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@professor.crepaldi Planejamento tributário no REGIME DE TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL OBJETIVOS Aprender as apurações do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS sob a modalidade de tributação do Lucro Real, de forma a possibilitar a opção menos onerosa para a empresa, dentro dos limites legais e princípios éticos. Arts. 257 a 586, Decreto 9.580/2018, Decreto-Lei 1.598/1977 Lei 11.638/2007 e Lei 12.973/2014. LUCRO REAL é o lucro líquido do período ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. Art. 258, Decreto 9.580/2018 . O Lucro Líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, das demais receitas e despesas, e das participações, e deverá ser determinado em observância aos preceitos da lei comercial. Art. 259 Decreto 9.580/2018 LUCRO REAL . O objetivo é adequar a legislação tributária à legislação societária e, estabelecer os ajustes que devem ser efetuados em livro fiscal para apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. LEI N° 12.973, 13.05.2014 ........ NBC TG Contabilidade Societária Resultado Contábil: Lucro Contábil Prejuízo Contábil Legislação Tributária Contabilidade Fiscal Resultado Tributável: Lucro Real Prejuízo Fiscal a compensar OBRIGATORIEDADE DA ECD Estão obrigadas a adotar a Escrituração Contábil Digital - ECD, as pessoas jurídicas e equiparadas obrigadas a manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, atendendo o disposto no artigo 1.179 da Lei n° 10.406/2002 (Código Civil). Art. 3°, IN RFB n° 1.774/2017; Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º e art. 268, RIR ESCRITURAÇÃO Definições Gerais Resultado Contábil (Base Contábil) Lucro ou prejuízo de um período determinado apurado com base nas normas contábeis e julgamentos da administração antes da dedução dos tributos sobre lucros. Lucro Tributável (Base Fiscal) Lucro ou prejuízo fiscal de um período determinado apurado com base nas regras estabelecidas pelas autoridades tributárias para apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Diferenças entre as bases Contábil e Fiscal As diferenças entre as bases de apuração de resultado que dão origem ao IRPJ e CSLL podem ser temporárias ou permanentes. Aquelas que não mais existirão após um determinado tempo futuro quando as bases de apuração serão iguais. Aquelas que sempre existirão independente do tempo. Arts. 262 a 268, Decreto 9.580/2018 APURAÇÃO DO IRPJ E CSLL NO LUCRO REAL Lucro Antes do IRPJ/CSLL + Adições (-) Exclusões Lucros Antes Compensações (-) Compensações (=) Lucro Real (-) Incentivos Exclusão (=) IRPJ antes de Incentivos (-) Incentivos Dedução (=) IRPJ A PAGAR Incluindo os ajustes decorrentes de IFRS/CPC X Alíquota 15% + 10% A tributação não será feita sobre o lucro contábil apurado uma vez que a legislação fiscal tem sua forma específica para exigir os tributos. Para transformar o lucro contábil em lucro fiscal são necessários ajustes. Formação do Lucro Tributável LUCRO ANTES DE IRPJ + CSLL (+) ADIÇÕES Despesas contabilizadas que não são aceitas pelo Fisco. Receitas exigidas pelo Fisco e não contabilizadas em receita. (-) EXCLUSÕES Receitas contabilizadas que não são aceitas pelo Fisco. Despesas aceitas pelo Fisco e não contabilizadas em despesa. LUCRO ANTES DA CONPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS (-) COMPESAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS LUCRO TRIBUTÁVEL Art. 277, Decreto 9.580/2018 e IN 1700/2017 RFB artigo 64 e 203, D DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Lei 6.404/1976 - Contabilidade Societária DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL Art. 287, Decreto 9.580/2018, Lei 12.973/2014 – Contabilidade Fiscal Receita Bruta 10.000 LAIR Contábil 1.000 ( - ) Deduções (945) ( = ) Receita Líquida 9.055 ( + ) Adições 220 ( - ) Custos Operacionais (6.000) ( = ) Lucro Bruto 3.055 ( - ) Exclusões Permitidas (120) ( - ) Despesas Operacionais (2.055) ( + ) Outras Receitas 450 ( = ) Lucro Real 1.100 ( = ) Lucro Operacional 1.500 ( - ) Prejuízo Não Operacional (500) ( - ) Compensação de Prejuízos Fiscais (300) ( = ) LAIR 1.000 ( = ) LUCRO REAL 800 COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS A compensação de PREJUÍZO FISCAL apurado em um exercício social anterior, devidamente registrado e controlado no Livro de Apuração do Lucro Real (e- LALUR ou e-LACS), está limitada a 30% do valor do lucro líquido ajustado e, ainda, que terá prazo indeterminado para prescrição. Não contempla PREJUÍZO NÃO OPERACIONAL – venda de ativos. Arts. 510, 579 e 580, Decreto 9.580/2018 PIS e COFINS – Base Legal Art. 149 – Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6°, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Constituição da República Federativa do Brasil Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais. I. do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento. § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos l, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. Constituição da República Federativa do Brasil PIS e COFINS – Hipóteses de Incidência ✓ o faturamento ou o auferimento de receitas para pessoas jurídicas de direito privado; ✓ o pagamento da folha de salários, para entidades de relevância social determinadas em lei; ✓ a arrecadação mensal de receitas correntes e o recebimento mensal de recursos, para entidades de direito público. Constituição da República Federativa do Brasil e Lei 10.485/2002 . São contribuintes do PIS/PASEP nas seguintes modalidades: LC 07/1970 Contribuintes do PIS/PASEP Pessoas Jurídicas e PF Equiparadas Entidades sem fins lucrativos Pessoas Jurídicas e pessoas Físicas PIS/PASEP sobre o Faturamento PIS/PASEP sobre a Folha de pagamento PIS/PASEP sobre Importação - 2,1% São contribuintes da COFINS nas seguintes modalidades: Contribuintes da COFINS Pessoas Jurídicas e PF Equiparadas e Entidades sem Fins Lucrativos Pessoas Jurídicas, Pessoas Físicas e Entidades sem Fins Lucrativos COFINS sobre o Faturamento COFINS sobre Importação 9,75% + 1% adicional A COFINS não incide na modalidade folha de pagamento. LC 70/1991 SOBRE IMPORTAÇÕES – PIS/PASEP E COFINS Fato Gerador Periodicidade Importação de Produtos ou Serviços estrangeiros (entrada de Bens e Pagamento). Crédito, entrega. Diário Passou a existir a partir de maio de 2004. Lei nº 10. 