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149 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Unidade III 7 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS 7.1 Introdução Figura 194 O estudo das propriedades geométricas das seções transversais de um elemento estrutural ou de uma máquina é de extrema importância, pois essas características definem a resistência, a estabilidade e a rigidez do elemento. As principais propriedades geométricas de figuras planas são: • momento estático; • centro gravidade; • momento de inércia; • módulo resistente; • raio de giração. 150 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III 7.2 Momento estático O momento de uma força em relação a um eixo qualquer é o produto entre a força e a distância. A definição de momento estático é estabelecida pelo produto entre a área do elemento e a distância que o separa do eixo de referência. O momento estático em relação aos eixos x e y é definido como as duas equações a seguir: Mx = y . dA My = x . dA Figura 195 – Momento estático de um elemento Lembrete A área e a distância devem formar um ângulo de 90º. O momento estático de uma superfície plana é determinado através da integral de área dos momentos estáticos dos elementos de superfície que formam a superfície total, conforme os seguintes modelos: x A M y.dA= ∫ y A M x.dA= ∫ 151 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Figura 196 – Momento estático de uma superfície plana Como o momento estático é o produto de uma área (m2) por uma distância (m), sua unidade de medida é metros cúbicos (m3). 7.3 Centro de gravidade de uma figura plana O centro de gravidade (centroide) de uma área se refere ao ponto que define o centro geométrico da área. É um local na própria figura, ou fora dela, no qual se concentra a superfície. Sua localização se dá através das coordenadas XG e YG, obtidas por meio da relação entre o respectivo momento estático de superfície e a área total dela. Figura 197 – Centro de gravidade yA CG A x.dA M X AdA = = ∫ ∫ 152 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III xA CG A y.dA M Y AdA = = ∫ ∫ A área da seção transversal de componentes mecânicos e estruturais pode ser dividida em um grupo de formas simples, como retângulos e círculos. Através da relação entre somatório dos momentos estáticos da superfície e sua área total, determinam-se coordenadas do centro de gravidade. Figura 198 – Divisão em áreas menores i n i i i 1 CG i n i i 1 A .X X A . = = = = = ∑ ∑ i n i i i 1 CG i n i i 1 A .Y Y A . = = = = = ∑ ∑ Em figuras vazadas, as relações anteriores podem ser usadas, porém as seções vazadas devem ser subtraídas. Exemplo 1 Mostre que, para um retângulo, o centro de gravidade CG em relação ao eixo X que passa pela sua base é h/2. 153 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Figura 199 Resolução: x CG M Y A = x A M y.dA= ∫ h x 0 M y..bdy= ∫ h2 x 0 b.y M 2 = 2 x b.h M 2 = 2 x CG b.h M 2Y A b.h = = CG h Y 2 = 154 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III As imagens a seguir mostram a solução das equações do centro de gravidade para as figuras geométricas mais utilizadas. Retângulo Triângulo Círculo Semicírculo Figura 200 – Centro de gravidade de algumas figuras planas 155 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Exemplo 2 Determine o centro de gravidade da figura: Figura 201 Resolução: A figura é simétrica em relação ao eixo y, então: CG b 16 X 2 2 = = XCG = 8 cm x CG M Y A = 156 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Momento estático M1x = YCG1 . A1 = 15 . (16 . 30) = 7200 cm 3 M2x = YCG2 . A2 = 20 . (8 . 12) = 1920 cm 3 M3x = YCG3 . A3 = 7 . (6 . 8) = 336 cm 3 Mx = M1x - M2x - M3x Mx = 7200 - 1920 - 336 Mx = 4944 cm 3 Área total AT = A1 - A2 - A3 AT = (16 . 30) - (12 . 8) - (8 . 