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4 - DOAR Cap 20 (9)

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18a
edição
JOSÉ CARLOS MARION
M
A
RIO
N
CO
N
TA
B
ILID
A
D
E EM
PRESA
RIA
L
ISBN 978-85-97-01780-9
Esta é uma obra diferenciada, que trabalha além da mecânica de 
compreensão dos relatórios contábeis ao leitor.
Com a tecnologia disponível para o processamento contábil, é muito mais 
A 18a edição foi atualizada de acordo com as Normas Internacionais de 
Contabilidade (IFRS) expressadas pelos pronunciamentos do Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e pelas Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
A edição também vem com muitas novidades, incluindo novos exercícios 
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Livro-texto para as disciplinas Contabilidade Introdutória e Contabilidade 
Geral dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Economia e Direito. 
Por dar mais ênfase à compreensão dos dados e demonstrativos contábeis 
contadores e a estudantes de outras áreas.
José Carlos Marion é mestre, 
doutor e livre-docente em 
Contabilidade pela Faculdade 
de Economia, Administração e 
Contabilidade da Universidade 
de São Paulo (FEA/USP). É 
professor e pesquisador do 
Mestrado em Contabilidade na 
Pontifícia Universidade Católica 
de São Paulo (PUC-SP). 
Dentre os 29 livros publicados 
na área contábil, é autor 
de Contabilidade básica, 
Contabilidade rural e 
Análise das demonstrações 
contábeis e coautor de Curso 
de contabilidade para não 
contadores, Contabilidade 
avançada, Introdução à teoria 
da contabilidade, Contabilidade 
comercial, Administração de 
custos na agropecuária, Manual 
de contabilidade para pequenas e 
médias empresas, Contabilidade 
geral para concurso público, 
Contabilidade da pecuária e 
Normas e práticas contábeis, 
publicados pelo GEN | Atlas.
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GERÊNCIA E DECISÃO
MATERIAL SUPLEMENTAR
Capítulo 20 (extra)
20
Demonstração das Origens e 
Aplicações de 
Recursos (DOAR) 
(Demonstração não obrigatória por lei)
OBJETIVOS
Ao completar o estudo deste capítulo, você deverá estar preparado para explicar e exercitar 
os seguintes conceitos:
 � Origens e Aplicações de Recursos.
 � Capital Circulante Líquido e suas variações.
 � Técnica de Elaboração da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
(DOAR).
 � Estrutura da DOAR.
 � Elaboração da DOAR.
INTRODUÇÃO
Vamos explicar as variações no Circulante da empresa. Quais são os recursos que alteram 
o Capital Circulante Líquido?
2 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
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 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 3
20.1 DENOMINAÇÃO
Muitas denominações têm sido atribuídas a esta Demonstração. A mais comum é De-
monstração do Fluxo de Fundos (Funds Flow Statement), bastante utilizada nos Estados Unidos. 
Outra, menos comum, é Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido. Em algumas 
situações é conhecida também como Demonstração das Modificações na Posição Financeira. A 
Lei no 6.404/1976 consolidou a denominação Demonstração de Origens e Aplicações de Recur-
sos – Doar. Todavia, com a Lei no 11.638/2007, esta demonstração deixou de ser obrigatória, 
sendo substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa a partir de 2008.
20.1.1 Para que Serve
Explica a variação do Capital Circulante Líquido (Capital de Giro Próprio ou Capital de Giro 
Líquido) ocorrida de um ano para outro. Ajuda-nos a compreender como e por que a Posição 
Financeira mudou de um exercício para outro.
20.1.2 Quem Está Obrigado a Fazer a DOAR
Ninguém. A partir de 2008, a DOAR deixou de ser obrigatória. Em função de sua impor-
tância no sentido gerencial, resolvemos mantê-la à disposição do leitor de forma on-line.
20.1.3 Conceitos Preliminares
Capital Circulante Líquido
(Capital de Giro Próprio
a Curto Prazo)
= Ativo Circulante (–) Passivo Circulante(quando o AC > PC).
Capital Circulante Negativo
(Capital de Giro Negativo
a Curto Prazo)
=
Passivo Circulante (–) Ativo Circulante
(quando o PC > AC).
Capital Circulante Líquido – Representação Gráfica
4 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Capital Circulante Negativo – Representação Gráfica
20.1.4 Exemplo Conceitual
        BALANÇO PATRIMONIAL
        Cia. C. Bola Em $ mil
31-12-X – 1 31-12-X
Ativo
Caixa
Estoque
Equipamentos
Total
100.000
200.000
100.000
400.000
150.000
250.000
100.000
500.000
Passivo 
+ 
Passivo Líquido
Fornecedores
Financiamento (LP)
Capital
Total
200.000
100.000
100.000
400.000
250.000
150.000
100.000
500.000
O primeiro passo, uma vez que estamos tratando de Capital Circulante, é separar aquilo 
que é Circulante do Não Circulante.
Em princípio, conhecemos que os valores circulantes são aqueles contidos no Ativo Cir-
culante e no Passivo Circulante. Portanto, os demais grupos de contas são vistos como Não 
Circulantes: Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado, Intangível, Exigível a Longo 
Prazo e Patrimônio Líquido.
Dessa forma, para fins de estruturação da DOAR, o Balanço Patrimonial da Cia. C. Bola 
passa a ter a seguinte constituição:
     Em $ mil
31-12-X – 1 31-12-X
Ativo 
Circulante
Caixa
Estoque
100.000
200.000
300.000
150.000
250.000
400.000
Ativo 
Não 
Circulante
Equipamentos 100.000 100.000
Total Ativo 400.000 500.000










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

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
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






 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 5
Passivo 
Circulante
Fornecedores 200.000 250.000
Passivo 
Não 
Circulante
(Inclusive PL)
Financiamento (LP)
Capital (PL)
100.000
100.000
200.000
150.000
100.000
250.000
Total Passivo + PL 400.000 500.000
20.1.4.1 Variação do Capital Circulante Líquido (CCL)
Pelo nosso exemplo constatamos que houve uma variação no Capital Circulante Líquido 
de $ 50.000 mil, isto é, há uma evolução de $ 100.000 mil (em X – 1) para $ 150.000 mil (em X).
É exatamente essa variação de $ 50.000 mil que a DOAR explicará.
20.1.4.2 Explicação da variação do CCL
Basicamente, em nosso exemplo, tivemos duas operações no período contábil (X – 1) a X:
a) Uma delas é a aquisição de estoque a prazo: é fácil notar, pois tivemos o aumento de 
Estoque em $ 50.000 mil e o aumento em Fornecedores pelo mesmo valor.
 Seria essa operação a causa do aumento do CCL em $ 50.000 mil? Não, pois, por um 
lado, aumentou o Ativo Circulante em $ 50.000 mil e, por outro, aumentou também o 
Passivo Circulante em idêntico valor.
 Em $ mil
CCL (em 31-12-X – 1) = 300.000 – 200.000 = 100.000
CCL (considerando a operação “a”) = (300.000 + 50.000) – (200.000 + 50.000) =
 = 100.000
Aqui, nós podemos concluir uma primeira regra fundamental.
“Sempre que houver uma operação envolvendo unicamente contas do Circulante, não 
haverá alteração do Capital Circulante Líquido.” Assim, se aumentarmos o AC em $ 168.222 
mil e aumentarmos o PC no mesmo valor, não haverá alteração no CCL.










