 É melhor vista em ME (microscopia eletrônica). 🡺 Na imagem, observa-se o espessamento da membrana (o normal é 0,3 micrômetros), além de fusão podocitária, levando a perda de proteínas. Importante pacientes realizarem exames de monitoramento da albumina (microalbuminúria, macroalbuminúria > 3,5 g/ ml, conforme aumenta a proteína vai aumentando a lesão). ESPESSAMENTO DE MBG + FUSAO DE PODOCITOS = PERDA DE PROTEINAS o Mesoangioesclerose difusa: 🡺 Aumento difuso da matriz mesangial; 🡺 Material PAS (ácido periódico = coloração) positivo associado com espessamento da MBG (membrana basal glomerular). Cora proteoglicanos (membrana basal like – cora o que se parece com a mm basal) 🡺 Membrana basal sem formato em linha, muito destacada. 🡺 Na imagem, observa-se aumento da substância rosa no meio do glomérulo (PAS positiva), que corresponde à matriz mesangial misturada com o espessamento da membrana basal. Glomeruloesclerose difusa. Quase não se observa capilares glomerulares pérvios, estão quase todos obliterados. Membrana da cápsula de bowman espessada. Arteríola espessada. Membrana basal dos túbulos bem espessadas. 🡺 VEJO NA NEFRITE DIABETICA: Depósito de material PAS positivo + espessamento da membrana basal. o Glomeruloesclerose nodular (lesão de Kimmestiel-Wilson): 🡺 Lesão mais específica do DM → PROVA BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 🡺 Consiste de nódulos PAS positivos situados na periferia dos glomérulos → específicos do diabetes; 🡺 É associada com o acúmulo de grande quantidade de material hialino nos capilares e na cápsula de Bowman. 🡺 São nódulos focais bem visíveis 🡺 Lesão de Kimmelstiel-Wilson: Acúmulos bem evidentes, localizados principalmente na periferia dos glomérulos. São nódulos focais facilmente delimitados. São esclerose focais do glomérulo, com PAS positivo focal. Como é periférico, geralmente o nódulo está aderido à cápsula de Bowman. Capilares obliterados, sem visualização de endotélio capilar (células mais achatadas). 🡺 Hialinose arteriolar: aumento hialino nas arteríolas. Não específico de diabetes, aparece também em hipertensos. 🡺 Na imagem acima, observa-se a coloração de PAS: espessamento da cápsula de bowman, presença de nódulos de Kimmestiel-Wilson circulados em verde- são periféricos e contato mais próximo com a capsula de bowman 🡺 Nos túbulos há uma membrana basal normal (em amarelo- bem fina) enquanto que no glomérulo atingido há espessamento da MBG (bem grossa e eosinofilica) 🡺 Na imagem acima: nódulos, espessamento de cápsula (seta vermelha), espessamento da arteríola glomerular (quase não tem lúmen evidente, é uma hialinose arteriolar). 🡺 A seta preta mostra o espessamento da MBG BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 ● Outros achados: o Esclerose arteriolar hialinizante – hialinose arteriolar (afeta ambas as arteríolas); o Acúmulo de glicogênio nas células dos túbulos proximais em pacientes descontrolados (células de Armani-Ebstein) – pode acumular glicogênio ate nas células escamosas da pele; o Pielonefrite (infiltrado inflamatório); o Necrose papilar (necrose da saída para os ductos coletores). 🡺 Na imagem acima: túbulo, o qual apresenta revestimento epitelial (membrana basal espessada). Arteríola, que apresenta células musculares lisas (células musculares hiperplásicas, hialinose, parede muito espessada). Em estados fisiológicos as arteríolas não precisam estar tao espessadas assim, ela se espessa em adaptação a um processo patológico fazendo com que ela aguente a maior pressão no vaso. Deve-se suspeitar de diabetes ou HAS quando há esse achado de hialinose arteriolar. 🡺 Na imagem acima: alterações vasculares e tubulares. Células musculares lisas envolvendo os vasos, epitélio do túbulo descamando. Também é possível ver arteríola obliterada (hiperplasia celular acaba obliterando luz arteriolar). Tal rim, inevitavelmente, vai evoluir para uma falência a longo prazo. 🡺 Provavelmente é um corte da camada medular acima 🡺 Na imagem acima: células de Armani-Ebstein, em que se observa citoplasma vacuolizados (estruturas hexagonais, semelhante a uma colmeia), núcleo deslocado para periferia celular. O glicogênio dentro da célula expande formando tal citoplasma. As células tubulares normais ficam com limites entre si e em organização colunar lado a lado e não neste aspecto de colmeia BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 🡺 Seta vermelha e imagem contornado em vermelho apontam as células em colmeias formadas pelo acumulo de glicogênio 🡺 Isso ocorre em estados hiperglicêmicos descontrolados. Além disso, é possível ver na adjacência, túbulos atróficos, com interstício fibroso. O interstício se expande como uma cicatriz, para compensar morte de glomérulo e túbulo. A fibrose sempre repuxa, o rim perde tamanho e massa ficando menor e a cicatriz ao repuxar as estruturas causa redução ainda maior CLÍNICA: o Aumento da TFG associado com Microalbuminúria - hiperfluxo (30 a 300 mg/24h). o Microalbuminúria é importante preditor. Posteriormente, conforme a evolução da lesão, torna-se proteinúria e depois proteinúria