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Slides de Aula - Unidade III (4)

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Prof. Dr. Flávio Buratti
UNIDADE III
Fisiopatologia e
Anatomia Patológica
 Neoplasia pode ser entendida como a lesão constituída pela proliferação celular anormal, 
descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução da diferenciação celular, em 
consequência de alterações nos genes que regulam crescimento e diferenciação.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Fonte: Adaptado de: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São 
Paulo: Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Localização primária Casos % Homens Mulheres Localização primária Casos %
Próstata
Traqueia, brônquio e pulmão
Cólon e reto
Estômago
Cavidade oral
Esôfago
Bexiga
Laringe
Leucemias
Sistema nervoso central
68.220
18.740
17.380
13.540
11.200
8.240
6.690
6.390
5.940
5.810
31,7%
8,7%
8,1%
6,3%
5,2%
3,8%
3,1%
3,0%
2,8%
2,7%
Mama feminina
Cólon e reto
Colo do útero
Traqueia, brônquio e pulmão
Glândula tireoide
Estômago
Corpo do útero
Ovário
Sistema nervoso central
Leucemias
59.700
18.980
16.370
12.530
8.040
7.750
6.600
6.150
5.510
4.860
29,5%
9,4%
8,1%
6,2%
4,0%
3,8%
3,3%
3,0%
2,7%
2,4%
Figura 81 – Dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2018 (exceto pele não
melanoma – números arredondados para múltiplos de 10), Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Proliferação celular:
 Proliferação celular é o processo de aumento no numero de células por divisão mitótica. 
Em tecidos normais, é regulada de modo que a quantidade de células em divisão ativa seja 
equivalente à quantia de células mortas ou perdidas.
Diferenciação celular:
 É o processo pelo qual as células em proliferação se tornam progressivamente tipos 
celulares mais especializados. Esse procedimento resulta em uma célula totalmente 
diferenciada, adulta, que tem um conjunto de características estruturais, funcionais 
e tempo de vida específicos
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São 
Paulo: Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Diferenciação celular:
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São 
Paulo: Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Célula-tronco
Célula-tronco
Célula progenitora
Células-filhas
Células diferenciadas
Figura 82 – Mecanismo de substituição celular mediano por células-tronco
Nomenclatura:
 Na prática, as neoplasias são chamadas de tumores. O termo tumor é mais abrangente, pois 
significa qualquer lesão expansiva ou intumescimento localizado, podendo ser causado por 
vários outros processos patológicos (inflamações, hematomas etc.).
 As neoplasias geralmente recebem o nome por adição do sufixo oma ao tipo de tecido 
parenquimatoso a partir do qual se origina o crescimento.
 Os tumores podem ser classificados de acordo com vários 
critérios: pelo comportamento clinico (benignos ou malignos), 
pelo aspecto microscópico (critério histomorfológico) 
e pela origem da neoplasia (critério histogenético).
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Neoplasias benignas:
 São compostas de células bem diferenciadas que se assemelham àquelas dos tecidos 
de origem e se caracterizam por crescimento lento e progressivo, que pode paralisar 
ou regredir.
 Por motivos desconhecidos, as neoplasias benignas perderam a capacidade de suprimir 
o programa genético de proliferação celular, mas mantiveram o programa normal 
de diferenciação celular. Elas crescem por expansão e permanecem no local de origem, 
sem a capacidade de se infiltrar, invadir ou criar metástases para locais distantes. 
(porém, podem, em alguns casos, ser fatais).
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Neoplasias malignas:
 Neoplasias malignas, que invadem e destroem o tecido circundante e se propagam para 
outras partes do corpo, tendem a crescer rapidamente e se disseminar; têm potencial para 
causar a morte. Devido à sua rápida taxa de crescimento, as neoplasias malignas podem 
comprimir vasos sanguíneos e comprometer o suprimento sanguíneo, causando isquemia 
e lesão tecidual.