6 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
 CCL = (AC + 168.222) – (PC + 168.222)
CCL = AC – PL CCL = AC + 168.222 – PC – 168.222
 CCL = AC – PL
b) A outra operação é um acréscimo de financiamento no valor de $ 50.000 mil cujo valor 
está aplicado no Caixa.
 Observamos que essa entrada de dinheiro, por meio de um empréstimo a Longo Pra-
zo, aumenta o Ativo Circulante em $ 50.000 mil (Caixa), porém não aumenta o Passivo 
Circulante, uma vez que a dívida foi contabilizada em um grupo de contas do Não 
Circulante.
Então, concluímos uma segunda regra:
“Sempre, quando houver uma operação envolvendo contas do Circulante e do Não 
Circulante, haverá alteração do Capital Circulante Líquido.”
20.1.4.3 Uma primeira tentativa de estruturar a DOAR
Demonstraremos que a causa da variação do CCL é a origem de $ 50.000 mil de recursos 
(dinheiro) mediante a solicitação de um financiamento adicional.
ATENÇÃO
O objetivo da DOAR é exatamente mostrar o como e o porquê da mutação do CCL. O 
CCL só varia com operações Não Circulante X Circulante. Portanto, a alteração do Não Circu-
lante é a causa da variação do Circulante. Por isso, a DOAR evidencia apenas o resultado das 
variações do Não Circulante que provoca alterações no Circulante.
Dessa forma, a DOAR não evidencia, por exemplo, a operação que envolve Estoque × 
Fornecedores, uma vez que se trata de Contas de Circulante. Portanto, a DOAR só existe 
quando houver alterações simultâneas de Circulante × Não Circulante.
20.1.5 Exemplos de Operações que Afetam o CCL
Como foi observado, o CCL é alterado quando existe uma operação que afeta simultanea-
mente a(s) conta(s) do Não Circulante e a(s) conta(s) do Circulante.