6) AT = 336 cm 2 x CG M 4944 Y A 336 = = YCG = 14,71 cm 157 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A seguir, consta a localização dos pontos encontrados. Figura 202 Exemplo 3 Determine o centro de gravidade da figura: Figura 203 158 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Resolução: A figura será dividida em três áreas: retângulo, triângulo e semicírculo. Figura 204 Momento estático em relação ao eixo X. MRx = YCG . AR = 6(24 . 12) = 1728 cm 3 MTx = YCG . AT = 8(6 . 6) = 228 cm 3 2 3 SCx CG SC .4 M y .A 10,3. 258,86cm 2 π= = = Mx = MRx - MTx - MSC = 1728 - 288 - 258,86 Mx = 1181,14 cm 3 Área total 2 T R T SC 6.12 .4 A A A A (24.12) 2 2 π = − − = − − AT = 226,87 cm 2 x CG M 1181,14 Y A 226,87 = = 159 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS YCG ≅ 5,20 cm Momento estático em relação ao eixo Y. MRy = XCG . AR = 12(24 . 12) = 3456 cm 3 3 Ty CG T 6.12 M x .A 2. 72cm 2 = = = 2 3 SCy CG SC .4 M x .A 16. 402,11cm 2 π= = = My = MRy - MTy - MSCy = 3456 - 72 - 402,11 Mx = 2981,89 cm 3 y CG M 2981,89 X A 226,87 = = YCG ≅ 13,14 cm Tente refazer o exercício considerando a divisão de áreas da figura a seguir. Os resultados de XCG e YCG serão os mesmos. Figura 205 160 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III 7.4 Momento de inércia O momento de inércia é uma característica geométrica que relaciona a resistência de uma peça ou um elemento estrutural com seu formato. Essa característica fornece valores numéricos quanto à resistência da peça, ou seja, quanto maior for o momento de inércia da seção transversal de uma peça, maior será sua resistência. Em termos conceituais, o momento de inércia também é conhecido como momento de segunda ordem. Considerando uma superfície finita em relação a um eixo arbitrário no plano da área, o momento de inércia é dado pelo somatório dos momentos de inércia em relação ao mesmo eixo de todos os elementos de área contidos na superfície finita. Quando determinado por integração, assume a seguinte forma das equações: 2 x A I y dA= ∫ 2 y A I x dA= ∫ Figura 206 – Eixos de referência para o momento de inércia Como no centro de gravidade, o momento de inércia total de uma superfície é a somatória dos momentos de inércia das figuras que a compõem. A seguir, ilustraremos os principais valores de algumas figuras geométricas. Apresentaremos aqui os cálculos do momento de inércia somente em relação ao eixo X, porém todos os conceitos são validos para o eixo Y: 161 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Retângulo Triângulo Círculo Corda circular Figura 207 – Centro de gravidade de algumas figuras planas 162 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Exemplo 1 Determine o momento de inércia da figura em relação ao eixo X, que passa pelo centro de gravidade (medidas em centímetro): Figura 208 Resolução: 3 XCG b.h I 12 = 3 4 XCG1 16.24 I 18432cm 12 = = 3 4 XCG2 6.16 I 2048cm 12 = = IXCG = 18432 - 2048 IXCG = 16384 cm 4 Observação O momento de inércia envolve o produto da distância elevado à segunda potência pela área; suas unidades envolvem comprimento elevado à quarta potência. O momento de inércia da área é uma propriedade puramente matemática e, por si só, não tem significadofísico. 163 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 7.5 Translação de eixos As equações apresentadas para o momento de inércia somente são válidas caso o eixo passe no centro de gravidade da figura. Se o eixo estiver deslocado, há necessidade de se fazer uma translação de eixos. Figura 209 – Translação de eixos O momento de inércia de uma superfície em relação a um eixo qualquer é determinado pela seguinte equação: 2 X XCG CGI I A.y= + Onde: IX é o momento de inércia da figura em relação ao eixo X. IXCG é o momento de inércia da figura em relação ao eixo XCG, que passa pelo CG. A equação do momento de inércia pode ser expressa em razão do momento estático. 