Quadril e cintura pélvica

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2022.1 00/00/0000 CINESIOLOGIA
QUADRIL E
CINTURA
PÉLVICA
INTRODUÇÃO
● A pelve (Bacia) é formada pelo sacro, cóccix e mais
duas estruturas (hemipelve direita e esquerda)
formadas pela união de três ossos.
○ O ílio - acima e ao lado do quadril
○ O púbis - (Abaixo e frente)
○ O Isquio - (Abaixo e atrás)
Essas três estruturas são fundidas.
➔ Tem a função de suporte e proteção dos órgãos
abdominais e pélvicos
➔ Transmissão do peso da cabeça, tronco e MMSS
para os MMII
➔ A articulação sacroilíaca é o local onde se tem
mais dor na coluna
Gestantes sofrem mais dor na sacroilíaca por
hiperlordose, e pela luxação da articulação no parto
(descarga hormonal) para que essa região �que mais
elástica.
● A sín�se púbica �ca entre o púbis e o ísquio
TRANSMISSÃO DO PESO
● Transmite o peso da cabeça, tronco e MMSS para
os MMII
● Distribuído através da sacro ilíaca para o ílio e o
fêmur
Aumenta as dores:
● Escoliose
● Perna maior que a outra
Sobrecarga de peso em apenas um membro
➔ A articulação sacro ilíaca faz apenas ajustes, não
possui amplitude
● A cintura pélvica´está fechada posteriormente
pelo sacro
● Está unida inferiormente pela sín�se púbica
(presença de um disco �brocartilaginoso)
● Sustentada por fortes ligamentos, reduzindo
bastante a mobilidade articular
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ESTRUTURAS ÓSSEAS
➔ Cristas ilíacas*
➔ Espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS)*
➔ Espinhas ilíacas póstero-superiores (EIPS)*
➔ EIAI, EIPI
➔ Tuberosidade isquiática*
➔ Acetábulo
➔ Forame obturado
Em negrito estão as estruturas que dão para palpar
MOVIMENTOS DA PELVE
● Rotação para a frente: Promove a hiperextensão
da lombrosacra - Aumenta a lordose
● Rotação para trás: Reti�ca a lombossacra -
Reti�ca a lordose
● Inclinação: Depressão ou elevação de uma pelve
em relação homóloga
● Rotação: Giro sobre o eixo vertical
➔ Os movimentos da pelve são feitos pelo reto
abdominal, quadrado lombar e músculos dos
membros inferiores.
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ESTRUTURA ÓSSEA DO QUADRIL
● Cabeça do fêmur
● Colo do fêmur
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● Trocânter maior do fêmur*
● Trocânter menor do fêmur
● Linha intertrocantérica
● Crista intertrocantérica
● Linha áspera
➔ Geralmente, em idosos as fraturas do fêmur
ocorrem no colo do fêmur
➔ Se perder o colo do fêmur diminui o braço de
força do glúteo médio
➔ O fêmur se encaixa quase que perfeitamente no
acetábulo (posteriormente) já anteriormente ele
é mais livre, que é onde geralmente ocorrem as
luxações (saída para a frente)
➔ O encaixe do Fêmur é bom, e a cápsula ligamentar
rígida e forte faz com que não ocorram muitas
luxações
ESTRUTURA LIGAMENTAR
ANTERIORMENTE SÃO DOIS LIGAMENTOS:
● Ligamento iliofemoral (Y invertido)
● Ligamento pubofemoral
1 Ligamento posterior
● LIgamento isquiofemoral e cápsula articular
espessa
➔ Por ser mais seguro, não precisa de muitos
ligamentos.
MOVIMENTOS DO QUADRIL
● Flexão: ADM (150º) limitada pelo contato de
partes moles (joelho �etido) ou pela tensão dos
ísquios-tibiais
● Extensão e hiperextensão: ADM (20º) limitada
pela tensão do ligamento íliofemoral e dos
músculos ilíaco e psoas
● Abdução: ADM (45º) limitada pela tensão dos
adutores (OBS: a articulação permite cerca de
90º)
● Adução: ADM (35º) limitada pela tensão da
musculatura lateral
● Rotação: medial (35º) ou lateral (60º). É limitada
pelo contato do colo femoral com a cavidade
acetabular
➔ A adução além da linha média força a cabeça do
fêmur a sair do acetábulo, podendo fazer uma
luxação.
➔ Os movimentos do quadril dependem da posição
do joelho.
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MÚSCULOS QUE
ATUAM SOBRE O
QUADRIL
● PSOAS
● ILIACO
● GLÚTEO MÁXIMO
● ISQUIOTIBIAIS
● GLÚTEO MÉDIO
● GLÚTEO MÍNIMO
● TENSOR DA FÁSCIA LATA
● SARTÓRIO
● PECTÍNEO
● ADUTOR CURTO
● ADUTOR LONGO
● ADUTOR MAGNO
● GRÁCIL
● ROTADORES LATERAIS
PSOAS
● Músculo localizado atrás dos órgãos abdominais,
atingindo cerca de 40cm de comprimento, no adulto.
