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Vitória Lorrana F Helmintologia Filo PLATYHELMINTHES – Classe Nematoda Ordem Strongylida Superfamília Strongyloidea - Parasitos importantes para EQUINOS, ruminantes, suínos e aves; - Ovos semelhantes aos da superfamília Trichostrongyloidea; Características: Cavidade bucal com cápsula de formas variadas - Coroa radiada, dentes geralmente presentes - Ausência de lábios - Fêmea com cauda romba ou cônica; Com vulva na porção intermediária ou terminal Ovíparas - Ovos blastomerados (típico de estrongilídeos) - Macho com bolsa copuladora CICLO BIOLÓGICO: Vitória Lorrana F GeNÊRO OESOPHAGOSTOMUM Espécies: Oe. radiatum: intestino grosso de bovinos Parasito do ceco e cólon de bovinos e bubalinos: Oe columbianum : Parasita do ceco e cólon de ovinos e caprinos A= bolsa copuladora Oe. venulosum: IG de pequenos ruminantes Oe. dentatum: intestino grosso de suínos Parasitas do cólon de suínos Papilas cefálicas e papilas cervicais Coroas radiadas presentes: Macho com espículos iguais e gubernáculo: CICLO BIOLÓGICO: Ciclo exógeno (ambiente): ovo até L3 em 5 dias Ciclo endógeno (hospedeiro): - L3 penetra na parede do ID e IG – formando nódulos em até 10 dias - L4 – emergem e chegam a luz em 14 dias - Adultos em 3 semanas após infecção - Em 10 semanas após infecção muitos adultos são eliminados; PATOGENIA: LARVAS são mais patogênicas que adultos - Larvas provocam irritação e inflamação na parede intestinal; - Formação de nódulos contendo leucócitos, pus e sangue; - Invasão bacteriana intestinal nos nódulos ocasiona reação inflamatória; Vitória Lorrana F ESTRONGILÍDEOS DE EQUINOS: Grandes prejuízos na criação de equinos - Nematoides mais comuns em equinos - Devido sua alta frequência = grande número de desverminações = RESISTÊNCIA parasitária - Causam diminuição do crescimento, aumento de mortalidade; TAXONOMIA: Família Strongylidae - Subfamília Strongylinae = GRANDES ESTRÔNGILOS - Strongylus ssp - Strongylus equinus Três dentes cônicos. Um situa- se dorsalmente, é maior e bífido. L3, ingerida da pastagem, penetra na mucosa intestinal, onde forma nódulos no interior dos quais ocorre a muda para L4. - L4 atravessa a mucosa intestinal e cai no peritônio. - L4 migra por 6 a 7 semanas pelo fígado, onde se alimenta do parênquima. Quando atingem a luz, sofrem diferenciação sexual - PPP = 8 a 9 meses *larva dos parênquimas - Strongylus vulgaris ( Delafondia vulgaris): um par de dentes dorsais de contorno arredondado, em forma de orelha (B). - L3 penetra na mucosa e submucosa do intestino, onde muda para L4 - L4 tem tropismo pelas artérias mesentéricas; - Nas adventícias, mudam para L5 PPP = 6 a 7 meses Patogenia: Arterite, Isquemia, Necrose, Cólica, Aneurisma - Strongylus edentatus (Alfortia edentata) não apresenta dentes na cavidade bucal. - Triodontophorus spp. Parasitas de IG de equinos e muares - pardos ou avermelhados - fortemente encravados na mucosa Maioria em forma de palito de fósforo! - Bolsa copuladora bem desenvolvida - Ciclo direto - Infecção passiva via oral L3, livre após o processo digestivo, penetra na mucosa intestinal e cai na circulação venosa Pelo sistema Porta Hepático, atingem o fígado, onde ocorre a muda para L4; - L4 migra pelo peritônio e mudam para L5 Quando atingem a luz, sofrem diferenciação sexual PPP = 10 a 12 meses *larva das serosas PATOGENIA: FASE LARVAL - Hemorragia, hemorragia, parede intestinal = nódulos e focos hemorrágicos Vitória Lorrana F CICLO BIOLÓGICO: AMBIENTE (exógeno) - Semelhante aos pequenos estrongilídeos e estrongilídeos dos ruminantes