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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

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Recurso em Sentido Estrito 
Artigo 581 do CPP 
Conceito: 
 
O Recurso em Sentido Estrito é o recurso segundo o qual o juiz tem a possibilidade de proceder à nova apreciação de 
questão já decidida por ele, ou seja, o reexame de uma decisão pertinente às matérias especificadas em lei, antes do 
envio do processo à segunda instância. 
 
A expressão “sentido estrito” significa meio de se obter o reexame de uma decisão, e todos os recursos do Código de 
Processo Penal possuem sentido estrito, podendo-se concluir que, o recurso em sentido estrito é um recurso 
inominado. 
 
Cabimento: 
 
As hipóteses de cabimento do Recurso em Sentido Estrito são taxativas, ou seja, admissível apenas nas hipóteses 
expressamente previstas em lei e se concentram, na maioria, nos incisos do art. 581 do Código de Processo Penal. 
 
Não obstante a sua taxatividade, admite-se a interpretação extensiva das situações especificadas em lei, conforme 
dispõe o art. 3º, do Código de Processo Penal. 
 
Outros dispositivos que preveem o recurso em questão: o art. 294 parágrafo único do CTB, o art. 6º parágrafo único da 
lei nº 1.508/19512, e, o art. 2º III do decreto-lei nº 201/1976. 
 
Por outro lado, atualmente não desafiam mais o Recurso em Sentido Estrito, uma série de hipóteses relacionadas no 
art. 581 do Código de Processo Penal, porque são decisões da competência do Juiz das Execuções, na forma do art. 197 
da lei nº 7.210/1984 – Lei de Execução Penal – portanto, decisões contra as quais se recorre por meio de Agravo em 
Execução. 
 
Decisões que não comportam o recurso em sentido estrito: 
 
As decisões previstas no art. 581, do CPP, que não mais comportam Recurso em Sentido Estrito, são: 
 
a) que conceder, negar ou revogar sursis – art. 581, XI, do CPP; 
 
b) que conceder, negar ou revogar livramento condicional – art. 581, XII, do CPP; 
 
c) que decidir sobre a unificação das penas – art. 581, XVII, do CPP; 
 
d) que decretar medida de segurança depois de transitar a sentença em julgado – art. 581, XIX, do CPP; 
 
e) que impuser medida de segurança por transgressão de outra – art. 581, XX, do CPP; 
 
f) que mantiver ou substituir a medida de segurança nos casos do art. 774 – art. 581, XXI, do CPP; 
 
g) que revogar medida de segurança – art. 581, XXII do CPP; 
 
h) que deixar de revogar medida de segurança, nos casos em que a lei permita – art. 581, XXIII, do CPP; 
 
i) que converta a multa em detenção ou em prisão simples – art. 581, XXIV, do CPP. 
 
No que tange ao inciso XI, do art. 581 do Código de Processo Penal, que trata da decisão que conceder, negar ou revogar o 
sursis, são as seguintes as possibilidades: 
 
1) sursis concedido ou negado na sentença: caberá da decisão, o recurso de Apelação; 
 
2) sursis concedido, negado ou revogado pelo juiz das execuções: da decisão cabe o Agravo em Execução. 
 
Decisões que comportam o recurso em sentido estrito: 
 
O art. 581, do Código de Processo Penal, concentra as decisões que admitem a interposição do Recurso em 
Sentido Estrito: 
 
I – Decisão que não receber a denúncia ou a queixa. 
Trata-se da decisão de rejeição liminar da petição inicial, nas situações do art. 395 do Código de Processo 
Penal, ou seja, falta de condição da ação ou pressuposto recursal, cabe à acusação interpor Recurso em Sentido 
Estrito, buscando o seu recebimento. 
 
A respeito do recurso contra tal decisão, o Supremo Tribunal Federal editou as Súmulas 707 e 709: 
 
Súmula 707 do STF: “Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.” 
 
Súmula 709 do STF: “Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a 
rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.” 
 
Geralmente, da decisão que recebe a denúncia ou a queixa não cabe qualquer recurso, não obstante, pode ser 
impetrado habeas corpus, conforme disposto no art. 648, inciso I, do Código de Processo Penal. 
 
II – Que concluir pela incompetência do juízo. 
 
