Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VÍRUS RESPIRATÓRIOS PARAINFLUENZA RNA de fita simples, envelopado, pleomórfico, 5 sorotipos: 1,2,3,4ª e 4b. Não há antígeno de grupo comum. Relacionado ao sarampo. Sintomas Crupe (laringotraqueobronquite) – manifestação mais comum das infecções por vírus parainfluenza vírus. Entretanto outros podem causar crupe, como influenza e RSV. Outras condições causadas por parainfluenza: bronquite, pneumonia, resfriados. Diagnostico Laboratoriais Detecção de antígeno – diagnostico rápido: aspirados nasofaríngeos e lavados de garganta. Isolamento viral vírus isolado com facilidade de aspirados nasofaríngeos e lavados de garganta. Sorologia – um diagnóstico retrospectivo pode ser feito por sorologia. PCR. VÍRUS RESPIRATÓRIOS ADENOVÍRUS Icosaédricos, não envelopados, DNA dupla fita linear potencial oncogênico. Generos: mastadenovírus (mamíferos), aviadenovírus (aves). Infecção respiratória aguda, faringite, conjuntivite, febre faringoconjuntival, pneumonia em crianças, adenite mesentérica, queratoconjuntivite epidêmica, meningoencefalite, cistite hemorrágica. Grande grupo com cerca de 50 sorotipos, numerosas variantes e intermediários, divididos em 6 espécies e subespécies de acordo com: homologia do ácido nucleico, características da fibra do penton e propriedades bioquímicas e biológicas. Diagnóstico Rápido: imunofluorescência direta. Isolamento viral em cultivos celulares. PCR em busca do DNA viral em secreções. Tipagem/subtipagem: somente em laboratórios especializados. Prevenção/Tratamento Uma vacina contra adenovírus é aplicada em recrutas nos EUA, contendo vírus vivo em cápsulas para absorção entérica. Não há terapia antiviral específica. VÍRUS RESPIRATÓRIOS ENTEROVÍRUS São picornavirus que se multiplicam no intestino, ao contrario dos rinovírus, são estáveis em pH ácido. Capsídeos tem 60 copias cada de quatro proteinas, VP1, VP2, VP3 e VP4. Simetria icosaédrica, RNA positivo. Pelo menos 71 tipos de vírus são conhecidos divididos em 5 grupos: poliovirus, coxsackie A e B, echovirus e enterovírus. Coxsackievírus grupo B tipos 1 a 6 Pleurodinia (1 a 5), meningite asséptica (1 a 6), paralisia (2 a 5), infecção sistêmica severa em infantes, meningoencefalite e miocardite, pericardite, miocardite (1 a 5), doenças respiratórias do trato superior e pneumonia (4 e 5), eritema e hepatite (5), doença febril indiferenciada (1 a 6), síndrome de fadiga pós viral. Echovírus tipos 1 a 34 Meningite asséptica, paralisia, encefalite, ataxia ou síndrome de Guillain-Barré, exantema, doença respiratória, diarreia, mialgia epidêmica, pericardite e miocardite, distúrbios hepáticos. Enterovirus tipos 68 a 71 Pneumonia e bronquiolite (68), conjuntivite hemorrágica aguda (70), paralisia (70 e 71), doença vesicular dos pes e das mãos (71). Vírus da Poliomelite 3 sorotipos de vírus da pólio, mas sem antígenos comuns. Tem propriedades físicas idênticas mas somente homologia de nucleotídeos de 36-52%. Humanas são os únicos hospodeiras suscetíveis, distribuição global. A vacina erradicou a pólio em quase todo o mundo exceto na África e no subcontinente indiano. Patogenia Período de incubação de 7 a 14 dias. Após a ingestão, o vírus se multiplica na mucosa do orofaringe e intestino. O sistema linfático, em particular as amidalas e placas de Peyer no íleo, Vírus Respiratórios 2 III2 Diagnóstico Molecular das Doenças Infecciosas são invadidos e o vírus penetra no sangue causando viremia