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7 Mecanismo de parto

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1 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
Mecanismo de parto 
O QUE SÃO MECANISMOS DE PARTO 
 São movimentos exercidos pelo feto, a partir das 
contrações uterinas, ao transitar pelo canal de parto, 
permitindo sua adaptação às dificuldades do trajeto. 
 Assim, a progressão do trabalho de parto é mais ou 
menos facilitada, de acordo com a relação entre as 
características de forma e tamanho da pelve materna 
e as do produto conceptual. 
 Feto é o móvel/objeto que percorre o trajeto (BACIA) 
impulsionado pelo motor (CONTRAÇÃO). 
RELAÇÕES ÚTERO-FETAL 
ATITUDE FETAL 
 É a relação das diversas partes fetais entre si. Depende 
da posição dos membros e da coluna vertebral. 
 A atitude mais comum é a de flexão generalizada, na 
qual o feto se apresenta com a coluna vertebral 
ligeiramente curva, com concavidade para face 
anterior, membros flexionados e anteriorizados. 
 Ausência de flexão fetal (deflexão) pode ser indicativo 
de sofrimento fetal. 
 
SITUAÇÃO FETAL 
 É a relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o 
maior eixo fetal. 
 Pode ser dividido em: 
1. Longitudinal; 
2. Transverso; 
3. Oblíquo. 
 
APRESENTAÇÃO FETAL 
 É a região fetal que ocupa o estreito superior da bacia 
materna ou que está mais próximo a ele. 
OBS.: o estreito superior corresponde à tampa da pelve, 
sendo delimitado pelo promontório, sínfise púbica e as 
linhas inominadas. 
 Dividido de acordo com a situação fetal. 
 Cefálica, pélvica, córmica. 
1. Em situação longitudinal: 
a. Apresentação cefálica: quando o polo cefálico 
ocupa a região inferior do útero. 
b. Apresentação pélvica: Nádegas fetais ocupam a 
região inferior do útero. 
 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA 
 Cefálica fletida: quando o mento está encostado no 
esterno. Observa pela vagina o occipital. 
 Cefálica defletida: quando a cabeça está em extensão, 
com mento longe do esterno (bebê olha para a luz da 
vagina). Mais dificuldade para nascer. Se divide em: 
a. Defletida de I grau: fontanela bregmática/anterior 
no estrito superior (fontanela para a luz da 
vagina). 
b. Defletida de II grau: quando a fronte se encontra 
no estreito superior. 
 
2 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
c. Defletida de III grau: quando a face se encontra no 
estreito superior. 
 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA 
 Bebê sentado. 
 Pélvica completa: quando as coxas estão fletidas e 
aconchegadas no abdome. 
 
 Pelve incompleta: qualquer atitude assumida pelos 
membros inferiores do feto. Divide-se em: 
a. Modo nádegas: membros inferiores estirados e 
rebatidos de encontro a parede abdominal fetal. 
b. Modo joelhos e pés: quando os joelhos ou pés se 
encontram na parte inferior do útero. 
 
2. Em situação transversa: 
a. Córmica/ombro: quando o ombro ocupa a 
região inferior do útero, e se divide em: córmica 
com dorso anterior e córmica com dorso 
posterior. 
 
 Em situação transversa: 
o Procidência: ocorre quando uma parte fetal menor 
se antepõe a apresentação durante o trabalho de 
parto, ocupando a vagina e até mesmo a vulva, 
tendo bolsa rota (ou seja, rompida). 
o Procúbito: quando uma parte menor se antepõe a 
apresentação durante o trabalho de parto, 
ocupando a vagina e vulva, porém com bolsa 
integra. 
 
POSIÇÃO FETAL 
 Relação do dorso fetal com o lado materno. 
 É definida pelo lado materno ao que se projeta o dorso 
fetal, podendo o feto estar à direita ou à esquerda da 
mãe, ou anterior à mãe. 
 
3 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
 
VARIEDADE DE POSIÇÃO 
 Variação da apresentação cefálica. 
 É a relação entre o ponto de referência ósseo da 
apresentação fetal, com um ponto de referência 
ósseo da bacia materna, levando em consideração as 
faces anterior, posterior e lateral da gestante. 
 Para classificar a posição do feto, é importante 
entender a anatomia da cabeça fetal e quais são os 
pontos de referência. 
PONTOS DE REFERÊNCIA FETAL 
 
 
 É importante saber a localização de alguns pontos: o 
occipício, a fontanela posterior (lambda), a sutura 
sagital e a fontanela anterior (bregma). 
 Fontanelas: 
o Bregmática: ou anterior 
ou grande fontanela ou 
bregma. Apresenta 3 cm 
de diâmetro, sendo um 
ponto de referência na 
posição fetal. Apresenta 
forma de losango e não 
desaparece pós-parto. 
o Lambdóide: posterior ou 
pequena fontanela: tem 
formato triangular e 
deforma-se no parto. 
 Pensando em estática fetal, deve-se ter em mente 
que, de acordo com a situação e apresentação fetal, 
tem-se linhas de orientação e pontos de referência 
distintos. 
 