865/2004, art. 3°, I e II e art. 13. Vários produtos ou operações podem ter tratamentos específicos (desonerações), como: Tratamentos Específicos Isenção; Alíquota zero; Suspensão; Não incidência. Nota: No portal Sped constam tabelas atualizadas com esses tratamentos. Portal Sped: www1.receita.fazenda.gov.br O regime não cumulativo do PIS/PASEP e da COFINS consiste em deduzir, dos débitos apurados de cada contribuição, os respectivos créditos admitidos na legislação. O principal objetivo seria o de reduzir os custos das empresas, evitando a incidência em cascata das contribuições. IN RFB 1.911/2019 PIS e COFINS – Lucro Real . Conceito de total de receita e faturamento (receita bruta) Regime Cumulativo x Não-Cumulativo REGRAS PARAAPURAÇÃO DOS DÉBITOS E CRÉDITOS Os Débitos e Créditos das contribuições serão determinados, com as alíquotas de: o 1,65% para o PIS/PASEP; e de o 7,6% para a COFINS sobre o valor das receitas tributadas e dos bens e insumos passíveis de créditos. PIS e COFINS – regime não cumulativo . Fonte: Amaury José Rezende É o faturamento mensal que corresponde à receita bruta, e todas as demais receitas, assim entendida a totalidade das receitas auferidas, independentemente da atividade por elas exercidas e da classificação contábil adotada para a escrituração das receitas. Leis n° 10.637/2002, Lei 10.833/2003, art. 1°. FATO GERADOR Não integram a base de cálculo das contribuições os valores referentes: ✓ ao IPI; ✓ ao ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; ✓ as receitas imunes, isentas e não alcançadas pela incidência das contribuições, ou sujeitas à alíquota 0%. Art. 12, Decreto-Lei nº 1.598/1977 EXCLUSÕES ADMITIDAS NA BASE DE CÁLCULO O Supremo Tribunal Federal reconheceu que o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS-Pasep e da Cofins. Recurso Extraordinário (RE) 574.706 PIS e COFINS – Exclusão do ICMS da Base de Cálculo Descontos Condicionais (Financeiros): os valores relativos a esses descontos são registrados como receita ou despesa financeira por ocasião da liquidação da duplicata. PIS e COFINS – Descontos Condicionais e Incondicionais Descontos Incondicionais (Comerciais): Instrução Normativa SRF nº 51/1978: “Descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. [...]” Solução de Consulta Cosit nº 72/2019, publicada no DOU de 28.03.2019: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins DESCONTOS INCONDICIONAIS. Os descontos incondicionais consideram-se parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. Dispositivos Legais: Instrução Normativa SRF nº 51/1978, item 4.2, inciso I do § 2º do art. 3º da Lei nº 9.718/1988, e alínea "a“ do inciso V do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.833/2003. É um tratamento tributário próprio e específico que a legislação veio dar à Contribuição para o PIS/Pasep e à COFINS decorrente da venda de determinados produtos, a fim de concentrar a tributação nas etapas de produção e importação, e em alguns casos no atacadista, desonerando as etapas subsequentes de comercialização. A concentração de tributação ocorre com a aplicação de alíquotas maiores que as usualmente aplicadas na tributação das demais receitas, unicamente na pessoa jurídica do produtor, fabricante ou importador, e atacadista (se for o caso) e a consequente desoneração de tributação das etapas posteriores de comercialização dos referidos produtos. O sistema de tributação concentrada (também chamado de tributação monetária) não se confunde com os regimes de apuração cumulativa e não cumulativa das contribuições. As regras do sistema de tributação concentrada devem ser aplicadas independentemente do regime de apuração (cumulativa ou não cumulativa) a que a pessoa jurídica esteja submetida. PIS e COFINS – regime monofásico Art. 149 - ... § 4° - A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. Constituição da República Federativa do Brasil, Tabela 4.3.10 – Incidência Monofásica. . Lei n°. 10.147/2000 Incidência Concentrada – produtos farmacêuticos, de perfumaria, toucador ou higiene pessoal. Lei n°. 10.485/2002 Incidência Concentrada – veículos, autopeças, pneus e câmaras-de-ar. Lei n°. 10.560/2002, art. 2° Incidência Concentrada – querosene de aviação. Lei n°. 13.097/2015, arts. 24 a 34 Incidência Concentrada – bebidas frias. Lei n°. 9.718/1998, art. 4°; Lei n°. 10.865/2004, art. 23 Incidência Concentrada – combustíveis. Lei n°. 11.116/2005, arts. 3° ao 8° Incidência Concentrada – biodiesel. Lei n°. 9.715/1998, art. 5°; Lei n°. 10.865/2004, art. 29; Lei n°. 11.196/2005, art. 62; Lei 12.402/2011, art. 6° Substituição Tributária – Cigarros e Cigarrilhas. MP n°. 2.158-35/2001, art. 43 c/c Lei 10.485/2002, art. 1° Substituição Tributária – veículos dos códigos 8432.30 e 87.11 da Tipi. As receitas devem ser consideradas por regime de competência, ou seja, independentemente de sua realização. Mesmo sem reflexos no caixa da empresa, as receitas auferidas no período de apuração devem ser consideradas para fins de cálculo das contribuições. Art. 177, Lei 6.404/1976 e Decreto 9.580/2018 OBRIGATORIEDADE DO REGIME DE COMPETÊNCIA Será a totalidade das receitas auferidas (receita bruta + todas as demais receitas). A totalidade das receitas independentemente da denominação contábil adotada para as receitas. Lei n° 10.637/2002, Lei 10.833/2003, Art. 1, § 3° e Lei 12.973/2014, arts, 52, 54 e 55. BASE DE CÁLCULO (-) Vendas Canceladas; (-) Descontos Incondicionais concedidos; (-) IPI faturado; (-) ICMS. Leis n° 10.637/2002 e 10.833/2003, Art. 1, § 3°. BASE DE CÁLCULO Exclui-se da receita bruta . Amaury José Rezende NÃO SE INCLUI NA BASE DE CÁLCULO Receitas isentas ou sujeitas à alíquota zero; Receitas não alcançadas pela incidência da contribuição; Ganho de capital na venda de investimentos, imobilizados e intangíveis; Reversões de provisões e recuperação de créditos baixados como perda; Lucros e dividendos recebidos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; Resultado