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Semiologia do Aparelho Reprodutor Masculino

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA 
• Pênis 
• Glande 
• Corpo peniano 
• Raiz peniana 
• Bolsa escrotal 
PÊNIS 
Corpos cavernosos 
• Fibras musculares lisas 
• Matriz extracelular 
colagenosa 
• Rede de células 
endoteliais, artérias e 
terminações nervosas 
Corpo esponjoso 
Inervação somática 
• Fibras sensitivas → 
pênis 
• Fibras motoras → 
músculo esquelético 
(períneo) 
Inervação autonômica 
• Dilatação vascular → ereção 
• Estímulo às secreções prostáticas 
• Músculo liso do ducto deferente → ejaculação 
GENITÁLIA INTERNA 
• Testículos 
• Epidídimos 
• Ductos deferentes 
• Glândulas acessórias 
• Vesículas seminais 
• Próstata 
TESTÍCULOS 
• Inúmeros lóbulos 
constituídos de tubos 
contornados (túbulos 
seminíferos) 
sustentados por tecido 
conectivo; 
• Situados no interior da 
bolsa escrotal; 
• Túnica albugínea 
• Função Testicular: 
Secreção de 
testosterona e espermatogênese 
ESPERMATOGÊNESE 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TESTÍCULOS 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
PRÓSTATA 
Glândula cuja secreção se 
soma ao líquido seminal 
Íntimo contato com o 
colo da bexiga e a 
primeira porção da 
uretra 
 
ANAMNESE 
Avaliar: 
• Puberdade 
• Marco: crescimento testicular 
• Surgimentos dos caracteres sexuais secundários 
• Pilificação, crescimento peniano, voz grossa 
• Fertilidade 
• Tem filhos? 
• Queixas relacionadas ao desempenho sexual 
• Ereções matinais 
• Libido 
EREÇÃO 
• Ejaculação precoce 
• Ejaculação retrógrada 
• Priapismo: ereção persistente, não controlada, 
dolorosa 
• Assimetria testicular 
• Dor testicular 
• Lesões cutâneas 
• Descarga uretral 
SINTOMAS RELACIONADOS A HIPOGONADISMO: 
• Astenia 
• Intolerância ao exercício 
• Perda de massa muscular 
• Depósito de gordura abdominal 
• Rarefação de pelos 
• Redução da libido 
• Perda da ereção matinal 
• Redução da potência sexual 
DEFICIÊNCIA ANDROGÊNICA DO 
ENVELHECIMENTO MASCULINO (DAEM) 
Andropausa – Termo que não deve ser utilizado pois 
fora criado por analogia à menopausa e são situações 
diferentes em diversos aspectos 
O processo de envelhecimento masculino pode levar à 
redução da produção de testosterona, não é regra! 
Muitos homens seguem com valores de testosterona 
dentro da normalidade (apesar de mais baixos que 
quando jovens) e assintomáticos! 
QUESTIONÁRIO SOBRE SINTOMAS URINÁRIOS 
• Força do jato urinário 
• Esforço miccional 
• Polaciúria 
• Resíduo vesical 
EXAME FÍSICO DO APARELHO REPRODUTOR 
MASCULINO 
O exame físico dos órgãos genitais masculinos externos 
é realizado por inspeção e palpação, devendo o 
paciente ficar em decúbito dorsal ou de pé. 
Os órgãos genitais internos são examinados pelo toque 
retal. O exame deve incluir sempre a inspeção e a 
palpação das regiões inguinais, porque aí se encontram 
os linfonodos que drenam os vasos linfáticos das redes 
pélvica e perineal. 
A inspeção da genitália masculina deve ser antecedida 
de uma avaliação geral do corpo, porque inúmeras 
afecções sistêmicas, principalmente endócrinas, 
repercutem na genitália, produzindo alterações 
morfológicas facilmente visíveis. 
➢ Exame do pênis 
➢ Exame da bolsa escrotal/testículos 
➢ Toque retal 
EXAME FÍSICO 
• Respeitar a privacidade do paciente 
• Evitar a exposição do corpo desnecessária 
• Manter a postura gentil e profissional 
• Antes da inspeção, pedir a permissão do paciente e 
respeitar a sua decisão 
• Paciente Em Pé ou Decúbito Dorsal 
• Explicar ao paciente 
• Luvas 
• Tranquilizar quanto a possibilidade de ereção 
INSPEÇÃO DO PÊNIS 
PELE 
Observar a presença de: 
➢ Lesão 
➢ Inflamação 
➢ Secreção 
➢ Úlceras 
• Comprimir a glande suavemente para avaliar a 
presença de secreções 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
• Localização do meato urinário 
 INSPEÇÃO DO PÊNIS 
• Balanite: Inflamação da glande 
• Balanopostite: Inflamação da glande e prepúcio 
• Cancro Sifilítico: úlcera vermelha-escura e indolor 
sobre base endurecida + adenomegalia inguinal 
indolor 
• Herpes Genital: Pequenas vesículas, acompanhadas 
por úlceras rasas, dolorosas, não endurecidas com 
base vermelha 
• Condiloma Venéreo: Verrugas, úmidas com odor 
fétido 
 