 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 7
Exemplo 1: Aumento de Capital em dinheiro no valor de $ 28.000 depositado no Banco do Brasil 
S.A.
 AFETA
Circulante Não Circulante
Bancos c/ Movimento 
entrou 28.000 Capital anterior + 28.000
Houve um acréscimo no CCL pelo valor de $ 28.000.
Exemplo 2: Venda de $ 15.000 de ações à vista, constantes no Realizável a Longo Prazo.
AFETA
Circulante Capital Circulante
Caixa – entrou 15.000 Realizável a Longo Prazo
 diminui em 15.000
Houve um acréscimo no CCL pelo valor de $ 15.000.
Exemplo 3: Venda, a prazo, de um veículo usado constante no Ativo Permanente (Imobilizado), 
pelo seu preço de custo, ou seja:$ 600.000.
AFETA
Circulante Capital Circulante
Contas a receber Permanente
aumenta 600.000 diminui 600.000
Houve um acréscimo no CCL pelo valor de $ 600.000.
Exemplo 4: Aquisição de Imóvel, à vista, por $ 18.000.
AFETA
Circulante Não Circulante
Reduz a conta Aumenta o 
Bancos em 18.000 Imobilizado em 18.000
Houve uma diminuição do CCL em $ 18.000.
Exemplo 5: Realização de um Financiamento junto a um Banco de Investimento para aquisição 
de vários itens do Imobilizado, no valor de $ 3.000.
AFETA
Circulante Não Circulante
Aumenta Bancos c/ Movimento Aumenta o Financiamento
em $ 3.000 em $ 3.000 (ELP)
Houve um aumento no CCL em $ 3.000.
8 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Exemplo 6: Pagamento de Dividendos aos acionistas no valor de $ 800.000.
AFETA
Circulante Não Circulante
Reduz o Caixa Reduz o Patrimônio 
em $ 800.000 Líquido em $ 800.000
Houve uma diminuição do CCL em $ 800.000.
Exemplo 7: Integralização de Capital em Mercadorias, avaliadas de acordo com os dispositivos 
legais em $ 10.000.
AFETA
Circulante Não Circulante
Estoque de Mercadorias Capital Realizado
Aumenta $ 10.000 Aumenta $ 10.000
Houve um aumento do CCL em $ 10.000.
Exemplo 8: Pagamento de uma parcela de Financiamento (ELP) em $ 900.000.
AFETA
Circulante Não Circulante
Caixa Reduz o ELP (Financiamento)
Diminui pelo pagamento de uma
parcela de Financiamento
 $ 900.000 $ 900.000
Houve uma diminuição do CCL em $ 900.000.
20.2 CONCEITO DE ORIGEM E APLICAÇÃO
Para fins de elaboração da DOAR, entendemos Origem como toda operação que aumenta 
o Capital Circulante Líquido.
A obtenção de recursos por meio de Financiamento a longo prazo, o aumento de Capital 
em dinheiro e vendas de itens do Não Circulante, Investimento, Imobilizado e Realizável a 
Longo Prazo são exemplos de Origens de Recursos. Observamos que, quando uma conta de 
Não Circulante é movimentada, entram recursos em outra conta do Ativo Circulante (pode ser 
o Caixa, Contas a Receber etc.), que alteram o CCL, aumentando-o.
A redução do Capital Circulante Líquido geralmente decorre de uma Aplicação de recursos 
no Não Circulante. Podemos exemplificar, entre várias situações, a aquisição de bens ou direitos 
que venham integrar o Imobilizado, Investimentos ou Realizável a Longo Prazo, distribuição 
de Dividendos, redução de suas Exigibilidades a Longo Prazo etc. Temos reduções do Ativo 
Circulante, geralmente, mediante um pagamento (portanto, reduz o disponível).
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 9
PAUSA PARA REFLEXÃO
Ativos ambientais são todos os bens da empresa que visam à preservação, à proteção e à recuperação 
ambiental, devendo ser apresentados em linha à parte no Balanço Patrimonial, para permitir ao usuário 
melhor avaliação das ações ambientais da empresa. Seria interessante destacar os principais ativos am-
bientais na seção Aplicações na DOAR? Por quê?
20.2.1 Principal Origem (Fonte) de Recursos
Vamos partir do exemplo da Cia. C. Bola em 31-12-X:
Em $ mil
ATIVO PASSIVO
Circulante
 Caixa
 Estoque
Não Circulante
 Imobilizado
  Equipamentos
Total
150.000
250.000 400.000
100.000
500.000
Circulante
 Fornecedores
Não Circulante
 Financiamentos (ELP)
Patrimônio Líquido
 Capital
Total
250.000
150.000
100.000
500.000
 CCL
 Ativo Circulante (–) Passivo Circulante
CCL = $ 400.000 mil (–) $ 250.000 mil = 150.000 mil
Vamos admitir que, no exercício (X + 1), a empresa tenha vendido $ 100.000 mil do seu 
estoque (custo), a prazo, por $ 140.000 mil. Então teríamos:
A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (PERÍODO X + 1)
 Em $ mil
Vendas 140.000
(–) Custo Mercadorias Vendidas (100.000)
Lucro 40.000
10 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
B. BALANÇO PATRIMONIAL
       Cia. C. Bola      Em $ mil
ATIVO 31-12-X 31-12-(X + 1) PASSIVO E PL 31-12-X 31-12-(X + 1)
Circulante
 Caixa
 Estoques
 Dupl. a Receber
150.000
250.000
– 0 –
150.000 
 150.000*
 140.000*
Circulante
 Fornecedores
Não Circulante
 Financiamento (ELP)
Patrimônio Líquido
250.000
150.000
250.000
150.000
Total do Circulante 400.000 440.000
Não Circulante
 Imobilizado
   Equipamentos 100.000 100.000
 Capital
 Lucro Acumul.
Total do PL
100.000
- - - - 
100.000
100.000
 40.000*
140.000
Total do Ativo 500.000 540.000 Total do Passivo e PL 500.000 540.000
* Contas alteradas pela operação de venda (uma conta de PL – Não Circulante e duas contas de Circulante).
O novo CCL em 31-12-(X + 1) será de:
Ativo Circulante (–) Passivo Circulante
440.000 mil (–) 250.000 mil = 190.000 mil
Observamos que, de X para (X + 1), houve um acréscimo de CCL de 40.000 mil (190.000 
– 150.000), que é exatamente o Lucro do Exercício.
Portanto, o Lucro Líquido constitui, para todas as entidades com fins lucrativos, a principal 
fonte (origem) de recursos.
Neste nosso exemplo, houve uma diminuição de Estoque em 100.000 mil e, em compensação, 
um acréscimo em Duplicatas a Receber (direito que será convertido em dinheiro em um futuro 
próximo) de 140.000 mil. Dessa forma, o Ativo Circulante obteve uma vantagem de 40.000 mil, 
valor este que explica o acréscimo do CCL.
O acréscimo do CCL poderia ter sido menor se houvesse outras despesas (o que é comum) 
no exercício, tais como: Despesas administrativas, financeiras, de vendas etc. A redução do CCL 
ocorreria, nesse caso, por saídas do Disponível (pagamento de despesas à vista reduz o Ativo 
Circulante) ou pelo aumento do Passivo Circulante (despesas a prazo).
20.2.2 Elementos Econômicos1 que Interferem no Lucro Líquido
Como vimos na seção anterior, as despesas reduzem o CCL pela diminuição do Ativo Cir-
culante (pagamento à vista) ou pelo aumento do Passivo Circulante (despesas com promessa 
de pagamento futuro). Todavia, há despesas que, obviamente, diminuem o Lucro Líquido, mas 
não reduzem o Capital Circulante Líquido.
O caso mais comum é a Depreciação, que interfere (reduz) no lucro, mas não interfere no 
CCL, e sim no Imobilizado (reduzindo-o).
Ora, se a Depreciação não reduz o CCL, o lucro, como origem de recursos, consequentemente, 
não deveria ser reduzido por aquela despesa. Em vez de deixarmos de subtrair Depreciação (o 
que viria contrariar a teoria da contabilidade), podemos, simplesmente, retificar o lucro com 
1 Neste caso, a ideia de Econômico é de que eles não afetam diretamente o Caixa.
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 11
a adição daquela despesa econômica, já deduzida para fins de determinação integral do lucro 
como origem de recursos.
Se, no exemplo da seção anterior, considerássemos despesa de Depreciação, teríamos o 
seguinte resultado:
 Em $ mil
 Vendas 140.000
 CMV (100.000)
DRE Lucro Bruto 40.000
 (–) Depreciação 10% × 100.000 (10.000)
 Lucro Líquido 30.000
Ressaltamos que, pelo fato de incluirmos Depreciação, nada se alterou em termos do CCL, 
isto é, ele continua 190.000 mil (440.000 – 250.000).
Todavia, a origem de recursos (Lucro Líquido) não é 30.000, mas 40.000, dado que a variação 
do CCL é idêntica a este último valor. Então, na estruturação da DOAR, faríamos a retificação 
do Lucro:
Origem Em $ mil
 Lucro Líquido 30.000
 + Depreciação 10.000
 Total de Origem 40.000
(–) Aplicação
 Não houve – 0 – 
 Variação do CCL 40.000
20.2.3 Outros Casos de Itens Considerados Econômicos
Para Amortização e Exaustão daremos o mesmo tratamento que para Depreciação.
Outros casos, como Depreciação, Amortização e Exaustão, que não afetam o CCL, mas 
afetam o lucro, são comentados a seguir.
Esses Financiamentos são corrigidos de acordo com a desvalorização da moeda; por meio 
da Variação Cambial,são deduzidos como despesas, porém geralmente não afetam o CCL, 
devendo ser adicionados ao lucro na DOAR.
Temos ainda o método da Equivalência Patrimonial, situação em que o Lucro é aumentado 
ou diminuído por resultado apurado em sociedades coligadas e controladas, reconhecido em 
nossas Demonstrações Financeiras, porém nada recebido, em termos de recursos, no Circulante.
A Cia. lnvest-Muito possui um Investimento Relevante (1.350.000) no Capital da sua 
Controlada, Cia. Relâmpago, cuja participação é de 65%. O Lucro Líquido da Relâmpago foi 
de $ 2.000.000.
Na DRE da Invest-Muito aparecerá, como receita operacional derivada da participação do 
Lucro Líquido da Relâmpago, $ 1.300.000 (65% × 2.000.000).
Evidentemente, aquela Receita Operacional adicionará o Lucro da Invest-Muito em 
$ 1.300.000. Todavia, esse acréscimo no lucro não afeta o CCL, dado que trata de um resultado 
econômico que será realizado financeiramente no futuro. No momento da realização financeira 
daqueles $ 1.300.000 teremos um acréscimo no CCL.
Em decorrência desse fato, para apurarmos o valor real da Origem de Recursos que afetam 
o CCL, diminuiremos a participação decorrente da Equivalência Patrimonial.