positivo da participação societária avaliada pelo MEP. Leis n° 10.637/2002, Lei 10.833/2003, Art. 1°, § 3°. A Lei 12.973/2014 aumentou as receitas que não mais integrarão a base de cálculo: • Receitas financeiras decorrentes do ajuste a valor presente. • Receitas de ganhos de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo. • Receitas de subvenções de investimentos. • Receitas reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos. • Receitas relativas ao prêmio na emissão de debêntures. PIS e COFINS – regime não cumulativo 1,65%PIS/PASEP 7,6% COFINS Regra Geral (Faturamento) Regra Geral (Faturamento) RECEITAS FINANCEIRAS Ficam restabelecidas para 0,65% e 4%, respectivamente, as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge , auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas contribuições. Aplica-se o disposto inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. Ficam mantidas em 1,65% e 7,6%, respectivamente, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis aos juros sobre o capital próprio. Decreto nº 8.326/2015, art. 1°, §§ 1° e 2°. CRÉDITOS Poderá descontar créditos calculados em relação a diversos gastos (custos, despesas e encargos) previstas na legislação do regime não cumulativo. Leis n° 10.637/2002, Lei 10.833/2003 art. 3° e Lei 12.973/2014. IMPOSIBILIDADE DE DESCONTO DE CRÉDITO ✓ Fornecimento de seguro de vida a funcionários como qualquer benefício; ✓ Treinamento, qualificação e formação profissionais; ✓ Fardamento ou uniforme de funcionário; ✓ Despesa com transporte do funcionário. Art. 3º, Lei 10.637/2002 e Art. 3º, Lei 10.833/2003 CONCEITO DE INSUMOS Tem sido uma missão árdua precisar o conteúdo da expressão “insumos” para efeito de créditos na contribuiçãosocial do PIS/COFINS. Aqui o direito a crédito do tributo difere da sistemática da não cumulatividade adotada em relação ao ICMS. O legislador adotou um critério de maior complexidade e de difícil operacionalização. Parecer Normativo COSIT 5/2018 e REsp 1.802.032 STJ DESCONTO DE CRÉDITO / CONCEITO DE INSUMO DE SERVIÇO ✓ São os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; ✓ São os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço; e ✓ O termo insumo refere-se apenas aos bens e serviços aplicados ou consumidos diretamente na prestação de serviços. Art. 3º, Lei 10.637/2002 e Art. 3º, Lei 10.833/2003 DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – REGIME MISTO Na hipótese de a Pessoa Jurídica apurar, faturamento misto, ou seja, na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não cumulativa apenas em relação à parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas, por uma das seguintes formas: DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – REGIME MISTO 1. Apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; 2. Rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual existente entre os regimes. Lei nº 10.637/2002 e 10.833/2003, art. 3°, § 7°, 8° e 9°. EXEMPLO – CRÉDITOS DE FORMA PARCIAL Pessoa Jurídica tributada pelo Lucro Real cuja atividade seja clinica médica, as receitas de serviços médicos estão sujeitos ao regime cumulativo, ainda que a pessoa jurídica esteja no Lucro Real. Neste caso, as demais receitas que não sejam vinculadas a atividade médica, ficam sujeitas ao regime não-cumulativo, pois a empresa está no Lucro Real. Leis n° 10.637/2002 e 10.833/2003 art. 8° e 10°. DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – RATEIO PROPORCIONAL Apuração do mês Valor Proporção (%) Receita Bruta (Regime Não-Cumulativo) R$ 880.000,00 80% Receita Bruta (Regime Cumulativo) R$ 220.000,00 20% Receita Bruta Total R$ 1.100.000,00 100% Custos, despesas e encargos comuns R$ 600.000,00 Com direito a créditos R$ 480.000,00 Sem direito a créditos R$ 120.000,00 PIS e COFINS – regime não cumulativo 6912PIS/PASEP 5856COFINS Regra Geral (Faturamento) Regra Geral (Faturamento) PRAZO DE RECOLHIMENTO Até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. DARF de Recolhimento Cálculo e Contabilização - PIS e COFINS A Sociedade Empresária Campestre Ltda. atua no comércio varejista de móveis para escritório. Realizou as seguintes operações: • Compra de Móveis para revenda no mês R$ 50.000,00 (líquido do IPI) • Obteve receitas com a venda de mercadorias de R$ 105.000,00 no mês de janeiro. • Uma das vendas, no valor de R$ 5.000,00 foi cancelada, e a empresa concedeu descontos incondicionais no valor de R$ 10.000,00. Fonte: Amauri José Rezende Regime de Incidência não Cumulativo . Fonte: Amauri José Rezende Cálculo e Contabilização - PIS e COFINS Consiste na aplicação das alíquotas aos valores passíveis de geração de crédito. No caso da Sociedade Empresária Campestre Ltda., foram realizadas compras de mercadorias líquidas de IPI no valor de R$ 50.000,00, e a empresa teve ainda despesas com energia no montante de R$ 5.000,00. O valor de crédito de PIS e COFINS a que faz jus a empresa é: Fonte: Amauri José Rezende Cálculo dos Créditos . Fonte: Amauri José Rezende Cálculo dos Créditos . Fonte: Amauri José Rezende . PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL Art. 14, Lei 9.718/1998, e art. 257 do Decreto 9.580/2018 RECEITA BRUTA SUPERIOR a R$ 78 milhões no ano anterior Instituições financeiras, corretoras de seguros (PN COSIT 1/1993) Quem tiver ganhos de capital oriundos do exterior, excetuando-se a receita de exportação de mercadorias e serviços no exterior. Quem usufrua de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução de impostos. Quem ao longo do ano tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa. Factoring. Decreto 9.580/2018 A opção do contribuinte, pagar o IRPJ e CSLL, a adoção do Lucro Real pode ser mediante estimativa (recolhimento mensal) ou por trimestre. Não é o pagamento de PIS e da COFINS. A base de cálculo estimada do imposto sobre a renda, em cada mês, será determinada por meio da aplicação do percentual de 8% sobre a receita bruta auferida mensalmente, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. Base de Cálculo Estimada Art. 220, Decreto 9.580/2018, Lei nº 12.973/2014, art. 12. 