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Reabilitação após a Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

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ETIOLOGIA: 
Número alto de casos de pessoas que rompem o LCA. 
Praticantes de atividade esportiva (são + acometidos) como basquete, futebol, futsal... (esportes que envolvem 
movimento de pivô). 
⅔ desses atletas não conseguem retornar ao esporte de alto nível dentro de 12 meses. 
20% ainda sobre uma ruptura dentro dos primeiros anos, e acabam lesionando o enxerto. 
É + predominante em mulheres do que em homens (devido a frouxidão ligamentar e ao joelho em valgo). 
LCA: 
Uma das funções principais do LCA é evitar a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. 
É dividido em duas partes: Postero-lateral e Antero-medial. 
Tem origem na região do côndilo lateral do fêmur, ele sai da região posterior do fêmur e se insere na região anterior 
da tíbia, é por isso que ele evita a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. 
Todas as forças que provoquem uma anteriorização da tíbia, podem levar a ruptura deste ligamento. 
Fica próximo ao menisco lateral, por isso é comum ter lesões meniscais em conjunto. 
LESÕES ASSOCIADAS: 
Na grande maioria das vezes as lesões de LCA, vem acompanhada de lesões associadas como: 
Lesão de menisco, Lesões de outros ligamentos (colateral medial, colateral lateral) e lesões condrais (lesão de 
cartilagem do fêmur e da tíbia). 
SEMPRE QUE OUVER A LESÃO DE TRÊS ESTRUTURAS EM CONJUNTO O PACIENTE TEM A TRIADE TERRÍVEL: 
 
TRIADE TERRÍVEL/TRIADE INFELIZ DO JOELHO: Ruptura do Ligamento Cruzado Anterior, Lesão no Ligamento 
Colateral Medial e uma Lesão do Menisco Medial. 
 
A LESÃO NO MENISCO MEDIAL É QUE VAI DEFINIR SE ESSA TRIADE É CHAMADA DE TRIADE TERRIVEL OU TRIADE 
DE SHELBOURNE. NA TRIADE DE SHELBOURNE A LESÃO É NO MENISCO LATERAL. 
 
TRIADE DE SHELBOURNE: Ruptura do Ligamento Cruzado Anterior, Lesão no Ligamento Colateral Medial e uma 
Lesão no Menisco Lateral. 
 
Paciente que não rompe o ligamento, mas lesiona o menisco pode ser submetido a Meniscectomia: 
MENISCECTOMIA – RETIRADA DO MENISCO. 
Meniscectomia Parcial: Retirada só aonde tem a lesão. 
Meniscectomia Total: Retirada total do menisco. 
É um tipo de cirurgia muito tranquilo de reabilitar. 
Pós operatório tranquilo. 
Reabilitação rápida. 
O paciente pode pegar peso, sai andando do hospital. 
Pode realizar flexão e extensão normalmente. 
MENISCOS: 
4 meniscos sendo 2 em cada joelho. 
Menisco Lateral e Menisco Medial. 
 
 
 
 
 
 
 
Menisco Medial: 
Mais fixo (mobilidade reduzida). 
Possui formato de C (+ largo). 
+ lesionado por ser mais fixo. 
Menisco Lateral: 
Possui formato de O. 
+ móvel. 
- lesionado comparado ao menisco medial. 
Os meniscos são divididos em região anterior e posterior/zona anterior e zona superior/corno anterior e corno 
posterior. 
Lesões em Hiperextensão de Joelho: Gera uma sobrecarga no corno anterior. 
Dica clínica: O paciente não tem dor para fazer a flexão, mas sente dor na extensão, a lesão é no corno anterior. 
A fisioterapia (laser, ultrassom, etc) são feitos na frente do joelho. 
Lesões em Flexão de Joelho: Gera uma sobrecarga no corno posterior. 
Dica clínica: O paciente não tem dor para fazer extensão, mas sente dor na flexão, a lesão é no corno posterior. 
A fisioterapia (laser, ultrassom, etc) são feitos na parte de trás do joelho. 
Zonas Vasculares do Menisco: 
Zona Vermelha: É a região periférica (externa) do menisco – tem muito vaso sanguíneo, é muito vascularizada. 
Zona Branca: É a região interna do menisco – é uma zona avascular. 
Lesões na zona vermelha cicatrizam, por isso tem maior indicação de tratamento conservador. 
Lesões na zona branca não cicatrizam, por isso tem maior indicação de cirurgia. 
Todo joelho valgo pode provocar lesão de menisco lateral. 
Todo joelho varo pode provocar lesão de menisco medial. 
Sutura do Menisco: É indicada quando a lesão é na zona vermelha do menisco (+ indicada para pacientes jovens). 
 