2 X XCG Mx I I A = + Exemplo 1 A figura representa a seção transversal de uma viga “T”. Determine: • centro de gravidade; 164 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III • momento de inércia em relação ao eixo X; • momento de inércia em relação ao eixo XCG. Figura 210 Resolução: A figura será dividida em três áreas. Figura 211 Centro de gravidade A figura é simétrica em relação ao eixo y, então: XCG = 8 cm 165 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS x CG M Y A = Momento estático M1x = yCG1 . A1 = 12 . (6 . 4) = 288 cm 3 M2x = yCG2 . A2 = 7 . (4 . 14) = 392 cm 3 M3x = yCG3 . A3 = 12 . (6 . 4) = 288 cm 3 Mx = M1x + M2x + M3x Mx = 288 + 392 + 288 Mx = 968 cm 3 Área total AT = A1 + A2 + A3 AT = 104 cm 2 x CG M 968 Y A 104 = = YCG = 9,3 cm Momento de inércia em relação ao eixo X 2 X XCG Mx I I A = + ( ) 3 2 3 2 41X 1X 1 b.h M 6.4 288 I 3488cm 12 A 12 6.4 = + = + = ( ) 3 2 3 2 42X 2X 2 b.h M 4.14 392 I 3658,67cm 12 A 12 4.14 = + = + = 166 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III ( ) 23 3 2 43X 3X 3 Mb.h 6.4 288 I 3488cm 12 A 12 6.4 = + = + = IX = I1X + I2X + I3X IX = 3488 + 3656,67 + 3488 IX = 10634,67 cm 4 Momento de inércia em relação ao eixo XCG 2 X XCG Mx I I A = + 2 XCG X Mx I I A = − 2 XCG 968 I 10634,67 104 = − IXCG = 1624,82 cm 4 Tente refazer o exercício considerando a divisão de áreas da figura a seguir. Os resultados serão os mesmos. Figura 212 167 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 7.6 Módulo resistente Para o dimensionamento de peças submetidas à flexão, é necessária a determinação do módulo resistente. Define-se tal módulo de uma superfície plana em relação aos eixos baricêntricos x e y como a associação entre o momento de inércia referente ao eixo baricêntrico e a distância máxima entre o eixo e a extremidade da seção transversal estudada. Figura 213 – Módulo resistente CG máx I Wx y = CG máx I Wy x = 7.7 Raio de giração O raio de giração é utilizado para o estudo de flambagem em peças. Ele ocorre em uma superfície plana em relação a um eixo de referência; constitui-se de uma distância particular entre a superfície e o eixo, na qual o produto entre a referida distância elevada ao quadrado e a área total da superfície determina o momento de inércia da superfície em relação ao eixo. Figura 214 – Raio de giração 168 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III I i A = Exemplo 1 Determine o módulo resistente e o raio de giração do exemplo de aplicação anterior. Resolução: Figura 215 Módulo resistente. 4 CG máx I 1624,82cm Wx y 9,3cm = = Wx = 174,71 cm3 Raio de giração. CGI 1624,82i A 104 = = i = 3,95 cm 169 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Exemplo 2 Determine as seguintes características geométricas para Viga I: a) Centro de gravidade. b) Momento de inércia em relação ao eixo X. c) Momento de inércia em relação ao eixo XCG. d) Módulo resistente. e) Raio de giração. Figura 216 Resolução: Figura 217 170 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III A figura será dividida em três áreas. a) Centro de gravidade. A figura é simétrica em relação ao eixo y, então: CGX 6cm= x CG M Y A = Momento estático M1x = yCG1 . A1 = 15 . (12 . 2) = 360 cm 3 M2x = yCG2 . A2 = 8 . (12 . 2) = 192 cm 3 M3x = yCG3 . A3 = 1 . (12 . 2) = 24 cm 3 Mx = M1x + M2x + M3x Mx = 360 + 192 + 24 Mx = 576 cm 3 Área total AT = A1 + A2 + A3 AT = 72 cm 2 x CG M 576 Y A 72 = = YCG = 8 cm b) Momento de inércia em relação ao eixo X. 2 X XCG Mx I I A = + 171 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ( ) 3 2 3 2 41X 1X 1 b.h M 12.2 360 I 5408cm 12 A 12 12.2 = + = + = ( ) 3 2 3 2 42X 2X 2 b.h M 2.12 192 I 1824cm 12 A 12 12.2 = + = + = ( ) 23 3 2 43X 3X 3 Mb.h 12.2 24 I 32cm 12 A 12 6.4 = + = + = IX = I1X + I2X + I3X IX = 5408 + 1824 + 32 IX = 7264 cm 4 c) Momento de inércia em relação ao eixo XCG. 2 X XCG Mx I I A = + 2 XCG X Mx I I A = − 2 XCG 576 I 7264 72 = − IXCG = 2656 cm 4 Módulo resistente. CG máx I 2656 Wx y 8 = = Wx = 332 cm3 Raio de giração. 