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Apostila Enf. geront. Geriat

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1 
 
ENFERMAGEM GERONTOLÓGIA E GERIATRIA 
 
 
 
 
Saúde
do
Idoso
EnfªAdelaide de A. Paschoalotto
 
 
 
 1º SEMESTRE de 2022 
 
 2 
 
• 
O Brasil está passando por um rápido processo de envelhecimento de sua população. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento 
populacional que mais aumenta na população brasileira é o de pessoas idosas . 
• A transição demográfica é acompanhada pela transição epidemiológica e é 
caracterizada pelo aumento progressivo da prevalência de Doenças Crônicas Não 
Transmissíveis (DCNT), sendo a população idosa a mais exposta a essas condições. 
• As DCNT também se constituem como o problema de saúde de maior magnitude e 
são responsáveis por 72% das causas de mortes, com destaque para: 
• 
 3 
 
 
 4 
 5 
 6 
 
 
 
 
 
 7 
GERONTOLOGIA 
Conceito: Ciência que estuda o envelhecimento nos seus aspectos biológico, psicológico e 
social, como ciência pura, básica ou acadêmica. (Ruipérez, 2000) 
O que é Enfermagem Gerontológica ? 
Gunter e Miller: estudo científico do cuidado de enfermagem ao idoso, caracterizado 
como ciência aplicada com o propósito de utilizar os conhecimentos do processo de 
envelhecimento, para o planejamento da assistência de enfermagem e dos serviços que 
melhor atendam à promoção da saúde, à longevidade, à independência e ao nível mais 
alto possível de funcionamento da pessoa idosa. 
Os sentimentos, ações e atividades das pessoas idosas estão diretamente relacionados às 
suas necessidades de saúde, cuidados e bem-estar. 
A Enfermagem Gerontológica propriamente dita é um campo de conhecimento recente e 
em organização, que reflete a preocupação dos enfermeiros com as questões relativas ao 
envelhecimento. 
Faz-se necessário, portanto, o desenvolvimento de uma estrutura teórica de 
conhecimento que auxilie os profissionais de enfermagem a identificar e avaliar 
corretamente as demandas específicas deste grupo etário e assim: 
• Maximizar suas condições de saúde; 
• Minimizar as perdas e limitações desenvolvidas com o processo de 
envelhecimento; 
• Facilitar o diagnóstico e auxiliar no tratamento das enfermidades que 
possam acometê-los; 
• Proporcionar conforto nos momentos de angústia e fragilidade, incluindo 
o processo de morte. 
Objetivos da enfermagem gerontológica: 
• Assistir integralmente ao idoso, à sua família e à comunidade na qual estiver 
inserido, auxiliando sua compreensão e facilitando sua adaptação às mudanças 
decorrentes do processo de envelhecimento; 
• Desenvolver ações educativas nos níveis primário, secundário e terciário de 
atenção à saúde do idoso; 
• Estimular a participação ativa do idoso e, quando necessário, de seus familiares, 
em seu processo de autocuidado, tornando-o(s), desta forma, os principais 
responsáveis pela manutenção de seu melhor nível de saúde e bem-estar. 
Cabe à enfermagem estimular o idoso a encarar o processo de envelhecimento como um 
período dinâmico, que propicie reflexões sobre o passado de forma a cultivar uma visão 
esperançosa de futuro, e, acima de tudo, dar-lhe um tratamento digno, ouvindo-o 
atentamente, focalizando sua atenção no presente e discutindo com ele seus planos futuros, 
garantindo-lhe desta forma sua individualidade e respeito. 
 8 
Hierarquizadas em cinco níveis, onde a ascensão a um nível superior exige obrigatoriamente a 
satisfação de um nível anterior. São elas: 
• Necessidades fisiológicas; 
• De segurança; 
• De amor; 
• De estima; 
• De auto-realização 
Acredita-se que a maioria dos idosos estão dispendendo sua energia no primeiro nível 
da escala de Maslow, ou seja, estão tentando apenas sobreviver. 
profissional de enfermagem gerontológica deve estar atento em seu processo de 
avaliação para identificar quais necessidades básicas estão, no momento, mais 
interferindo no bem-estar do idoso a quem assiste, e estabelecer quais as intervenções 
necessárias ; 
Uma vez atento às necessidades humanas básicas afetadas, cabe ao enfermeiro 
prestar a assistência propriamente dita, porém de forma sistematizada. 
GERIATRIA 
Conceito: Ramo da medicina que se dedica ao idoso, ocupando-se não só da prevenção, do 
diagnóstico e do tratamento das suas doenças agudas e crônicas, mas também da sua 
recuperação funcional e reinserção na sociedade. 
(Ruipérez, 2000) 
SENESCÊNCIA 
Conceito: Processo natural de envelhecimento - Mudanças que ocorrem no organismo 
apenas pela passagem dos anos. 
Envelhecimento, senescência, senilidade: o que é o que. 
 
Envelhecer é um processo irreversível caracterizado pela crescente decadência da função do 
nosso organismo. 
Pesquisas mostram que a população idosa no Brasil vai continuar a aumentar, mas constatar 
este fato não é o suficiente. É preciso pensar nas conseqüências que isto vai trazer: são idosos 
aposentados que o mercado já detectou e oferece serviços para esta faixa etária; são idosos 
viúvos que moram sozinhos que tem necessidades especificas, uma delas podendo ser o 
cuidador terceirizado; são idosos morando com os familiares necessitando serem uteis a 
família e por ultimo os idosos senis que requerem um cuidado diferenciado. 
O viver mais deve estar associado ao viver com maior qualidade. 
A nossa existência é como se fosse um gráfico: o inicio de tudo em seguida a infância, a 
adolescência, a fase adulta, a velhice e o declínio total, a morte. Mas quando chegamos à 
velhice é que sentimos os sinais evidentes de declínio do nosso organismo. Este declínio é 
caracterizado por dois aspectos: a senescência e a senilidade. 
 9 
 
 Senescência 
É uma fase normal da vida de um indivíduo sadio; geralmente se inicia depois dos 65 anos e 
não é manifestação doentia; na senescência não ocorrem distúrbios de condutas, amnésias, 
perda do controle de si mesmo; em outras palavras, é o velho sadio. 
 
Senilidade 
É doença, também conhecida como demência, onde o idoso (e às vezes acomete adultos 
jovens) perde a capacidade de memorizar, prestar atenção, não consegue mais se orientar, 
fala sem nexo e vai limitando sua vida ao leito, chegando a perder o controle de urinar e 
defecar. Só 5% dos velhos padecem de senilidade. 
 