 Algumas doenças malignas podem secretar hormônios ou ocitocinas, liberar enzimas 
e toxinas ou induzir uma resposta inflamatória prejudicial ao tecido normal, tanto quanto 
a própria neoplasia
 Existem duas categorias de neoplasias malignas: as sólidas 
e os cânceres hematológicos.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São Paulo: 
Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Figura 84 – Carcinoma in situ: o colo do útero apresenta células neoplásticas
escamosas que ocupam todo o epitélio, embora confinadas à mucosa
pela membrana basal intacta subjacente.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Quadro 5 – Características das neoplasias benignas e malignas
Parâmetros observados Benignas Malignas
Taxa de crescimento Baixa Alta
Figuras de mitose Raras Frequentes
Grau de diferenciação Bem diferenciadas
Desde bem diferenciadas 
até anaplásicas
Atipias celulares 
e arquiteturais
Raras Frequentes
Degeneração/necrose Ausentes Presentes
Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo
Cápsula Presente Geralmente ausente
Limites da lesão Bem definidos Imprecisos
Efeitos locais 
e sistêmicos
Geralmente inexpressivos
Geralmente graves
e às vezes letais
Recidiva Em geral, ausente Presente
Metástase Ausentes Presentes
Fonte: Adaptado de: Brasileiro 
Filho (2017, p. 242).
Invasão e metástase:
 Ao contrário de neoplasias benignas, que crescem por expansão e geralmente são 
encapsuladas, o câncer se dissemina por invasão direta.
 A maioria dos cânceres sintetiza e secreta enzimas que degradam proteínas e contribuem 
para infiltração, invasão e penetração nos tecidos circundantes.
 O termo metástase é empregado para descrever o desenvolvimento de uma neoplasia 
secundária, em uma região distante da primária.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
É uma característica das neoplasias benignas, exceto:
a) Taxa de crescimento baixa.
b) Raras figuras de mitose.
c) Células bem diferenciadas.
d) Limites de lesão imprecisos.
e) Ausência de metástases.
Interatividade
É uma característica das neoplasias benignas, exceto:
a) Taxa de crescimento baixa.
b) Raras figuras de mitose.
c) Células bem diferenciadas.
d) Limites de lesão imprecisos.
e) Ausência de metástases.
Resposta
Vias de disseminação:
 A metástase ocorre através dos canais linfáticos (disseminação linfática) e vasos sanguíneos 
(disseminação hematogênica).
 Em muitos tipos de câncer, a primeira evidência de doença disseminada é a existência de 
células neoplásicas nos linfonodos que drenam a área da neoplasia.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Linfonodos e via linfática:
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Fonte: https://vascular.pro/sistema-
linfatico-responsavel-pela-linfa/
Genética molecular do câncer:
O câncer tem uma base genética. As propriedades que apoiam essa conclusão incluem:
 Predisposição genética;
 Presença de anormalidades cromossômicas em células neoplásicas;
 Correlação entre comprometimento do reparo de DNA e ocorrência de câncer;
 Associação íntima entre carcinogênese e mutagênese.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Genética molecular do câncer:
 Estima-se que sejam necessários pelo menos quatro a sete genes mutantes para a 
transformação de uma célula normal em célula maligna, e esse processo de várias 
etapas pode ocorrer durante um período de anos. 
Três classes principais de genes sofrem mutação em diferentes cânceres:
 Proto-oncogenes, que regulam crescimento, diferenciação e sobrevida celulares normais.
 Genes supressores de tumor, cujos produtos inibem a proliferação celular.
 Genes de reparação de não equivalência de DNA, que 
mantêm a fidelidade da replicaçãodo DNA.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Principais marcadores tumorais:
 Marcadores tumorais são macromoléculas expressas pelos tumores, ou ainda presentes 
na circulação sanguínea e/ou nos líquidos biológicos que apontam para o surgimento 
de células neoplásicas.
 Em sua maioria, os marcadores tumorais são estruturas proteicas ou derivadas, podem 
ainda ser hormônios ou enzimas.
Alfafetoproteína (AFP):
 A alfafetoproteína (proteína frequentemente encontrada na 
circulação e de produção hepática) pode apresentar-se em 
altas concentrações em pacientes portadores de tumores 
gastrintestinais, hepatite, cirrose e hepatocarcinoma. Valores 
em geral acima de 500 ng/mL são altamente sugestivos de 
malignidade, e números acima de 1000 ng/mL são indicativos 
de presença de neoplasia.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Antígeno mucoide associado ao carcinoma (MCA):
 Apresenta-se como uma glicoproteína importante no acompanhamento do carcinoma 
mamário. Sua especificidade, a depender da metodologia empregada, pode variar
de 87 a 90%, o que o habilita como marcador de evolução clínica.