172 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III CGI 2656i A 72 = = i = 6,07 cm Saiba mais As principais vigas utilizadas na construção mecânica são padronizadas e suas características geométricas são apresentadas em tabelas. Quem quiser ter acesso a uma série destas tabelas, leia: PHILPOT, T. A. Mecânica dos materiais: um sistema integrado de ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 8 APLICAÇÃO DE CARGAS AXIAIS Examine a barra retangular sujeita a uma força de compressão axial P. A barra está fixa na base e a força total P está aplicada no topo da barra em três partes distribuídas por igual, conforme ilustrado, em uma região estreita idêntica a um quarto da largura. O valor absoluto da força P é tal que o material se comporta elasticamente: portanto, a lei de Hooke é válida. As deformações na barra são indicadas pelas linhas da malha (grade). Em particular, observe que tais linhas estão distorcidas nas proximidades da força P e da base fixa. Entretanto, longe destas duas regiões não há distorção, permanecendo ortogonais e comprimidas uniformemente na direção da força aplicada P. Uma vez que a lei de Hooke é válida, a tensão deve ser proporcional à deformação específica (e, em consequência, às variações de comprimento). Portanto, a tensão será distribuída de modo mais uniforme ao longo da barra na medida em que a distância à carga P aumentar. Figura 218 – Barra retangular sujeita a uma força de compressão 173 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Para ilustrar a variação da tensão com a distância a P, as tensões normais que agem na direção vertical nas seções a–a, b–b, c–c e d–d serão mostradas a seguir. Na seção a–a, as tensões normais diretamente abaixo de P são muito grandes, ao passo que no restante da seção transversal são muito pequenas. Na b–b, as tensões no meio da barra ainda são pronunciadas, mas aquelas distantes da parte central são significativamente maiores do que as contidas em a–a. As tensões são mais uniformes na seção c–c. Na d–d, que está localizada abaixo de P a uma distância igual à largura da barra w, elas são basicamente constantes ao longo da largura da barra retangular. Esta comparação mostra que os efeitos localizados causados por uma carga tendem a desaparecer na medida em que a distância em relação à carga aumenta. Em geral, a distribuição de tensões se torna próxima à uniforme em determinada distância, a contar da extremidade da barra, igual à largura da barra w, em que w é a maior dimensão lateral doelemento sujeito a forças axiais (como a largura da barra ou o diâmetro de uma haste). A tensão máxima a tal distância é apenas alguns percentuais maior do que a tensão média. Na figura anterior, as linhas da malha também estão distorcidas nas proximidades da base da barra sujeita à força axial em consequência do efeito de Poisson. Em geral, a barra se expandiria no sentido da largura em resposta à deformação normal de compressão causada por P. Como a base está fixa, tal expansão é impedida e, em decorrência, são criadas tensões adicionais. Usando um argumento similar ao fornecido anteriormente, poderíamos mostrar que o aumento de tensão se torna insignificante a uma distância w em relação à base. Os valores absolutos grandes da tensão normal nas proximidades de P e da base fixa são exemplos de concentração de tensões. Estas concentrações ocorrem quando são aplicadas cargas, e também nas vizinhanças de orifícios, furos, entalhes, ressaltos, ranhuras e