ASPECTOS SOCIAIS DO ENVELHECIMENTO 
 ATIVIDADES EM GRUPO: 
Dentre as razões que levam os idosos a participar de grupos está a interação pessoal e o 
compartilhar alegria, afeto, amor, tristeza, conhecimentos. 
- Resgate da vaidade, prazer, satisfação e alegria de poder estar com outras pessoas. 
- O grupo é considerado um espaço social no qual realizam-se atividades, conversam, sorriem, 
dançam e fortalecem laços. 
-Mencionam que ao participar dos grupos, ocorrem mudanças em sua saúde física e mental. 
Apoio e incentivo dos familiares são percebidos como reforço para continuar participando do 
grupo. 
-Combate o isolamento social e solidão (desaparecimento do tédio, dos vazios interiores, do 
aborrecimento e da depressão). 
-Atenua os efeitos das perdas sociais (trabalho, família, amigos, etc.) 
-Aumenta e melhora as relações sociais. 
-Permite a comunicação com o outro (auto percepção e auto desafios). 
-Aumenta a satisfação e o prazer pela vida. 
-Aumenta, ou mantém a auto- suficiência. 
- Enfim para eles o reencontro em cada sessão é marcado por sentimentos de muito carinho. 
Ali em razão de suas descobertas e redescobertas, entre alegrias e medos, eles se permitem 
entrar na fantasia que as atividades exigem. 
 10 
Os encontros são marcados por momentos de muita euforia, caracterizado por risos, 
gargalhadas, brincadeiras, que envolvem as suas próprias ações e reações, bem como as ações 
de seus colegas, evidenciando o prazer de estarem num grupo vivenciando as mesmas 
situações com colaboração e cooperação. 
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 
A perda é o tema predominantemente característico das experiências emocionais dos idosos. 
Uma pessoa idosa deve lidar com a tristeza de múltiplas perdas (morte do cônjuge, de amigos, 
familiares e colegas). Mudança de nível sócio econômicoe prestígio profissional, declínio nas 
habilidades físicas e da saúde. As perdas fazem com que estas pessoas gastem quantidades 
imensas de energia emocional e física na reação de luto, na resolução deste e na adaptação as 
mudanças resultantes da perda. 
Uma vida solitária é um importante estresse que afeta 10% dos idosos. As mulheres 
respondem por mais de 75% das pessoas idosas que moram sozinhas (Kaplan, 1997). 
A depressão é uma resposta inadaptada à perda, podendo na velhice assemelhar-se à 
demência senil além dos sinais clássicos de depressão, tais como perturbações do sono e do 
apetite, perda de interesse nos eventos externos, observações auto-depreciativas e idéias de 
que a vida não vale mais a pena, pode haver prejuízo na memória, dificuldade para concentrar-
se. 
Fazer intervenções pscoterapêuticas como: 
- Pscoterapia orientada; 
-Terapias de grupo; 
-Terapia familiar 
LIDANDO COM AS PERDAS E COM A MORTE 
Há necessidade de se preparar as pessoas para encararem a velhice e a morte, informando que 
esta representa um complemento da vida, uma etapa do ciclo biológico, um processo natural, 
salvo quando resulte de agressividade do meio ambiente. 
O gerontólogo Flávio da Silva Fernandes diz, que três razões levam ao receio da morte: 
1- O medo da dor e o sentimento de angústia que está implícito na morte; 
2- A tristeza de deixar os entes queridos e todas as suas coisas; 
3- E, talvez o mais importante, o medo do desconhecido. 
O indivíduo deve sempre ser visto como um ser humano que tem uma história de vida e 
não mais paciente acometido de doença incurável ou limitante e que, portanto, merece 
cuidados e compaixão das pessoas. 
Deve-se tratar o indivíduo com habilidade, equilíbrio, integridade e humildade. 
 11 
Aqueles que mais temem a vida quando jovem são os que mais temem a morte quando 
envelhecem. 
ESTÁGIO NO PROCESSO DA MORTE: 
1- Choque e negação; 
2- Raiva; 
3- Barganha; 
4- Depressão; 
5- Aceitação. 
O Paciente Geriátrico 
 É aquele que apresenta três ou mais dos seguintes pontos: 
 Idade superior a 60 anos; 
 Pluripatologias; 
 Seu processo ou doença principal têm caráter incapacitante; 
 Patologia mental acompanhante ou predominante; 
 Existe problemática social relacionada ao seu estado de saúde. 
ASPESTOS FISIOLÓGICOS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 Processo do Envelhecimento 
Segundo Babb, “envelhecer é um fenômeno universal, sequencial, acumulativo, 
irreversível, não-patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os 
membros de uma espécie, de maneira a tornar-se com o tempo incapaz de enfrentar o 
stress do meio ambiente, aumentando assim sua possibilidade de morte”. 
Embora universal, o envelhecimento é um processo individual, manifestando-se de forma 
diferente em cada indivíduo e diretamente relacionado ao envelhecimento biológico, às 
enfermidades apresentadas, à perda de capacidade e às alterações sociais importantes 
ocorridas no decorrer da vida. 
É uma fase caracterizada por três fatores fundamentais: 
• Stress relacionado a acontecimentos que alteram e perturbam a sequência 
e o ritmo dos ciclos vitais; 
• “Balanço”, caracterizado por uma maior interiorização, com reexame e 
reavaliação de competências e prioridades. 
• Alteração na perspectiva temporal, na qual começa-se a pensar em termos 
de vida restante e não mais em tempo vivido e assim torna a confrontação 
com a morte algo mais presente e próximo. 
 
 12 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NO IDOSO 
A) Células e Tecidos: 
 ⇓ do número de células ativas; 
 Abrandamento do ritmo da multiplicação celular; 
 Atrofia e perda de elasticidade tecidular. 
B) Composição Global do Corpo e peso Corporal 
 ⇑ do tecido gordo em relação ao tecido magro; 
 Modificações no peso corporal e no peso dos orgãos. 
C) Músculos, Ossos e Articulações 
 Atrofia muscular lenta e gradual, em especial no tronco e extremidades, com perda de 
força, resistência e agilidade; 
 ⇓ de 25 a 30% da massa muscular; 
 ⇓ da mobilidade de diversas articulações; 
 ⇓ da distância entre os discos vertebrais; 
 ⇓ da dimensão da caixa torácica; 
 Perdas de cálcio, tornando os ossos mais porosos e mais leves e, consequentemente, 
mais propensos à fraturas; 
 ⇓ do funcionamento locomotor e problemas de equilíbrio. 
D) Pele e Tecido Subcutâneo 
 Órgão que mais evidentemente demonstra os sinais do envelhecimento; 
 Perda dos tecidos de suporte cutâneo; 
 Atrofia e baixa da eficácia das glândulas sebáceas e sudoríparas; 
 Perda de elasticidade da pele; 
 Persistência da prega cutânea; 
 Aparecimento de rugas; 
 Acentuamento das proeminências ósseas; 
 Descair das faces, queixo e pálpebras, e alongamento dos lobos das orelhas. 
 13 
 
 
• Prejuízo na cicatrização; 
• Diminuição na tensão da pele; 
• Diminuição da capacidade proliferativa; 
 • Susceptibilidade a lesões como Ulceras por Pressão; 
• Diminuição da microvasculatura; 
• Diminuição na percepção sensorial; 
• Susceptibilidade a infecções 
E) Tegumentos 
 Pelos finos e raros, exceto na face; 
 Perda de cabelos, calvície ou cabelos brancos; 
 Acizentar ou descolorir dos cabelos; 
 Espessamento das unhas (Onicogrifose); 
F) Homeostasia: 
• Torna-se menos eficaz, o que permite que, em 
repouso, ocorra uma funcionalidade normal, 
quando submetido a fatores estressantes, torna 
o organismo vulnerável devido à pouca ou 
nenhuma capacidade de reserva. 
G) Sistema Nervoso: 
• É um dos sistemas mais vulneráveis às alterações do envelhecimento. A perda 
neuronal inicia-se muito cedo (25 a 30 anos) e progride no decorrer da vida, atingindo 
igualmente o cérebro e medula espinhal. 
 14 
• Alguns idosos apresentam diminuição de sua agilidade mental e de sua 
capacidade de raciocíneo abstrato; 
• Outros apresentam diminuição na percepção, análise e integração de 
informação sensorial, diminuição de memória recente e alguma perda na 
habilidade de aprendizagem. 
H) Alterações nos sentidos: 
• Alterações do olfato e redução das papilas gustativas, pode ocasionar diminuição do 
apetite e da sede, provocando desequilíbrio orgânico com perda de peso e até 
desequilíbrio hídrico; 
• Diminuição da audição pode levar ao afastamento e o isolamento social; 
• Redução da acuidade visual e na acomodação à luz, bem como da visão noturna e do 
campo visual, podem ocasionar acidentes; 
• Percepção dolorosa também se altera, bem como a regulação térmica. 
I) Alterações Cardiovasculares: 
• Geralmente preservam sua capacidade cardíaca em circunstâncias normais, mas 
devido a perda das reservas fisiológicas, podem não reagir adequadamente a stress 
súbito, podendo desenvolver processos patológicos; 
• Hipertensão arterial devido a perda de elasticidade vascular. 
J) Alterações Respiratórias: 
• Diminuição da capacidade vital e aumento do volume residual, devido a perda de 
elasticidade nos alvéolos, e a calcificação das cartilagens costais; 
• Desenvolve-se insuficiência respiratória restritiva, que não é aparente em 
circunstâncias normais, tornando-se evidente apenas quando em condições de esforço 
ou quando associado a processo patológico pulmonar. 
K) Alterações Geniturinárias: 
• Ocorrem várias alterações renais; 
• Diminuição do n° de nefrons e outras alterações glomerulares, com diminuição do 
filtrado glomerular, do fluxo plasmático renal e da função tubular; 
• Diminuição da capacidade de excreção renal e aumento da suscetibilidade à 
intoxicação por drogas e seus metabólitos, bem como aos efeitos secundários das 
mesmas devido a uma maior permanência no organismo; 
• Atrofia vaginal e relaxamento dos músculos perineais, com incontinência urinária ou 
urgência miccional. 
 15 
L) Alterações Gastrintestinais : 
• Mudanças na mucosa oral, atrofia mandibular, atrofia da mucosa gástrica e intestinal, 
com diminuição de secreções gástricas e enzimáticas e motilidade gastrintestinal 
reduzida; 
• Perda dentária, redução na absorçãode nutrientes e minerais, constipação. 
Características das doenças em Geriatria 
 Funcional 
 Mental 
 Social 
 
 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO 
 
 
 
 19 
 
 
 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS E ENVELHECIMENTO 
Objetivos Principais 
 Promover o envelhecimento ativo e saudável – bem-sucedido. 
 Estruturar a atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa. 
 Fortalecer a participação social. 
 Monitorar o processo de envelhecimento. 
 Identificar os fatores de risco de doenças e agravos. 
 Envolver a família e a comunidade no processo do cuidado. 
 Promover a formação e a educação permanente para os profissionais de saúde que 
trabalham com idosos no SUS. 
 Identificar e promover os fatores de proteção e recuperação da saúde. 
 