 
 
4 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
 
VARIEDADE DA POSIÇÃO MATERNA 
 Existem ponto de referência materno, localizado na 
pelve da mulher. 
 Pontos de referência: 
1. Pube; 
2. Eminência íleopectínea; 
3. Extremidade do diâmetro transverso; 
4. Sinostose sacroilíaca; 
5. Sacro. 
 
INTERPRETAÇÃO DE VARIEDADE DE POSIÇÃO 
 A variedade de posição corresponde a relação que 
existe entre os pontos de referência do polo fetal com 
os pontos de referência da bacia materna. 
 Para demonstrar tais variedades, são utilizadas letras: 
1. Primeira letra: representa o ponto de referência 
fetal. Pode ser: O (occipício, lambda), B (bregma), 
N (naso/glabela  quando vê a face), M (mento), 
S (sacro), A (acrômio). 
2. Segunda letra: apresenta o lado materno, o qual 
está voltado para o ponto de referência fetal, ou 
seja direita (D) ou esquerda (E). 
3. Terceira letra: representa o ponto de referência 
ósseo da bacia materna. Pode ser: A (anterior  
eminência ileopectínea), T (transverso  
diâmetro transverso), P (posterior ou pube  
sinosteose sacro-ilíaca) e S (sacro). 
OBS.: a letra P pode ser usada tanto para se referir ao púbis, 
que é uma estrutura ventral, ou seja, anterior, quando para 
se referir à região mais posterior. Um exemplo disso é: se 
há uma variedade de posição OP, isso significa que o 
Occipício do feto está no Púbis materno; se eu tenho uma 
variedade de posição OEP, isso significa que o Occipício do 
feto está próximo a parte Posterior (sacro) porém 
lateralizado à esquerda. 
 OP 
 
 
OBS.: Feto nasce de forma mais fácil em occipito púbico ou 
occipito sacro em apresentação cefálica. 
 
5 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
 
OP: occipito-púbica; 
OEA: occipito-esquerda-anterior; 
OET: occipito-esquerda-transversa; 
OEP: occipito-esquerda-posterior; 
OS: occipito-sacra; 
ODP: occipito-direita-posterior; 
ODT: occipito-direita-transversa; 
ODA: occipito-direita-anterior. 
 
 
Na figura anterior: Naso, direita, posterior  NDP. 
TEMPOS DO MECANISMO DE PARTO 
 O feto realiza uma série de movimentos que, 
estimulados pelas contrações uterinas, auxiliam na 
hora do parto, para que ele saia do útero e atravesse 
o canal do parto, chegando ao meio externo. 
 A divisão em tempos é feita para fins didáticos, 
todavia todos os mecanismos de parto ocorrem 
juntos, sem divisão de ordem. 
 Tempos: 
o Insinuação (flexão, acavalgamento, acicletismo); 
o Descida; 
o Rotação interna; 
o Deflexão e desprendimento cefálico; 
o Rotação externa; 
o Desprendimento da cintura escapular e resto do 
corpo. 
 
 
6 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
INSINUAÇÃO 
 Cabeça no estreito superior da pelve menor. À nível 
da espinha isquiática (plano 0 de De Lee). 
 A insinuação é a passagem do maior diâmetro da 
apresentação fetal através do estreito superior. 
 
 Nessas condições, está o ponto mais baixo da 
apresentação à altura das espinhas isquiáticas (plano 
“0” de De Lee). 
 Nas apresentações cefálicas, este maior diâmetro é 
biparietal. 
 Nas apresentações pélvicas, o maior diâmetro é 
bitrocantérico. 
 Para que o bebê fique insinuado, é necessário que 
ocorra FLEXÃO DA CABEÇA , ou seja, aproximação do 
mento ao esterno, ACAVALGAMENTO DAS SUTURAS 
E ASSINCLITISMO. 
1. Flexão: 
 Flexão cefálica antero posterior resultante da 
pressão axial da contração uterina sobre o feto. 
2. Acavalgamento: Fenômeno que reduz as dimensões do polo 
cefálico. 
 Frontal e occipital se locam por baixo dos 
parietais. 
 Borda interna dos parietais se sobrepõe a outra. 
 Mecanismo que torna possível bipartir as 
metades parietais, para imprimi-las em direção ao 
canal de parto. 
 Ocorre para que haja redução das dimensões da 
cabeça óssea fetal. 
 
