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Problema 27 - Neoplasias da Pele

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Carla Bertelli – 3° Período 
Neoplasias da Pele 
Problema 28
 
1 – Compreender a fisiopatologia (processo 
proliferativo), fatores de risco e diferença 
das características clínicas das lesões 
benignas e malignas de pele. 
 
2 – Entender a diferença entre senilidade e 
senescência e seus fatores determinantes. 
 
Nevos 
Os nevos, ou moles, são tumores da pele 
benignos comuns. 
Congênitos ou adquiridos. 
Quase todos os adultos têm nevos, alguns em 
maior quantidade do que outros. 
Podem ser pigmentados ou não pigmentados, 
planos ou elevados, e com ou sem pelos. 
 
Nevos nevocelulares 
Lesões pigmentadas da pele resultantes da 
proliferação de melanócitos na epiderme ou 
derme, pequenas pápulas de cor acastanhada 
a marrom-escura, uniformemente 
pigmentadas, com bordas arredondadas bem 
definidas 
São inicialmente formados por melanócitos 
com longas extensões dendríticas, 
normalmente intercaladas entre os 
queratinócitos basais 
 
Nevos juncionais 
Os melanócitos são transformados em células 
contendo melanina redondas ou ovais, que 
crescem em ninhos ou agregadas ao longo da 
junção dermoepidérmica. 
A maior parte dos nevos juncionais cresce na 
derme circundante como ninhos ou cordões 
de células. 
 
Nevos compostos 
Contêm componentes epidérmicos e 
dérmicos. Em lesões mais antigas, os ninhos 
epidérmicos podem desaparecer 
completamente, deixando um nevo dérmico. 
 
Os nevos compostos e dérmicos geralmente 
são mais elevados do que os juncionais 
 
Nevo displásico 
é importante por causa de sua capacidade de 
se transformar em um melanoma maligno. 
Os nevos displásicos geralmente são maiores 
que os outros nevos (frequentemente > 5 a 15 
mm de diâmetro). 
Seu aspecto é de uma placa plana, 
ligeiramente elevada, com uma superfície 
cascalhosa, ou uma lesão semelhante a um 
alvo com um centro mais escuro e elevado e 
uma borda irregular. 
Variam em tons de castanho e vermelho a 
tons de pele. 
Uma pessoa pode ter centenas destas lesões. 
Ao contrário de outros moles ou nevos, 
acometem tanto áreas expostas quanto 
cobertas do corpo. 
As síndromes de nevos displásicos têm sido 
documentadas em múltiplos membros de 
famílias com tendência para o 
desenvolvimento de melanoma maligno, e o 
estado é chamado de melanoma maligno 
familiar atípico (MMFA). Assim, uma pessoa 
com essa síndrome sem história familiar é 
classificada como tendo um melanoma 
maligno esporádico atípico (MMEA). As 
pessoas com essa síndrome tendem a ter 
nevos maiores, com bordas irregulares, e a 
Carla Bertelli – 3° Período 
cor dos nevos é uma mistura aleatória de 
castanho, preto, rosa e marrom. 
 
 
CÂNCER DE PELE 
Aumento alarmante na incidência de câncer 
de pele ao longo das últimas décadas. 
Em 2011, havia cerca de 70.230 novos casos 
de melanoma nos EUA, sendo 40.010 em 
homens e 30.200 em mulheres. 
Havia também cerca de 2,2 milhões de casos 
anuais de cânceres não melanoma altamente 
curável (basocelulares e espinocelulares). 
A crescente incidência de câncer de pele tem 
sido atribuída ao aumento da exposição solar 
associado às mudanças sociais e de estilo de 
vida. 
Acredita-se que o adelgaçamento da camada 
de ozônio na estratosfera seja outro fator que 
contribua para este aumento na incidência. 
A ênfase da sociedade no bronzeamento 
também está implicada. 
As pessoas tendem a investir mais tempo em 
lazer e permanecer períodos mais longos 
expostas ao sol com a pele descoberta. 
Embora os fatores que ligam a exposição ao 
sol ao câncer de pele não estejam 
completamente esclarecidos, tanto a 
exposição cumulativa total quanto os padrões 
alterados de exposição estão fortemente 
implicados. 
O CBC e o CE estão frequentemente 
associados à exposição cumulativa total à 
RUV. Assim, o CBC e o CE ocorrem mais 
comumente em partes do corpo 
superexpostas ao sol, como a face e o dorso 
das mãos e antebraços. 
Os melanomas ocorrem mais frequentemente 
em áreas do corpo expostas ao sol de modo 
intermitente, como as costas em homens e as 
pernas em mulheres. 
 