1,6% – Revenda a varejo de combustíveis e gás natural; 8% – Venda de mercadorias ou produtos, transporte de cargas, atividades imobiliárias, serviços hospitalares, atividade rural, industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante, outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços); 16% – Serviços de transporte (exceto o de cargas), serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano; 32% – Serviços profissionais (médicos/ dentistas/ advogados/ contadores/ auditores/ engenheiros/ consultores economistas e etc.), intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos, serviços de construção civil (quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra – ADN Cosit 6/97), serviços em geral (para os quais não haja previsão de percentual específico); Art. 220, Decreto 9.580/2018, Lei nº 9.249/1995, art. 15, caput; e Lei nº 9.430/1996, art. 2º A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas corresponderá a: da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte; para: ▪ prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte; ▪ intermediação de negócios; ▪ administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. 12% 32% Art. 22, Lei 10.684/2003 Lucro Real Anual Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º e, art. 227, Decreto 9.580/2018 Lucro Real Anual (Mensais) Estimativas Mensais Balanço Redução Suspensão A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto sobre a renda devido em cada mês, desde que demonstre, por meio de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso. Suspensão, redução e dispensa do imposto sobre a renda mensal Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º e, art. 227, Decreto 9.580/2018 Exemplo: Valor do Imposto devido com base nos percentuais aplicado sobre a Receita no mês de junho = R$ 30.000,00. Valor do Imposto apurado com base no balancete acumulado de janeiro a junho = R$ 40.000,00. Valor do imposto pago, retido ou compensado de janeiro a junho = R$ 25.000,00. Saldo a pagar no mês de junho (R$ 40.000,00 – R$ 25.000,00) = R$ 15.000,00. Se optar pelo Balancete de Redução haverá um desembolso de apenas R$ 15.000,00, ao invés de R$ 30.000,00. Balancete de Redução Lei nº 8.981/1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430/1996, art. 2º e, art. 227, Decreto 9.580/2018 No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base no Balancete de Redução de janeiro a junho, apesar de apurar 40.000,00 de imposto, serão deduzidos os impostos já pagos, retidos ou compensados nos respectivos meses (R$ 25.000,00), restando saldo a pagar de apenas R$ 15.000,00. Sendo que o recolhimento com base na receita bruta custaria para a empresa R$ 30.000,00, pois os valores pagos nos meses anteriores não podem ser deduzidos, por não comporem a base de cálculo domês. Esse estudo deve ser feito a cada mês do ano, levando em conta também a possibilidade de suspensão do imposto. Lei nº 8.981/1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430/1996, art. 2º e, art. 227, Decreto 9.580/2018 A suspensão do recolhimento do imposto ocorre quando a empresa demonstra através de balancete que em um determinado mês, o resultado acumulado de janeiro até esse mês, resultou em prejuízo fiscal, inexistindo imposto a pagar, como exemplo: Prejuízo contábil de R$ 150.320,00, conforme balancete contábil levantado em 30 de junho (resultado acumulado de janeiro a junho). Adições ao lucro real – R$ 30.150,00. Prejuízo fiscal – R$ 150.320,00 – R$ 30.150,00 = R$ 120.170,00. Como houve prejuízo fiscal no mês de junho (resultado acumulado de janeiro a junho), não há IRPJ nem CSLL a recolher neste mês, sendo necessário apenas a transcrição do Prejuízo no e-LALUR e manter balancete no Diário Contábil, comprovando o resultado. Balancete de Suspensão Lei nº 8.981/1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430/1996, art. 2º e, art. 227, Decreto 9.580/2018 TRIBUTOS NO LUCRO REAL IRPJ: 15% sobre a Base de Cálculo, Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º e art. 225, Decreto 9.580/2018. A parcela da Base de Cálculo que exceder a R$ 20.000,00, no mês, terá o adicional de 10%, Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º, § 1º e art. 225, Decreto 9.580/2018. CSLL: 9% sobre o lucro, Lei 9.718/1988. COFINS: 7,6% sobre a Receita Bruta das Vendas, Lei 10.833/2003. PIS: 1,65% sobre a Receita Bruta das Vendas, LC 7/1970. Não Comulatividade – PIS/COFINS. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS Art. 1.183, caput, Lei 10406/2002 e, art. 262, Decreto 9.580/2018 Apuração do Lucro Real e do IRPJ Lucro Líquido do Período R$ 1.000.000 (+) Adições (Detalhar) 200.000 (-) Exclusões (Detalhar) 300.000 (=) Lucro Real antes das Compensações 900.000 (-) Compensações de Prejuízos Fiscais 50.000 Lucro Real 850.000 Imposto de Renda (15%) 127.500 Adicional (10%) (*) 61.000 Total 188.500 (-) Deduções do Imposto Autorizadas por Lei 20.000 (=) Imposto a Recolher 168.500 (*) 10% X ($ 850 - $ 240) A maioria das empresas brasileiras tem fraco movimento comercial nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano. Isto provoca distorções tributárias, que devem ser levadas em conta na opção pelas modalidades oferecidas pelo Regulamento do Imposto de Renda. Na opção pelo Lucro Real Trimestral, há limitações específicas e a empresa pode acabar pagando mais IRPJ e CSLL, conforme art. 217, Decreto 9.580/2018. Isto porque, se 1º trimestre do ano da opção houver prejuízo fiscal, o mesmo só poderá ser compensado em até 30% do Lucro Real dos trimestres seguintes. Na forma de estimativa mensal (utilizando-se balancetes de suspensão), paga-se menor imposto, arts. 218 e 219, Decreto 9.580/2018. BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/CSLL ESTIMADO ( + ) % SOBRE A RECEITA BRUTA (ATIVIDADE OPERACIONAL) – Mesmo % usado no Lucro Presumido ( + ) DEMAIS RECEITAS ( = ) BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/CSLL POR ESTIMATIVA LUCRO REAL – ESTIMATIVA (Base de Cálculo) • Devoluções de vendas. • Descontos incondicionais constante nas Notas Fiscais. • IPI. • ICMS. • Renda de Aplicação Financeira (Fixa ou Variável). • Lucros ou Dividendos recebidos. • Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial. • Recuperação