3. Assincletismo: 
 Movimentos de flexão lateral da cabeça. 
 Um osso parietal atravessa o estreito superior 
antes do outro. 
 Ocorre devido ao volume grande da cabeça fetal 
e à dificuldade de passagem, fazendo com que a 
cabeça se movimente, oferecendo uma das 
metades de cada vez. 
 
DESCIDA 
 É a passagem do polo cefálico do estreito superior para 
o estreito inferior da pelve materna. 
 Tempo que se inicia com o trabalho de parto e 
termina com a expulsão fetal. 
 Sincrônico com o 1º e 3º tempo. 
 Movimento de espira descendente da cabeça fetal. 
 Orientação do diâmetro antero-posterior da cabeça 
com o ântero-posterior da bacia. 
 Gráfico da descida: planos de De Lee. 
 
7 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
 
o Plano 0 de DeLee: a nível das espinhas esquiáticas 
da pelve. Diâmetro mais difícil de passar, onde faz 
o assincletismo. 
o Plano + 5: período expulsivo. 
ROTAÇÃO INTERNA 
 A rotação interna trás o ponto de referência fetal para 
junto do púbis materno. 
 A cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal 
(lambda) voltado para o pube ou sacro, qualquer que 
seja a variedade de posição. 
 A cabeça descreve um arco de círculo e o grau de 
rotação varia de acordo com a variedade de posição. 
o Nas variedades anteriores: 45° (OEA e ODA); 
o Nas variedades transversais: 90° (OET ou ODT); 
o Nas variedades posteriores: 135° (OEP ou ODP). 
 Em variedade direita: sentido horário. 
 Em variedade esquerda: sentido anti-horário. 
 Roda para colocar occipicio no pube e fazer hipomólio. 
 
 Quando excepcionalmente a cabeça roda para trás, 
diz-se rotação sacra ou posterior. 
INSINUAÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR 
 Paralelamente com a rotação interna da cabeça e com 
a progressão pelo canal, ocorre a penetração das 
escápulas no estreito superior da bacia. 
 O diâmetro entre os dois acrômios é incompatível 
com o diâmetro do estreito superior, porém durante 
o período expulsivo, os ombros se aconchegam 
devido à constrição do canal, orientando-se no 
sentido oblíquo ou transverso do estreito. 
 Redução do diâmetro da cintura escapular por meio 
do aconchego dos ombros. 
 Progride em espiral juntamente com o polo cefálico. 
 O dorso fetal mantém-se a 45° da linha de orientação. 
DESPRENDIMENTO CEFÁLICO 
 Locação do suboccipicio no subpubis materno. 
 A cabeça desce e o suboccipício, situado abaixo do 
lambda, coloca-se sob a borda inferior da sínfise púbica 
(mecanismo denominado hipomóclio  uma espécie 
de alavanca). 
 Ocorre, então, um movimento de deflexão da cabeça 
fetal para sua expulsão e uma retropulsão coccígea (a 
fronte do bebê rechaça o cóccix, causando um 
aumento do diâmetro anteroposterior). 
 
ROTAÇÃO EXTERNA 
 Fora da genitália, a cabeça faz um movimento 
retornando o occipital para onde ele se encontrava na 
insinuação (geralmente lambda). Simultaneamente, 
ocorre rotação interna das espáduas (ombro). Esse 
processo é chamado de restituição ou rotação externa 
da cabeça. 
 Movimento de restituição da cabeça (espontâneo). 
 Retorno do occipício fetal ao lado que se encontrava 
antes da rotação interna. 
 Rotação interna das espáduas. 
 A cintura escapular ocupa o diâmetro antero-
posterior da bacia. 
 
8 FPM V Ginecologia e obstetrícia 
 A finalidade do movimento de restituição é de 
posicionar o diâmetro biacromial (fetal) coincidindo 
com o diâmetro do EI (materno). 
 OBS.: Rotação externa: depois que a cabeça sai, 
rotação lateral, roda para mesmo lado que insinua. 
 
DESPRENDIMENTO DA CINTURA ESCAPULAR 
 Apoio do ombro anterior no subpubis. 
 Movimento de flexão lateral do tronco. 
 Desprendimento do ombro anterior. 
 Movimento de flexão desprende ombro posterior. 
 Restante do feto sem resistência. 
 As espáduas se desprendem quando o ombro anterior 
transpõe a arcada pélvica, e o posterior acompanha o 
tronco quando este faz flexão lateral, progredindo até 
a saída.

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