Divide-se em maior e menor
● Origem: corpos vertebrais, discos e processo
transversos de T12 à L5 - Se origina na lombar
● Inserção: Trocânter menor do fêmur
● Inervação: Nervo femoral
● Ação: motor primário da �exão do quadril.
● É eletricamente silencioso na postura de pé e
sentada, mas ajusta as oscilações.
● Paradoxo do Psoas: Quadril �xo puxa a coluna para a
frente - Flexão da coluna.
● Com os MMII �xos, o psoas eleva o tronco e �exiona a
pelve sobre o fêmur
1- Psoas
2- íliaco
Possuem a origem separadas mas a mesma inserção.
➔ MMII extendido: Relação comprimento X tensão
boa, porém, por causa da origem do psoas e
tracionamento da coluna aumenta a lordose
lombar. Essa tração repetida da lombar pode
causar desconforto.
➔ O abdominal quando feito com o quadril �etido
diminui a ação do psoas e ele para de tracionar a
lombar. Aproxima a origem e inserção do psoas -
Tracionamento passivo - DÚVIDA
ILÍACO
● Tem esse nome devido a sua origem
● Origem: superfície interna do ílio e sacro
● Inserção: trocânter menor do fêmur (junto com o
psoas)
● Inervação: Nervo Femoral
● Ação: Motor primário da �exão do quadril. Trabalha
junto com o psoas
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GLÚTEO MÁXIMO
● Músculo volumoso, situado na parte posterior do
quadril - arredondamento da nádega
● Origem: superfície externa do ílio, posterior do
sacro e fáscia lombar
● Inserção: trato ílio-tibial e na tuberosidade
glútea
● Inervação: Nervo glúteo inferior
● Ação: motor primário da extensão e RL do quadril.
➔ As �bras superiores assessoram a abdução.
➔ Relaxado na marcha.
➔ É ativado quando a extensão parte de uma �exão
de 45º ou mais, ou quando é resistida.
➔ Estende o tronco sobre o quadril. Sua perda não
implica em grandes alterações funcionais
Ele é mais ativado em uma extensão do quadril com o
joelho �etido
ISQUIOTIBIAIS
● SEMITENDINOSO
● SEMIMEMBRANOSO
● BÍCEPS FEMORAL
GLÚTEO MÉDIO
● O maior e mais espesso músculo está situado na
região lateral do quadril. Contorno arredondado
do quadril. Funcionalmente possui três partes
● Origem: superfície externa do ílio
● Inserção: sobre o trocânter maior do fêmur
● Inervação: nervo glúteo superior
● Ação: motor primário da abdução do quadril.
➔ As �bras anteriores assessoram a �exão
e RM e as posteriores, a extensão e RL.
➔ Principal função - estabilizar a pelve
durante o apoio unipodal, na marcha. Sua
paralisia é revelada pelo sinal de
Trendelemburgue. - Marcha que caí para
o lado, onde a fraqueza desse músculo
puxa a pelve pro lado.
➔ É um músculo muito importante para a
marcha
➔ Para avaliar: Pedir para o paciente �car
em apoio unipodal, se houver fraqueza
desse músculo, o paciente vai cair
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lateralmente para o mesmo lado da
fraqueza.
GLÚTEO MÍNIMO
● Pequeno músculo situado por baixo do glúteo
médio
● Origem: parte inferior da superfície externa do
ílio
● Inserção: trocânter maior do fêmur
● Inervação: nervo glúteo superior
● Ação: motor primário da rotação medial do
quadril e acessório da abdução
TENSOR DA FÁSCIA LATA - trato
iliotibial
● Pequeno músculo localizado ântero-lateralmente
no quadril. Tem a característica de não
apresentar inserção óssea
● Origem: EIAS
● Inserção: trato ílio-tibial - Não tem inserção
óssea
● Inervação: Nervo glúteo superior
● Ação: motor primário da rotação medial do
quadril, assessora a �exão e a abdução.
A perda deste músculo não implica em grandes alterações
funcionais
SARTÓRIO
● Músculo mais longo do corpo humano, capaz de
realizar o maior deslocamento ao contrair-se
● Origem: EIAS
● Inserção: região ântero-inferior da tuberosidade
da tíbia (pata de ganso - inserção de 3 músculos)
● Inervação: Nervo Femoral
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● Ação: assessora a �exão, abdução e rotação
lateral do quadril. Também age sobre o joelho.