Ciclo direto, que demora cerca de 2 semanas • Larva com termo e hidrotropismo positivo; foto e geotropismo negativo • L3 sobrevive de 4 a 8 meses em água pouco profunda; até 12-18 meses em condições ideais - NO HOSPEDEIRO (endógeno) Migrações por diversos tecidos conforme a espécie; - Mecanismo de infecção: ingestão de L3 (pastagem; água) - Subfamília Cyathostominae = PEQUENOS ESTRÔNGILOS - Cyathostomum sp - Cylicociclus sp - Cylicodontophorus sp Parasitas de Intestino Grosso de eqüídeos (ceco e cólon) - brancos ou avermelhados - 75% a 100% dos ovos de estrongilídeos encontrados em fezes de equinos são provenientes de pequenos estrôngilos Um único cavalo pode estar parasitado por mais de 20 espécies diferentes CICLO BIOLÓGICO: Ovo até L3 = 2 semanas - L3 até L5 = dentro do hospedeiro; - L3 perde bainha e invade mucosa do IG onde sofrem muda para L4; L4 podem fazer HIPOBIOSE – aumentam o PPP, permitindo que o parasita complete o ciclo na primavera - L4 emerge para luz tornando-se adulto; Ciclo exógeno = 2 semanas PPP: 2,5 a 4 meses Vitória Lorrana F LARVAS NO AMBIENTE: PATOGENIA: ❖ No PPP: larvas penetram na parede intestinal - processo inflamatório - enterite catarral ou hemorrágica - emergência de L4 para a luz intestinal associada à presença de eosinófilos na mucosa e ao extravasamento de líquido intersticial. ❖ No Período Patente: parasitos histiófagos lesam a mucosa com a cápsula bucal - Diminui superfície de absorção de água - Abrem portas para infecção bacteriana secundária SINAIS CLINICOS: Assintomáticos - Diarreia esverdeada e aquosa, que geralmente coincide com a primavera - Pelos opacos e arrepiados - Perda de peso e de performance física TRIODONTOPHORUS SPP - 1 a 2,5 cm - três pares de dentes - corônula frangeata - conduto da glândula esofageana desenvolvido CICLO ENDOGENO: Após ingestão da L3, esta sofre a perda da bainha. - L3 penetra na mucosa intestinal, onde se transforma em L4. - L4 volta à luz, onde muda para L5. - L5 sofre diferenciação sexual. - PPP = 4 meses PATOGENIA: FASE LARVAL • Formam nódulos inflamatórios (2 mm a 1 cm) na parede intestinal. Vitória Lorrana F PATOGENIA FASE ADULTA: Parasitas histiófagos: apresentam cápsula bucal bem desenvolvida, com a qual se alimentam de tecido. Ocorre lesão do epitélio e abertura de portas para infecção bacteriana secundária Eventualmente podem se alimentar de sangue: anemia, presença de hemorragias e fezes escuras. SINAIS CLINICOS: ✓ Assintomáticos OU ✓ Cólicas ✓ Sudorese ✓ Inapetência ✓ Caquexia ✓ Mucosas pálidas ✓ Pelos arrepiados ✓ Diarreia escura e fétida DIAGNÓSTICO: Sinais clínicos - Exames coproparasitológicos: pesquisa e quantificação de ovos de estrongilídeos - Coprocultura e identificação de L3 - Necropsia EPIDEMIOLOGIA: • Animais adultos (com mais de 2 anos) são mais resistentes: - funcionam como reservatório para contaminação das pastagens - Potros se infectam nos primeiros meses de vida (quando começam os pastejos); • Melhor desenvolvimento da L3 em climas quentes e úmidos; “Spring – rise”: aumento na sobrevivência de L3 na pastagem na primavera - Ocorrência de resistência dos parasitas aos anti-helmínticos CONTROLE: Planejar controle integrado – parasitos nos animais (hospedeiro) e nas pastagens (ambiente) Desverminação dos animais Proporcionar boa alimentação = melhora imunidade e recuperação dos animais desverminados Separar animais jovens dos adultos após o desmame Fazer cochos altos nas baias Submeter o esterco à compostagem antes de adubar pastagem -Pasta oral – apresentação mais comum de vermífugo para equinos Vitória Lorrana F