 
 
 20 
Os Projetos 
 Descentralizar o atendimento à saúde da população idosa. 
 Elaborar e implantar os fluxos de atendimento da população adscrita na rede de 
atendimento. 
 Promover o acesso e garantir o atendimento da população idosa nos diversos pontos 
de atenção. 
 Humanizar o atendimento priorizando-o de acordo com o risco individual. 
 Capacitar os profissionais da rede pública, para avaliação global da saúde do Idoso, 
através do Programa de Educação Permanente/PED. 
 Elaborar e implantar o prontuário para o atendimento ao Idoso na Atenção Primária. 
 Elaborar e implantar as Normas de funcionamento de Instituições de Longa 
Permanência para Idosos – ILPI capacitando os profissionais para o atendimento a essa 
parcela populacional. 
 Garantir o fornecimento de medicamentos de uso contínuo para a população idosa na 
Atenção Primária à Saúde. 
 Avaliação de Saúde do Idoso 
 O conceito de saúde nessa faixa populacional é abrangente e não se restringe à 
presença ou ausência de doença ou agravo e é estimada pelo nível de independência e 
autonomia. A avaliação deve ser multidimensional, levando-se em conta o bem-estar 
biopsicossocial e a necessidade de ações integradas da equipe multidisciplinar. 
Senescência X Senilidade 
 É de suma importância para os profissionais de saúde que lidam com pacientes idosos 
conhecer e distinguir as alterações fisiológicas do envelhecimento, denominadas 
senescência, daquelas do envelhecimento patológico ou senilidade. 
 
A população brasileira, em consonância com a tendência global, tem vivido cada vez mais, o 
que denota que a expectativa de vida tem aumentado e gera implicações demográficas, 
epidemiológicas e sociais em toda a extensão do país. 
Você sabe quais são essas implicações? De que forma elas podem ser observadas no sistema 
de saúde? 
Tendo em vista o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira, é importante 
que você se atente a suas implicações para o serviço de saúde, para atuar na integralização do 
cuidado. 
O processo de envelhecimento pode trazer consigo desafios quanto ao exercício de tarefas e 
de atividades que antes eram comuns, e que agora podem necessitar da ajuda de terceiros. É 
importante que os profissionais que trabalham com esta população saibam identificar os tipos 
 21 
e os níveis de funcionalidade, de forma a analisar seu impacto e a planejar os cuidados 
necessários às pessoas idosas. 
Neste recurso educacional, falaremos sobre a funcionalidade como um importante indicador 
de saúde, abordaremos a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde 
(CIF) e trataremos mais especificamente sobre a funcionalidade para esta faixa etária. 
OBJETIVO 
Reconhecer a funcionalidade como atributo estruturante do cuidado. 
Funcionalidade como indicador de saúde 
A funcionalidade é um dos atributos fundamentais do envelhecimento humano, pois trata 
da interação entre as capacidades físicas e psico-cognitivas para a realização de atividades 
no cotidiano e as condições de saúde, interação essa, medida pelas habilidades e 
competências desenvolvidas ao longo do curso de vida. 
 
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) estabelece como meta a atenção 
integral à saúde da pessoa idosa e considera a condição de funcionalidade como um 
importante indicador de saúde desta população. Assim, a PNSPI tem como finalidade 
primordial promover, manter e recuperar a autonomia e a independência das pessoas 
idosas, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde, em consonância com os 
princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) 
Um dos modelos que melhor estabelece orientações para a atuação dos profissionais de 
saúde frente às consequências das doenças no envelhecimento é a Classificação 
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial de Saúde 
– CIF. 
Segundo a CIF, a capacidade funcional é a capacidade de executarmos uma tarefa ou ação, 
visando indicar o provável nível máximo de funcionalidade que a pessoa pode alcançar em 
um dado domínio e em determinado momento. 
Com base nas informações sobre funcionalidade fornecidas pela CIF, é possível classificar o 
impacto biopsicossocial das doenças. Assim, pessoas idosas com as mesmas doenças podem 
experimentar impactos diferentes nos aspectos biopsicossociais e ter níveis funcionais 
completamente distintos entre eles. 
Portanto, é fundamental compreender que doença não é sinônimo de limitação funcional. 
 22 
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) 
A funcionalidade reflete o nível de autonomia e de independência para a realização das 
atividades da vida diária. Por refletir diretamente as condições para a realização de 
atividades de sobrevivência e autopreservação, a funcionalidade é um bom indicador da 
saúde da pessoa idosa. Vejamos abaixo alguns conceitos importantes relacionados à 
dimensão funcional da saúde: 
 
 
Autonomia: 
Capacidade individual de decidir e de comandar ações, estabelecer e seguir as próprias 
regras. 
Independência funcional: 
Capacidade de realizar algo com seus próprios meios. 
Funcionalidade: 
Habilidade de desempenhar de forma independente tarefas do dia a dia. 
A condição funcional do paciente com idade avançada é um dos parâmetros mais 
importantes da avaliação geriátrica. O termo funcional é usado em seu sentido estrito, e 
significa a habilidade/desempenho da pessoa idosa de funcionar na arena da vida diária. 
Desempenho é a capacidade de ação do indivíduo para realizar as tarefas do dia a dia. 
O desempenho pode ser: 
Desempenho físico-funcional: refere-se à ação motora (andar, alcançar, controlar os 
membros etc.). Essa habilidade está relacionada à independência do indivíduo em realizar 
suas tarefas por si mesmo. 
Desempenho cognitivo: refere-se às funções cerebrais (atenção, concentração, memória e 
raciocínio). Essa habilidade está relacionada à autonomia, que é a liberdade própria, e à 
liberdade de decisão (habilidade de agir ou realizar algo de acordo com a vontade própria ou 
orientação). É a qualidade de autogovernar-se e de autodeterminar-se. 
 23 
Agora que você já conhece os conceitos de desempenho cognitivo e de desempenho físico-
funcional, observe abaixo os exemplos: 
 
No caso de uma pessoa idosa que sofreu um acidente vascular encefálico (AVE/derrame) e 
agora está necessitando usar uma cadeira de rodas, porque não consegue andar, que possui 
dependência para mover-se, mas consegue ter autonomia para decidir aonde quer ir, ou o 
que quer fazer, esta pessoa tem dificuldades relacionadas ao desempenho físico-funcional. 
 
 
Na situação em que uma pessoa idosa, que possui uma deficiência cognitiva, não consegue ter 
autonomia para decidir sobre aonde ir ou o que fazer, mas possui independência motora para 
andar, comer sozinha, tomar banho, mesmo que supervisionada por outra pessoa; ela tem 
dificuldades relacionadas ao desempenho cognitivo. 
 