Inclui-se nessa situação a decisão de desclassificação proferida ao final da primeira fase do procedimento 
especial, conforme disposto no art. 419 do Código de Processo Penal, em que o juiz reconhece a inexistência de 
crime doloso contra a vida e, assim, o Tribunal do Júri se torna incompetente para a sua apreciação. 
A decisão de incompetência pode ser tomada de ofício, ou seja, sem provocação, ou ser resultado de exceção de 
incompetência oposta pela parte. A regra constante do art. 109 do Código de Processo Penal dispõe que, em 
qualquer fase do processo, se o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente, havendo ou não alegação da 
parte, declará-lo-á nos autos, remetendo o feito ao juiz competente. 
 
III – Que julga procedentes as exceções, salvo a de suspeição – as decisões acerca da exceção de suspeição não 
admitem recurso. 
 
As exceções de incompetência, ilegitimidade de parte, litispendência e coisa julgada, quando julgadas procedentes, 
permitem a interposição de Recurso em Sentido Estrito, segundo disposição constante do art. 95, do Código de 
Processo Penal. 
 
IV – Que pronunciar o réu, ao final da primeira fase do procedimento especial do júri – art. 413, do Código de 
Processo Penal. 
 
A sentença de pronúncia é quando o juiz se convence da existência do crime e de indícios suficientes de sua autoria, 
submetendo o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. Caso contrário, o juiz deverá proferir sentença de impronúncia, 
cabendo, no entanto, o recurso de apelação, assim como a sentença de absolvição sumária. 
 
A decisão de pronunciar o réu é uma decisão interlocutória mista não terminativa, haja vista encerrar uma fase do 
procedimento sem que o mérito seja apreciado, ou seja, sem declarar a culpa do acusado. 
 
Na impronúncia, a sentença é interlocutória mista terminativa, o processo é extinto sem julgamento de mérito. 
Portanto, não se trata de uma fase do procedimento. 
V – Que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão 
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante. 
 
É conveniente destacar que o interesse da acusação é o de recorrer da decisão que conceder ou arbitrar a 
fiança e a defesa irá recorrer da decisão que negá-la, arbitrá-la em valor muito excessivo, julgá-la inidônea, 
quebrada ou perdida. Nos casos de interesse da defesa, não obstante o recurso previsto seja expressamente o 
Recurso em Sentido Estrito, é também cabível a impetração de habeas corpus, tendo em vista que em todas as 
hipóteses há arbitrário prejuízo à liberdade de locomoção. 
 
No tocante à liberdade provisória com fiança serão recorríveis em sentido estrito as seguintes decisões: 
 
a) que conceder liberdade provisória com fiança. 
 
No caso de crime apenado com detenção, a autoridade policial pode conceder liberdade provisória, em o 
fazendo, a decisão é irrecorrível. No entanto, se o crime for apenado com reclusão, somente cabe ao juiz a 
concessão da liberdade provisória com arbitramento de fiança e, dessa decisão caberá recurso em sentido 
estrito. 
 
b) que negar a liberdade provisória com fiança. 
 
No caso de a liberdade provisória ser negada pela autoridade policial, não há recurso cabível, podendo aquele 
que se sentir prejudicado impetrar habeas corpus, com fundamento no art. 648, inciso V, do Código de 
Processo Penal. 
Por outro lado, se o Juiz não conceder ao preso o direito à liberdade provisória com arbitramento de fiança, 
será caso de interposição de Recurso em Sentido Estrito. 
c) que arbitrar fiança. 
 
Uma vez concedida a fiança, é provável que as partes se insurjam contra o valor arbitrado: a acusação por considerá-lo 
reduzido de forma injustificada, e a defesa por julgá-lo elevado demais. 
 
Não cabe qualquer recurso da decisão da autoridade policial que arbitrar fiança, nos casos de crimes apenadoscom 
detenção. Não obstante, se o Delegado de Polícia estipular valor muito elevado que torne inviável o seu pagamento e 
desta forma obrigue o agente a permanecer na prisão, é possível a impetração de habeas corpus, com fundamento no 
art. 648, inciso V, do Código de Processo Penal, vista que, o arbitramento de maneira que torne impossível o seu 
pagamento, corresponde a negar a fiança. 
 
No caso de ser o Juiz a fixar a fiança, contra a decisão é cabível o Recurso em Sentido Estrito. 
 