Cromogranina A:
 Presente em vários tecidos neuroendócrinos e também conhecida como secretogranina I, 
vem sendo utilizada como um eficiente marcador em neoplasias endócrinas, síndrome 
carcinoide, carcinoma medular da tireoide, adenoma hipofisário, carcinoma de células 
das ilhotas do pâncreas, além do carcinoma pulmonar de células pequenas.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Antígeno tumoral da bexiga (BTA):
 Raramente expressa por células normais, a proteína BTA é produzida sobretudo por tumores 
uroteliais da bexiga, cuja sensibilidade pode alcançar, a depender da metodologia utilizada, 
até 100%. Eventualmente, pode-se ter resultados falsamente positivos em pacientes que 
apresentem quadros de cálculos renais ou litíase urinária, ou que utilizem, por exemplo, 
sonda vesical de demora.
Fosfatase ácida prostática (PAP):
 Olhando em retrospecto, a fosfatase ácida prostática (PAP) 
foi o primeiro marcador a ser utilizado no diagnóstico do 
câncer de próstata. Infelizmente, seus valores só aparecem 
mais elevados nos estágios mais avançados da doença, não 
permitindo sua utilização na detecção precoce de alterações 
ou tumores em estágios iniciais.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Antígeno carcinoembrionário (CEA):
 Na presença de neoplasia maligna, podem ser mensurados altos níveis de CEA 
associados sobretudo com os casos de carcinoma colorretal metastático. Também vêm 
sendo reportados níveis elevados associados a neoplasias de pulmão, pâncreas, trato 
gastrintestinal, trato biliar, tireoide e em até 50% dos pacientes com neoplasia de mama.
Antígeno prostático específico (PSA):
 O PSA é secretado normalmente no líquido seminal. Em 
pacientes com números de PSA acima de 10 ng/mL, o valor 
preditivo positivo para o adoecimento alcança facilmente a 
marca de 60%. No entanto, seu valor diagnóstico torna-se 
ainda maior se tal resultado for combinado com a avaliação 
realizada a partir do toque retal.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Calcitonina:
 A calcitonina é um hormônio secretado pelas células da tireoide, por essa razão é utilizada 
como marcador de carcinoma medular da tireoide. Em indivíduos com histórico familiar, 
apresenta uma sensibilidade para detecção precoce em cerca de 90% dos pacientes.
CA 125:
 O CA 125 é uma glicoproteína que vem sendo utilizada no 
acompanhamento dos casos de câncer epitelial do ovário. 
Pode alcançar ate 85% de sensibilidade para diagnóstico, 
variando de acordo com o estadiamento da doença. 
A elevação de CA 125 pode ocorrer de forma extremamente 
precoce, variando em ate 12 meses antes do aparecimento 
de qualquer sinal e/ou sintoma que evidenciaria clinicamente 
uma recorrência.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Qual o melhor marcador para avaliação de recorrência de câncer de mama?
a) BTA.
b) CA 125.
c) Calcitonina.
d) PSA.
e) Cromogranina A.
Interatividade
Qual o melhor marcador para avaliação de recorrência de câncer de mama?
a) BTA.
b) CA 125.
c) Calcitonina.
d) PSA.
e) Cromogranina A.
Resposta
Graduação e estadiamento de cânceres:
 Na tentativa de prognosticar o comportamento de um tumor e de estabelecer critérios para 
o tratamento, muitos cânceres são classificados por grau e estágio. As opções de cirurgia e 
tratamento são influenciadas pela fase, que reflete a extensão da disseminação, e pelo grau, 
que representa as características celulares.
Os critérios habitualmente empregados são: tamanho do tumor, extensão de crescimento local, 
presença de metástases em linfonodos e de metástases distantes. Esses critérios foram 
codificados no sistema internacional de estadiamento de câncer TNM:
 T: refere-se ao tamanho do tumor primário.
 N: metástases em linfonodos regionais.
 M: presença e extensão de metástases distantes.
Neoplasias: aspectos gerais e epidemiológicos
Câncer de mama:
Ele consiste em um crescimento descontrolado de células da mama que adquiriram 
características anormais, causadas por uma ou mais mutações no material genético 
das células destas estruturas:
 Células dos lóbulos (produtores do leite);
 Células dos ductos lactíferos (por onde é drenado o leite).
Principais neoplasias 
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia 
Patológica. – São Paulo: Gonçalves 
FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Os principais tipos de câncer de mama são:
 Carcinoma ductal in situ (CDIS): desenvolve-se nas células dos ductos mamários,
não invadiu células adjacentes aos ductos.
 Carcinoma ductal invasivo: 80% dos casos. Desenvolve-se nas células dos ductos 
mamários, invadiu células adjacentes aos ductos quando diagnosticado.