de Despesas. • Reversão de Provisões. • Juros sobre o Capital Próprio auferidos. BASE DE CÁLCULO DO IRPJ ESTIMADO – Valores Excludentes Prejuízo Fiscal no 1º trimestre: R$ 500.000,00 Lucro Real no 2º trimestre: R$ 100.000,00 Prejuízo compensável 30% de R$ 100.000,00 = R$ 30.000,00 Lucro Real após a compensação de prejuízo do 1º trimestre = R$ 70.000,00 IRPJ e CSLL a pagar: R$ 70.000,00 x 15% IRPJ + 9% CSLL + (R$ 70.000,00 – R$ 60.000,00) x 10% Adicional IRPJ = R$ 17.800,00 1ª Opção: Lucro Real Trimestral: Se a empresa optasse pelo Lucro Real Anual, poderia levantar balancetes mensais, suspendendo o IRPJ e a CSLL. Neste caso, o prejuízo em 30.06 seria de: R$ 500.000,00 (de 01.01 a 31.03) menos R$ 100.000,00 (de 01.04 a 30.06) = R$ 400.000,00 de prejuízo. IRPJ e CSLL a pagar: ZERO. 2ª Opção: Lucro Real Anual (com Balancetes de Suspensão mensais): EXEMPLO: Recolhimentos do IRPJ e CSLL de janeiro a junho: IRPJ: R$ 213.000,00; CSLL R$ 97.000,00. Valor do IRPJ e CSLL devidos pelo Lucro Real no balancete de julho: IRPJ R$ 192.000,00; CSLL R$ 89.000,00. Conclusão: em agosto (base da estimativa: julho) a empresa poderá SUSPENDER o recolhimento por estimativa, tanto do IRPJ quanto da CSLL, por haver recolhido, no ano, valor superior ao devido em balancete levantado no período, conforme regras fiscais. Medida imprescindível para o acompanhamento do Planejamento Fiscal do IRPJ e CSLL devidos por estimativa, é realizar, mensalmente, a comparação dos referidos recolhimentos com aqueles efetivamente gerados pelos resultados da empresa. Obviamente, sempre escolher a opção que resultar menor valor a recolher. Elaboração do Planejamento no Lucro Real ✓Possibilidade de compensar prejuízos fiscais; ✓Possibilidade de utilização de incentivos fiscais para tributos federais (Lei Rouanet, PROUNI, PAT, Lei do Bem etc); Vantagens do Lucro Real ✓Reduzir ou suspender o recolhimento do IRPJ/CSLL (balancetes mensais de suspensão ou redução); ✓Nas situações de prejuízo fiscal, não há necessidade de recolhimento de IRPJ/CSLL; ✓Utilização de créditos do PIS e COFINS. ✓ Maior rigor contábil pelas regras tributárias (incluindo ajustes fiscais complexos na Lalur e Lacs); ✓ Alíquotas do PIS e COFINS mais elevadas (especialmente onerosas para empresas de serviços, que tem poucos créditos das referidas contribuições); Desvantagens do Lucro Real ✓Volume maior de obrigações acessórias; ✓Maior burocracia na gestão de documentos societários e contratuais. LUCRO REAL – BASE DE CÁLCULO DO IRPJ (+/-) Lucro/Prejuízo Líquido Contábil (+) Adições exigidas (-) Exclusões permitidas (=) Lucro Real antes das compensações (-) Compensação de Prejuízo Fiscal (limitado a 30%) (=) LUCRO REAL OU PREJUÍZO FISCAL (X) 15% de IRPJ (X) 10% de Adicional para o lucro acima de R$ 20.000,00 = Adicional de IRPJ (=) IRPJ devido (-) Deduções de incentivos fiscais (-) Compensações (estimativa paga, valores pagos a maior ou indevido) (=) IRPJ A PAGAR APURAÇÃO DO LUCRO REAL LUCRO REAL – BASE DE CÁLCULO DA CSLL (+/-) Lucro/Prejuízo Líquido Contábil (+) Adições exigidas (-) Exclusões permitidas (=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL antes das compensações (-) Compensação da Base de Cálculo Negativa da CSLL (limitado a 30%) (=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL (X) 9% de CSLL (=) CSLL devida (-) Compensações (estimativa paga, valores pagos a maior ou indevido) (=) CSLL A PAGAR APURAÇÃO DA CSLL Sociedade Empresária Campo Belo Ltda. RECEITA BRUTA DE VENDAS 1.500.000,00 (-) IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS (54.800,00) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.445.200,00 (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (600.000,00) LUCRO BRUTO 845.200,00 (-) DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS (671.800,00) (-) DESPESAS FINANCEIRAS (53.400,00) LUCRO DO EXERCÍCIO 120.000,00 Considerando: Base Negativa de CSLL e Prejuízo Fiscal de Exercícios Anteriores de R$ 45.000,00. EXEMPLO PRÁTICO – D.R.E – Apuração Trimestral Fonte: Marciel Augusto Raimundo Lima OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS PRINCIPAIS POSSIBILIDADES OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS 1 CONTROLE NA FORMAÇÃO DE PREÇOS 2 DIAGNÓSTICO FISCAL RECORRENTE3 PLANEJAMENTO ANUAL 4 REVISÃO DOS ASPECTOS SOCIETÁRIOS 5 IMPLANTAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS 6 ▪ Subvenção de investimento – Lei 12.973/2004 ▪ Juros sobre o capital próprio - Lei 9.249/1995 ▪ Programa alimentação - Lei 6.321/1976 ▪ Empresa cidadã - Lei 11.770/2008 ▪ Vale Cultura - Lei 12.761/2012 ▪ Capacitação Pessoas TI/TIC - Lei 11.774/2008 ▪ Lei Rouanet - Lei 8313/1991 (Destinação) ▪ Lucro de Exploração RIR/2018 ▪ Lei do Bem- Lei 11.196/2005 Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada: I – um turno de oito horas..............1,0; II – dois turnos de oito horas..........1,5; III – três turnos de oito horas..........2,0. Exaustão de recursos minerais – art. 336, Decreto 9.580/2018. Exaustão de recursos florestais – art. 337, Decreto 9.580/2018. Art. 323, Decreto 9.580/2018 Lei 12.973/2014, art. 41 AMORTIZAÇÃO DE INTANGÍVEIS A amortização de direitos classificados no ativo não circulante intangível é considerada dedutível na determinação do lucro real. Art. 342, Decreto 9.580/2018. O contribuinte poderá deduzir, como custo ou despesa operacional, em cada período de apuração, importância destinada a constituir provisão para pagamento de remuneração correspondente a férias de seus empregados. Arts. 337 a 343, Decreto 9.580/2018 A provisão contempla a inclusão dos gastos incorridos com a remuneração de férias proporcionais, do seu adicional de 1/3 e dos encargos sociais (INSS e FGTS), cujo ônus cabe à empresa. Assim, não há necessidade que as férias sejam pagas (conceito de caixa) para serem contabilizáveis como custo ou despesa operacional, gerando desta forma uma provisão (no passivo circulante) que reduzirá o montante tributável do IRPJ e CSLL. Assim o total deduzido da alíquota básica do IR a título de incentivo fiscal, sendo: ▪ 4% para o PAT ou PDTI/PDTA; ▪ 4% para os incentivos fiscais da atividade cultural, seja através da Lei Rouanet, Lei no. 9.874/1999 ou Lei do Audiovisual; ▪ 1% para o esporte; e ▪ 1% para as doações ao Fundo da Criança e do adolescente. Dedução Total do IRPJ - Incentivos Arts. 383, 641 e 642, Decreto 9.580/2018 É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real deduzir do IRPJ devido, a título de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente á aplicação da alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período em Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT). A dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a 4%, do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional). Programa de Alimentação ao Trabalhador PARECER PGFN/CRJ/Nº 2.623/2008 Tributário. Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 - Programa de Alimentação do Trabalhador/PAT. Incentivo Fiscal. Dedução, do lucro tributável para fins de imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, de despesas realizadas em programas de alimentação do trabalhador. Portaria Interministerial MTB/MF/MS nº 326, de 07 de julho de 1977 e Instrução Normativa SRF nº 143/86 – fixação de valores máximos para refeições oferecidas pelo PAT. PAT - limites Solução de Consulta 288/2018 A parcela paga em pecúnia aos segurados empregados a título de auxílio-alimentação integra a base de cálculo para fins de incidência das contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa e dos segurados empregados. A parcela in natura do auxílio-alimentação, inciso III do art. 58, IN RFB 971/2009, abrange tanto a cesta básica, quanto as refeições fornecidas pelo empregador aos seus empregados, e não integra a base de cálculo das contribuições previdenciárias a cargo da empresa e dos segurados empregados. O auxílio-alimentação pago mediante tíquetes-alimentação ou cartão-alimentação integra a base de cálculo das contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa e dos segurados empregados. PAT – Contribuição Previdenciária Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) (Benefícios do Programa) PARA OS TRABALHADORES Melhorias de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; Aumento de sua capacidade física; Aumento de resistência à fadiga; Aumento de resistência à doenças; Diminuição dos acidentes de trabalho. PARA AS EMPRESAS Aumento da produtividade; Maior integração entre trabalhador e empresa; Redução de faltas e atrasos ao serviço; Redução da rotatividade de trabalhadores Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; incentivo fiscal (dedução de até 4% no imposto de renda devido) PARA O GOVERNO Redução de despesas e investimentos na área da saúde; Crescimento da atividade econômica; Bem estar social Deverá ser considerar a Legislação Estadual. PLANEJAMENTO DO ICMS Art. 347, Decreto 9.580/2018 As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para fins de determinação do lucro real. PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS Sem garantia, de valor: ▪ até R$ 15.000,00, por operação, vencidos há mais de 6 meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; ▪ acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00, por operação, vencidos há mais de 1 ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa; ▪ superior a R$ 100.000,00, vencidos há mais de 1 ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento. Art. 347, Decreto 9.580/2018 PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS Com garantia, vencidos há mais de 2 anos, de valor: a) até R$ 50.000,00, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e b) superior a R$ 50.000,00, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no § 6°. Art. 347, Decreto 9.580/2018 PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS FORMAS DE REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS FORMA ORIGEM PRÓ LABORE NO TRABALHO JUROS SOBRE O CAPITAL PELA UTILIZAÇÃO DO INVESTIMENTO DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS PELO RESULTADO DA EMPRESA Juros Sobre Capital Próprio (JSCP) é uma das formas de remuneração a acionistas, titulares ou sócios. Essa questão fiscal é benéfica para a companhia, pois sendo o pagamento contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos, repassando este ônus ao investidor. Art. 355, Decreto 9.580/2018, art. 9º, Lei nº 9.249/1995, regulamentado pelos arts. 75 a 77, IN RFB nº 1.700/2017, alterados pela IN RFB nº 1.881/2019 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO Lei 9.249/1995, art. 9°, § 1°, e art. 355, Decreto 9.580/2018 A pessoa jurídica poderá deduzir, para fins de apuração do Lucro Real, os juros pagos ou creditados de forma individualizada a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata die, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO Os juros ficarão sujeitos à incidência do IRPF pela alíquota de 15%. Lei 9.249/1995, art. 9°, § 2° POR QUE É VANTAJOSO ? O JSCP cria uma “despesa” financeira para a empresa, reduzindo seu Lucro Real. Diferentemente dos Dividendos, que são pagos após o Lucro Contábil, não gerando economia de IRPJ/CSLL para a empresa. Art. 355, Decreto 9.580/2018 Base de Cálculo do Juros sobre o Capital Próprio Lei nº 9.249/1995, art. 9º, § 8º e art. 355, § 4°, Decreto 9.580/2018. Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados Instrumentos Patrimoniais Outorgados Transferidos Definitivamente Os Juros sobre o Capital Próprio é uma das formas de rendimentos do capital investido pelos sócios/acionistas, sendo um direito dos investidores. Base: Patrimônio Líquido Taxa de Juros: TJLP (Bacen) Patrimônio Líquido R$ 150.000.000,00 TJLP 10% Juros Sobre o Capital Próprio R$ 15.000.000,00 O Limite do JSCP é: 50% do Lucro do Período, ou;50% do saldo dos Lucros Acumulados + Reservas de Lucros. Art. 9°, § 1°, Lei 9.249/1995 Juros sobre o Capital Próprio X Dividendos Os juros remuneratórios do capital próprio que forem dedutíveis na apuração do Lucro Real, são dedutíveis na determinação da base de cálculo da CSLL. Art. 88, XXVI, Lei nº 9.430/1996; § 11, art. 9º, Lei nº 9.249/1995, com a redação dada pelo o art. 9º, Lei nº 12.973/2014 DEDUTIBILIDADE NA BASE DE CÁLCULO DA CSLL A Sociedade Empresária Israelândia Ltda., optante pelo