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


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

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



12 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
PAUSA PARA REFLEXÃO
O resultado apurado, segundo os princípios contábeis, é denominado de Lucro Contábil. Denominamos de 
Lucro Econômico, rigorosamente, o resultado apurado segundo os conceitos de mensuração não atrelados ao 
custo original como base de valor e, sim, em valores de realização, ou de fluxo futuro de benefícios, decorrente 
da abordagem das atividades para mensuração do lucro. Às vezes chamamos, didaticamente, o Lucro Ajustado 
de Lucro Econômico. A rigor, é correto denominar o Lucro Ajustado de Econômico?
20.2.4 Resumo dos Elementos Econômicos que interferem no 
Lucro Líquido
DOAR
Origens das Operações
Lucro Líquido
+ Depreciação, Amortização e Exaustão
(±) Variação Cambial
(±) Participação Equivalência Patrimonial
Lucro Ajustado
- - - - - - - -
- - - - - - - -
- - - - - - - -
- - - - - - - -
- - - - - - - -
20.3 TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DA DOAR
Como já observamos, o primeiro passo é separar o Circulante do Não Circulante.
Esta etapa, todavia, é dispensável, visto que a estrutura do Balanço Patrimonial já discrimina 
os Circulantes Ativo e Passivo:
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 13
ATIVO PASSIVO E PL
Circulante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os demais grupos serão do Não Circulante.
Dessa maneira, poderemos calcular o Capital Circulante Líquido (CCL) subtraindo do 
Ativo Circulante o Passivo Circulante.
O segundo passo será analisar as contas do Não Circulante que interferem no Capital Cir-
culante Líquido. Já identificamos que operações Circulante × Circulante não modificam o valor 
do CCL.
As operações Não Circulante × Não Circulante, de maneira idêntica, não afetam o CCL. 
Portanto, sobram as operações Não Circulante × Circulante, que são alvo de nossa análise, pois 
afetam o CCL.
Assim, faremos um estudo detalhado do grupo Não Circulante, destacando as variações 
(do Não Circulante) que afetam o CCL.
A técnica consiste em comparar o saldo do exercício anterior com o saldo do exercício atual 
das contas do Não Circulante.
Dados do Não Circulante da “Nossa Empresa”
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X1 31-12-X2
Circulante Circulante
–
–
Não Circulante
Realizável a L. Prazo
Investimentos
Imobilizado
–
–
1.900.000
1.000.000
1.600.000
–
–
2.500.000
1.200.000
2.800.000
–
–
Não Circulante
Financiamentos
Patrimônio Líquido2
–
–
2.800.000
5.000.000
–
–
4.500.000
7.000.000
Total – – Total – –
2 Classificado no Não Circulante apenas para a finalidade de elaborar a DOAR.
14 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Contas do Ativo Não Circulante
A. Realizável a Longo Prazo
 31-12-X1 31-12-X2 Variação 
Empréstimos a Coligadas ou Controladas 1.900.000 2.500.000 600.000
Houve uma variação de $ 600.000 de X1 para X2. Isso significa que a “Nossa Empresa” con-
cedeu mais empréstimos às Coligadas ou às Controladas. Ora, se houve novos empréstimos, a 
“Nossa Empresa” tirou recursos do Ativo Circulante para aplicá-los no Não Circulante. Portanto, 
temos uma Aplicação de $ 600.000.
Observe que, se o saldo de Empréstimos a Coligadas ou Controladas diminuísse, alguém 
estaria pagando e, como compensação, estariam entrando recursos (dinheiro) no Ativo Circu-
lante. Nessa hipótese teríamos Origem de Recursos.
Aliás, poderíamos, aqui, estabelecer uma regra para as variações do Realizável a Longo Prazo:
 Aumento de Realizável a Longo Prazo: Aplicação
 Diminuição de Realizável a Longo Prazo: Origem
B. Investimentos, Imobilizado e Intangível
Neste grupo exige-se um cuidado especial, pois as contas antigamente chamadas de Per-
manente aumentam sem significar que houve Aplicações.
As contas deste grupo poderiam até 2007 ter Reavaliação e, no caso de Equivalência Patri-
monial, acréscimos derivados de resultados (Lucro) obtidos nas investidas.
Exemplo: “Nossa Empresa” em 31-12-X1.
Contas de características 
Não Circulante
Investimentos
Imobilizado (Imóvel)
1.000.000
1.600.000
Se, nessa situação, tivéssemos acréscimo na conta Investimentos de $ 200.000 por Equiva-
lência Patrimonial, observaríamos que não houve novas aquisições de Investimentos.
 31-12-X1 + Resultado da 31-12-X2
 _______ Equiv. Patr. = ________
Investimentos → 1.000.000 + 200.000 1.200.000
Porém, na conta Imóveis (vamos admitir terrenos para não ter a Depreciação) houve 
novas aquisições:
 31-12-X1 → Novas Aquisições → 31-12-X2 
Imóveis → 1.600.000 + 1.200.000 = 2.800.000
 31-12-X1 31-12-X2 Variação 
Investimentos 1.000.000 1.200.000 → + 200.000 (não afeta)
Imóveis 1.600.000 2.800.000 → + 1.200.000 (afeta)