 Carcinoma lobular in situ (Clis): desenvolve-se nas células 
dos lóbulos mamários, não ha sinais de que tenha invadido 
células adjacentes.
 Carcinoma lobular invasivo: desenvolve-se nos lóbulos 
mamários, mas já invadiu células adjacentes.
Principais neoplasias 
Câncer de próstata:
 O câncer de próstata caracteriza-se pelo crescimento e aumento da próstata e com jato 
e intensidade diminuído da urina.
Principais neoplasias 
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São Paulo: 
Gonçalves FB & Messias, SHN, Editora Sol, 2020.
Câncer de intestino colorretal:
 O câncer colorretal acomete o segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. 
É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando 
ainda não se espalhou para outros órgãos.
 Os sinais e sintomas do câncer colorretal dependem da localização do tumor no intestino e 
apresentam-se como dor ou desconforto abdominal com aparecimento de cólicas frequentes; 
excesso de gases; diarreia ou constipação intestinal; sangramento anal ou melena
Principais neoplasias 
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São 
Paulo: Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Figura 88 – Câncer retal ulcerado circunferencial
Câncer de estômago:
 A sobrevida em cinco anos é muito baixa e não ultrapassa os 20% em todo o mundo, 
sendo ainda mais baixa em países com baixa cobertura de saúde. No Japão, a sobrevida 
atualmente chega à casa dos 60% por conta de programas de rastreamento populacional 
para câncer de estomago e diagnóstico precoce.
 Sua causa é multivariada.
 Fatores não infecciosos como idade avançada, dieta pobre em 
produtos de origem vegetal e rica em sal, consumo excessivo 
de alimentos com conservantes, tabagismo e associação com 
doenças como gastrite crônica.
Principais neoplasias 
Câncer de pulmão:
 O câncer do pulmão – ou neoplasia maligna do pulmão – é um dos tipos mais comuns 
e graves de câncer.
 Os carcinomas de pulmão são classificados em carcinoma de pequenas células (linfocitoides – oat 
cell intermediário e combinado) e carcinoma de células não pequenas (carcinoma de células 
escamosas ou carcinoma espinocelular,adenocarcinoma e carcinoma indiferenciado de grandes 
células).
Principais neoplasias 
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia 
Patológica. – São Paulo: Gonçalves FB 
& Messias SHN Editora Sol, 2020Figura 89 – Carcinoma broncogênico
Câncer de pele:
 O câncer de pele pode ser classificado como carcinoma basocelular, carcinoma 
espinocelular e melanoma.
 O carcinoma basocelular (CBC) normalmente localiza-se na região da face, orelhas, 
pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. O principal fator de risco para seu 
desenvolvimento é a exposição solar. Caracteriza-se por lesões de aspecto papular, de 
coloração avermelhada, brilhosa, com crosta central e que pode sangrar com facilidade.
 O carcinoma espinocelular (CEC) aparece nas mesmas 
áreas que o CBC; normalmente seus fatores de risco incluem, 
além da exposição solar, o uso prolongado de 
imunossupressores e radiação. As lesões sugestivas de CEC 
surgem com o aspecto de ferida descamativa de coloração 
avermelhada, que não cicatriza e tem alta probabilidade 
de sangrar.
Principais neoplasias 
Câncer de pele:
 O melanoma surge em qualquer área exposta ao sol, e além da óbvia exposição solar como 
fator de risco, aponta-se a maior predisposição de indivíduos com pele clara e histórico 
familiar da doença, indicando um componente hereditário importante. Manifesta-se pelo 
surgimento de pintas de coloração enegrecida ou acastanhada, de formato e tamanhos 
variados, as quais ainda podem apresentar sangramento ao desenvolvimento do melanoma.
Principais neoplasias 
Fonte: Fisiopatologia e Anatomia 
Patológica. – São Paulo: Gonçalves 
FB & Messias SHN Editora Sol, 2020Figura 90 – Carcinoma basocelular
São conhecidos dois tipos de câncer: o de células pequenas e o de não pequenas células. 
A descrição refere-se a tipos de câncer de: 
a) Mama.
b) Próstata.
c) Estômago.
d) Pulmão.
e) Colorretal.
Interatividade
São conhecidos dois tipos de câncer: o de células pequenas e o de não pequenas células. 
A descrição refere-se a tipos de câncer de: 
a) Mama.
b) Próstata.
c) Estômago.
d) Pulmão.
e) Colorretal.