IMPORTANTE 
 
Autonomia é autogoverno e se expressa na liberdade para agir e para tomardecisões; independência funcional refere-se a ser capaz de realizar as atividades sem a 
ajuda de outra pessoa; e dependência está relacionada a não ser capaz de realizar as 
atividades cotidianas sem a ajuda de outra pessoa. 
As capacidades de tomar decisões e de autogoverno podem ser comprometidas por 
doenças físicas e mentais ou por restrições econômicas e educacionais. 
Infelizmente, é muito frequente observar que, na vigência de situações de dependência, a 
autonomia da pessoa idosa tende a não ser considerada. Parece ser erroneamente aceitável 
que, uma vez que ela não é parcial ou totalmente capaz de executar uma ação (em termos 
físicos), ela também não é capaz de decidir sobre si mesma. Tal observação ocorre tanto no 
contexto familiar como no institucional. 
 24 
A principal consequência da associação entre velhice e dependência é o desenvolvimento 
de atitudes negativas em relação às pessoas idosas. É importante alertar para dois 
equívocos frequentes na abordagem da população idosa: 
1 
C1-on1-s Considerar que todas as alterações que ocorrem com a pessoa idosa são devido ao 
processo de envelhecimento normal pode prejudicar a detecção e o tratamento de algumas 
doenças; normal pode prejudicar a detecção e o tratamento de algumas doenças; 
Tratar o envelhecimento normal como doença, submetendo a pessoa idosa a exames e 
tratamentos desnecessários para explicar sinais e sintomas que são decorrentes da 
senescência. 
Considerações finais 
A utilização da funcionalidade como indicador de saúde das pessoas idosas permite realizar 
o objetivo da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e da Política Nacional de Saúde da 
Pessoa Idosa com Deficiência no que se refere à atenção integral a esta população. Por 
meio da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da 
Organização Mundial de Saúde (CIF), são estabelecidas orientações para o profissional 
identificar a capacidade do paciente de executar uma tarefa ou ação e classificar o impacto 
da limitação no seu contexto biopsicossocial. 
Deve-se observar o desempenho físico-funcional e o desempenho cognitivo a fim de não 
associar a dependência nas tarefas motoras com a incapacidade de autonomia. Além disso, 
é importante entender a relação entre capacidade e desempenho para que não se 
confunda os dois termos, lembrando que uma pessoa idosa com limitações em sua 
capacidade pode ter bom desempenho se tiver acesso um ambiente favorável e/ou 
dispositivos de auxílio disponíveis e adequados, por exemplo. 
O conceito de funcionalidade, assim como sua classificação, permite que você reconheça as 
dificuldades que uma pessoa idosa pode estar enfrentando e possa auxiliá-la no 
planejamento do cuidado, de acordo com as singularidades de cada caso. Esperamos que, 
em sua prática profissional, você coloque em ação o que foi aprendido com este recurso. 
Você sabe como descobrir se a pessoa idosa que está atendendo possui dores crônicas, 
transtornos de humor, ou como é o relacionamento familiar? 
 
Neste recurso, você irá estudar a avaliação multidimensional da pessoa idosa. Dentro destas 
dimensões serão abordados conteúdos, como avaliação antropométrica e nutricional, 
humor, suporte social e familiar, atividades básicas de vida diária (ABVD), as atividades 
instrumentais de vida diária (AIVD), e os aspectos relacionados à mobilidade. 
 
 
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa 
Em resposta à multiplicidade de condições de saúde apresentadas pela população idosa, é 
necessária a realização de uma avaliação multidimensional que incorpore diversos domínios 
do conhecimento em um meio prático e objetivo de ver a pessoa idosa como um todo. 
 
A avaliação multidimensional é um processo estruturado de múltiplas dimensões, 
interdisciplinar, que serve para identificar as necessidades dos pontos de vista clínico, 
 25 
psicossocial e funcional, com o objetivo de formular um Projeto Terapêutico Singular – PTS 
(plano de cuidados) coordenado e integrado, a curto, médio e longo prazos, visando 
especialmente a recuperação e/ou a manutenção da capacidade funcional1. 
 
Observe abaixo os objetivos específicos da avaliação multidimensional da pessoa idosa: 
 
• Melhorar a precisão do diagnóstico clínico e funcional; 
• Incrementar o estado funcional e mental; 
• Direcionar a escolha das intervenções (restauradoras ou reabilitadoras); 
• Identificar a pessoa idosa em risco de agravos à saúde, institucionalização, 
hospitalização, fragilização, declínio da capacidade funcional e morte; 
• Recomendar ambientes de intervenção mais efetivos para o cuidado da pessoa idosa, 
como: domicílio, hospital, hospital dia, centro dia e centro de reabilitação; 
• Identificar áreas de necessidade de reabilitação; 
• Prever desfechos ou resultados de intervenções; 
• Monitorar mudanças clínico-funcionais ao longo do tempo; 
• Aumentar a satisfação das pessoas idosas com o cuidado oferecido. 
 
As dimensões que compõem a avaliação multidimensional são: 
clínica, psicossocial e físico-funcional. 
 
Dimensão clínica 
Na dimensão clínica, considera-se o histórico de saúde-doença por meio de uma anamnese 
ampliada e centrada na pessoa idosa. O exame clínico é parte integrante da avaliação 
multidimensional da pessoa idosa. Sem ele, ainda que se detectem as condições de 
funcionalidade do indivíduo, não será possível diagnosticar o dano ou a lesão responsável 
por elas3. 
 
Por outro lado, há condições subjacentes que não são identificadas pelo processo clínico 
habitual. Nesse sentido, a pessoa idosa deve ser avaliada de forma global; e não apenas ter 
seus órgãos e sistemas examinados separadamente. 
 
Como deve ser realizada a avaliação global da pessoa idosa: 
 
1 -Inicialmente, realiza-se uma ampla avaliação dos antecedentes diagnósticos, com ênfase 
nas doenças crônicas. Deve-se confirmar os diagnósticos relatados e investigar história 
clínica pregressa (hospitalizações e cirurgias prévias). Para internações ou cirurgias, verificar 
quando ocorreu, por quanto tempo, qual foi o motivo e se houve complicações durante a 
internação, como confusão mental aguda ou infecções. 
 
2 -Ademais, os medicamentos, fitoterápicos, suplementos e vitaminas em uso pela pessoa 
idosa, tanto os prescritos pelo médico quanto os adquiridos pela própria pessoa idosa, sem 
prescrição, devem ser investigados. Solicitar à pessoa idosa que, sempre que for a uma 
consulta, leve consigo todos os medicamentos que costuma utilizar frequente e 
ocasionalmente. Com essa medida simples, é possível detectar a automedicação, a 
utilização de posologia incorreta e a utilização de mais de um medicamento para o mesmo 
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 26 
motivo, àsvezes, prescritos por diferentes profissionais de saúde. O registro das 
medicações em uso contribui para evitar a ocorrência de iatrogenias associadas à 
polifarmácia. 
3 - A situação vacinal também deve ser observada, considerando a importância da 
vacinação para a prevenção de doenças que apresentam alto risco de complicações nas 
pessoas idosas 
Avaliação Antropométrica e Nutricional 
 
A antropometria é um método simples, rápido, de baixo custo e com boa predição para 
doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional, muito útil para o diagnóstico 
nutricional das pessoas idosas, podendo ser usada para a triagem, o diagnóstico e o 
monitoramento de doenças. Observe o quadro abaixo sobre o índice de massa corpórea 
(IMC)1: 
 
 
 
A população idosa é particularmente propensa a alterações nutricionais devido a fatores 
relacionados às modificações fisiológicas e sociais, à ocorrência de doenças crônicas, ao uso 
de diversas medicações, dificuldades com a alimentação, depressão e alterações da 
mobilidade com dependência funcional, fatores que podem comprometer a ingestão dos 
alimentos e o aproveitamento dos nutrientes, podendo levar à desnutrição. 
 
 
 
Aspectos importantes aos quais os profissionais devem ficar atentos: 
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 27 
 
• Perda da autonomia para comprar os alimentos, quando já tiver dificuldades em lidar com 
as finanças; 
• Perda da capacidade/autonomia para preparar os alimentos e para alimentar-se; 
• Perda de apetite e diminuição da sensação de sede e da percepção da temperatura dos 
alimentos; 
• Perda parcial ou total da visão, dificultando a seleção, preparo e consumo dos alimentos; 
• Perda ou redução da capacidade olfativa, interferindo no seu apetite; 
• Restrição a determinados tipos de alimentos, como dietas para perda de peso, diabetes, 
hipertensão, hipercolesterolemia; 
• Alterações de peso recentes; 
• Dificuldade de mastigação por lesão oral, uso ou falta de prótese dentária ou problemas 
digestivos. 
 
Avaliação das Continências 
 
Perguntar diretamente se a pessoa idosa perdeu urina recentemente ou sentiu-se molhada é 
uma forma rápida de verificar o problema. Se a resposta for afirmativa, investigue possíveis 
causas. 
 
A maioria das pessoas idosas não relata durante a consulta por vergonha ou por achar ser 
isso normal no processo de envelhecimento4. 
 
Identificação da Dor Crônica 
 
A dor crônica não é “normal da idade”, está relacionada a condições crônicas de saúde. 
Sobre isso, a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa apresenta algumas perguntas para a 
identificação de dor crônica, tais como5: 
 
Você tem alguma dor com duração igual ou superior a 3 meses? 
A dor é como um choque ou como uma queimação? 
A dor piora ao andar? 
A dor melhora com o repouso? 
 