Se for ele a fixá-la em valor excessivamente alto, a defesa poderá optar entre o Recurso em Sentido Estrito e o Habeas 
Corpus. 
 
d) que cassar a fiança. 
 
A fiança poderá ser cassada pelo juiz quando tiver sido concedida em situação que não cabia, ou quando, em face do 
delito ter nova classificação, e reconhecida a existência de crime inafiançável, segundo disposição dos artigos 338 e 
339, do Código de Processo Penal. 
 
e) que julgar inidônea a fiança. 
 
A fiança será considerada inidônea quando prestada, por engano, em valor insuficiente, ou que com o tempo esse valor 
tenha se depreciado, sendo necessário seu reforço, sob pena de perder seu efeito e o réu vir a ser recolhido à prisão, 
segundo disposição constante no art. 340, parágrafo único, do Código de Processo Penal. 
 
VII – Que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor. 
 
A concessão da fiança implica para o afiançado na obrigação de comparecer perante a autoridade todas as vezes que 
for intimado. Não o fazendo, de forma injustificada, a fiança será considerada quebrada. 
Segundo o art. 341, do Código de Processo Penal, será julgada quebrada a fiança quando o acusado: 
 
a) regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; 
 
b) deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; 
 
c) descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
 
d) resistir injustificadamente a ordem judicial; 
 
e) praticar nova infração penal dolosa. 
 
Ocorrerá o perdimento do valor total da fiança se, condenado, o ré não se apresentar para dar início ao cumprimento da pena 
imposta de forma definitiva, segundo preceito contido no art. 344, do Código de Processo Penal. 
 
As consequências pela quebra injustificada da fiança são: a perda de metade de seu valor, podendo o juiz decidir sobre a 
imposição de outras medidas cautelares ou a decretação da prisão preventiva, se for o caso. 
 
O recurso, da decisão que julgar quebrada a fiança suspende apenas o efeito de perda da metade do seu valor, segundo o art. 
584, parágrafo 3º, do Código Penal. 
 
O Recurso em Sentido Estrito, no caso de perda da fiança, tem efeito suspensivo, conforme disposição do art. 584, caput, do 
Código de Processo Penal. 
 
VIII – Que decretar prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade. 
 
As causas de extinção da punibilidade estão, em sua maioria, previstas no art. 107 do Código Penal e podem sobrevir tanto 
durante o processo de conhecimento quanto durante a execução da pena. 
IX – Que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade. 
 
A decisão que reconhece a extinção da punibilidade constitui sentença terminativa de mérito e, quando proferida na 
fase de conhecimento, dá ensejo á interposição do Recurso em Sentido Estrito. 
 
Quando em uma sentença condenatória ou absolutória for declarada a extinção da punibilidade, o recurso a ser 
interposto para impugná-la, é o de apelação, por força da regra da unirrecorribilidade, conforme preceito contido no 
art. 593, inciso I e § 4º, do Código de Processo Penal. Assim, o recurso em sentido estrito é absorvido pelo recurso de 
apelação. 
 
No caso de ser a extinção da punibilidade declarada no momento processual da absolvição sumária contida no art. 
397, inciso IV, do Código de Processo Penal, há controvérsia obre a adequação do recurso de Apelação. 
 
Quando a extinção da punibilidade for proferida na fase de execução penal, a decisão pode ser impugnada por recurso 
de Agravo em Execução Penal, conforme artigos 66, inciso II e 197, da lei nº 7.210/1984 – Lei de Execução Penal, uma 
vez que, o disposto no inciso VIII, do art. 581, do Código de Processo Penal foi tacitamente derrogado, nesse ponto. 
 
X – Que conceder ou negar a ordem de habeas corpus. 
 
O Recurso em Sentido Estrito é cabível para a impugnação da decisão que, em primeiro grau de jurisdição, conceder ou 
negar habeas corpus. A sentença que conceder habeas corpus, mesmo que não seja interposto recurso voluntário 
pelas partes, deve ser submetida a reexame necessário ou recurso ex officio, nos termo do art. 574, inciso I, do Código 
de Processo Penal. 
 
No caso de o habeas corpus ser denegado em Tribunal Superior ou Tribunal de Justiça, ou ainda, Tribunal Regional 
Federal, pode ser interposto Recurso Ordinário Constitucional, de competência do Supremo Tribunal Federal ou do 
Superior Tribunal de Justiça, como dispõem os artigos 102, inciso II, letra “a” e 105, inciso II, letra “a”, da Constituição 
Federal/1988, respectivamente. 
XI – Que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena. 
 
