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Karoline Santana Camargo Psicologia Noturno 8º semestre Atividade Discursiva – Psicologia Hospitalar A problemática da morte e o morrer é bastante trabalhada no contexto hospitalar e suscita questões de ordem ética que permeiam a prática do psicólogo hospitalar. Uma importante psiquiatra e estudiosa na área, Elizabeth Kübler-Ross propôs em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer” sua compreensão acerca dos estágios emocionais pelos quais passam os pacientes em terminalidade. Realize uma explanação sobre as principais ideias de Kübler-Ross, descrevendo as características de cada fase, exemplificando-as, bem como explicitando a maneira como estas ideias podem ser utilizadas na assistência psicológica hospitalar. São cinco estágios emocionais que Elizabeth cita em seu livro, sendo eles: a negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. No estágio negação, a pessoa não se conforma com a perca e acaba negando que ela esteja acontecendo em sua vida. Também é uma fase propícia de isolamento para o enlutado. Exemplo comum de questionamentos durante essa fase: “Por que isso está acontecendo comigo?”, “Por que não me levou no lugar dele(a)?” e afins. O segundo estágio, o enlutado começa a sentir raiva da situação em que está vivenciado, ficando por vezes até agressivo em suas reações e comportamentos. Exemplo comum é tentar culpar algo ou alguém por ter acontecido. O terceiro estágio é a negociação, ou seja, tentar encontrar maneiras para que sua vida seja como antes. Exemplo comum é procurar por religiões e crenças que possam aliviar o seu sofrimento momentâneo, como promessas. O quarto estágio é a depressão, fase em que o indivíduo já tem consciência de que aquela perda aconteceu de verdade, então ele começa a vivenciar o luto de maneira mais intensa. Essa depressão é dívida em preparatória e reativa. A reativa acontece quando ocorrem outras perdas devido à morte, como a perda de papéis do ambiente familiar por exemplo. Enquanto que a depressão preparatória é o momento em que o enlutado se aproxima da aceitação, ou seja, ficando mais em silêncio, repensando e processando o que vivenciou e analisando o impacto da experiência na sua vida. O quinto e último estágio é a tão esperada aceitação. Após passar por todos os quatro processos, o enlutado percebe que ao aceitar o ocorrido, conseguirá viver em serenidade, entendendo melhor suas emoções e sentimentos, e o mais importante, conseguindo lidar com elas. A Psicologia Hospitalar é importante para prestar apoio psicológico no luto e ajudar o sujeito a compreender o processo da perda até conseguir aceitar e encarar de frente a nova realidade. Sendo assim, tendo que lidar com muita cautela, passando por todos os estágios com delicadeza, oferecendo escuta o tempo todo para que o enlutado consiga demonstrar e compreender cada etapa do que está sentindo. Os sentimentos principais que esses indivíduos sentem é culpa, mágoas e rancores. Sentimentos esses que devem ser abordados no atendimento psicológico, sem julgamento, permitindo que o enlutado desconstrua aquela agressividade de raiva e não aceitação, para conseguindo construir novos significados, para que sua nova realidade comece a fazer sentido.
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