Após o esclarecimento das possíveis causas, o tratamento deverá ser feito prontamente. 
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 28 
Avaliação da Saúde Bucal 
 
A saúde bucal é o resultado de condições biológicas, psicológicas, sociais e culturais que 
possibilitam o desempenho de funções como mastigação, deglutição, fala, nutrição e 
relações sociais. São sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação pela equipe de 
saúde bucal: 
• Dificuldades ao se alimentar, tanto durante a mastigação como ao engolir os alimentos; 
• Queixas de dor ou desconforto; 
• Mudanças nos hábitos alimentares, por exemplo: preferindo alimentos macios, pastosos 
ou cremosos, e evitando os que necessitam de mastigação; 
• Queixas no momento da higiene oral ou da manipulação da sua boca; 
• Resistência ou recusa para a realização da sua higiene bucal; 
• Mau hálito, boca seca ou ardência bucal; 
• Feridas na boca e sangramento gengival. 
 
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa apresenta os principais fatores a serem observados 
na avaliação da saúde bucal da pessoa idosa: hábitos (uso de álcool e fumo), alterações ou 
lesões na mucosa, cárie dentária, doença periodontal e uso de prótese dentária. 
Dimensão psicossocial 
A dimensão psicossocial enfatiza os aspectos relacionados à cognição, à memória, ao humor, 
aos comportamentos e à saúde mental de forma geral, atentando tanto para situações de 
sofrimento psíquico quanto para transtornos mentais estabelecidos. 
 
 
Além disso, a avaliação psicossocial compreende o entendimento da dinâmica familiar, do 
suporte familiar e social, de questões econômicas, culturais, ambientais, étnico-raciais e de 
gênero, por tratar de aspectos que frequentemente interferem nas condições de saúde das 
pessoas. É sabido, por exemplo, que o nível instrucional e o grau de escolaridade influenciam 
e determinam vários indicadores de saúde, de modo que a baixa escolaridade impacta 
negativamente nos prognósticos relacionados à saúde. 
Cognição 
 
A cognição compreende um conjunto de capacidades mentais (memória, função executiva, 
atenção, práxis, linguagem, função visão espacial e comportamento) que permitem ao 
indivíduo compreender e resolver os problemas do cotidiano. Clique nos botões abaixo para 
saber mais sobre os aspectos de cognição relacionados à pessoa idosa: 
Cognição da pessoa idosa 
O desempenho físico e social da pessoa idosa depende da integridade de suas funções 
cognitivas. Por exemplo, se a pessoa idosa deixar de realizar uma tarefa que executava 
rotineiramente, como cuidar de seu próprio dinheiro e fazer compras, que são atividades 
 29 
que necessitam de planejamento, organização e sequenciamento de atividades – incluindo a 
iniciativa e decisões para a execução da tarefa, isso pode sugerir o início de alteração 
cognitiva. 
Perguntas para rastreio 
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa contempla perguntas simples que podem ser 
utilizadas para o rastreio do déficit cognitivo, são elas: 
 
• Algum familiar ou amigo(a) falou que você está ficando esquecido(a)? 
• O esquecimento está piorando nos últimos meses? 
• O esquecimento está impedindo a realização de alguma atividade do cotidiano? 
 
Outros instrumentos 
A resposta positiva a uma das questões acima sugere a aplicação de outros instrumentosde 
rastreio, como o 10-Point Cognitive Screener: um teste de fácil aplicação, para avaliação 
cognitiva, composto por três itens de orientação temporal, fluência verbal e 
memória/evocação. Esse teste possui ajustes para baixa escolaridade, por isso, pode ser 
utilizado amplamente. 
 
IMPORTANTE 
Este instrumento não pode ser utilizado isoladamente para o diagnóstico das 
síndromes demenciais. 
• Ele é útil para o acompanhamento do paciente ao longo do tempo6. 
• Se necessário, como complementação, pode-se utilizar o Desenho do Relógio e o 
Teste de Fluência Verbal por Categorias Semânticas (Cadernos de Atenção Básica n.º 
19 – Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006)4. 
• Para a progressão da investigação ou encaminhamento de um caso suspeito de 
demência, sugerimos consultar também o PCDT - Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para a Doença de Alzheimer7, aprovado pela Portaria SAS/MS n.º 1.298, 
de 21 de novembro de 2013 
Humor 
 
O Humor é uma função indispensável para a preservação da autonomia do indivíduo, 
sendo essencial para a realização das atividades de vida diária. Nesse sentido, 
depressão e ansiedade são os principais transtornos de humor, que trazem 
importantes impactos para a saúde e para a capacidade funcional nas idades 
avançadas, além de serem importantes fatores de risco para o suicídio. Vamos 
conhecer como esses transtornos de humor podem se apresentar na pessoa idosa e 
como rastreá-los. 
 
 
1- O espectro dos problemas associados ao rebaixamento do humor ou baixa 
motivação varia desde a tristeza isolada até a depressão maior. A ansiedade pode 
ocorrer de forma isolada, porém, geralmente está associada ou é um dos sintomas 
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 30 
da depressão. A depressão, por sua vez, é um dos transtornos psiquiátricos mais 
comuns entre as pessoas idosas e sua presença necessita ser avaliada. 
2- Isolamento, dificuldades nas relações pessoais, problemas de comunicação e 
conflitos com a família podem contribuir ou desencadear a depressão. As 
dificuldades econômicas e outros fatores de estresse da vida diária têm um efeito 
igualmente importante. 
3- As perguntas de rastreio para o transtorno de humor que constam na Caderneta de 
Saúde da Pessoa Idosa são5: No último mês, você ficou com desânimo, tristeza ou 
desesperança? No último mês, você perdeu o interesse ou o prazer por atividades 
anteriormente prazerosas? 
4- Caso a pessoa responda “sim” a uma das duas questões, pode-se aplicar a Escala de 
Depressão Geriátrica (GDS -15). Essa escala é uma ferramenta útil, de avaliação 
rápida, para facilitar a identificação de sintomas depressivos em pessoas idosas, 
contudo, não é um substituto para uma entrevista diagnóstica realizada por 
profissionais de saúde 
 
Hábitos de vida 
 
Os hábitos de vida devem ser analisados tendo em vista sua importância para o 
planejamento das ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Manter 
hábitos de vida saudáveis favorece o envelhecimento com autonomia e independência, além 
de diminuir o risco de desenvolver doenças e agravos não transmissíveis. Alguns exemplos, 
são: 
 
 
Alimentação saudável; 
Prática regular de atividades físicas; 
Lazer, interação e participação social; 
Cessação do tabagismo e não consumir bebidas alcoólicas em excesso. 
 
Favorece o envelhecimento com autonomia e independência, além de diminuir o risco de 
desenvolver doenças e agravos não transmissíveis. 
 
Suporte social e familiar 
 
A dimensão sociofamiliar tem um profundo impacto na saúde e na qualidade de vida do 
indivíduo, e deve ser considerada na elaboração do Projeto Terapêutico Singular (PTS) da 
pessoa idosa. 
 
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa apresenta algumas perguntas norteadoras, tais como: 
• Você mora sozinho(a)? 
• Você mora com familiares? 
• Você reside em instituição de longa permanência para idosos (ILPI), abrigo ou casa de 
repouso? 
• Em caso de necessidade, você conta com alguém para acompanhá-lo(a) à unidade de saúde 
ou a uma consulta? 
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 31 
É importante precisar qual o modo de vida da pessoa idosa e avaliar os recursos 
disponíveis: familiares, pontos de atenção da rede existentes, políticas setoriais, 
serviços voluntários (amigos, vizinhos, agentes de pastoral, igrejas). Deve-se 
conhecer com quem a pessoa idosa mora e se tem pessoas de referência que 
possam ajudá-la caso necessite. 
 