O Recurso em Sentido Estrito, no caso de sursis, seria adequado somente para a impugnação de decisões proferidas 
antes da instauração do processo de execução. 
 
As decisões que concedem ou negam o sursis, podem ser impugnadas por recurso de Apelação, quando inseridas em 
uma sentença condenatória, por força da regra da unirrecorribilidade, vez que o Recurso em Sentido Estrito é 
absorvido pela Apelação. 
 
No caso de ser proferida na fase de execução penal, a decisão sobre sursis pode ser contrariada por recurso de Agravo 
em Execução Penal, conforme artigos 66, inciso III, letra “d”, e 197, da lei nº 7.210/1984 – Lei de Execução Penal, uma 
vez que, o disposto no inciso XI, do art. 581, do Código de Processo Penal foi tacitamente derrogado, nesse ponto. 
 
XII – Que conceder, negar ou revogar livramento condicional. 
 
O recurso cabível é o de Agravo em Execução Penal, conforme artigos 66, inciso III, letra “e”, e 197, da lei nº 
7.210/1984 – Lei de Execução Penal, uma vez que, o disposto no inciso XII, do art. 581, do Código de Processo Penal foi 
tacitamente derrogado, nesse ponto. 
 
XIII – Que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte. 
 
A nulidade pode ter sido declarada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. O recurso cabível para a 
decisão que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte, é o Recurso em Sentido Estrito. 
 
No caso de o Juiz indeferir o pedido de anulação do processo não cabe o recurso em questão, haja vista que, nessa 
hipótese, o réu pode impetrar habeas corpus, com fundamento no art. 648, inciso VI, do Código de Processo Penal, ou, 
até, arguir a nulidade em recurso de Apelação. 
XIV – Que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir. 
 
O recurso cabível para impugnar a decisão que alterar a lista de jurados, é o Recurso em Sentido Estrito. Trata-se de recurso que 
pode ser interposto por qualquer do povo, segundo dispõe o art. 426, § 1º, do Código de Processo Penal, no prazo de 20 dias, 
endereçado ao Presidente do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, conforme preceitos contidos no parágrafo único 
do artigo 586, e parágrafo único do art. 582, ambos do Código de Processo Penal, respectivamente. 
 
XV – Que denegar a apelação ou a julgar deserta. 
 
No caso de o juiz de primeira instância negar à admissibilidade do recurso de Apelação, cabível e adequada é a interposição de 
Recurso em Sentido Estrito. 
 
Será também admissível o Recurso em Sentido Estrito da decisão que julgar deserta a Apelação, que pode ocorrer em duas 
situações: 
 
a) quando o recorrente deixa de pagar o preparo; 
 
b) quando, após haver apelado, o réu fugir da prisão. 
 
Antes da lei nº 11.719/2008, era pressuposto de admissibilidade da Apelação o recolhimento do réu à prisão, salvo se fosse 
primário e de bons antecedentes.A jurisprudência, no entanto, vinha afastando o texto da lei, para colocar em destaque o princípio constitucional do duplo grau 
de jurisdição, que não pode ser limitado pela exigência da perda da liberdade. 
 
Esse posicionamento foi consolidado na Súmula 347 do Superior Tribunal de Justiça. 
 
A mencionada lei, se colocando de conformidade com a jurisprudência, revogou o artigo 594 do Código Processo Penal, que 
elevava o recolhimento à prisão á categoria de pressuposto recursal. Assim, mesmo legítima seja a prisão, o juiz não pode se 
negar a receber a Apelação sob o argumento de que o condenado está foragido, bem como, por idêntica razão não pode 
subsistir a decretação de deserção quando o réu foge após haver apelado, embora não tenha havido a revogação expressa do 
art. 595 do Código de Processo Penal. 
XVI – Que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial. 
 
As questões prejudiciais são tratadas no art. 92 e 93 do Código de Processo Penal. 
 
O art. 92, do CPP, cuida das prejudiciais obrigatórias: se a existência da infração depender da solução de controvérsia sobre o 
estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo civil seja dirimida a questão por sentença 
transitada em julgado. 
 