 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 15
Nesse exemplo, tivemos $ 200.000 de acréscimo que não significam Aplicações de Recursos, 
dado que não houve saída de Recursos do Ativo Circulante.
Só haveria Aplicações de Recursos se a “Nossa Empresa” adquirisse mais ações (Investimen-
tos). No caso de Imóveis houve novas aquisições de $ 1.200.000. Nesse caso, os recursos para 
aquisição saíram do Ativo Circulante (Disponível), afetando o CCL.
Assim, sempre que houver aumento nos itens de Permanente3 por novas aquisições, teremos 
uma Aplicação. A venda de Permanente (Alienação) significa Origem.
Contas do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido
A. Exigível a Longo Prazo
 31-12-X2 31-12-X2 Variação 
Financiamentos $ 2.800.000 $ 4.500.000 $ 1.700.000
Em primeiro plano, tivemos um acréscimo de $ 1.500.000 na conta Financiamentos. Po-
deríamos deduzir que houve aquisição de novos empréstimos e, dessa forma, teríamos Origens 
de recursos, porque foi acrescido (recursos) o CCL.
Todavia, numa análise mais cuidadosa, poderíamos constatar que o aumento da conta Fi-
nanciamentos refere-se à atualização da dívida ou à variação cambial, se o Financiamento é em 
moeda estrangeira. Nessa situação, não teríamos Origens de recursos, pois em nada é acrescido 
o CCL. Porém, vamos admitir, nesse caso, tratar-se de novos financiamentos.
A redução da conta Financiamento significa transferência para o Passivo Circulante (referente 
à parcela que irá vencer no próximo exercício) ou pagamento (amortização). Em qualquer uma 
dessas situações, temos uma redução do CCL, concluindo que aquela redução é uma Aplicação 
de Recursos.
A regra básica para Exigível a Longo Prazo, portanto, é: aumento da dívida por novos 
empréstimos (financiamentos): Origens; diminuição (redução) da dívida: Aplicações.
B. Patrimônio Líquido
I – Capital
 � Quando houver aumento de Capitalem dinheiro, teremos uma origem de recursos: 
aumentará o CCL.
 � Quando houver aumento de Capital em Reservas, não teremos Origens de Recursos 
para fins de nosso estudo: não afetará o CCL. É mera transferência de Reservas para 
Capital, não significando entrada de novos recursos.
 � Quando houver aumento de Capital em Bens ou Direitos que comporão o Permanente 
(Não Circulante), não teremos Origem de Recursos, pois a operação será Não Circu-
lante X Não Circulante, não afetando o CCL. É o caso do aumento de Capital com 
Imóveis, Veículos, Ações etc.
II – Reservas de Capital
A Contribuição do subscritor de Ações que ultrapassar o valor nominal e a par-
te do preço de emissão das Ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
3 O termo Permanente foi abolido do Balanço Patrimonial pela Lei no 11.941/2009.
16 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
destinada à formação do Capital Social (Reserva de Ágio) representam uma entrada – 
Origem – de Recursos: aumenta o CCL.
PAUSA PARA REFLEXÃO
No caso de doação de um imóvel por uma Prefeitura para a empresa, aumentando o Patrimônio Lí-
quido e o Permanente (Ativo Não Circulante), deveremos tratar como Origem e Aplicação? Esta doação 
deveria passar primeiro pela DRE (veja Capítulo 6)? Mesmo assim seria Patrimônio Líquido?
III – Reservas de Lucros
O Lucro Líquido que dá origem às Reservas de Lucros é considerado como Origem de 
Recursos. Dessa forma, as Reservas de Lucros não serão assim consideradas.
Admita que o acréscimo do Patrimônio Líquido refere-se a um aumento de Capital em di-
nheiro no valor de $ 1.500.000 e o restante ($ 500.000) foi Reserva de Lucros.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31-12-X1 31-12-X2 VARIAÇÃO
Capital
Reserva de Lucros
3.000.000
2.000.000
5.000.000
4.500.000
2.500.000
7.000.000
1.500.000
 500.000
2.000.000
Assim, consideramos apenas uma Origem de $ 1.500.000, já que a Reserva de Lucros foi 
considerada Origem Constante no Lucro Líquido.
Estrutura Inicial
DOAR → “Nossa Empresa”
Origens
 Lucro Líquido do Exercício
 (+/–) Ajustes
 = Lucro Ajustado
 a) Dos Acionistas
  Aumento de Capital em Dinheiro 1.500.000
 b) De Terceiros
  Financiamentos 1.700.000
 Total das Origens –
Aplicações
 Aquisição de Imóveis 1.200.000
 Novos Empréstimos a Coligadas/Controladas 600.000
 Total de Aplicações → – 
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 17
20.4 ESTRUTURA DA DOAR
Para melhor estudo é relevante que se destaquem as Origens por grupos homogêneos, tais 
como: das operações normais (lucro ou prejuízo obtido), dos acionistas (com novas integralizações 
de capital ou empréstimos a Longo Prazo à Pessoa Jurídica) e de terceiros (Bancos, Financeiras, 
Pessoas que compram os bens do Permanente etc.).
1. Origens de Recursos
 Das Operações
 Lucro Líquido do Exercício
 + Depreciação, Amortização e Exaustão
 (±) Variação Cambial
 (±) Participação (Equivalência Patrimonial)
 = Lucro Ajustado
 Dos Acionistas
 Integralização do Capital em Dinheiro
 De Terceiros
 Novos Empréstimos
 Alienação de Itens do Imobilizado
 Venda de Itens de Investimentos
 Total das Origens
2. Aplicações de Recursos
• Aquisição de novos itens do Imobilizado
• Aquisição de novos Investimentos
• Pagamentos de Financiamentos
• Distribuição de Dividendos
 Total das Aplicações
3. Aumento/Diminuição do CCL (Origens – Aplicações)
4. Mutação no Capital Circulante Líquido
31-12-X2
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
DISCRIMINAÇÃO
SALDO 
31-12-X1
SALDO 
31-12-X2
AUMENTO 
(OU DIMINUIÇÃO)
Ativo Circulante (1) (2) (3)
Passivo Circulante
Capital Circulante Líquido
20.5 DOAR E AS BAIXAS DE ITENS DO ATIVO IMOBILIZADO4
Deixamos este assunto para ser abordado no final, porquanto não é constante observar baixa 
em itens do Ativo Imobilizado e, de acordo com alguns alunos, pelo fato de ser um subtópico 
difícil de ser entendido (com o que não concordamos).
Para facilitar a exposição desse assunto, partiremos de um exemplo simples (no qual não 
há baixa de item de Imobilizado). Faremos a DOAR com dois anos: 20X1 e 20X2.
4 Vale também para o Intangível.
18 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Em seguida, desenvolveremos uma segunda situação, com base no exemplo exposto, e o ano 
20X2 será apresentado com baixa do Ativo Imobilizado. A partir daí, daremos as explicações 
sobre as repercussões daquela baixa no CCL e no Lucro.
Ressaltamos, ainda, que a baixa do Ativo Imobilizado pode ocorrer: por alienação (venda); 
por obsolescência (inadequação) e por qualquer outra cessação da utilidade para a empresa.
Primeira Situação
BALANÇO PATRIMONIAL
Empresa Segurativa S.A. – Guardas-Noturnos
Antes da Venda do Item Não Circulante
    Em $ mil
ATIVO PASSIVO E PL
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X1 31-12-X2
Circulante
 Caixas e Bancos
Não Circulante
 Imobilizado
   Móveis e Utens.
   (–) Depr. Ac.
 680
 400
 (40)
3.180
 400
 (80)
Circulante
 Imp. a Pagar
Patrimônio Líquido
 Capital
 Lucros Ac.
 40
1.000
–
1.000
1.000
1.500
 360 320 1.000 2.500
Total 1.040 3.500 Total 1.040 3.500
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
      Em $ mil
Receita
(–) Custo Serviço Prestado
Lucro Bruto
(–) Despesas Operacionais
   Administrativas
   De Vendas
   Depreciação
Lucro Operacional
(–) Imposto de Renda
Lucro Líquido
5.000
(2.000)
3.000
 (300)
 (160)
 (40)
2.500
(1.000)
1.500
O Capital Circulante Líquido varia de $ 640 mil (680 – 40) para $ 2.180 mil (3.180 – 1.000), 
ou seja, há uma variação de $ 1.540 mil, que é explicada:
DOAR
Em $ mil
Origem
Lucro Líquido
+ Depreciação
$ 1.500
$ 40
 1.540
(–) Aplicações (não há)
Aumento do CCL
 –  
 1.540
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 19
Segunda Situação
Vamos admitir que em 30-12-X2 a empresa venda totalmente os seus Móveis e Utensílios 
por $ 500 mil. Pelo fato de vender um dia antes de terminar o ano, consideraremos a Depreciação 
do Período (despesa), uma vez que houve efetivamente essa despesa (a empresa utilizou Móveis 
e Utensílios durante todo o ano).
Qual foi o resultado dessa transação?
Até a data da alienação do Imobilizado custava para a empresa $ 320 mil (400 – 80). Dessa 
forma, a empresa teve um lucro nessa transação de $ 180 mil (500 de preço de venda – 320 de 
custo).
Essa operação irá aparecer no grupo de Resultados Não Operacionais, na DRE. Para fins de 
exemplo, não iremos alterar o Imposto de Renda a Pagar. Vamos observar agora como ficariam 
as nossas Demonstrações Contábeis, bem como as variações do CCL.
BALANÇO PATRIMONIAL
    Em $ mil
ATIVO PASSIVO E PL
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X1 31-12-X2
Circulante
 Caixa e Bancos
Não Circulante
 Imobilizado
  Móveis e Utens.
  (–) Deprec.
 
 680
 400
 (40)
 360
3.680
– 
  – 
– 
Circulante
 Imp. a Pagar
Patrimônio Líquido
 Capital
 Lucros Ac.
 40
1.000
–
 
1.000
1.000
1.680
 
2.680
Total 1.040 3.680 Total 1.040 3.680
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
       Em $ mil
Receita
   (–) CSP
Lucro Bruto 
(–) Despesas Operacionais 
   Administrativas 
   De Vendas 
   Depreciação 
Lucro Operacional 
Resultado não Operacional
(+) Lucro na Venda Imob.
Lucro Antes do IR
   (–) Imposto de Renda
Lucro Líquido 
5.000
(2.000)
3.000
 (300)
 (160)
 (40)
2.500
 180
2.680
(1.000)
1.680
20 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
O CCL varia de $ 640 mil (680 – 40) para $ 2.680 (3.680 – 1.000), ou seja, há uma variação 
de $ 2.040. Se fizéssemos uma DOAR normal, encontraríamos o seguinte resultado:
 Em $ mil
DOAR
Em $ mil
Origens
Lucro Líquido
+ Depreciação
(–) Aplicações (não houve)
Excessode Origens sobre Aplicações
1.680
 40
 – 
1.720
Veja que o resultado da DOAR não equivale ao acréscimo do CCL. A diferença é de $ 320.000 
(2.040 – 1.720).
Quando a empresa der baixa num Ativo Imobilizado, por ocasião de sua alienação (ou 
por outros motivos), deverá adicionar o Valor Líquido Contábil ao Lucro Líquido evidenciado, 
como origem, na DOAR.
O Valor Líquido Contábil é o custo do bem menos as depreciações acumuladas também 
corrigidas.
Assim, a DOAR ficaria:
Em $ mil
Origens
  Lucro Líquido 
  + Depreciação
  + Valor Líquido Contábil da Baixa
Total das Origens 
Aplicações
Excesso de Origens sobre Aplicações 
400
– 80
1.680
 40
 320
2.040
–
2.040
 
