Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ANALÍTICA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA JOÃO HENRIQUE STEMPKOSKI DA ROSA (12562323) MATHEUS CASTELANI (12562330) CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS: balão volumétrico, pipeta volumétricas e micropipeta RIBEIRÃO PRETO 2022 OBJETIVOS Este trabalho visa verificar a calibração de algumas vidrarias volumétricas. MATERIAIS E MÉTODOS O processo consistiu basicamente, no caso das pipetas, na transferência de água deionizada para um frasco em uma balança através da vidraria volumétrica a ser calibrada. Em relação ao balão volumétrico, o método se deu com a verificação da massa de água presente na vidraria. Assim, utilizando a equação de densidade, a massa de água foi utilizada para verificação do volume transferido, levando em consideração variáveis como temperatura e pressão atmosférica. Com V sendo: Então: (1) Sendo: . Os cálculos de média e desvio padrão foram realizados utilizando as equações 2 e 3, respectivamente. (2) (3) Para este experimento, foram utilizados três equipamentos: balão volumétrico (25 mL), pipeta volumétrica (25 mL) e micropipeta (1000 µL). A IMPORTÂNCIA DA CALIBRAÇÃO A calibração de vidrarias volumétricas é extremamente importante para verificar se esses equipamentos continuam em condições aceitáveis de uso para a realização de análises, de forma que os erros de medida integrados a elas não influenciem significativamente nos resultados obtidos. Para tanto, existem limites de tolerância para as variações de volume relacionadas às vidrarias volumétricas, definidos pela U.S. Nation Bureau of Standards. Estes podem ser visualizados nas tabelas Tabela 1 e Tabela 2 (Harris, 2017). Tabela 1 - Tolerância de erro para pipetas de transferência (classe A) Volume (mL) Tolerância (mL) 1,0 ±0,006 5,0 ±0,01 10,0 ±0,02 25,0 ±0,03 50,0 ±0,05 Fonte: Harris, D. C.; 2017. Tabela 2 - Tolerância de erro para balões volumétricos (classe A) Capacidade do balão (mL) Tolerância (mL) 1,0 ±0,02 5,0 ±0,02 10,0 ±0,04 25,0 ±0,06 100,0 ±0,08 Fonte: Fonte: Harris, D. C., 2017; Fernandes, D., Martins, E. A. J., 2008. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Durante o experimento, foram aferidas as condições que pudessem influenciar nas medidas utilizadas na calibração das vidrarias. Foram verificados: temperatura da água, temperatura ambiente, umidade relativa do ar e pressão atmosférica. Calibração da pipeta volumétrica de 25 mL Primeiramente, foram numerados e secos em estufa a 110 °C três béqueres de 50 mL. A seguir, todos foram esfriados em dessecador sob pressão reduzida e depois pesados. Esse procedimento foi realizado em triplicada. Após a última repetição, utilizando a pipeta a ser calibrada, transferiu-se água deionizada em temperatura ambiente em seu volume total para os béqueres supracitados. Imediatamente depois da transferência, todos foram pesados. Calibração do balão volumétrico de 25 mL Um processo semelhante ao dos béqueres foi adotado para o balão volumétrico, secando-os em estufa (a 60 °C), esfriando-os no dessecador e sob pressão reduzida) e, em seguida, pesando-os. No entanto, a massa de água foi medida logo ao fim de cada repetição da triplicata. Calibração da micropipeta de 1000 µL Um recipiente de plástico foi levado à balança e tarado. Utilizando a micropipeta em questão, pipetou-se seu volume máximo e a massa de água foi aferida. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores obtidos para as medidas possivelmente interferentes nas medidas estão relacionados abaixo: O processo de secagem das vidrarias foi realizado para eliminar ao máximo a interferência de umidade nas massas medidas, de forma que os erros fossem minimizados. Calibração da pipeta de 25 ml Os valores obtidos para a massa dos béqueres utilizados no processo estão descritos na Tabela 3. Tabela 3 - Valores de massa em gramas obtidos durante a pesagem dos béqueres utilizados no processo de calibração da pipeta volumétrica de 25 mL. Massa 1 Massa 2 Massa 3 Massa média Desvio padrão Béquer 1 22,8994 22,9983 22,9971 22,9649 ±0,06 Béquer 2 22,9761 22,9756 22,9747 22,9755 ±0,01 Béquer 3 22,8994 22,8992 22,8982 22,8989 ±0,001 Os valores de massa de água transferida obtidos no experimento estão descritos na Tabela 4. Tabela 4 - Valores obtidos para massa em gramas da água transferida pela pipeta volumétrica de 25 mL e dos três béqueres utilizados no processo Água + béquer Béquer Água Massa 1 (béquer 1) (g) 47,6981 22,9658 24,7323 Massa 2 (béquer 2) (g) 47,6688 