regime de tributação pelo Lucro Real, calcula e recolhe o Imposto de Renda por estimativa e levanta balanço para efeito de suspensão ou redução do imposto estimado em 30.06. Neste balanço a sociedade empresária decide creditar juros aos sócios. O patrimônio líquido na data do balanço apresenta a seguinte composição de contas e valores: Capital social R$ 955.500,00 Reserva de capital R$ 285.000,00 Reserva de lucros R$ 120.000,00 Total R$ 1.360.500,00 Lucro líquido do período R$ 570.000,00 EXEMPLO DE JSCP Cálculo da taxa de juros (TJLP) no período de 01.01 a 30.06. Janeiro/março: 0,5858% X 3 = 1,7574% Abril/junho: 0,5217% X 3 = 1,5651% Total no período (1,7574 + 1,5651) = 3,3225% Após determinada a taxa de juros, a remuneração será calculada do seguinte modo: R$ 1.360.500,00 X 3,3225% = R$ 45.202,61 CÁLCULO DO JSCP Juros sobre o Capital Próprio X Dividendos Descrição Sem JSCP Com JSCP Lucro do Período 15.000.000,00 15.000.000,00 Despesas Financeiras - Juros S/ o Capital Próprio - (15.000.000,00) Base de Cálculo 15.000.000,00 0 CSLL 9% 1.350.000,00 0 IRPJ – 25% 3.750.000,00 0 Encargos Tributários PJ 5.100.000,00 0 IRRF (15%) – Beneficiário 0 2.250.000,00 Total dos Encargos 5.100.000,00 2.250.000,00 % Carga Tributária 34% 15% Pode-se entender a sistemática do JSCP como uma forma de Planejamento Tributário lícito, ou seja, uma, pois efetivamente é uma elisão fiscal forma de redução da carga tributária das empresas tributadas sob regime do Lucro Real, diminuindo por consequência o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social das empresas. As principais vantagens e desvantagens da adoção do JSCP: ✓ A Lei 9.249/1995 eliminou a correção monetária de balanço (portanto, as contas do PL não sofrem atualização monetária) e instituiu os Juros Sobre Capital Próprio que podem ser deduzidos do lucro real reduzindo o IRPJ e CSLL; ✓ A alíquota do IRPJ é 15% acrescida do adicional de 10% do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês, e a alíquota da CSLL é de 9%, porém, a alíquota do JSCP é de 15%, portanto, efetivamente existe uma vantagem tributária; ✓ Os JSCP são considerados despesas financeiras dedutíveis em termos de IRPJ para empresa que efetua o pagamento ou credito, desde que dentro dos limites estabelecidos pela legislação tributária; ✓ Os JSCP deverão sofrer uma retenção de 15% de Imposto de Renda Retido na Fonte quando do pagamento ou crédito efetuado; ✓É uma vantagem para o sócio ou acionista pessoa física que recebe o JSCP, pois os valores pagos somente sofrerão uma retenção de 15% de IRRF que serão considerados tributação exclusiva na fonte, portanto, não haverá nova tributação na declaração de ajuste anual do IRPF, lembrando que na pessoa física a alíquota máxima de IRPF é de 27,5%; ✓Para o sócio pessoa jurídica que recebe o JSCP é necessário analisar previamente a condição tributária de cada entidade, para verificar se efetivamente existe uma vantagem; pois a empresa que recebe deverá considerar a retenção de 15% como Imposto a Compensar no Ativo Circulante, assim como, de acordo com a lei 9.718/1998 para as empresas que adotarem a sistemática do PIS/COFINS não cumulativo haverá a incidência de PIS 1,65% e COFINS 7,6%. Proibição Art. 32 da Lei nº 4.357/1964 PJ com débito não garantido com a União ou Previdência Art. 151 do CTN – Suspendem a exigibilidade do crédito ...f) parcelamento Solução de Consulta nº 85/2015 Distribuição de Lucros . Para fins de apuração do Lucro Real, a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou nos resultados, observado o disposto na Lei nº 10.101/2000, no próprio exercício de sua constituição. É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou nos resultados da empresa em mais de duas vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a um trimestre civil. PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS LUCROS Art. 371, Decreto 9.580/2018 Nos contratos de prazo de vigência superior a 12 meses, qualquer que seja o prazo de execução de cada unidade, em empreitada ou fornecimento contratado com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, o contribuinte poderá diferir a tributação do lucro até sua realização, observadas as seguintes normas. CONTRATOS COM ENTIDADES GOVERNAMENTAIS Art. 480, Decreto 9.580/2018 Poderá ser excluída do lucro líquido do período de apuração, para efeito de determinar o Lucro Real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento computado no resultado do período de apuração, proporcional à receita dessas operações consideradas nesse resultado e não recebida até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração. A parcela excluída deverá ser computada na determinação do Lucro Real do período de apuração em que a receita for recebida. CONTRATOS COM ENTIDADES GOVERNAMENTAIS Decreto-lei 1.598/1977, art. 10, § 3°, e Decreto-lei 1.648/1978, art. 1°, inciso; e art. 480, Decreto 9.580/2018 Decreto-lei 1.598/1977, art. 31, § 2°, Lei nº 12.973/2014, art. 43, caput e, art. 581, Decreto 9.580/2018 Nas vendas de bens do ativo permanente para recebimento do preço, no todo ou em parte, após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação, o contribuinte poderá, para efeito de determinar o Lucro Real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida em cada período de apuração. VENDAS A LONGO PRAZO DE ATIVO PERMANENTE Decreto-Lei nº 1.598/1977, art. 31, § 4º, alíneas "a" ao "c"; e Lei nº 6.404/1976, art. 178, § 1º, e art. 504, Decreto 9.580/2018 O contribuinte poderá diferir a tributação do ganho de capital na alienação de bens desapropriados, desde que: ▪ Transfira o ganho de capital para Reserva Especial de Lucros; ▪ Aplique, no prazo máximo de 2 anos do recebimento da indenização, na aquisição de outros bens do ativo permanente, importância igual ao ganho de capital; ▪ Discrimine, na Reserva de Lucros, os bens objeto da aplicação de que trata o inciso anterior, em condições que permitam a determinação do valor realizado em cada período de apuração. GANHOS EM DESAPROPRIAÇÃO Art. 25, caput, Lei 9.249/1995 e Art. 446, Decreto 9580/2018 Os lucros, os rendimentos e os ganhos de capital auferidos no exterior serão