outras modificações de formato que interrompam o fluxo suave de tensões ao longo de um corpo sólido. Figura 219 – Distribuição da tensão normal nas seções Em 1855, o comportamento da deformação específica nas proximidades da aplicação da carga foi analisado pelo matemático francês Barré de Saint-Venant (1797-1886). Ele observou que os efeitos localizados desapareciam a alguma distância dos pontos de aplicação das cargas. Além disso, constatou que o fenômeno não dependia da distribuição da carga aplicada contanto que as forças utilizadas fossem equipolentes (isto é, estaticamente equivalentes). A ideia é conhecida como princípio de Saint- Venant, é muito utilizada em projetos de Engenharia. Tal conceito não depende da distribuição da carga aplicada, à medida que as forças resultantes sejam equivalentes. Para ilustrar a independência, considere a mesma barra anterior sujeita a forças axiais; entretanto, neste momento, a força P está dividida em quatro parcelas iguais, aplicadas na extremidade superior da barra, conforme figura a seguir. 174 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Figura 220 – Barra retangular com uma distribuição de cargas aplicadas diferente, porém equivalente Da mesma forma que o caso anterior, as linhas da malha estão distorcidas nas proximidades das cargas aplicadas, mas elas se tornam uniformes a uma distância moderada em relação ao ponto de aplicação das cargas. As distribuições das tensões normais nas seções a–a, b–b, c–c e d–d serão mostradas a seguir. Na seção a–a, as tensões normais logo abaixo das cargas aplicadas são muito grandes, ao passo que aquelas na parte central da seção transversal são muito pequenas. À medida que a distância em relação às cargas aumenta, as tensões de pico diminuem até as tensões se tornarem basicamente uniformes em d–d, que está localizada a um intervalo igual à largura (w) da barra, abaixo de P. Para resumir, as tensões de pico podem ser várias vezes a tensão média; entretanto, a tensão máxima diminui rápido conforme aumenta a distância até o ponto de aplicação. Em geral, esta observação também é verdadeira para a maioria das concentrações de tensões (como furos, entalhes e ranhuras). Portanto, a distribuição complexa das tensões localizadas que ocorrem nas proximidades de cargas, apoios e outras concentrações não afetará significativamente as tensões em um corpo de seções distantes o bastante delas. Em outras palavras, as tensões e as deformações encontradas causam pouco efeito no comportamento global de um corpo. Figura 221 – Distribuição das tensões normais nas seções 175 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Saiba mais O princípio de Saint-Venant estabelece que tanto a deformação como a tensão, que ocorrem nas regiões de aplicação de carga ou nos apoios, tendem a ajustar-se a uma distância suficientemente grande das regiões. Para mais informações, leia: HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Brasil, 2010. Exemplo de aplicação Determine os diâmetros das colunas A e B da configuração estrutural da figura, de modo que a tensão admissível à compressão de ambas seja 16 MPa. Dados: → Pilar: Seção quadrada com 30 cm de lado 2 adm 100kgf / cmσ = na base do pilar → Viga de concreto armado: Peso específico 3 C 2,5 Tf / mγ = Base (b) = 1 m Altura (h) = 2,6 m → Estrutura metálica: Desprezar o peso próprio. 