Veja que, na verdade, são $ 500.000 que se acrescem ao CCL como resultante da venda do 
bem (o $ entrou no Caixa), enquanto no Lucro Líquido foram adicionados apenas $ 180.000, 
faltando, portanto, $ 320.000.
20.6 DOAR × DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é considerada muito mais fácil para entendimento 
que a DOAR. Principalmente quando a DFC for o modelo direto.
O modelo indireto é mais complicado de ser entendido pelo leigo que o modelo direto. 
Entretanto, mesmo assim, ele traz algumas vantagens em relação à DOAR (por exemplo, ex-
pressão como Capital Circulante Líquido, constante na DOAR, é de difícil compreensão para 
os não contadores por ser um conceito abstrato).
Imagine uma dona de casa: por mais simples que seja, terá uma visão de Fluxo de Caixa 
considerando suas despesas e receitas.
Por outro lado, do ponto de vista de utilidade e capacidade preditiva, a DOAR é mais rica 
que a DFC.
Vimos alguns indicadores da DOAR que podem ser comparados com indicadores da DFC 
no Capítulo 18.
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 21
20.7 ALGUNS ÍNDICES PARA ANÁLISE DA DOAR
A.
 Novas Aquisições no Permanente⁵ 
Origens das Operações + Aumento de Capital em Bens + 
 Novos Recursos de Terceiros (ELP)
Indica quanto foi investido no Ativo Permanente resultante da soma do Lucro gerado 
(mais os ajustes) de novos recursos incorporados ao Capital e de novos recursos de Terceiros 
a Longo Prazo.5
Relacionamos, então, os recursos passíveis de serem utilizados no Permanente, sem sacri-
ficar o Capital Circulante Líquido. Se esse índice for superior a 1,00, há evidência de redução 
do CCL e, consequentemente, da Liquidez Corrente.
Nunca é demais ressaltar aqui que as Novas Aquisições do Permanente podem destinar-
-se a Investimentos, Imobilizado e Intangível, e que os acréscimos referentes a Reavaliação 
(até 2007) e Equivalência Patrimonial não são considerados como novas aquisições, embora 
aumentem o valor nominal do Permanente de um ano para outro.
B. Aplicações em Investimentos Origens
Como sabemos, as aplicações em Investimentos são não operacionais, uma vez que não se 
destinam à manutenção da atividade operacional da empresa.
Se tais aplicações forem elevadas ou constantes no decorrer dos anos, concluiremos que 
está havendo um desvio em relação aos objetivos sociais da empresa. Isso pode significar que 
essas aplicações estão apresentando rendimentos maiores que a própria atividade da empresa. 
Por outro lado, a estrutura produtiva da empresa (Imobilizado) pode estar sendo prejudicada. 
Esse índice pode indicar ainda uma possibilidade de rejeição pelo mercado consumidor do 
produto da empresa.
C. Origens (Resultantes de Capitais de Terceiros) Origens Totais 
Elevadas e sucessivas origens (mais de 50%) decorrentes de Capital de Terceiros significam 
enfraquecimento da situação econômica. Essa situação tende a piorar se o endividamento da 
empresa já for elevado.
No momento em que as origens decorrentes de Capital de Terceiros se reduzirem ao percen-
tual inferior a 50%, teremos participação mais elevada de recursos gerados pela própria empresa 
ou pelos proprietários. Nesse caso, entretanto, é interessante subtrair os Dividendos do Lucro 
Líquido, para que possamos observar, mesmo assim, se a situação é favorável.
D. Aquisição de Imobilizado Aplicações 
Indica se a indústria, no decorrer dos anos, está inovando seu Imobilizado, não só no sen-
tido de reposição, mas também para melhorar sua produtividade e a qualidade de seu produto.
5 Pode ser Investimentos, Imobilizado e Intangível.
22 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
E. Capacidade de amortização de dívidas a longo prazo
Exigível a Longo Prazo
Origens das Operações (Lucro Líquido Ajustado)
Esse índice evidencia o número de anos aproximado em que a empresa conseguiria pagar 
suas dívidas de longo prazo com recursos gerados pelo Lucro Líquido Ajustado no último período.
Informações Complementares
Aspectos sobre a DOAR e a DFC
O regime de competência é como base para a DOAR. A DFC está mais sujeita à manipulação.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem sido considerada por alguns como o mais importante ins-
trumento de análise financeira de uma empresa moderna.
O conceito de capital circulante líquido – CCL – apresenta uma impropriedade por misturar itens 
monetários e não monetários.
A principal diferença entre essas duas demonstrações refere-se ao fato de a DOAR ser elaborada com 
base no conceito de capital circulante líquido, dentro do regime de competência, apresentando, portanto, 
a disponibilidade de médio prazo (enquanto a Demonstração dos Fluxos de Caixa baseia-se no conceito 
de disponibilidade imediata, dentro do regime de Caixa (recebimentos/pagamentos) puro).
Vantagens da DOAR
 � Fornece informações que não estão em outras demonstrações.
 � Possibilita um melhor conhecimento da política de investimento e de financiamento da empresa.
 � Ajuda a mostrar a compatibilidade entre a posição financeira e a distribuição de lucros.
 � Algumas obras ressaltam seu valor preditivo.
 � É uma demonstração mais abrangente que o Fluxo de Caixa. Representa as mutações na posição 
financeira como um todo.
 � Possui uma capacidade analítica maior que o Fluxo de Caixa, particularmente de longo prazo.
Desvantagens da DOAR
Da forma como determinada pela lei societária, a DOAR apresenta os seguintes problemas: 
(a) não atende a setores específicos, embora seja possível adaptá-la; (b) depende da conceituação de cir-
culante; (c) o resultado é afetado pelo método de avaliação de ativos não monetários.
Enquanto a Demonstração de Resultados obteve, ao longo do tempo, uma forma consagrada, o mes-
mo não ocorreu com a DOAR. Isso talvez mostre ser a DOAR um demonstrativo que não obteve aceitação 
maior entre os usuários.
A DOAR, em relação ao Fluxo de Caixa, é uma demonstração que apresenta dificuldade de entendi-
mento aos usuários, principalmente por trabalhar com o conceito abstrato de capital de giro líquido, ou de 
folga financeira de curto prazo.
DOAR nos países
No Brasil, conhecida como DOAR, surgiu da demonstração do fluxo da variação financeira entre dois 
momentos estáticos, para refinar o poder informativo do conceito de liquidez.
Nos Estados Unidos, já nasceu em meio a várias críticas conceituais e práticas quanto ao significado 
dos seus elementos, como carências lógicas quanto à classificação de ativos em Circulante e Não Circu-
lante. Essa demonstração vigorou até novembro de 1987, quando foi instituída a DFC pelo FASB (SFAC 
95).
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 23
O Reino Unido aprovou em 1975 o seu Statement of Source and Application of Funds – SSAP 10, subs-
tituído pelo Financial Reporting Standard – FRS 1, Cash Flow Statements, em 1991. O Comitê de Normas 
Contábeis Internacionais (IASB) aprovou, em julho de 1977, seu Statement of Changes in Financial Position, 
IAS 7, que veio a ser substituído pelo Cash Flow Statements, em 1992, vigente a partir de janeiro de 1994.
O Canadá foi o primeiro país a oficializar a introdução da Demonstração dosFluxos de Caixa, em 
substituição à DOAR, em setembro de 1985.
No início da década de 1980, o FASB e o IASB iniciaram estudos para introduzir a Demonstração dos 
Fluxos de Caixa, em substituição à DOAR, nos demonstrativos contábeis.
Segundo Glautier e Underdown, na Inglaterra havia uma grande insatisfação com respeito ao 
Statements of Source and Application of Funds, devido à sua flexibilidade. As empresas elaboravam as suas 
demonstrações de diferentes maneiras, pois o significado de fundos não havia ficado claro, provocando 
variações na maneira em que as companhias “interpretavam” a norma. O resultado era uma perda de com-
parabilidade. Havia também um problema quanto à ambiguidade da mensagem trazida pela demonstração.
Em um estudo realizado sobre “Harmonização Contábil em Cinco Países da América do Sul”, em dis-
sertação de mestrado de autoria de Ana Maria Hinojosa Amenábar, pela FEA-USP, em 2001, foi feita uma 
comparação entre as demonstrações contábeis dos seguintes países: Argentina, Brasil, Colômbia, Peru e 
Venezuela. Na página 82 desse estudo é afirmado que, entre esses cinco países, o Brasil era o único que 
ainda adotava a DOAR, enquanto nos demais essa demonstração foi substituída pela Demonstração dos 
Fluxos de Caixa.
24 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
ILUSTRAÇÃO
 