Resposta
 O exame anatomopatológico fundamenta-se nas avaliações macroscópica e microscópica 
de tecidos e células extraídos de um paciente.
A obtenção de amostras para o exame anatomopatológico pode ser efetuada através 
da realização de:
 Biópsia;
 Punção aspirativa com agulha fina (Paaf);
 Exérese;
 Necropsia.
Anatomia patológica
Referência: Fisiopatologia e Anatomia Patológica. – São 
Paulo: Gonçalves FB & Messias SHN Editora Sol, 2020
Biópsia:
 O método consiste na remoção de um pequeno fragmento de tecido do organismo vivo. 
Após esta remoção, o material extraído deve ser cuidadosamente acondicionado em 
recipiente apropriado contendo formol salino ou tamponado a 10%, devidamente identificado 
e posteriormente enviado para a anatomia patológica
 Além de tecidos, líquidos biológicos, secreções e outros materiais, podem vir a ser estudados 
todos os órgãos a serem biopsiados, como músculos, pele, ossos, entre outros.
 As biópsias podem ser: internas, externas, perioperatórias, 
excisionais, incisionais e por aspiração.
Anatomia patológica
 Biópsias internas: são realizadas por incisão ou punção. A punção pode ser executada 
às cegas ou ecoguiadas, por ultrassonografia, endoscopia ou broncoscopia.
 Biópsias externas: são praticadas quando há lesões presentes nas camadas superficiais 
da pele e das mucosas.
 Biópsias perioperatórias: são executadas durante procedimentos cirúrgicos planejados.
 Biópsias excisionais: são aquelas nas quais se remove por completo a lesão.
Anatomia patológica
 Biópsias incisionais: são responsáveis pela remoção de parte da lesão.
 Biópsias por aspiração: ocorrem quando o material a ser examinado e aspirado através de 
agulha ou instrumento adequado para tal.
Punção aspirativa com agulha fina (Paaf):
 Consiste na retirada de pequena parte de tecido por método 
aspirativo com posterior coloração do material aspirado para 
microscopia. Entre as inúmeras aplicações do método, 
destaca-se a utilização no diagnóstico de nódulos tireoidianos, 
reduzindo a necessidade de cirurgia em mais de 50% 
dos casos.
Anatomia patológica
Exérese:
 É um procedimento utilizado com finalidade de remoção de um órgão ou tecido 
com objetivo terapêutico.
Necropsia:
 Avaliação detalhada e precisa das cavidades e órgãos do sujeito humano ou animal morto, 
objetivando determinar a causa mortis.
 Por definição, a morte se caracteriza por evidências 
orgânicas que se apercebem rapidamente, como a parada 
dos movimentos respiratórios, a parada cardíaca, a perda 
da consciência e da mobilidade voluntária, assim como 
dos reflexos.
Anatomia patológica
Necropsia:
Apos a morte, surgem mudanças denominadas de alterações cadavéricas, distribuídas 
em fases:
 Fase de rigidez cadavérica; (3 a 6 horas até 24 horas);
 Fase dos livores ou de manchas cadavéricas;
 Fase gasosa;
 Fase de coliquação;
 Fase de esqueletização.
Anatomia patológica
Necropsia:
 Deve ser realizada respeitando-se uma série de procedimentos de forma organizada 
e hierárquica, a fim de se obter o melhor resultado possível. 
 Inicialmente, tem de ser feita uma preparação do corpo, identificando-o com número 
de registro geral ou do boletim de ocorrência, e procede-se com a coleta das digitais 
do cadáver. 
 Roupas, projéteis e outros objetos são retirados, identificados e separados 
para posterior avaliação. 
 O corpo deve ser lavado com água e sabão. Iniciam-se 
os cortes a partir do crânio, tórax e abdômen.
 Órgãos como cérebro, coração, pulmões, entre outros, 
são removidos, pesados, medidos e examinados.
Anatomia patológica
Que nome damos ao procedimento em que ocorre a remoção de um órgão ou tecido 
com objetivo terapêutico?
a) Exérese.
b) Biópsia interna.
c) Paaf.
d) Necropsia.
e) Biópsia externa.
Interatividade
Que nome damos ao procedimento em que ocorre a remoção de um órgão ou tecido 
com objetivo terapêutico?
a) Exérese.
b) Biópsia interna.
c) Paaf.
d) Necropsia.
e) Biópsia externa.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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