maciça. o Geralmente os pacientes possuem outras comorbidades (como HAS). o Cilindros graxosna urinalise. DOENÇAS HIPERTENSIVAS CARACTERÍSTI CAS NEFROESCLEROSE BENIGNA NEFROESCLEROSE MALIGNA CONDIÇÕES HIPERTENSÃO BENIGNA, DM, IDADE HIPERTENSÃO MALIGNA MACROSCOPIA ASPECTO EM “LEATHER GRAIN”. RINS DIMINUIDOS. ASPECTO EM “PICADA DE PULGA” TAMANHO VARIÁVEL. MICROSCOPIA ESTREITAMENTO DO LÚMEN DAS ARTERÍOLAS CAUSADO PELO ESPESSAMENTO E HIALINIZAÇÃO DAS PAREDES (ARTERIOLOSCLER OSE HIALINA). HIPERPLASIA FIBROELÁSTICA DE ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS. ARTERIOLITE HIPERPLÁSICA (PELE DE CEBOLA) DEVIDO À PROLIFERAÇÃO E ALONGAMENTO DAS CÉLULAS MUSCULARES LISAS. SRAA NORMAL AUMENTADO PROTEINÚRIA LEVE SINAIS DE HIPERTENSÃO MALIGNA AUSENTE RETINOPATIA E ENCEFALOPATIA INSUFICIÊNCIA RENAL RARA MAIS COMUM ● Nefroesclerose benigna: o Doença crônica (anos de duração), hipertensão benigna, associada ao diabetes. o Conforme ocorre o avanço da idade, os pacientes tendem a perder função renal, geralmente por nefroesclerose benigna. o Aspecto em “Leather Grain”: grãos de couro. 🡺 Rim com aspecto de couro rugoso. 🡺 Benigna porque a função renal é minimamente afetada pelo processo. o Rins diminuídos. o Na microscopia, observa-se estreitamento do lúmen das arteríolas, causado pelo espessamento e hialinização das paredes (esclerose hialina), além de hiperplasia fibroelástica de artérias e arteríolas. Assim, nota-se que consiste em arteríolas bem espessadas, com redução do lúmen e hialinização. BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 🡺 Arteríola com parede espessada, com células musculares lisas na parede, lúmen reduzido de diâmetro, deposição de material hialino (colágeno mais denso) = substância rosa. À esquerda, é possível observar um glomérulo esclerótico. No interstício, observa-se o espessamento fibroso do interstício, infiltrado inflamatório mononuclear. o Sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) está normal. o Proteinuria leve. o Sinais de hipertensão maligna (sinais em órgãos alvo): ausente. o Rara insuficiência renal. NEFROESCLEROSE MALIGNA: o Evolução mais grave e menos crônica, cursa com alterações mais agudas. o Hipertensão maligna: urgências e emergências hipertensivas. Pressões muito altas e acima de 180 mmHg. o Macroscopia: aspecto em “picada de pulga” – rim com vários hematomas puntiformes (micro hemorragias difusas pelo parênquima renal), tamanho variável do rim. 🡺 Lesões hemorrágicas puntiformes (“pipocada”) na porção córtico medular, com aspecto de picada de pulga. Isso ocorre por necrose do vaso e hemorragia subsequente. o Como não é uma lesão crônica, não ocorrem processos substitutivos e fibróticos no rim. o O achado microscópico mais comum é a arteriolite hiperplásica (pele de cebola), devido à proliferação e alongamento das células musculares lisas. 🡺 Lúmen muito estreitado, parede espessada em forma de pele de cebola, infiltrado inflamatório na parede do vaso, com inflamação. Necrose fibrinóide (área cheia de poeiras nucleares na arteríola). 🡺 Para suportar o processo hipertensivo, ocorre um espessamento fibroso da parede. 🡺 Edema associado promove dissecções entre as fibras colágenas, formando aspecto em casca de cebola. BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 🡺 Na imagem acima, observa-se necrose fibrinoide, com restos nucleares (típicos de processo necrótico), luz com embolização e formação de coágulo, parede espessada. Há hemorragia associada, hemácias soltas no parênquima =hemorragia puntiforme. o SRAA com atividade aumentada. o Alta proteinúria. o Lesões de órgãos alvo (sinais de hipertensão maligna), como retinopatia e encefalopatia. o Insuficiência renal é mais comum pela gravidade. HIPERTENSÃO MALIGNA ● Nem toda pressão alta leva esse tipo de lesão. Se for pressão limítrofe não evolui para esse tipo de pressão ● Urgência hipertensiva: pacientes com sistólica de 160-180 mmHg e diastólica de 100-120 mmHg, mas assintomático. Conduta: anti-hipertensivos e pesquisa de lesões de órgão alvo (rim, retina, sistema cardiovascular). ● Emergência hipertensiva: sistólica maior de 180 mmHg e diastólica maior de 120 mmHg E lesão de órgão alvo. É mais grave. Importante evitar lesões terminais de órgão alvo. o Órgãos mais afetados: 🡺 Sistema ocular: retinopatia hipertensiva, edema, focos hemorrágicos, sendo importante fundoscopia para avaliar. 🡺 Sistema cardiovascular: edema pulmonar, isquemia miocárdica, dissecção aórtica. Exames: eletrocardiograma, Raio X, enzimas cardíacas, tomografia. 🡺 Sistema nervoso central: encefalopatia hipertensiva, AVEs, síndromes reversíveis encefalopáticas, focos hemorrágicos (derrames hemorrágicos, sintomas compressivos). 🡺 Sistema renal: insuficiência renal aguda, emergências hipertensivas, doenças renais. BBPM V Patologia MERGEFORM AT2 PROVA: Atentar-se a características principais de cada lesão, lesões específicas de cada um, qual contexto de surgimento da lesão, quais consequências, clínica. Nefropatia terminal, achados do infarto renal.
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