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Silvana Lopes URINÁLISE RINS • PRINCIPAIS FUNÇÕES: ✓ Excretora ✓ Reguladora ✓ Endócrina EQU (EXAME QUALITATIVO DE URINA) • EXAME LABORATORIAL REALIZADO PARA: ✓ Diagnosticar doenças em qualquer parte do trato urinário. ✓ Triagem (doenças assintomáticas, congênitas e hereditárias). ✓ Monitorar doenças, complicações e a terapia farmacológica empregada. ✓ Verifica: Cor, pH, densidade, proteínas, glicose, corpos cetônicos, urobilinogênio, bilirrubina, sangue, nitrito e leucócitos. ✓ Realizar a sedimentoscopia. • COLHEIA DA AMOSTRAS DE URINA: ✓ Deve-se desprezar o 1º jato e recolher o jato médio. ✓ A análise da urina deve ser realizada em até 4h após a coleta, caso isso não seja possível deve-se resfriar a amostra. • TIPOS DE AMOSTRAS DE URINA: ✓ Aleatória: Colhida a qualquer hora. Pode ser necessário a retenção por um período. ✓ 1º amostra da manhã ✓ Com hora marcada ✓ De cateter ✓ Suprapúbica: Aspiração da bexiga. • TIRAS REAGENTES: ✓ Fornece rapidamente uma série de parâmetros. COR Pode ocorrer variação na cor da urina, subst. ingeridas, exercício e estados patológicos. • VERMELHA: Hematúria, hemoglobinúria, icterícias hemolíticas, porfiria. *Contaminação menstrual* • CASTRANHA: Início de icterícia e febre. • LARANJA-ESCURO: Eliminação de bilirrubina, Pyridium. • MARROM ESCURO: Carcinoma de bexiga. • ESBRANQUIÇADA OU BRANCO LEITOSO: Doenças purulentas no trato urinário. • AZUL ESVERDEADA: ASPECTO Límpida e transparente. • URINAS ALCALINAS: Opacidade → precipitação de fosfato amorfos e carbonato. ✓ Ác. Acético elimina turvação. • URINAS ÁCIDAS: Opacidade → Uratos amorfos, cristais de oxalato de Ca ou ác. Úrico. ✓ Aquecimento elimina turvação. • TURVAÇÃO: ✓ Leucócitos ✓ Hemácias ✓ Céls. Epiteliais ✓ Bactérias ✓ Leveduras ✓ Lipídeos ✓ Coágulos VOLUME • NORMAL: -+ 1500ML/24H • POLIÚRIA: ↑ • OLIGÚRIA: ↓ • ANÚRIA: Interrupção da urina • DISÚRIA: Dor DENSIDADE • NORMAL: 1015 a 1025 • DIMINUÍDA: Diabetes, hiper-hidratação, nefropatias. • AUMENTADA: Hipersecreção de hormônios antidiuréticos, desidratação.... PH • NORMAL: 5 a 6, podendo variar de 4,5 a 8. • TIRAS REAGENTES: • DIMINUÍDO: Acidose metabólica ou respiratória, cetoacidose diabética, intoxicação por salicilato... • ELEVADO: Infecção urinária bacteriana (uréia → amônia). PROTEÍNAS A membrana glomerular impede a passagem das proteínas do sangue para a urina. Silvana Lopes ALBUMINA: Principal proteína na urina. • LESÃO RENAL: Altera a permeabilidade → PROTEINÚRIA: ✓ Doenças glomerulares. ✓ Nefropatia diabética. ✓ Mieloma múltiplo. ✓ Pré eclampsia. • TIRAS REAGENTES: Resultado semiquantitativo expresso em cruzes: ✓ Negativo ✓ Traços ✓ Positivo (1+, 2+, 3+, 4+) • DOSAGEM QUÍMICA: Precipitação de proteínas. ✓ Ác. Sulfosalicílico 3% ✓ Á. Tricloroacético 20% (aquecimento) GLICOSE Reabsorvida nas céls tubulares proximais. • LIMIAR RENAL: 160 A 180 mg/dl. Limiar excedido → glicose na urina. • DIABETES MELITO: Gicosúria + comum. • TESTE QUÍMICO: MÉTODO DE BENEDICT Redução do sulfato de cobre, não é específico, mas tem alta sensibilidade. + p/ açúcares redutores (frutose...) • TIRA REAGENTE: GLICOSE OXIDASE Enzimática específica. ✓ Interferentes: Contaminação, ↑ [ ] de ác ascórbico, AAS... presença de uratos. ✓ Resultado em 1+ a 4+ CORPOS CETÔNICOS Formado a partir da lipólise. Distúrbios no metab dos carb e lipídeos ↑ os níveis de corpos cetônicos no sangue (cetonemia) e a eliminação na urina (cetonuria). • CETONÚRIA: Associada a cetoacidose diabética. ✓ Diabetes: cetonuria importância no diagnóstico. • RESULTADO: 1+ a 4+ • TESTE QUÍMICO: Utilizado cloreto férrico (teste de Gerhardt). BILIRRUBINA Degradação da hemoglobina. Transportada no plasma ligada a albumina. Bilirrubina conjugada não é encontrada na urina, mas quando aparece é devido: • OBSTRUÇÃO DO DUCTO BILIAR • HEPATITE, CIRROSE Icterícia → destruição das hemácias, não é produzido bilirrubinúria → bilirrubina sérica → forma não conjugada, que não é excretada pelos rins. • TIRA REAGENTE: Sal de diazônio reage com a bilirrubina. ✓ Falso negativo: Presença de ác ascórbico. ✓ Falso positivo: Clorpromazina • TESTE DE FOUCHET UROBILINOGÊNIO Formado no intestino devido a redução da bilirrubina. • NORMAL: < 1mg/dL • ELEVADO: ✓ Hepatopatias ✓ Distúrbios hemolíticos • TESTE PARA DETECÇÃO: ✓ Método químico ✓ Fitas reagentes SANGUE Presente na urina da forma de hemáticas inteiras (hematúria) e de hemoglobina (hemoglobinúria). Microscopia diferencia as duas. • HEMATÚRIA: ✓ Infecção do trato urinário ✓ Cálculos renais ✓ Tumores ✓ Drogas tóxicas • HEMOGLOBINÚRIA: ✓ Reações transfusionais ✓ Anemia hemolítica ✓ Infecções ✓ Malária • MIOGLOBINÚRIA: Proteína muscular reage com a tira → coloração vermelha. Traumatismo muscular, convulsões, doenças musculares atróficas. • TIRA REAGENTE: Reação peróxido orgânico com cromógeno. LEUCÓCITOS (ESTEARASE) Silvana Lopes A enzima estearase → hidrólise→ reage com a tira. Enzima associada com o nº de neutrófilos na amostra. • TESTE CONFIRMATÓRIO: Análise microscópica do sedimento urinário. • TIRA REAGENTE: A intensidade é proporcional ao nº de leucócitos. ✓ Falso positivo: ag antioxidantes, secreção vaginal, Trichomonas sp. ✓ Falso negativo: ác ascórbico. NITRITO ✓ Método rápido par detectar ITU. ✓ Avalia o tratamento do antibiótico. ✓ Algumas bactérias tem enzimas que reduzem nitratos em nitritos. Ex: Escherichia coli, Enterobacter. • TIRA REAGENTE ✓ Falso positivo: alguns fármacos. ✓ Falso negativo: Bactérias gram +, ácido ascórbico e urobilinogênio. MICROSCOPIA DO SEDIMENTO URINÁRIO • VOLUME DE URINA: 10ml em tubo cônico. • CENTRIFUGAÇÃO: 5 min • DESPREZAR O SOBRENADANTE: Deixar 0,20ml de sedimento • RESSUSPENDER • FAZER LÂMINA • OBSERVAR NO MICROSCÓPIO: Pelo menos 10 campos. • CÉLULAS EPITELIAIS E CILINDROS: ➢ Raras: 3 p/ campo. ➢ Algumas: 4 a 10 ➢ Numerosas +10 • LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS: HEMÁCIAS Normal 0 a 2 p/ campo • AUMENTO: ➢ Cálculos renais ➢ Lesão glomerular ➢ Infecção agudas ➢ Neoplasias ➢ Contaminação menstrual ➢ HEMÁCIAS DISMÓFICAS: Hemorragia glomerular. LEUCÓCITOS Normal 0 a 5 p/ campo. Grânulos citoplasmáticos, causam refringência. • AUMENTO: Infecções, glomerulonefrite, tumores, lúpus. • PIÚRIA: Associada a proteinúria. CÉLULAS EPITELIAIS Urinas normais, nº variável. ↑ durante a gestação. Descamação do sistema genito urinário. • CÉLULAS PAVIMENTOSAS: Vagina e uretra, freq. Em mulheres. • CÉLULAS TRANSICIONAIS: Pelve renal • CÉLULAS TUBULARES: Confundidas com leucócitos. ↑ necrose tubular. CILINDROS Aglomerado proteico, são formados nos túbulos renais. Proteína Tamm Horfall → não é detectada p/ tira reag. • CILINDROS HIALINOS: ➢ + Frequente (0 a 2 p/campo) ➢ Quantid ↑ após exercício físico. ➢ Nº ↑: Glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva. • CILINDROS HEMÁTICOS: ➢ Formados nos túbulos por aglutinação das hemácias. ➢ Presença: sangramento no néfron e glomerulonefrite. • CILINDROS LEUCOCITÁRIOS: ➢ Leucócitos junto a matriz proteica. ➢ Infecção ou inflamação no interior do néfron. • CILINDROS DE CÉULAS EPITELIAIS: ➢ Células tubulares na matriz proteica. ➢ Lesão tubular. • CILINDROS GRANULOSOS: ➢ Formado → desidratação celular. ➢ Infecção do trato urinário. • CILINDROS ADIPOSOS: ➢ Encontrados na lipidúria. ➢ Formados → matriz proteica junto com gotículas lipídicas. ➢ Refringentes. ➢ Sindrome nefrótica, nefropatia diabética, doenças renais crônicas. Silvana Lopes • CILINDROS CÉREOS: ➢ Refringência. ➢ Proteinúria elevada. ➢ Presença → Estase MUITO GRAVEnos túbulos renais. ➢ Síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, glomerulonefrite aguda. CRISTAIS Precipitação de sais na urina. pH ajuda na identificação, pois determina o tipo. Associado a doenças metabólicas. • URINAS ÁCIDAS: ➢ Ác úrico. ➢ Urato amorfo. ➢ Oxalato de Ca (em pH neutro também) ➢ Cistina, Tirosina, Leucina e Ác. Hipúrico. • URINAS ALCALINAS: ➢ Fosfato amorfo, triplo e Ca (em pH neutro também). ➢ Carbonato de Ca. ➢ Biurato de amônio. • CRISTAIS NORMAIS: Urinas ácidas ou alcalinas. • CRISTAIS ANORMAIS: Urinas ácidas ou neutras. ➢ Cistina... colesterol, bilirrubina. ➢ Medicamentos. ➢ Contraste radiográfico. • CRISTAIS DE ÁC. ÚRICO: Leucemias e na gota. • CRISTAIS DE OXALATO DE Ca: Ingestão de alimentos ricos em ác oxálico ou ác ascórbico. • CRISTAIS DE URATO AMORFO: • CRISTAIS DE FOSFATO TRIPLO: • CRISTAIS DE FOSFATO DE Ca: • CRISTAIS DE BIURATO DE AMÔNIO: • CRISTAIS DE CISTINA: Erros metabólicos congênito, que impede a reabsorção da cistina. • CRISTAIS DE TIROSINA E LEUCINA: Distúrbios hepáticos graves. • CRISTAIS DE COLESTEROL: • CRISTAIS DE CONTRASTE REDIOGRÁFICO: • CRISTAIS DE BILIRRUBINA: • CRISTAIS DE SULFONAMIDA: • CRISTAIS DE SULFADIAZINA: BACTÉRIAS Caso a amostra não seja colhida de forma correta, pode ter presenças de bactérias. LEVEDURAS Candida albicans (candidíase). Pacientes com diabete melito. PARASITAS Trichomonas vaginalis. Enterobiu vermicularis (contaminação fecal). FILAMENTOS DE MUCO Relacionado a processos inflamatórios. CORPOS ADIPOSOS OVAIS Lípideos na forma de gotículas junto com cilindros ou dentro de céls tubulares em degradação. Presença → síndrome nefrótica, diabetes melito... ESPERMATOZÓIDES Não deve relatar quando aparecer em urina de mulheres. ARTEFATOS Fibras, grânulos de amido...
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