176 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Figura 222 Resolução: Cálculo das reações de apoio. Carga do pilar central (Pp) Pp Pp Ap σ = 2Pp 100.30= Pp 90000kgf 90Tf= = Peso da viga de concreto armado (Pvig). Observação Dado o peso específico da estrutura, o peso total é calculado pela multiplicação do peso específico pelo volume da estrutura. secPvig c.A .L= γ Pvig 2,5.1.2,6.24= Pvig 156 Tf= 177 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Figura 223 Como a estrutura é simétrica, tem-se: Pp Pvig Ray Rby 2 2 = = + 90 156 Ray Rby 2 2 = = + 90 156 Ray Rby 2 2 = = + Ray Rby 123Tf= = 3 4Ray Rby 123.10 kgf 123.10 N= = = Cálculo dos diâmetros das colunas A e B. adm adm F F A A σ → = σ 4 2 6 123.10 A 0,0768m 16.10 = ≅ 2.d A 4 π= 4.0,0768 d = π 178 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III A/Bd 0,312m 31,3cm= = Exemplo de aplicação A viga de concreto armado é apoiada nas suas extremidades por dois pilares iguais, com seção quadrada de 25 cm de lado. Ela suporta uma parede de alvenaria com 25 cm de espessura e 8 m de altura. A viga tem seção transversal retangular, com 25 cm de base e 50 cm de altura, com 12 m de vão. Calcule a tensão de compressão nos pilares. Dados: → Viga de concreto armado: Peso específico 3 C 2,5 Tf / mγ = → Parede de alvenaria: Peso específico 3 Alv 2,0 Tf / mγ = Figura 224 Cálculo das reações de apoio. secPvig c.A .L= γ Pvig 2,5.0,25.0,5.12= 4Pvig 3,75 Tf 3,75.10 N= = 179 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS secPalv alv.A .L= γ Palv 2.0,25.8.12= 4Palv 48Tf 48.10 N= = Figura 225 Como a estrutura é simétrica, tem-se: Palv Pvig Ray Rby 2 2 = = + 4 448.10 3,75.10 Ray Rby 2 2 = = + Ray Rby 258,75 kN= = Cálculo da tensão de compressão nos pilares: A B F A σ = σ = 4 6 A/B 2 25,875.10 N 8,28.10 0,25.0,25 m σ = = A/B 4,14 MPaσ = Exemplo de aplicação Determine a altura (H) da parede de alvenaria para que a tensão de compressão admissível dos pilares quadrados com 30 cm de lado atinja o valor de 80 kgf/cm2. A viga de concreto armado tem seção transversal retangular com 0,5 m de base e 1,2 m de altura. 180 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III Dados: → Viga de concreto armado: Peso específico 3 C 2,5 Tf / mγ = → Parede de alvenaria: Peso específico 3 Alv 2,0 Tf / mγ = Espessura (e) = 0,5 m Figura 226 Resolução: Cálculo das reações de apoio. secPvig c.A .L= γ Pvig 2,5.0,5.1,2.10= 4Pvig 15 Tf 15.10 N= = secPalv alv.A .L= γ Palv 2.0,5.H.10= 181 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 4Palv 10.H(Tf,m) 10.H.10 (N,m)= = Figura 227 Pvig Palv Ray Rby 2 2 = = + 4 4 410H.10 15.10Ray Rby (5H 7,5).10 2 2 = = + = + Cálculo da altura da parede de alvenaria adm F A σ = 2 5 2 adm 80kgf / cm 80.10 N / mσ = = 4 5 (5H 7,5).1080.10 (0,30.0,30) += 5H 7,5 72+ = 72 7,5 H 5 −= H = 12,9 m 8.1 Deformações sob carregamento axial Através das relações entre tensão e deformação e a lei de Hooke para um elemento sob carregado axial na região elástica, pode-se determinar o alongamento de uma estrutura: F A σ = 182 Re vi sã o: K le be r - D ia gram aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III L Lo ∆ε = E.σ = ε Relacionando as equações, tem-se o seguinte: E.σ = ε F L E. A Lo ∆= F.Lo L A.E ∆ = Se a estrutura for composta de diversas partes com várias seções transversais, e estiver carregada em outros pontos ou for de diferentes materiais, deve-se dividi-la em trechos e utilizar o somatório dos efeitos: i i i ii F .Lo L A .E ∆ = ∑ Exemplo de aplicação A figura a seguir representa duas barras de alumínio soldadas. A carga de tração que atua na estrutura é de 45 kN. A sua seção menor possui 25 mm de diâmetro e comprimento de 1 m, enquanto a maior possui 40 mm de diâmetro e 1,2 m. Desprezando o peso próprio do material, determine para cada seção: a) Tensão normal. b) Deformação longitudinal. c) O alongamento total da estrutura. Dado: Ealumínio: 70 GPa 183 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Figura 228 Resolução: 2.d A 4 π= 2 4 2 1 .0,025 A 4,98.10 m 4 −π= = 2 3 2 2 .0,040 A 1,25.10 m 4 −π= = a) F A σ = 3 1 4 45.10 4,98.10− σ = 1 90,36MPaσ = 3 2 3 45.10 2,51.10− σ = 2 36MPaσ = b) E. E σσ = ε → ε = 184 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III 6 1 9 