PREPÚCIO 
• Retrair – observar inflamação, lesões. → única 
maneira de obter uma boa visualização da glande e 
do sulco balanoprepucial, expondo-se, dessa 
maneira, lesões que poderiam passar 
despercebidas (lesões ulceradas, neoplasias, 
balanopostites, condilomas). 
• Observar a presença de esmegma, fimose ou 
parafimose. 
• Fimose: redução do diâmetro prepucial 
impossibilitando a exteriorização da glande 
• Parafimose: edema e inflamação impedem o 
prepúcio de recobrir a glande. 
FIMOSE 
 
 
PARAFIMOSE 
 
MEATO URETRAL (TOPOGRAFIA) 
• Normal 
• Epispádia: meato urinário na região dorsal 
(superior) da glande 
• Hipospádia: meato urinário na face ventral 
(inferior) da glande 
 
É importante investigar o diâmetro, o aspecto e a 
posição do meato uretral externo → diâmetro 
normal: 8 mm 
Para verificar se o meato tem calibre adequado, é 
necessário fazer uma compressão anteroposterior da 
glande, tomando-a entre os dedos indicador e polegar. 
Com essa manobra, os lábios meatais se afastam, 
possibilitando boa visualização do orifício. 
PALPAÇÃO DO PÊNIS 
• Observar sensibilidade e consistência 
• Endurecimento na superfície ventral: estenose 
uretral ou carcinoma 
• Hipersensibilidade: inflamação 
EXAME FÍSICO DA BOLSA ESCROTAL 
Em condições normais, o testículo esquerdo situa-se 
mais baixo que o direito. Ao contrário, no situs inversus 
ou transposição visceral, o testículo direito se 
posiciona abaixo do esquerdo. 
• Inspeção: Simetria, presença e tamanho dos 
testículos, lesão, edema, rubor, vascularização, 
cicatrizes. 
• Palpação: Bolsa escrotal, testículos e epidídimo 
Palpa-se um dos testículos, comparando-o com o do 
lado oposto, avaliando a consistência, o formato, os 
contornos e o tamanho, tendo sempre em mente a 
relação dos testículos com a túnica vaginal que os 
reveste anteriormente. 
Em seguida, palpam-se os epidídimos, situados acima e 
posteriormente aos testículos, procurando-se 
reconhecer as partes que os constituem: cabeça, corpo 
e cauda. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
Depois, palpam-se os cordões espermáticos até o anel 
inguinal externo; por fim, procura-se determinar a 
existência de hérnia inguinal. Nesta fase do exame, 
pede-se ao paciente que contraia a musculatura 
abdominal soprando contra o dorso da mão (manobra 
de Valsalva) ou que tussa repetidas vezes. O exame é 
concluído com a pesquisa do reflexo cremastérico. 
• Observar presença de tumor, varicocele. 
• *Nódulo indolor no testículo – Pode ser Ca 
Sensibilidade/dor 
• Criptorquidia: ausência de um ou dos dois 
testículos na bolsa escrotal. 
• Hidrocele: acúmulo excessivo de líquido na túnica 
do testículo. 
• Orquialgia: dor nos testículos 
• Orquiocele: hérnia escrotal. 
• Orquite: Infamação do testículo 
• Varicocele: dilatação anormal do plexo venoso 
escrotal. 
Diante de aumento do volume da bolsa escrotal: 
Transiluminação 
➢ Se ilumina com brilho avermelhado → hidrocele 
➢ Se não ilumina → TU ou hérnia 
➢ Se massa for redutível → provável hérnia 
➢ Se ruídos intestinais → provável hérnia 
TOQUE RETAL PROSTÁTICO 
• Permite avaliar 
volume 
• Estimar peso da 
próstata 
• Nodulações 
• Dor/Desconforto 
• Prostatite 
• Coleta de secreção 
prostática 
As posições do paciente para este exame são as 
seguintes: 
• Posição de Sims ou lateral esquerda, mantendose o 
membro inferior em semiextensão e o superiorflexionado 
• Posição genupeitoral: é a mais adequada, preferida 
pela maioria dos examinadores 
• Posição de decúbito supino, na qual o paciente fica 
semissentado com as pernas flexionadas. O 
examinador passa o antebraço por baixo da coxa do 
paciente; esta posição é indicada em especial nos 
enfermos em condições gerais precárias. 
• Deve-se usar luva descartável e gel lubrificante. 
Antes do exame, solicita-se ao paciente urinar, 
esvaziando a bexiga o máximo que puder. Se 
possível, o médico observa o jato urinário. 
• Logo em seguida, palpa-se e percute-se a bexiga 
para verificar se existe urina residual aumentada. 
• Antes de realizar o toque retal, é necessário 
inspecionar cuidadosamente a região anoperineal, 
examinando-se a pele em volta do ânus em busca 
de sinais inflamatórios, alterações provocadas pelo 
ato de coçar, fissuras, pertuitos fistulosos, 
condilomas e abscessos. 
Podem ser diagnosticadas pelo toque retal: fissura 
anal, fístula anorretal, cisto e fístula pilonidal, 
hemorroidas internas, relaxamento esfincteriano 
(senilidade, tabes dorsalis, lesões medulares), 
estenoses retais (congênita, linfogranulomatosa, 
inguinal, senil), abscesso anorretal, pólipos, neoplasias 
benignas, neoplasias malignas, ânus imperfurado, 
extensão de neoplasias malignas da uretra 
bulbomembranosa, enfermidades prostáticas, 
enfermidades das vesículas seminais e enfermidades 
das glândulas de Cowper. 
HIPOGONADISMO 
Definição: Síndrome clínica que resulta da 
incapacidade de produzir concentrações fisiológicas de 
testosterona, quantidade suficiente de 
espermatozoides ou ambas 
QUADRO CLÍNICO 
• Início pré-puberal: Volume testicular reduzido/ 
escroto hipopigmentado/ sem rugas 
• Micropênis 
• Criptorquidismo 
• Anosmia (Kallmann) 
• Proporções eunucoides 
• Reduzida pilificação corporal 
• Voz aguda 
• Diminuição da libido e disfunção erétil 
• Reduzida massa óssea e muscular 
Início pós-puberal: 
• Diminuição da libido e disfunção erétil 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
• Diminuição das ereções espontâneas 
• Diminuição de volume testicular 
• Fogachos Reduzida massa óssea e muscular 
Diminuição da pilificação axilar e pubiana 
• Redução da frequência de barbear-se 
• Diminuição da energia e motivação 
ETIOLOGIA 
Primário/ Hipergonadotrífico 
➢ Testicular 
Secundário/ Hipogonadotrófico 
➢ Central 
 