22,9821 24,6867 Massa 3 (béquer 3) (g) 47,6514 22,8989 24,7525 Massa média (g) 47,6728 22,9490 24,7238 Desvio padrão ±0,02 ±0,04 ±0,03 Tendo em vista a massa média de água transferida pela pipeta aos béqueres, é possível calcular seu volume corrigido a 20 °C, para verificação da calibração da vidraria. A temperatura medida da água utilizada nesse processo foi de 20,0 °C. mL Portanto, o volume transferido pela pipeta foi de 24,76 mL. Levando em conta os valores de referência descritos na Tabela 1, é possível afirmar que a pipeta em questão está descalibrada, uma vez que sua variação de volume é maior que o limite de tolerância (±0,03 mL). CALIBRAÇÃO DO BALÃO VOLUMÉTRICO DE 25 mL A Tabela 5 descreve os dados de massa obtidos para o balão volumétrico de 25 mL utilizado no experimento. Tabela 5 - Valores de massa em gramas obtidos durante a pesagem dos balões volumétricos a serem calibrados. Balão Volumétrico (25 mL) Massa 1 (g) 20,3740 Massa 2 (g) 20,3731 Massa 3 (g) 20,3736 Massa média (g) 20,3736 Desvio padrão ±0,0005 Com o valor de massa média do balão volumétrico, a Tabela 6 mostra os valores de massa de água obtidos durante o processo. Tabela 6 - Valores obtidos para massa em gramas da água transferida para o balão volumétrico de 25 mL Massa balão + água Massa água (massa total - massa balão) Massa 1 (g) 45,2328 24,8588 Massa 2 (g) 45,2139 24,8408 Massa 3 (g) 45,2229 24,8493 Massa média (g) 45,2232 24,8496 Desvio padrão 0,009 0,009 A temperatura medida da água utilizada nesse processo foi de 19,5 °C, portanto podemos calcular o volume transferido (a 20 °C). mL Portanto, o volume real transferido para o balão foi de 24,89 mL. Tendo isso em vista, ao comparar com a variação de volume tolerável para esse tipo de vidraria, definido pela Tabela 2, podemos considerar que o balão volumétrico está devidamente calibrado e pode ser utilizado para atividades analíticas. Calibração da micropipeta de 1000 µL Os valores obtidos para a massa de água transferida pela micropipeta estão descritos na Tabela 7. Tabela 7 - Valores obtidos para massa em gramas da água transferida para o balão volumétrico de 25 mL Recipiente Água + recipiente Água* Massa 1 (g) 0,7902 1,7915 1,000 Massa 2 (g) 0,792 1,8008 1,0092 Massa 3 (g) 0,7925 1,7990 1,0074 Massa média (g) 0,7916 1,7971 1,006 Desvio Padrão 0,001 0,005 0,005 * A massa de água foi calculada subtraindo a massa do recipiente da massa total (água + recipiente). Tendo a massa de água transferida, podemos calcular o seu volume corrigido a 20 °C. A temperatura da água no momento da realização do experimento era de 19,7 °C. mL Tendo em vista que não houve significativa variação do volume transferido pela micropipeta, podemos considerar que o equipamento está devidamente calibrado. CONCLUSÃO Os valores de volume a 20 °C obtidos para os equipamentos utilizados possibilitaram a análise de calibração deles. Dessa forma, podemos considerar que a pipeta volumétrica de 25 mL estava descalibrada, enquanto o balão volumétrico de mesmo volume tinha variação de volume dentro do aceitável para sua classe e a micropipeta de 1000 µL transferiu exatamente o volume esperado. Além disso, o método adotado e se mostrou eficiente para essa verificação. REFERÊNCIAS FERNANDES,DANUBIA; MARTINS, ELAINE A.J. Influência do aquecimento na calibração de balões volumétricos. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA USP, 16., 3-11 de novembro, 2008, São Paulo, SP. 2008. Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/19224. Acesso em: 01 jun. 2022. HARRIS, D. C; CHARLES A. L. Análise química quantitativa. tradução Júlio Carlos Afonso, Oswaldo Esteves Barcia. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 966 p. SAS, W.; SZYK, B.; BOWATER, J.; Water Density Calculator. Omni Calculator. Disponível em: https://www.omnicalculator.com/physics/water-density. Acesso em: 01 jun. 2022. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ANALÍTICA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA JOÃO HENRIQUE STEMPKOSKI DA ROSA (12562323) MATHEUS CASTELANI (12562330) CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS: balão volumétrico, pipeta volumétricas e micropipeta RIBEIRÃO PRETO 202 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ANALÍTICA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA JOÃO HENRIQUE STEMPKOSKI DA ROSA (12562323) MATHEUS CASTELANI (12562330) CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS: balão volumétrico, pipeta volumétricas e micropipeta RIBEIRÃO PRETO 2022
Compartilhar