computados para fins de determinação do lucro real das pessoas jurídicas correspondentes ao balanço levantado em 31 de dezembro de cada ano. RESULTADOS AUFERIDOS NO EXTERIOR A aplicação financeira é uma forma de aproveitar os recursos em caixa. Nessa hora também é possível pensar na melhor solução para que os rendimentos da aplicação possam ser aproveitados com o mínimo possível de tributação. É possível obter uma redução de capital ou distribuição de lucros no valor do capital de giro excedente. Os recursos seriam retirados pelos sócios, que fariam a aplicação em renda fixa, por exemplo. MELHOR APROVEITAMENTO DO CAPITAL DE GIRO Como o investimento será feito em nome da pessoa física do empreendedor, seus rendimentos ficarão sujeitos a uma tributação exclusiva de 20% do IR na fonte. Se a mesma aplicação fosse feita pela empresa, a tributação seria maior. Quando contabilizados na pessoa jurídica, esses rendimentos são consideradoscomo receita e pagam 3% de COFINS, mais PIS de 0,65%, além de IRPJ de 25% e CSLL de 9%. O valor distribuído ao sócio para aplicação pode retornar para a empresa sob a forma de empréstimo. O sócio empresta os recursos para a companhia da qual é sócio. Pode emprestar, inclusive, a parte correspondente aos rendimentos da aplicação. Como se trata de um empréstimo, a empresa deverá pagar aos sócios juros que ficam livres dos 34% de IRPJ e CSLL devidos pela pessoa jurídica que usa o regime do lucro real. Os juros pagam IRPJ na fonte de 20%. APLICAÇÕES FINANCEIRAS NA PF REDUÇÃO DA CS E IRPJ PESSOA JURÍDICA ▪ 24% (IR+CSLL) + 10% de Adicional de IR = 34% ▪ 4,65% (PIS/COFINS) Empresas do lucro Real PESSOA FÍSICA ▪ 22,5% em operações com prazo de até 180 dias; ▪ 20% em operações com prazo de 181 dias até 360 dias; ▪ 17,5% em operações com prazo de 361 dias até 720 dias; ▪ 15% em operações com o prazo acima de 720 dias. Pode chegar 38,65% Pode chegar 22,5% CONTROLE DOS DESPERDÍCIOS TRIBUTÁRIOS ATENÇÃO! DESPESAS INDEDUTÍVEIS Gestão mais eficiente de notas fiscais, melhor classificação de despesas, regras mais rígidas. Desperdício de até 34%! Em outra PJ no presumido reduziria IR, CSLL, além de créditos de PIS e COFINS. Desperdício de quase 25%! Falta de reconhecimento dos gastos incorridos por inadimplência de tributos. Desperdício de até 34%! IMÓVEL NA EMPRESA ENCARGOS DE INADIMPLÊNCIA 1 2 3 CONTROLE DOS DESPERDÍCIOS TRIBUTÁRIOS ATENÇÃO! REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS Deixar de prever no contrato/estatuto social os JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO e aplica-los, desperdício de até 19%! Reembolsos e recursos de terceiros não devem transitar pelas contas de resultado, apenas Ativo e Passivo, sem tributação. Provável ganho de capital elevado, tributado por IR e CSLL, enquanto poderia estar no Estoque, com PJ em Lucro Presumido. Até 25% de desperdício! ENTRADAS QUE NÃO SÃO RECEITAS VENDER IMÓVEIS DO ATIVO 4 5 6 ▪ Tributação teoricamente mais justa, sobre os resultados; ▪ Aproveitamento de créditos do PIS e COFINS; ▪ Possibilidades de utilização de dezenas de formas de Planejamento Tributário. As principais vantagens para opção pelo LUCRO REAL, são: ▪ Permite que a empresa reduza o valor a pagar de tributos com suas despesas e custo. ▪ É possível usar prejuízos de períodos anteriores para diminuir os tributos a serem pagos no futuro (art. 580, Decreto 9.580/2018). ▪ É o único regime que não possui restrições quanto a utilização de benefícios/incentivos fiscais na redução dos tributos a pagar. ▪ Não há limites para distribuição de lucros aos sócios. É vantajoso para Empresas com reduzidas margens de lucro ou com prejuízo, tais como, grandes indústrias ou empresas que possuem muitas despesas com matéria prima, energia elétrica e aluguéis, pois, estas recebem crédito de PIS/COFINS no regime não cumulativo, além de calcular o IRPJ e CSLL sobre a baixa margem de lucro. ▪ Maior ônus burocrático, pela necessidade de controles e acompanhamentos fiscais e contábeis especiais; ▪ Incidência do PIS e COFINS às alíquotas mais altas; ▪ Possui um número excessivo de obrigações acessórias e de alta complexidade. (Instrução Normativa RFB 1.774/2017) As desvantagens seriam: É o Regime Tributário mais justo, a empresa pagará apenas sobre sua margem positiva e sobre seus lucros efetivos. Exige mais controles da empresa e regras de governança corporativa, mas possibilita um nível muito superior de gestão e, principalmente, economias tributárias expressivas, com diversos benefícios fiscais que se aplicam apenas a esse regime. Considerações Finais Nesse regime é fundamental fazer uma Escrituração Contábil. Sendo que apenas as despesas dedutíveis que tiverem comprovação poderão ser utilizadas para compensação. Entre os benefícios estão a maior fiscalização, os benefícios fiscais e a tributação sob o Lucro Líquido. Em compensação existe um maior gasto com o operacional. ▪ Provisões dedutíveis mensalmente; ▪ Depreciação de bens adquiridos usados; ▪ Depreciações aceleradas: contábil e incentivada; ▪ Perda nos créditos a receber; ▪ Juros sobre capital próprio; ▪ Reorganizações societárias. Planejamento Tributário (Foco no IRPJ e CSLL) ALGUNS QUESTIONAMENTOS DÚVIDAS CONSTANTES Qual regime tributário devo escolher no próximo ano? Em qual empresa deixar os funcionários? Minha atividade é produto, serviço ou locação? Tenho que recolher quais impostos e contribuições sobre serviços importados? Meus contratos com clientes têm cláusula de tributação? Minhas atividades tributam de forma Cumulativa ou Não Cumulativa o PIS e a COFINS? Segregação das atividades entre pessoas jurídicas é legal ou não? Posso contratar PJ com segurança? É legal formar SCP s? Escolho Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta ou não? Unipessoal Ltda., LTDA ou S/A? Como reduzo o ganho de capital ....? Lucro Real Se beneficia com: ➢ incentivos fiscais. ➢ compensação de prejuízos. ➢ a utilização de custos/despesas. PIS e COFINS modalidade não-cumulativa, mas pode utilizar créditos. Neste mundo nada pode ser dado como certo, a exceção da morte e dos impostos. Benjamin Franklin
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