Exercício resolvido
Dados para estruturação da DOAR
a) BALANÇO PATRIMONIAL
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 25
Resolução em Quatro Passos
1o Passo
Análise dos Dados
Observamos que as Demonstrações Financeiras básicas para a estruturação da DOAR 
estão discriminadas:
 � Balanço Patrimonial (A).
 � Demonstração do Resultado do Exercício (B).
 � Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou das Mutações do PL (C).
 � Na ausência de qualquer desses dados seria difícil estruturar a DOAR.
2o Passo
Determinar a variação do Capital Circulante Líquido (CCL). Será usado para conferir e 
controlar se a DOAR apresentar resultado igual à modificação do CCL no período.
Nesta etapa consideramos apenas o que é Circulante.
 Em $ mil
CCL = Ativo Circulante (–) Passivo Circulante
CCL 20X1 = 2.200 (–) 1.500
CCL 20X1 = 700
CCL 20X2 = 4.500 (–) 3.590
CCL 20X2 = 910
Variação do Capital Circulante Líquido de 20X1 para 20X2
Variação = CCL 19X2 (–) CCL 19X1
Variação = 910 – 700
Variação = 210
3o Passo
Analisar as variações que afetam a DOAR, por item, do Não Circulante (Realizável a Longo 
Prazo, Permanente, Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido).
A. Realizável a Longo Prazo Em $ mil
20X1 20X2 Variação
A1. Empréstimos às Coligadas 300 200 (100)
A diminuição em $ mil no item Empréstimos às Coligadas significa uma Origem de Recur-
sos: a Cia. Excursão recebeu $ 100 mil da sua coligada. Esses $ 100 mil entraram no Circulante 
Disponível.
Conclusão: Primeira variação que afeta a DOAR: origem 100 mil
B. Investimentos, Imobilizado e Intangível Em $ mil
20X1 20X2 Variação
B1. Investimentos 1.000 2.100 1.100
26 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Houve um acréscimo no item Investimentos de $ 1.100 mil. Podemos concluir que houve 
novas aquisições em $ 1.100 mil? Não.
Observamos que na DRE há um acréscimo (receita) resultante da avaliação de Investimentos 
pelo Método da Equivalência Patrimonial de ordem de $ 400 mil. Dessa forma, está acrescido 
no item Investimento o montante de $ 400 mil que não representa aplicação para fins de DOAR 
(pois não afeta o Circulante).
Portanto, a conta Investimentos sofreu acréscimo de $ 400 mil sem significar Aplicações 
para fins de DOAR. Assim, o valor de Investimentos passa para $ 1.400 mil (1.000 + 400).
Entretanto, o saldo final de Investimentos é de $ 2.100 e não $ 1.400. A diferença de $ 700 
refere-se, portanto, a novas aquisições, significando isto Aplicação de Recursos, pois afeta o 
Circulante (com dinheiro que sai do disponível, Ativo Circulante, ou novas obrigações, Passivo 
Circulante).
Conclusão: Segunda variação que afeta a DOAR: aplicação 700 mil
B2. Imobilizado Em $ mil
20X1 20X2 Variação
800 1.300 500
O acréscimo encontrado no item Imobilizado significa novas aquisições.
O Imobilizado passa, portanto, de $ 800 mil para $ 1.300 mil. Assim, concluímos que a 
Aplicação de Recursos que afeta o Circulante é de $ 500 mil.
Conclusão: Terceira variação que afeta a DOAR: aplicação 100 mil
C. Exigível a Longo Prazo
Neste exemplo não existe esse grupo, porém a análise não apresenta dificuldades.
D. Patrimônio Líquido Em $ mil
D1. Capital 20X1 20X2 Variação
1.500 2.974 1.474
 
Houve um aumento de Capital na ordem de $ 1.474 mil. Constatamos que esse aumento 
de Capital não foi com Lucros Acumulados, pois na Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados não há baixa do Saldo Inicial de Lucros Acumulados por conta de Aumento de 
Capital. Constatamos, também, que não foi com Reserva de Capital, pois essa conta não sofreu 
nenhuma alteração.
Conclusão: Quarta variação que afeta a DOAR: origem 1.474 mil
D2. Reserva de Capital Em $ mil
20X1 20X2 Variação
600 600 –0–
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 27
Como observamos nas demonstrações dessa conta, no item anterior, não houve acréscimo, 
não se constituindo, portanto, Origem para efeito de DOAR.
D3. Lucros Acumulados Em $ mil
20X1 20X2 Variação
300 440 140
 
 
Sem dúvida, há necessidade de ver estudo detalhado da Demonstração de Lucros ou Pre-
juízos Acumulados que vem explicar-nos o porquê da variação dos $ 140 mil.
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
      Em $ mil
Saldo no início do Exercício
+ Ajustes Exercícios Anteriores
+ Lucro Líquido do Exercício
Lucro Disponível
(–) Dividendos Propostos
Saldo no final do Exercício
300
150
 611 
1.061
(621)
440
(Afeta)6
(Afeta: Origem de Recursos)
(Afeta: Aplicação de Recursos)
 
Conclusões: Quinta variação que afeta a DOAR: origem 611 mil
Sexta variação que afeta a DOAR: aplicação 621 mil
 