MELANOMA MALIGNO 
É o tumor maligno dos melanócitos. 
Forma metastática de câncer, de progressão 
rápida. 
A elevação drástica na incidência de 
melanoma maligno ao longo das últimas 
décadas tem sido creditada ao aumento na 
exposição aos raios UV, incluindo a intensa 
procura por câmaras de bronzeamento. 
As medidas de saúde pública de 
rastreamento, diagnóstico precoce, aumento 
do conhecimento em relação às lesões 
precursoras e maior conhecimento público da 
doença podem contribuir para a intervenção 
precoce. 
 
Fatores de risco 
• Pessoas de pele clara (cabelos loiros ou 
ruivos, que apresentam queimaduras solares 
e sardas facilmente). 
• Histórico familiar de melanoma maligno. 
• Sardas acentuadas na parte superior das 
costas 
• História de três ou mais queimaduras solares 
com bolhas antes dos 20 anos de idade e 
queratoses actínicas. 
• Moles atípicos/síndrome do nevo displásico, 
imunossupressão e fototerapia prévia. 
As queimaduras de sol graves e com bolhas 
no início da infância e as exposições solares 
intermitentes intensas contribuem para o 
aumento na suscetibilidade ao melanoma em 
adultos jovens e de meia-idade. Cerca de 90% 
dos melanomas malignos em caucasianos 
ocorrem na pele exposta ao sol. 
Pessoas de pele mais escura, frequentemente 
acometem áreas não expostas ao sol, como 
Carla Bertelli – 3° Período 
as mucosas e superfícies subungueais, 
palmares e plantares. 
Manifestações Clínicas 
Os melanomas malignos diferem em tamanho 
e forma. 
Ligeiramente elevados e pretos ou marrons, 
bordas são irregulares e as superfícies são 
desiguais. 
A maior parte parece surgir a partir de nevos 
preexistentes ou novos crescimentos 
semelhantes a moles. 
Pode haver eritema circundante, inflamação e 
dor à palpação, periodicamente, ulceram e 
sangram. 
Os melanomas escuros muitas vezes são 
manchados com tons de vermelho, azul e 
branco. 
Essas três cores representam três processos 
simultâneos: melanoma em crescimento 
(azul), inflamação e tentativa do corpo de 
localizar e destruir o tumor (vermelho) e 
formação de tecido cicatricial (branco). 
 
Tipos 
Melanoma expansivo superficial 
Nevo de bordas elevadas com crescimento 
lateral, aspecto desordenado na cor e no 
contorno. 
Tende a apresentar crescimento bifásico, 
horizontalmente e verticalmente. 
Tipicamente ulcera e sangra com o 
crescimento. 
2/3 de todos os melanomas e são mais 
prevalentes em pessoas que se queimam 
facilmente ao sol e têm exposição solar 
intermitente 
 
Os melanomas nodulares 
15% dos melanomas. 
São lesões em forma de cúpula que podem 
ocorrer em qualquer parte do corpo, mas que 
aparecem mais frequentemente no tórax, na 
cabeça e no pescoço. 
Coloração azul-preta, uniforme, e tendem a 
parecer com bolhas de sangue. 
Os melanomas nodulares invadem a derme 
rapidamente desde o início, sem fase de 
crescimento horizontal aparente. 
 
O lentigo maligno 
5% de todos os melanomas. 
Nevos planos de crescimento lento que 
ocorrem principalmente em áreas expostas ao 
sol em idosos. 
Se não tratado, tende a apresentar 
crescimento horizontal e radial por muitos 
anos antes que invada a derme tornando-se o 
melanoma lentigo maligno. 
 
O melanoma acrolentiginoso 
10% dos melanomas. 
Ocorre principalmente nas palmas das mãos, 
plantas dos pés, unhas e mucosas. 
Tem o pior prognóstico de todos os 
melanomas, mas não é encontrado com 
frequência. 
Seu aspecto é semelhante ao do lentigo 
maligno. 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
CARCINOMA BASOCELULAR 
O carcinoma basocelular (CBC), neoplasia 
das células não queratinizadas da camada 
basal da epiderme, é o câncer de pele mais 
comum em pessoas de pele clara 
As pessoas de pele clara com história de 
exposição ao sol significativa por um período 
prolongado são mais suscetíveis.Os indivíduos de pele morena e negra são 
ocasionalmente afetados. 
O CBC geralmente ocorre em pessoas 
expostas a grandes quantidades de luz solar. 
Dos 2,2 milhões de cânceres de pele 
diagnosticados anualmente, a maioria são 
CBC. 
 