passageira. Em uma minoria de casos, o vírus pode atingir o CNS após sua disseminação. Manifestações clinicas Subclínica: 90-95% - infecção subcliniac inaparente na maioria dos casos. Abortiva- 4-8%- doença leve semelhante a um resfriado, podendo ser acompanhada de meningite asséptica. Doença grave- 1-2%- pode apresentar-se 2 a 3 dias após um quadro leve semelhante a um resfriado, ou surgir sem sinais prévios, sinais de meningite asséptica são comuns. Envolvimento das células da camada anterior dos cornos de Amon leva paralisia flácida. Envolvimento da medula pode levar a paralisia respiratória a morte. VÍRUS RESPIRATÓRIOS SARS Febre seguida de rápido comprometimento respiratório é a chave para os sinais e sintomas complexos dos quais a síndrome deriva seu nome. Característica: Coroa de pontas de glicoproteína S (vermelho) Envelope celular da célula do hospedeiro (verde) Core (púrpura) de proteína M com o material genético (RNA). Diagnostico: Métodos: cultura celular microscopia eletrônica Microarray IFI PCR. Patogênese: A maioria: doença moderada autolimitada (resfriado clássico ou distúrbio ‘estomacal’), com raras complicações neurológicas. SARS é uma forma de pneumonia viral quando a infecção abrange o TR inferior. Transmissão por aerossol ou secreções respiratórias, rota fecal-oral, e fômites. O vírus se replica nas células epiteliais; ocasionalmente no fígado rim, coração ou olhos, assim como macrófagos. Na manifestação gripal, o vírus se restringe ao epitélio do TR superior. SARS Virus (SARS-Cov-1): Sobrevive até 24 hs no ambiente. Excretado nas fezes. Incubação: 2-7 dias Estudos em andamento pela rede CDC/WHO para mais info. Febre (100%); calafrio, rigidez ou ambos (73,2 %); mialgia (60,9 %). Tosse e dor de cabeça (>50%). Linfopenia (69,6 %), trombocitopenia (44,8 %), elevação de LDH e CK (71,0 % e 32,1 %). 78,3% tem radiografia de tórax anormal. 32,2% admitidos na UTI por falência respiratória. Ventilação mecânica: 13.8%. Opacidade pulmonar importante e hipóxia em 6,5 dias em média. Em 21 dias 5 pacientes foram a óbito (mortalidade de 3,2%). Tratamento: Terapia empírica com antibióticos, oseltamivir, e ribavirina EV. Corticosteróides. Ventilação mecânica. VÍRUS RESPIRATÓRIOS MERS Middle East Respiratory Syndrome (MERS) : doença respiratória viral. MERS é causada por um coronavirus chamado Middle East Respiratory Syndrome Coronavirus. O MERS-CoV foi relatado pela 1ª vez em 2012 na Arábia Saudita. Além de humanos, foi encontrado em camelos no Qatar, Egito e Arabia Saudita, e em morcegos neste país (CDC). Camelos em outros países apresentaram anticorpos para MERS-CoV: infecção por MERS CoV ou outro virus relacionado. Transmissão: MERS-CoV é transmitido por gotículas de água expelida pelos pulmões quando uma pessoa respira, tosse ou espirra. MERS-CoV pode ser transmitido por contato próximo. Contato inclui: Profissional da saúde cuidando de um doente. Familiar cuidando em casa. Alguém que visitou o doente. Alguém que viajou com o doente nos 14 dias anteriores. Grupos de risco: Crianças; Idosos; Imunodeprimidos; Com problemas cardíacos, pulmomares ou renais; Gestante; Diabetéticos; Pessoa que tenha viajado para um desses locais e tenha teste laboratórial positivo para MERS-CoV. Diagnóstico laboratorial: Amostras, swab nasal, swab garganta, sangue, fezes, RT-PCR, ELISA. Tratamento: Ainda não há tratamento específico para o MERS-CoV. Cuidado de suporte. Ainda não há vacina para MERSCoV.
Compartilhar