• Residir sozinho, por exemplo, em muitos casos, é indicador de vulnerabilidade, 
porque pessoas idosas que não têm relações interpessoais apresentam pior estado 
geral de saúde. A interação social diminui a probabilidade de idosos apresentarem 
sintomas depressivos, mesmo naquelas com comprometimento funcional. Residir 
em uma instituição de acolhimento para pessoas idosas, como uma Instituição de 
Longa Permanência ao Idoso (ILPI), também é um forte indicativo de vulnerabilidade 
social e familiar. 
• É preciso estar atento aos indicadores de violência domiciliar, abusos e maus tratos 
contra a pessoa idosa, como: lesões corporais inexplicadas, descuido com a higiene 
pessoal, demora na busca por atenção médica, discordâncias entre a história da 
pessoa e a do cuidador, internações frequentes por não adesão ao tratamento de 
doenças crônicas, ausência do familiar na consulta ou recusa à visita domiciliar. Esses 
exemplos são extremamente sugestivos deviolência familiar. 
• Outro aspecto importante a ser considerado na avaliação do suporte familiar e social 
é o estresse do cuidador. 
As características do cuidador e o estresse relacionado: 
• 1 -O cuidador é a pessoa, da família ou não, que presta cuidados à pessoa idosa que 
apresenta dependência (em maior ou menor grau). Suas tarefas envolvem o 
acompanhamento nas atividades diárias, como auxílio na alimentação, higiene 
pessoal, na administração de medicação de rotina, entre outros; auxiliando na 
recuperação e na qualidade de vida dessa pessoa. 
• 2 -A presença do estresse entre os cuidadores pode ser um fator de risco para a 
ocorrência de situações de violência contra as pessoas idosas ou para o 
adoecimento do próprio cuidador. Um instrumento desenvolvido por Zarit, que 
pode ser encontrado no Cadernos de Atenção Básica n.º 19 – Envelhecimento e 
Saúde da Pessoa Idosa4, tem-se mostrado apropriado para avaliar se os cuidadores 
estão sobrecarregados. Deve ser aplicado com o cuidador principal - pessoa que 
mais ajuda a pessoa idosa, em entrevista realizada sem a presença da pessoa idosa. 
• Destaca-se que a avaliação multidimensional da pessoa idosa se difere do exame 
clínico padrão por enfatizar a avaliação das capacidades cognitiva e funcional e dos 
aspectos psicossociais; e pode incluir escalas e testes que permitem quantificar a 
funcionalidade1. 
Violência e Maus Tratos à Pessoa Idosa 
A violência contra a pessoa idosa pode ser definida como qualquer ação ou omissão 
praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano, ou sofrimento físico ou 
psicológico. As formas mais comuns de violência contra a população com 60 anos de idade 
ou mais são: física, negligência/abandono, sexual, econômico-financeira e patrimonial, 
autoagressão, autonegligência e psicológica1,9. 
 
 
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 32 
Quando houver suspeita ou confirmação de situação de violência, deve-se conversar com a 
pessoa idosa e realizar o acompanhamento do caso, acionando, quando necessário, a rede 
de atenção e proteção intersetorial. Deve-se, também, realizar a notificação compulsória da 
violência por meio do preenchimento da ficha de notificação compulsória. Se confirmada a 
situação de violência ou se persistir a suspeita, comunicar ao Conselho dos Direitos da 
Pessoa Idosa, Ministério Público ou Delegacia de Polícia. Esses órgãos são os responsáveis 
por desencadear as medidas protetivas e de responsabilização. 
 
A sexualidade da Pessoa Idosa 
 
Algumas alterações fisiológicas do envelhecimento podem interferir na sexualidade, 
contudo, a possibilidade de sentir prazer não deixa de existir. As pessoas idosas podem 
manter relação sexual prolongada e o ato sexual pode ser uma experiência prazerosa e 
sensual. 
Alterações na capacidade de sentir prazer devem ser avaliadas e investigadas. 
Problemas como diabetes, hipertensão, artrite, fadiga, medo de infarto, sintomas 
depressivos, efeitos adversos de medicamentos, uso de álcool, mudanças nos papéis 
sociais e dificuldades conjugais podem afetar o desempenho e o interesse sexual ou 
levar a distúrbios sexuais. 
 
Problemas como disfunção erétil, vaginismo, dispareunia, AIDS e outras doenças 
sexualmente transmissíveis, devem ser prevenidos e na presença de algum desses 
problemas, deve ser tratado. Além disso, deve-se orientar quanto ao uso de 
preservativos, lubrificantes e medicamentos que podem interferir na sexualidade. 
 
 
Dimensão físico-funcional 
A avaliação físico-funcional, preconizada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, é 
fundamental e determinará não somente o comprometimento funcional da pessoa idosa, 
mas também sua necessidade de auxílio. Entre os diversos aspectos que precisam ser 
investigados, estão: o desempenho da pessoa idosa nas atividades de vida diária; sua 
vulnerabilidade; mobilidade; e sistemas sensoriais. 
 
A avaliação da funcionalidade representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não 
capaz de desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesma. Caso não seja 
capaz, deve-se verificar se essa necessidade de ajuda é parcial, em maior ou menor grau, ou 
 33 
total. Usualmente, utiliza-se como ferramenta a avaliação no desempenho das atividades 
cotidianas ou atividades de vida diária. 
 
Conhecer o grau de independência funcional de cada pessoa idosa é fundamental para a 
programação da reabilitação no Projeto Terapêutico Singular, atendendo, dessa forma, às 
demandas dessa população de modo mais efetivo. Os principais componentes da avaliação 
físicofuncional são2: 
 
• As atividades básicas de vida diária (ABVD); 
• As atividades instrumentais de vida diária (AIVD); 
• Mobilidade. 
 
Atividades Básicas de Vida Diária 
 
As atividades básicas da vida diária (ABVD) são atividades orientadas para o cuidado com o 
próprio corpo e permitem a sobrevivência e o bem-estar. As ABVD envolvem os cuidados 
diários com o próprio corpo, como tomar banho, fazer a higiene pessoal, vestir-se, 
alimentar-se, usar o vaso sanitário e ter o controle de fezes e urina (controle esfincteriano). 
Um dos instrumentos mais utilizados para avaliar o desempenho nessas atividades é a Escala 
de Katz. 
 
 
Outro instrumento importante para avaliação de AVDB: 
 
1 -Outro meio utilizado é a Medida de Independência Funcional (MIF), um instrumento de 
avaliação do grau de dependênciafuncional em várias dimensões do cotidiano. Apresenta 
propriedades psicométricas comprovadas e sensibilidade para detectar as mínimas 
alterações funcionais, mensurando tanto o que o indivíduo é capaz de realizar 
independentemente quanto com a ajuda de dispositivos assistidos ou com o auxílio de 
terceiros. 
 
2 - O instrumento (MIF) avalia 18 tarefas, pontuadas de acordo com o grau de dependência 
e variando de 1 (dependência completa) a 7 (independência completa), sendo o escore 
mínimo de 18 e o máximo de 126 pontos. As tarefas são agrupadas em seis dimensões: 
autocuidado, controle de esfíncteres, mobilidade/transferências, locomoção, comunicação 
e cognição social. 
3 - O escore total da MIF pode ser dividido em duas subescalas: a MIF motora (engloba as 
dimensões do autocuidado, controle do esfíncter, transferências e locomoção), com 
pontuação de 1 a 91 pontos; e a MIF cognitiva (engloba as dimensões comunicação e 
cognição social), que varia de 1 a 35 pontos. 
Atividades Instrumentais de Vida Diária 
 
As atividades instrumentais de vida diária (AIVD) estão relacionadas com a administração do 
ambiente de vida e estabelecem relação entre o domicílio e o meio externo. São atividades 
que envolvem habilidades para administrar o ambiente e aspectos relacionados à gerência 
da vida, que também se relacionam com a integração da pessoa na comunidade. Alguns 
exemplos dessas atividades, são: administrar as próprias finanças, fazer compras, usar o 
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 34 
telefone, tomar medicamentos na hora e dose corretas, sair de casa sozinho, utilizar vários 
tipos de transporte e outras atividades que demandam atuação familiar, social e na 
comunidade3. 
Lawton e Brody10 elaboraram esta escala, que tem o propósito de avaliar a capacidade 
funcional da pessoa idosa na realização de AIVD. Essa escala apresenta sete domínios: uso 
do telefone, viagens, realização de compras, preparo das refeições, limpeza da casa, uso de 
medicamentos e manuseio do dinheiro. Cada domínio apresenta três itens, que recebem 
uma das seguintes qualificações: 
1. Dependente. 
2. Dependente parcial. 
3. Independente. 
Sua pontuação varia de 7 a 21 pontos, sendo que, quanto menor o valor, maior o grau de 
comprometimento para a vida independente2. 
 