45,91.10 70.10 ε = 4 1 6,55.10 −ε = 6 2 9 17,92.10 70.10 ε = 4 2 2,56.10 −ε = c) L .Lo∆ = ε 4 1L 6,55.10 .1 −∆ = 4 1L 6,55.10 m 0,655mm −∆ = = 4 2L 2,56.10 .1,2 −∆ = 4 1L 3,07.10 m 0,307mm −∆ = = T 1 2L L L 0,655 0,307∆ = ∆ + ∆ = + TL 0,962mm∆ = Resumo Para encerrar este livro-texto, foram apresentados as características geométricas de figuras planas e o efeito das cargas axiais. O estudo das propriedades geométricas das seções transversais de um elemento estrutural ou de uma máquina é de extrema importância, pois estas características definem sua resistência, estabilidade e rigidez. Foram demonstradas através de exercícios de aplicação os principais aspectos das figuras planas, como momento estático, centro de gravidade, momento de inércia, módulo resistente e raio de giração. 185 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O cálculo da tensão média foi apresentado pelo princípio de Saint- Venant e explorado por atividades. Exercícios Questão 1. (Enade 2014, adaptada) Para o projeto de uma estrutura, um projetista pode considerar algumas situações de carregamento e suporte para uma barra de comprimento L, como mostram as situações 1, 2 e 3. Figura 229 A barra L possui seção retangular, de dimensões b e h, com h>b. Ela pode ser posicionada conforme as situações 4 e 5, ilustradas a seguir. Figura 230 Sabe-se que a melhor combinação de situações de carregamento é aquela em que se tem o menor momento fletor máximo e o maior momento de inércia da seção em relação ao eixo horizontal. Assinale a alternativa que apresenta a melhor combinação de situações. A) 1 e 4. B) 2 e 4. C) 2 e 5. 186 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III D) 3 e 4. E) 3 e 5. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas Para a determinação da situação de menor momento fletor, foram construídos os diagramas de momentos fletores para as três situações propostas no enunciado da questão, que são os apresentados na figura a seguir. (Observe que esses diagramas estão traçados com o sinal invertido) pl2 2 2pL 9 2PL Situação 1 Situação 2 Situação 3 Figura 231 – Diagramas de momentos fletores para as situações propostas na questão A análise dos diagramas da figura anterior mostra que o menor momento fletor máximo ocorre na situação 3. Com relação à posição da seção, é possível observar, pela comparação entre as situações 4 e 5, que o maior momento de inércia ocorre na posição 4, pois h é maior que b. Assim, a combinação de situações que promove a menor tensão é a existente entre as situações 3 e 4. A) Alternativa incorreta. Justificativa: a situação 1 é aquela em que existe o maior momento fletor máximo. B) e C) Alternativas incorretas. Justificativa: a situação 2 não é aquela em que existe o maior momento fletor máximo e, também, não é aquela em que ocorre o menor momento fletor máximo. D) Alternativa correta. Justificativa: a situação 3 é aquela em que existe o menor momento fletor máximo e a situação 4 é a que proporciona o maior momento de inércia. 187 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS E) Alternativa incorreta. Justificativa: embora a situação 3 seja aquela em que existe o menor momento fletor máximo, a situação 5 não proporciona o maior momento fletor. Questão 2. Uma viga metálica foi construída a partir de duas barras obtidas de perfis laminados. Um destes perfis tem a forma de um “U” e o outro a forma de um “I”. A verificação da capacidade de carga desta viga passa pela determinação dos eixos e momentos centrais de inércia da seção obtida. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os momentos centrais de inércia da seção. Figura 232 – Seção obtida Dados: Z Y 76 36 11 Figura 233 Iy= 68900 mm 4 Iz= 8200 mm 4 67 z y CG 10 2 Figura 234 Iy= 2530000 mm 4 Iz= 318000 mm 4 A= 1800 mm² 188 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III A) Iy= 2598900 mm 4 Iz= 326200 mm 4. B) Iy= 326200 mm 4 Iz= 2598900 mm 4. C) Iy= 326200 mm 4 Iz= 4687906 mm 4. D) Iy= 4687906 mm 4 Iz= 326200 mm 4. E) Iy= 68900 mm 4 Iz=8200 mm 4. Resolução desta questão na plataforma. 