No que tange ao Lucro Líquido do Exercício, não são apenas os $ 611 mil que afetam o 
Circulante, mas outros montantes não monetários que foram subtraídos ou adicionados ao 
resultado do exercício: Depreciação ($ 96 mil); Resultado decorrente da Avaliação de Inves-
timentos – Equivalência Patrimonial ($ 400 mil).
Assim, o Lucro Líquido ajustado será o apresentado a seguir.
Em $ mil
LL do Exercício
+ Depreciação
+ Ajuste do Lucro
(–) Participação (Equiv. Patr.)
Origem de Recursos
$ 611  
96  
150  
(400) 
457  
(afeta, mas já foi considerado na quinta variação)
(afeta, retifica o lucro, aumentando a origem do lucro).
(é um lucro real que só foi contabilizado este ano).
(afeta, retifica o lucro, diminuindo a origem do lucro).
6 Um lucro que existiu no ano anterior, mas não foi lançado. Sendo lançado agora, aumenta a origem.
28 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
Conclusões:
Sétima variação que afeta a DOAR: aumenta o lucro 96
Oitava variação que afeta a DOAR: lucro ano anterior 150
Nona variação que afeta a DOAR: diminui o lucro (400)
4o Passo
Estruturar a DOAR (com base nas análises de variações do 3o Passo).
Em primeiro lugar, vamos resumir todas as variações das Origens e Aplicações que afetam 
o Circulante:
Origens Aplicações
Variações
1a Recebimento de empréstimos a Coligadas
4a Aumento de Capital em moeda
5a Lucro Líquido $ 611
7a + Depreciação $ 96
8a + Lucro Ano Anterior $ 150
9a (–) Part. (Equiv. Patr.) $ (400)
$ 100
$ 1.474
$ 857
Variações
2a Aquisição de Investimentos
3a Aquisição de Imobilizado
6a Dividendos Propostos
$ 700
$ 500
$ 621
Total 2.031 $ 1.821
Diferença
 $ 210 (veja 2o Passo)
Em segundo lugar, vamos montar a DOAR, dentro dos moldes legais:
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)(Demonstração não obrigatória por lei)  | 29
RESUMO
A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos mostra a procedência de novos 
recursos que ingressaram na empresa durante o período contábil e que afetaram o seu Capital 
Circulante.
Mostra, também, a aplicação desses novos recursos aplicados de diferentes maneiras pela 
empresa naquele período.
Principais Origens de Recursos
 � Lucros obtidos nas operações da empresa.
 � Aumento de Capital em Dinheiro.
 � Novos empréstimos a Longo Prazo (Financiamentos).
 � Venda de elementos do Ativo Não Circulante.
Principais Aplicações de Recursos
 � Aquisição de elementos do Ativo Não Circulante.
 � Distribuição de Dividendos (ou, simplesmente, declaração de Dividendos).
 � Pagamento de Obrigações a Longo Prazo.
 � Concessão de Empréstimos, a Longo Prazo, para Coligadas e Controladas.
Origens e Aplicações que não afetam o CCL
 � Integralização do Capital com bens a serem classificados no Ativo Permanente.
 � Venda de Itens do Ativo Permanente que serão recebíveis a Longo Prazo.
 � Aquisição de Itens do Ativo Permanente pagáveis a Longo Prazo.
A DOAR será elaborada em duas etapas:
1a Separar o Circulante do Não Circulante; calcular o CCL e determinar a variação do 
mesmo de um ano para outro.
2a Calcular a variação dos Itens Não Circulantes e determinar o que é Origem e o que é 
Aplicação que afetam o CCL.
A DOAR será estruturada da seguinte forma:
 Das operações normais da empresa.
Origens (destacando por grupo) Dos acionistas (ou sócios) da empresa.
 De terceiros.
(–) Aplicações
= Aumento/Diminuição do Capital Circulante Líquido.







30 | CONTABILIDADE EMPRESARIAL   José Carlos Marion
AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO
a) Estes testes deverão ser respondidos em cinco 
minutos – 30 segundos para cada um.
b) Não responda se tiver dúvidas.
c) Se você acertar menos que 70% (sete ques-
tões), não passe para a etapa seguinte; leia
novamente o capítulo.
d) As respostas encontram-se no final do livro.
1. Indique a denominação a que a DOAR não
corresponde:
( ) a) Demonstração de Fluxo de Fundos.
( ) b) Demonstração de Fontes e Usos de 
Capital de Giro Líquido.
( ) c) Demonstração das Modificações na 
Posição Financeira.
( ) d) Demonstração dos Fluxos de Caixa.
2. A DOAR serve para indicar:
( ) a) a entrada de todos os recursos, in-
clusive os a Curto Prazo, bem como 
todas as aplicações.
( ) b) a variação do disponível.
( ) c) a variação do CCL.
( ) d) a situação econômica da empresa.
3. CCL é:
( ) a) AC + PC.
( ) b) PL + Não Circulante.
( ) c) AC – PC.
( ) d) Ativo – Passivo.
4. A DOAR evidencia operações resultantes de:
( ) a) Circulante × Circulante.
( ) b) Circulante × Não Circulante.
( ) c) Não Circulante × Não Circulante.
( ) d) Todas as Operações Financeiras.
5. Indique a operação que não afeta o CCL:
( ) a) Aumento de Capital em dinheiro.
( ) b) Vendas de recebíveis a Longo Prazo.
( ) c) Aquisição de Empréstimo Bancário 
(CP).
( ) d) Pagamento de Fornecedores de 
Matéria-prima.
6. Indique a operação que afeta o CCL:
( ) a) Aquisição de Financiamento (LP).
( ) b) Vendas de recebíveis a Longo Prazo.
( ) c) Aquisição de Empréstimo Bancário 
(CP).
( ) d) Pagamento de Fornecedores de 
Matéria-prima.
7. Como principal Origem de Recursos pode-
mos citar:
( ) a) Aumento de Capital.
( ) b) Financiamentos.
( ) c) Venda de Imobilizado.
( ) d) Lucro Líquido.
8. Indique qual é o elemento monetário que
interfere no Lucro:
( ) a) Depreciação.
( ) b) Exaustão.
( ) c) Juros Pagos.
( ) d) Variação Cambial não paga.
9. Indique qual aumento do Não Circulante
representa aplicação:
( ) a) Nova Avaliação.
( ) b) Novas Aquisições.
( ) c) Nova denominação da Empresa.
( ) d) Equivalência Patrimonial.
10. Uma empresa de Capital Fechado deverá
apresentar a DOAR:
( ) a) A partir de 2008 não é mais obriga-
tório.
( ) b) Sempre.
( ) c) Quando der lucro.
( ) d) Quando for considerada grande 
empresa.
Rogerio
Nota
Está igual ao miolo do livro. Com letras. Favor verificar.
Rogerio
Oval
 CAP. 20 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) (Demonstração não obrigatória por lei)  | 31
EXERCÍCIOS
1) A Demonstração de Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR) foi extinta?
2) Classifique os itens a seguir em origem (O) 
ou aplicação de recursos (A).
( ) Lucro Líquido
( ) Compra de Imobilizado
( ) Investimentos em ações
( ) Integralização de Capital em dinheiro
( ) Empréstimos tomados
( ) Vendas de investimentos
( ) Pagamentos de empréstimos
( ) Distribuição de Dividendos 
3) Qual é melhor: a DFC ou a DOAR?
4) Calcule o Capital Circulante Líquido (CCL) da empresa Maravilha, conforme o seu balanço a seguir:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
 Bancos 50.000 Salários 28.000
 Clientes 100.000 Fornecedores 250.000
 Estoque 500.000 Impostos 80.000
Não Circulante Empréstimos 100.000
 [...] Não Circulante
 Imobilizado 2.000.000 [...]
Patrimônio Líquido
 Capital Social 2.000.000
 Lucros Acumulados 192.000
TOTAIS 2.650.000 2.650.000

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