O CBC geralmente é um tumor que não 
produz metástases, que cresce em largura e 
profundidade se deixado sem tratamento. 
Comumente vistos na cabeça e no pescoço, 
ocorrendo mais frequentemente na pele não 
glabra. 
Também ocorrem na superfície da pele não 
exposta ao sol, embora em menor frequência. 
Existem vários tipos histológicos de CBC, com 
muitos tipos de crescimento lento e muitos 
com crescimento rápido. 
Alguns dos CBC mais agressivos são 
chamados de CBC esclerosantes, 
morfeaformes, micronodulares e infiltrativos. 
Os ulcerativos e nodulares superficiais são os 
dois tipos mais frequentes. 
 
 
CBC nodular ulcerativo 
Mais comum e tem uma estrutura nódulo-
cística que se manifesta como pápula 
translúcida rosada, que cresce ao longo do 
tempo. 
Vasos telangiectásicos estão frequentemente 
associados ao CBC nodular. 
Ao longo dos anos, forma-se uma depressão 
central, que evolui para uma úlcera cercada 
pela borda brilhante e cerosa original. O CBC 
em pessoas de pele mais escura geralmente 
é mais pigmentado e frequentemente 
diagnosticado como outras doenças de pele, 
incluindo o melanoma. 
 
CBC superficial 
Mais comum e menos agressivo 
Observado na maior parte das vezes no tórax 
ou nas costas. 
Começa como uma placa eritematosa plana 
não palpável. 
Lentamente, as áreas vermelhas escamosas 
se ampliam, com fronteiras nodulares e bases 
telangiectásicas. 
Em geral, há uma borda fina, elevada e branca 
circundando o CBC. 
Carla Bertelli – 3° Período 
Este tipo de câncer de pele é difícil de 
diagnosticar, porque mimetiza outros 
problemas de pele. 
O CBC se desenvolve a partir dos 
queratinócitos basais da epiderme. 
Os danos ao DNA decorrentes do UVB podem 
desencadear uma resposta imunológica que 
provoca alterações nas células cancerosas. 
Embora o CBC não costume produzir 
metástase via vasos sanguíneos ou sistema 
linfático, pode aumentar lenta ou rapidamente, 
exclusivamente por extensão. 
 
 
 
Carcinoma Espinocelular 
Os carcinomas espinocelulares (CE) são o 
segundo tipo mais comum de tumores 
malignos da epiderme externa, e são 
responsáveis por 10 a 20% de todos os 
cânceres de pele. 
O aumento na incidência de CCE é 
consistente com o aumento na exposição à 
RUV. Há também uma forte ligação com o 
risco ocupacional de desenvolvimento de CE. 
As pessoas expostas a arsênico (i. e., doença 
de Bowen, também chamada de CE in situ), 
alcatrões industriais, carvão e parafina têm 
maior probabilidade de desenvolver CE. 
Os homens são duas vezes mais propensos 
do que as mulheres. 
As pessoas de pele escuram raramente são 
afetadas. 
Existem dois tipos de CE: intraepidermal e 
invasivo. 
O intraepidermal permanece restrito à 
epiderme durante um longo período de tempo. 
No entanto, em algum momento imprevisível, 
penetra na membrana basal até a derme e 
produz metástases para os linfonodos 
regionais. 
O CE tem um risco significativo de produzir 
metástases, em contraste com o CBC. 
Em seguida, ele se converte em um CE 
invasivo. 
O CE invasivo pode se desenvolver a partir do 
carcinoma intraepidermal ou de uma lesão 
prémaligna (p. ex., queratoses actínicas). 
Pode ser de crescimento lento ou rápido, com 
metástase. 
O CE é uma lesão queratótica de escamas 
vermelhas, ligeiramente elevada, com borda 
irregular, geralmente com úlcera crônica 
superficial. 
As lesões não costumam ter borda perolada 
arredondada e as telangiectasias superficiais 
encontradas no CBC. 
 
Posteriormente, crescem para fora, 
mostrando grandes ulcerações, e têm crostas 
persistentes e bordas eritematosas e 
elevadas. 
As lesões do CE ocorrem em áreas de pele 
expostas ao sol, particularmente o nariz, a 
testa, a hélice da orelha, o lábio inferior e o 
dorso da mão. 
 
 
Entender o processo de senescência 
(envelhecimento) fisiológico, bem como seus 
fatores associados 
Carla Bertelli – 3° Período