189 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 HOOK-2309593_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/05/13/13/37/ hook-2309593_960_720.jpg>. Acesso em: 20 set. 2017. Figura 22 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/nexxusq/21546/2.jpg>. Acesso em: 20 set. 2017. Figura 30 PHILPOT, T. A. Mecânica dos materiais: um sistema integrado de ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013, p. 194. Figura 56 FERDINAND, P. B. et al. Estática e mecânica dos materiais. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013, p. 146. Figura 145 MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 19. ed. São Paulo: Érica, 2012, p. 147. Figura 151 MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 19. ed. São Paulo: Érica, 2012, p. 161. Figura 158 MORRIS, D. H.; RILEY, W. F.; STURGES, L. D. Mecânica dos materiais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003, p. 230. Figura 173 FERDINAND, P. B. et al. Estática e mecânica dos materiais. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013, p. 427. Figura 205 PHILPOT, T. A. Mecânica dos materiais: um sistema integrado de ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013, p. 237. 190 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 REFERÊNCIAS Textuais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 6892: Materiais metálicos – Ensaio de Tração. Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente. Rio de Janeiro, 2013. ___. NBR ISO 8309: Alumínio e suas ligas – Rebites, barras e arames para recalque a frio – Determinação da resistência ao cisalhamento. Rio de Janeiro, 2006. FERDINAND, P. B. et al. Estática e mecânica dos materiais. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2013. GARCIA, A.; SPIM, J. A.; SANTOS, C. A. Ensaio dos materiais. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. HIBBELER, R. C. Estática: mecânica para engenharia. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. ___. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Brasil, 2010. MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 19. ed. São Paulo: Érica, 2012. MORRIS, D. H.; RILEY, W. F.; STURGES, L. D. Mecânica dos materiais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. PHILPOT, T. A. Mecânica dos materiais: um sistema integrado de ensino. 2. ed.Rio de Janeiro: LTC, 2013. UGURAL, A.C. Mecânica dos materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2009. EXERCÍCIOS Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2011: Engenharia Grupo III. Questão 30. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/ ENGENHARIA_GRUPO_%20III.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2017. Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2014: Engenharia Mecânica. Questão 29. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2014/19_ engenharia_mecanica.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2017. Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2011: Engenharia Grupo III. Questão 27. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/ ENGENHARIA_GRUPO_%20III.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2017. 191 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2014: Engenharia. Questão 25. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2014/10_ engenharia.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2017. 192 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 8/ 09 /1 7 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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