PECTÍNEO
● Músculo curto e espesso localizado logo abaixo da
virilha
● Origem: parte anterior do púbis
● Inserção: em uma linha que vai do trocânter
menor à linha áspera
● Inervação:Nervo Femoral
● Ação: adução do quadril. Assessora a �exão
Geralmente ele é lesionado no futebol - Adução com
�exão
4- Pectíneo
3- Adutor longo
ADUTOR CURTO (BREVE)
● Origem: região inferior do púbis
● Inserção: metade superior da linha áspera
● Inervação: Nervo Obturador Anterior
● Ação: adução do quadril. Assessora a �exão
● Para ver ele precisa retirar o adutor longo
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ADUTOR LONGO
● Origem: região anterior do púbis
● Inserção: terço médio da linha áspera
● Inervação: Nervo Obturador Anterior
● Ação: adução do quadril. Assessora a �exão
ADUTOR MAGNO
● Um dos maiores músculos do corpo, situado atrás
dos 3 músculos citados anteriormente.
Funcionalmente possui duas porções.
● Origem: região anterior do púbis e tuberosidade
isquiática
● Inserção: toda a extensão da linha áspera
● Inervação: Nervo Obturador Anterior
● Ação: motor primário da adução do quadril. Sua
porção inferior assessora a extensão, enquanto a
superior produz �exão
GRÁCIL
● Músculo delgado que desce pela face medial da
coxa
● Origem: na sín�se púbica
● Inserção: abaixo do côndilo medial da tíbia (pata
de ganso)
● Inervação: Nervo Obturador Anterior
● Ação: motor primário da adução do quadril e
acessório da �exão. Age sobre o joelho
➔ Os músculos adutores sofrem de desgaste, e
podem causar pubalgia.
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ROTADORES LATERAIS
● Seis pequenos músculos que realizam rotação
lateral sem ações secundárias importantes
● Origem: porções posteriores da pelve
● Inserção: trocânter maior do fêmur
➔ Piriforme
➔ Obturador externo
➔ Obturador interno
➔ Gêmeo superior
➔ Gêmeo inferior
➔ Quadrado Femoral
PATA DE GANSO
● Sartório
● Grácil
● semitendinoso
Esses músculos fazem a flexão do
joelho e o protegem contra o estresse
em rotação e em valgo (desvio do
joelho para dentro).
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Análise
cinesiológica
FLEXÃO DO QUADIL
● O íliopsoas atua em quase todas as atividades de
�exão. É o mais importante �exor. É o único músculo
que �ete o quadril além de 90º.
● O Reto Femoral é também importante �exor embora
com menor potência. Tem maior contribuição quando
o joelho está �etido
● O sartório e o TFL são acessórios. A principal função
do TFL é tensionar o trato ílio-tibial
● O pectíneo e outros adutores também participam da
�exão, sobretudo quando esta parte de uma extensão
● Deformidades posturais que envolvem o aumento da
lordose lombar, são habitualmente resultantes de
encurtamento do iliopsoas
● Estes músculos ainda são importantes estabilizadores
da pelve
● Diferença entre cadeias cinéticas aberta e fechada
EXTENSÃO DO QUADRIL
● A extensão do quadril com o joelho �etido leva a uma
insu�ciência ativa dos ísquiotibiais (aumenta a ação do
glúteo)
● Os extensores do quadril também estendem o tronco
● Os adutores partem de uma hiperextensão
ABDUÇÃO DO QUADRIL
● Apenas o glúteo médio é abdutor primário
● O glúteo mínimo, o máximo, o sartório e o TFL
são acessórios
● Embora na vida cotidiana ocorram poucas
abduções do fêmur, os abdutores são
extremamente importantes para a estabilização
da pelve durante a marcha
● Embora possuam uma pequena AST os abdutores
geram muito torque devido a sua boa
alavancagem (BF de 5 a 7,5 cm)
● O colo do fêmur aumenta o BF dis abdutores
principalmente do glúteo médio
AÇÃO DO GLÚTEO MÉDIO
Quando o glúteo médio contrai ele alinha a pelve, a
fraqueza nesse músculo causa a marcha caída para o lado
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SINAL DE TRENDELEMBURGUE
O sinal de Trendelenburg é positivo se, quando o quadril
de um paciente que está de pé sustentado por somente
uma perna, cai para o lado da perna levantada. A fraqueza
é presente no lado da perna em contato com o chão.
ADUÇÃO DO QUADRIL
● É realizada pelo “grupo dos cinco adutores”
● A perda deste grupo causará mínima disfunção na
marcha
● A adução vigorosa só ocorre em atividades tais
como montaria, subida em árvores, etc.
● Os adutores funcionam como �exores ou
extensores, dependendo da posição inicial do
quadril
● São 6 grandes músculos
● Funcionalmente possuem pouca importância, pois
são mais usados no futebol
● A mudança na ação ocorreria entre 50 e 70º de
�exão do quadril
● “A principal ação dos adutores não seria como
motores primários da adução, mas sim por meio
de re�exos em resposta as solicitações da
marcha”
●
ROTAÇÕES
● rotação medial é realizada pelo glúteo mínimo, o
TFL, e a porção anterior do glúteo médio
● A rotação lateral é realizada pelo grupo dos seis
rotadores laterais e pelo glúteo máximo. O
sartório assessora.
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