DISFUNÇÃO ERÉTIL 
Incapacidade de ter ou manter ereção suficiente para 
uma relação sexual satisfatória. 
Etiologia: 
➢ Orgânica 
➢ Psicogênica 
➢ Mista 
Orgânica 
➢ Arterial 
➢ Neurogênica 
➢ Endócrina 
➢ Tecidual 
➢ Medicamentosa 
 
Psicogênica 
• Estresse emocional 
• Coerção sexual 
• Problemas de relacionamento (conflitos 
conjugais e separações) 
• Problemas com emprego e financeiros 
• Depressão e insatisfação com a vida 
DOENÇAS DA PRÓSTATA 
Hiperplasia Prostática Benigna 
(HPB) 
• Aumento do volume prostático 
• Associada a sintomas 
significativos do trato urinário 
inferior (LUTS), 
• Impacto na qualidade de vida, 
atividades diárias e padrão de sono 
• Diário miccional 
• Manejo a depender da gravidade e impacto dos 
sintomas 
Observar: 
Medicamentoso 
Cirurgia 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
2ª causa de câncer mais comum em homens 
Fatores de risco: 
• Idade 
• Etnia 
• Predisposição genética 
SINTOMAS 
• Estágio avançado (LUTS → conjunto de sintomas 
relacionados ao controle da urina, como a 
necessidade de urinar frequentemente, acordar à 
noite para urinar, urinar com jato fraco e ficar com 
a sensação de não ter esvaziado completamente a 
bexiga após a micção) 
• Rastreamento 
• Discussão/individualizar 
➢ Dosagem de PSA (antígeno prostático específico) 
➢ USG transretal + Biópsia 
➢ TC ou RNM 
➢ Cintilografia óssea: metástases ósseas 
 
Referências: 
• BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 13ª ed. Guanabara 
Koogan, 2022. 
• Fisiologia Endócrina - Lange. Molina, PE. McGrawHill, 2007. 
• Endocrinologia Clínica 6ª edição , 2016 Vilar, Lúcio 
• NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: 
Elsevier, 2019. 
• PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019

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