O paciente NÃO PODE ter descarga de peso nas primeiras 8 semanas. 
O paciente fica 4 semanas sem realizar flexão de joelho acima de 90º. 
MECANISMO DE LESÃO DO LCA: 
Trauma direto (acidentes automobilísticos). 
Tudo que gera uma anteriorização da tíbia. 
Fraqueza dos isquiotibiais. 
TRAUMA POSTEIOR DA TÍBIA ROMPE O LCA. 
TRAUMA ANTERIOR DA TÍBIA ROMPE O LCP. 
TRAUMA LATERAL GERA UM VALGO DE JOELHO LESÃO DO LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL OU LESÃO DE 
MENISCO LATERAL. 
AVALIAÇÃO DE PACIENTE COM LESÃO NO LCA: 
História Clínica: Esporte praticado, mecanismo do trauma... 
Paciente teve uma entorse do joelho em valgo e essa entorse teve um estralo 99% de chance dele ter rompido 
o LCA. 
Exame Físico: Amplitude de movimento, força muscular, grau de funcionalidade e os testes ortopédicos. 
Exames Complementares: Exame de Imagem, Ressonância (padrão ouro). 
TESTES PARA CONFIRMAR RUPTURA DO LCA: Gaveta Anterior, Teste de Lachmann Anterior e Pivot Shift. 
TESTES PARA CONFIRMAR RUPTURA DE LCP: Gaveta Posterior, Teste de Lachmann Posterior e Teste de Godfrey. 
TESTES PARA CONFIRMAR RUPTURA DE LCM: Estresse em Valgo. 
TESTES PARA CONFIRMAR RUPTURA DE LCL: Estresse em Varo. 
TESTES PARA MENISCOS: Teste de Apley de Compressão, Teste de Mcmurray e Teste Thessaly. 
OPERA OU NÃO OPERA? 
ATLETA ROMPEU, OPERA NO DIA SEGUINTE. 
NÃO ATLETAS: 
Rompeu o LCA, e tem instabilidade no joelho (sente o joelho falsear): precisa operar. (NO COPER) 
Rompeu o LCA, e tem estabilidade no joelho e consegue fazer as atividades normalmente: não precisa operar. 
(COPER) 
TRATAMENTO CONSERVADOR: 1 ANO. 
OPERANDO: 9 MESES PARADO. 
TRATAMENTO NO PÓS OPERATÓRIO: 
A fisioterapia pré operatória é MUITO importante. 
FISIOTERAPIA JÁ NA ENFERMARIA: 
O membro inferior do paciente não pode ficar em flexão, ele precisa ficar já em extensão. 
ADM de extensão (zero). 
Ativar o quadríceps com eletroestimulação (FES). 
Isometria do quadríceps. 
Ensinar o paciente a realizar exercícios metabólicos (drenagem linfática, etc). 
Orientar o paciente quanto a todos os cuidados necessários para que ele mantenha em casa. 
FISIOTERAPIA NA CLÍNICA: 
CRIOTERAPIA. 
ELETROESTIMULAÇÃO. 
EXERCÍCIOS. 
TREINO DE MARCHA COM MULETA. 
NÃO TEM PROBLEMA TER DESCARGA DE PESO NESSA PERNA, NESTE CASO A MULETA SERVE PARA AUXILIAR O 
PACIENTE. 
Quando que eu posso retirar a muleta do paciente? 
Para RETIRAR A MULETA o paciente precisa dar sinal positivo para esses 4 critérios: 
Pouca dor e edema. 
Confiança. 
Controle de quadríceps (sinal de LAG). 
30 segundos em apoio unipodal. 
SINAL DE LAG – Precisa ser evitado na fisio no P.O. 
Quando o paciente realiza elevação do membro inferior de forma fletida (isso sobrecarrega o enxerto) o paciente 
precisa fazer essa elevação com o joelho trava em extensão. COMPLETAMENTE EXTENDIDO. 
ADM: 
1 Semana (0 a 90º graus). 
2 Semana (0 a 100º graus). 
3 Semana (0 a 110º graus). 
4 Semana (0 a 120º livre graus). 
CRITERIOS DE ALTA: 
Hop Test. 
Força Muscular. 
Pilometria 1 mês (sem dor).

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