Na tentativa de auxiliar na detecção precoce de perdas funcionais em pessoas idosas, Ramos 
et al.11 identificaram três domínios básicos (mobilidade, necessidades pessoais e atividades 
que outras pessoas podem fazer por você) que podem identificar perdas funcionais em AVD 
e, consequentemente, a necessidade de ajuda para sua adequada realização. 
 
Essas três questões são: 
1. Você necessita de ajuda para andar 100 metros (uma quadra)? 
2. Você necessita de ajuda para tomar banho? 
3. Você necessita de ajuda para se deitar e se levantar da cama? 
 
As respostas a essas três perguntas permitem traçar uma linha de dependência que começa 
com a perda da mobilidade, seguida pela necessidade de auxílio para o banho, terminando 
com a necessidade para deitar-se e levantar-se da cama. 
 
Pensar em uma lógica de evolução da dependência de cuidados significa identificar as 
pessoas idosas que: 
• São totalmente independentes, e estimulá-las a continuar autônomas e independentes; 
• Têm uma mobilidade limitada e necessitam de ajuda para realizar AIVD, dentro e fora de 
casa. Nesses casos, é necessário estabelecer estratégias de recuperar a máxima 
independência funcional possível; 
• Precisam de ajuda para atividades de cunho pessoal, mas preservam sua autonomia. Nesses 
casos, também é necessário instituir estratégias de reabilitação; 
• Estão altamente dependentes física e cognitivamente e que, portanto, necessitam de ajuda 
integral para suprir suas necessidades. 
 
Diante disso, é importante que o profissional de saúde forneça estímulos e suportes 
suficientes para restaurar, o quanto antes, em cada uma dessas necessidades, as habilidades 
comprometidas e manter e/ou aprimorar as atividades ainda íntegras. Portanto, a avaliação 
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 35 
funcional identificará o grau de dependência da pessoa idosa e determinará os tipos de 
cuidados que serão necessários. 
 
Avaliação da Mobilidade 
 
Mobilidade é a capacidade de movimentação, de forma independente e segura, de um lugar 
para o outro, sendo essencial para a independência nas AVD. 
 
Para a manutenção da mobilidade, é necessária uma integridade dos sistemas corpóreos, 
especialmente os sistemas neurológico, musculoesquelético e sensorial. Com o 
envelhecimento, podem ocorrer alterações fisiológicas em vários sistemas orgânicos, além 
disso, aumentam-se as chances do desenvolvimento de patologias crônicas. 
 
Abaixo estão listadasalgumas alterações relacionadas ao processo fisiológico de 
envelhecimento que podem prejudicar a mobilidade da pessoa idosa2: 
• Diminuição da força muscular (sarcopenia); 
• Diminuição da flexibilidade; 
• Diminuição da condução nervosa; 
• Aumento da rigidez articular; 
• Declínio da tolerância de todo o corpo ao exercício; 
• Diminuição da acuidade visual, auditiva e vestibular. 
• A combinação de uma ou mais alterações ocasionadas pelo envelhecimento 
fisiológico pode desencadear problemas funcionais, como déficit de equilíbrio e 
quedas frequentes, que têm papel fundamental no processo de perda da 
mobilidade e incapacidade funcional. 
 
 
1 - A grande propensão da pessoa idosa à instabilidade postural e à alteração da 
marcha aumenta o risco de quedas e, por essa razão, o equilíbrio e marcha devem ser 
sempre avaliados1. O profissional deve questionar a ocorrência e a frequência de 
quedas, registrando todos os casos na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Essas 
informações possibilitam a identificação do risco 
2- Para a avaliação da mobilidade de pessoas idosas, vários instrumentos são 
propostos, dada a grande variabilidade de conceitos de mobilidade. Medidas de 
mobilidade incluem avaliações das habilidades de transferências, marcha e 
deslocamentos com cadeira de rodas. 
3 - O instrumento mais utilizado na literatura científica para avaliar a mobilidade 
atualmente é o teste Timed Up and Go (levantar e andar cronometrado)12: 
A partir da posição sentada, em uma cadeira com braços, o indivíduo deve levantar-se 
e caminhar por três metros, retornar e sentar-se novamente na cadeira. Essa tarefa 
deve ser cronometrada a partir do início do teste – com a pessoa idosa levantando-se 
da cadeira, e termina quando ela se senta na cadeira. Os escores de normalidade 
variam nos diversos estudos, mas aceita-se que seja até 10 segundos para adultos 
saudáveis. 
 
Avaliação dos Sistemas Sensoriais 
 
A diminuição da acuidade da visão e da audição, em conjunto ou isoladamente, impacta na 
cognição e na estabilidade postural, e pode levar ao isolamento social da pessoa idosa. Por 
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 36 
isso, há necessidade de se avaliar esses sistemas. Na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, 
são sugeridas as questões abaixo, para que se obtenha informações a partir de um rastreio 
inicial5: 
 
 
 
Algumas características dos sistemas de visão e audição que devem ser observadas na 
pessoa idosa. 
Acuidade Visual 
O processo natural de envelhecimento associa-se a uma redução da acuidade visual devido 
às alterações fisiológicas das lentes oculares, ao déficit de campo visual e a doenças de 
retina. Para avaliar essa função, pergunte à pessoa idosa se ela sente dificuldade ao ler, 
assistir televisão, dirigir ou para executar qualquer outra atividade da vida cotidiana. 
Aqueles que responderem afirmativamente podem ser avaliados com o uso do Cartão de 
Jaeger ou com o Teste de Snellen, ambos presentes no Cadernos de Atenção Básica n.º 19 – 
Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa; e, quando possível, encaminhados para avaliação 
oftalmológica. 
 
Acuidade Auditiva 
A Presbiacusia é a perda progressiva da capacidade de diferenciar os sons de alta 
frequência. É uma das causas mais comuns relacionadas ao declínio na acuidade auditiva 
das pessoas idosas. A pessoa idosa deve ser encaminhada para avaliação audiológica 
quando apresentar queixa de perda auditiva, espontaneamente ou referida em resposta a 
um questionamento. 
 
Olfato e Paladar 
A sensibilidade olfativa varia pouco em função da idade e o paladar também se modifica, 
com redução de sensibilidade para o sal e para o doce, o que pode favorecer abusos. 
Importante verificar se a pessoa idosa apresenta uma dentição correta e/ou se as próteses 
estão bem adaptadas, e evitar prescrever regimes alimentares frequentemente inúteis, a 
fim de permitir, até uma idade avançada, os prazeres da alimentação e do olfato, 
guardando um equilíbrio nutricional. 
 
Considerações Finais 
Neste recurso, você pôde conhecer os diversos aspectos a serem investigados na avaliação 
multidimensional da pessoa idosa. Na dimensão clínica, a anamnese ampliada busca 
conhecer as possíveis doenças existentes para diagnóstico, manutenção da saúde e 
tratamento. A dimensão psicossocial foca na saúde mental da pessoa idosa, suas 
capacidades mentais, humor, e seu impacto nas condições de vida. E, por fim, a dimensão 
físicofuncional analisa o impacto das condições de saúde mais frequentes nessa população 
diretamente nas atividades básicas de vida diária. 
https://saiteava.org/repocursos/Atencao-a-pessoa-com-deficiencia/Programa_1/Modulo_3/infografico-avaliacao-multidimensional/dist/?lti_url=https%3A%2F%2Flti.saiteava.org%2Fapi&ltik=eyJhbGciOiJIUzI1NiIsInR5cCI6IkpXVCJ9.eyJwbGF0Zm9ybVVybCI6Imh0dHBzOi8vc2FpdGVhdmEub3JnIiwiY2xpZW50SWQiOiJwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUiLCJkZXBsb3ltZW50SWQiOiIzIiwicGxhdGZvcm1Db2RlIjoibHRpYUhSMGNITTZMeTl6WVdsMFpXRjJZUzV2Y21kd2NGbDNaWE0zV0dSc1RWRkVRVlV6IiwiY29udGV4dElkIjoiaHR0cHMlM0ElMkYlMkZzYWl0ZWF2YS5vcmdwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUzNDJfMjEwIiwidXNlciI6IjIxMTAwNCIsInMiOiIyMzRmZmY1NWJmOWIzZDgxNWJmN2UyYTI1YzY1ZTFkZGVhZjQzZTIzMjMwYzI5NmZhZiIsImlhdCI6MTY0NTYyNzAyOH0.wWxDnJJ-W9mVosdPWLBb7YnT4GVUUmmKcZgK2cJzxrY
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Você também pôde conhecer perguntas que o profissional pode fazer para identificar os 
déficits cognitivos, a frequência de sentimentos depressivos, a manutenção de hábitos 
saudáveis, e a relação e convívio com a família. Além disso, é importante saber reconhecer e 
acompanhar casos de violência e maus tratos à pessoa idosa, assim como orientar para a 
segurança e desfrute de sua sexualidade. 
 
