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Curso: Licenciatura em Artes Visuais Disciplina: Psicologia da Educação Nome: Priscila Heffner Data: 08/06/2022 Atividade 1 "O desenvolvimento humano é cercado de teorias que foram evoluindo com o tempo e com os novos desafios pelos quais a humanidade passou. Em nossos estudos, vimos que Sigmund Freud desenvolveu a Teoria Psicanalítica e os conceitos do aparelho psíquico formado pelo consciente, pré-consciente e inconsciente, chamada de teoria topográfica. Explique como os componentes da teoria topográfica estão relacionados com o desenvolvimento humano. ” Resposta: Freud ao criar a teoria topográfica reconheceu três tipos de conteúdos mentais: o consciente, o pré consciente (ou subconsciente) e o inconsciente. O primeiro é relacionado como momento atual que o indivíduo vivencia; o segundo encontra-se um nível abaixo da consciência, mas não muito profundo, portanto pode ser acessado mais facilmente; este tem a função de coordenar que determinadas convicções venham à tona ou não, de acordo com a ocasião. E o terceiro, é o temos de mais profundo, que podem ser desejos e instintos inaceitáveis, medos, impulsos e traumas. Esses ficam “trancados" no inconsciente, para que quando vierem à tona, passem por um processo psíquico que também faz parte dessa teoria criada por Freud. A teoria topográfica foi conectada à imagem de um iceberg, fazendo uma analogia onde a parte acima da água é o consciente, a parte submersa o inconsciente e a parte entre os dois - que ora esta embaixo d`água, ora na superfície é o pré-consciente ou subconsciente. De acordo com Freud, os processos psíquicos ocorrem em princípio no inconsciente, e quando vêm à tona, são frações da vida psíquica como um todo. Esses processos ocorrem da seguinte forma: o ato psíquico passa por duas fases, vem do inconsciente e passa por um tipo de “censura" que vai de acordo com as regras e convenções básicas da convivência humana. Quando passa nesse teste de censura ele pode passar ao sistema da consciência, mas isto não garante que seus conteúdos estarão conscientes, mas sim que poderão passar a constituir um objeto da consciência sem sofrer resistências. Estes conteúdos seriam os pré-conscientes. Quando não passar no teste de censura, se manterá no inconsciente onde permanecerá reprimido. Um exemplo de conteúdos pré-conscientes é quando tentamos lembrar de algo do passado, como um parente distante com o qual convivemos na época da infância, a memória sobre essa pessoa não está consciente, mas está lá, não à acessamos com frequência, porém fazendo um esforço é possível acessá-la. Já o inconsciente pode ser visto no desejo de matar um irmão menor por ciúmes, que fica reprimido e é colocado no insconsciente, por possuir conteúdo inaceitável às regras morais e sociais. Assim, é possível entender o insconsciente como uma estrutura dinâmica que é regida pelo princípio do prazer, e que precise vez ou outra ser censurada. Complementando, e também fazendo parte da teoria topográfica vem a teoria estrutural, que nos ajuda a entender os impulsos em realizar os desejos do inconsciente. Esse sistema, que também forma a estrutura da personalidade é dividido em três partes: o ID, o EGO e o SUPEREGO. O Id representa as pulsões, ou seja, os impulsos pela buscar de prazer. No desenvolvimento humano vemos manifestações mais explícitas na chamada Fase Oral e Anal - que vai, a primeira do nascimento até uma ano de idade da criança; e a segunda de um aos três anos. São chamadas assim pois o prazer que é buscado está vinculado às sensações geradas na boca - no ato de se alimentar, chupar uma chupeta, mordedor ou brinquedo -, e no intestino e bexiga - ao controlar os esfíncteres anais o bebê consegue reter e liberar impurezas, o que gera prazer a ele. O Id se manifesta por exemplo, quando o bebê chora até que seu desejo seja realizado, pois para o id, não há limites para a satisfação do prazer. Não há controle dos desejos. O Superego é como uma força moral que serve para reprimir e julgar os impulsos inaceitáveis do id. Dentre as funções do superego estão a consciência pessoal de agir, reagir, julgar, ou proibir uma ação que não é aceita pelo ambiente em que o indivíduo está inserido; sendo muitas vezes esses agir do superego inconsciente. O Superego se manifesta por volta dos 4 anos de dade, quando a criança já sente a influência de valores e crenças vindas das expectativas da família. Estudar para ser um bom aluno e atender às demandas familiares entra em conflito como desejo interno de brincar o tempo inteiro e se divertir sem ter compromissos. Por fim, o Ego é o responsável por mediar o prazer a rigidez; ao entender que não pode ter tudo o que deseja, na hora que deseja, o ego faz seu papel de equilibrar a impulsividade do id e buscar a satisfação de seus desejos. É regido pelo princípio da realidade, e serve como parâmetro para adaptação aos desafios da vida em sociedade. É o equilíbrio entre o querer e o dever (Id e Superego), parte consciente que auxilia o aparelho psíquico à regular as ações e reações humanas. O equilíbrio entre esses três é essencial para que o indivíduo seja psiquicamente sadio, tendo em vista que o déficit de algum deles, principalmente do Ego pode trazer problemas na ordem de convivência afetiva e em sociedade.
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