Espera-se que este material tenha contribuído para a sua compreensão acerca da avaliação 
multidimensional da pessoa idosa nos seus aspectos clínico, psicossocial e funcional, 
fornecendo caminhos de investigação e despertando para temas pouco discutidos, como a 
sexualidade desse público. O paciente idoso possui várias facetas além daquele único 
sintoma que ele possa vir a trazer em consultório.Estar atento a outras dimensões e 
conversar com outros profissionais que também o atendem pode ser a solução para 
melhorar a qualidade de vida do paciente idoso. 
 
 
Tecnologias Assistivas na Reabilitação Funcional da Pessoa Idosa com Deficiência 
A evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil, por isso, 
constantemente são desenvolvidos dispositivos e ferramentas para favorecer e simplificar as 
atividades do cotidiano. 
O que é Tecnologia Assistiva? 
O conceito de TA é relativamente novo e está em constante processo de construção e 
sistematização. A TA pode ser compreendia como uma ampla gama de equipamentos, 
serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais 
encontrados pelos indivíduos com deficiência. 
TA inclui todos os recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar 
habilidades funcionais e, assim, promover a vida independente e a inclusão social. 
 
A TA apresenta como objetivos: gerar acessibilidade; melhorar a qualidade de vida; e 
proporcionar maiores possibilidades de independência, locomoção, educação, saúde, entre 
outros aspectos. 
Quais são os tipos de Tecnologias Assistivas? 
O processo de classificar as TA é complexo, entretanto, o Ministério da Fazenda; Ciência, 
Tecnologia e Inovação e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da 
República apresentaram uma classificação na Portaria Interministerial n.º 362, de 24 de 
outubro de 2012. 
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Como as TA podem ser classificadas: 
Auxílios para a vida diária e para a vida prática 
Comunicação Aumentativa e/ou Alternativa 
Recursos de acessibilidade ao computador Materiais e produtos que favorecem desempenho 
autônomo e independente em tarefas rotineiras ou que facilitam o cuidado de pessoas em 
situação de dependência de auxílio, nas atividades como alimentar-se, cozinhar, vestir-se, 
tomar banho e executar necessidades pessoais. Incluem-se, nesta área, recursos de atividades 
de vida prática, utilizados no apoio a ações como as da escola. 
Sistemas de controle de ambiente 
Sistemas de sensores com alarmes, sistema de controle de aparelhos domésticos, sistema de 
chave eletrônico, sistema de automação domiciliar. 
Comunicação Aumentativa e/ou Alternativa 
Recursos destinados à ampliação de habilidades de comunicação. Dispositivos para ajudar a 
pessoa a receber, enviar, produzir e/ou processar informações em diferentes formatos. 
Auxílios para ampliação da habilidade auditiva ... 
Dispositivos de conversão de sons, telefones com teclado-teletipo, videofones, softwares de 
conversão de voz, textos e dicionários digitais em Língua de Sinais. 
Adaptações em veículos e em ambientes de acesso ao veículo 
 
Acessórios e adaptações que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um 
automóvel ou ser deslocada por meio dele. 
Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
Projetos de edificação e urbanismo que garantam acesso, funcionalidade e mobilidade a todas 
as pessoas, independentemente de sua condição física, intelectual e sensorial. 
Órteses e Próteses 
São colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo um melhor posicionamento, 
estabilização e/ou função. 
Adequação Postural 
Compostos pela seleção de recursos que garantam posturas alinhadas, estáveis, confortáveis e 
com boa distribuição do peso corporal. Os recursos de adequação postural auxiliam na 
prevenção de deformidades corporais. 
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Auxílios de mobilidade 
Equipamento ou estratégia utilizada na melhoria e autonomia da mobilidade pessoal. 
Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a informação a pessoas 
com baixa visão ou cegas 
Categoria de equipamentos que promovem a independência das pessoas com deficiência ou 
cegas. 
Esporte e Lazer 
Recursos que favorecem a prática de esporte e a participação em atividade de lazer, por 
exemplo, suporte para baralho. 
A TA pode ser de alta tecnologia ou de baixa tecnologia, sendo representada por 
equipamentos como: muletas canadenses ou auxiliares, bengalas, andadores, cadeiras de 
rodas, elevadores, carros adaptados, órteses e próteses, barras de segurança, rampas e 
plataformas, entre outros. 
Alguns tipos de TA: 
 
 
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Os recursos de TA devem estar integrados ao processo de reabilitação, para qualquer usuário 
que precisar utilizar alguma TA. Além disso, é necessário que seja feita a indicação terapêutica 
baseada em critérios seguros de elegibilidade 4. 
 
 
Os meios auxiliares de marcha (bengalas, muletas e andadores), por exemplo, são utilizados 
para melhorar a função da mobilidade, considerando que visam diminuir o gasto energético e 
auxiliar no equilíbrio e na distribuição de peso nos membros inferiores. 
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O uso de TA contribui para a prevenção ou diminuição do risco de quedas e para o aumento da 
estabilidade e da mobilidade. Além disso, o seu uso favorece o acesso na comunidade e a 
socialização4. 
A pessoa idosa deve ser treinada pelo profissional quanto à utilização correta da TA (padrão de 
apoio e ajuste do dispositivo), bem como orientada sobre as medidas para sua conservação. 
Essa utilização baseada na indicação de profissional capacitado poderá4. 
 
 
Percebe-se, dessa forma, que trabalhar para a inclusão social da pessoa idosa significa 
trabalhar para a conquista e a prática da cidadania e, nesse sentido, a TA é um importante 
instrumento que não pode ser desconsiderado. 
Para aprofundar seus conhecimentos sobre TA, sugerimos a leitura dos seguintes documentos: 
• Tecnologia Assistiva, publicado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, em 2009; 
• Lista de Produtos Assistivos Prioritários, publicado pela Organização Mundial da Saúde, em 
2016; 
• Decreto n.º 10.645, de 11 de março de 2021, que regulamenta o Art. 75 da Lei n.º 13.146, de 
6 julho de 2015, para dispor sobre as diretrizes, os objetivos e os eixos do Plano Nacional de 
Tecnologia Assistiva. 
Considerações finais 
Ao longo deste recurso, foram abordados o conceito de TA, os diferentes tipos de TA e os 
principais benefícios da sua utilização entre pessoas idosas com deficiência. 
Vimos que a TA contribui para a simplificação das atividades cotidianas, corrobora o processo 
de inclusão, autonomia e o exercício de cidadania por quem a utiliza. Além disso, as TA não se 
restringem apenas a objetos ou recursos físicos. Elas também podem abarcam serviços, 
estratégias e práticas concebidas para a melhora da qualidade de vida das pessoas idosas com 
deficiência e para seu processo de reabilitação. 
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O acolhimento do idoso na atenção primária. 
Os Objetivos do Acolhimento 
 Facilitar o acesso aos serviços por meio de mecanismos ágeis e mais confortáveis de 
agendamento. 
 Humanizar as relações entre profissionais de saúde e usuários. 
Fluxograma – Acolhimento do Idoso 
 O idoso na Atenção Primária à Saúde na área de abrangência da Unidade Básica de 
Saúde/UBS ou Estratégia de Saúde da Família/ESF procura a unidade da sua região 
adscrita, através do agendamento, demanda espontânea, contato telefônico ou visita 
domiciliar pela equipe. 
 O acolhimento é feito através da equipe de saúde com recepção técnica, escuta 
qualificada e priorização das ações ou atividades. 
 O idoso é encaminhado para avaliação de risco. 
 O profissional de saúde atende o idoso individualmente ou com o acompanhante. 
 Cadastra 
 Escuta a demanda 
 Analisa sua necessidade de atenção 
 Identifica o risco. 
A operacionalização do acolhimento 
 Os Agentes Comunitários de Saúde / ACS são de grande importância para a captação e 
identificação de Idosos de risco não só por suas atividades desenvolvidas e o contato 
direto com a família na prestação do atendimento domiciliar, mas também pela 
capacidade destes agentes de identificar o Idoso em outras estruturas sociais dentro 
da comunidade. 
O cadastramento 
 O Idoso deverá ser cadastrado com base territorial visando à identificação e ao 
encaminhamento para

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