O art. 93, do CPP, trata de prejudicial facultativa: se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão 
sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e nesse houver sido proposta ação para 
solucioná-la, o juízo criminal poderá suspender o curso do processo, desde que seja de difícil solução essa questão e não verse 
sobre direito cuja prova a lei civil limite. 
 
Cabe Recurso em Sentido Estrito da decisão que determinar a suspensão do processo. Não obstante, a decisão de 
indeferimento da suspensão do processo, não pode ser impugnada por Recurso em Sentido Estrito, porque não está prevista 
em lei. 
 
XVII – Que decidir sobre a unificação de penas. 
 
Pode ser impugnada por recurso de Agravo em Execução Penal, conforme dispõe o art. 197, da lei nº 7.210/1984 – Lei de 
Execução Penal, em virtude de ter sido, nesse ponto, derrogado tacitamente o disposto no inciso XVII, do art. 581, do Código 
de Processo Penal. 
 
XVIII – Que decidir o incidente de falsidade. 
 
O incidente de falsidade está disciplinado nos artigos 145 a 148, do Código de Processo Penal. 
 
A decisão sobre a falsidade não faz coisa julgada, sendo apenas relevante para o processo em que houve a arguição e, de 
acordo com a decisão, o documento, poderá ser mantido ou retirado do processo. 
A decisão que nega liminarmente a instauração do incidente é irrecorrível, e não se pode confundir com a decisão que 
julga o incidente, da qual cabe o Recurso em Sentido Estrito. Assim, só caberá o recurso da decisão que, analisando o 
mérito, denegar ou deferir a retirada do documento. 
 
XIX – Que decretar nulidade de segurança, depois de transitar a sentença em julgado. 
 
Este dispositivo foi revogado pela Lei de Execução Penal. O recurso a ser interposto será o de Agravo em Execução, 
conforme disposto nos artigos 171 a 179 e 197, da lei nº 7.210/1984. 
 
XX – Que impuser medida de segurança por transgressão de outra. 
 
XXI – Que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do artigo 774, do CPP. 
 
XXII – Que revogar a medida de segurança. 
 
XXIII – Que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação. 
 
XXIV – Que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
 
XXV – Que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A do CPP. 
 
O art. 581, inciso XXIV, do Código de Processo Penal foi revogado em virtude da redação do art. 51 do Código Penal, 
determinada pela lei nº 9.268/1996, que estabeleceu não ser mais possível a conversão da multa em pena privativa de 
liberdade, no caso de não pagamento ou de agente frustrar a sua execução. 
Competência: 
 
A regra é que o Recurso em Sentido Estrito seja interposto perante o juízo de primeiro grau que proferiu a decisão 
recorrida, a fim de que este possa rever a decisão, em sede de juízo de retratação, mas deve ser endereçado ao 
tribunal competente para apreciá-lo. 
 
Depois de o recurso ser recebido serão intimado, recorrente e recorrido, sucessivamente, para que ofereçam razões e 
contrarrazões. Entretanto, não há empecilho para que o recorrente, por ocasião da interposição de seu recurso, já 
apresente suas razões. 
 
A Súmula 707 do Supremo Tribunal Federal instituiu que constitui nulidade a falta de intimação do 
denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação 
de defensor dativo. 
 
Prazos: 
 
O prazo para a interposição do Recurso em Sentido Estrito é de cinco dias. No caso do inciso XIV, será de vinte dias, a 
contar da publicação da lista geral de jurados, conforme determina o art. 586 e seu parágrafo único, do Código de 
Processo Penal. 
 
Razões e Contrarrazões recursais = 2 dias (art. 588 CPP) 
Processamento: 
 
Segundo o preceito contido no art. 583, inciso II, do Código de processo Penal, subirão nos próprios autos os recursos, 
nos casos arrolados pelo art. 581, inciso I – rejeição de denúncia ou queixa, inciso III – decisão que julgar procedentes 
as exceções, salvo a de suspeição, inciso IV – que pronunciar o réu, inciso VIII – que julgar extinta a punibilidade e 
inciso X – que conceder ou denegar ordem de habeas corpus. 
 
No caso de o recurso não subir nos próprios autos, será necessária a confecção do instrumento, mediante cópias das 
principais peças do processo. 
 
As razões podem ser oferecidas dentro do prazo máximo de dois dias. É majoritário na doutrina e na jurisprudência o 
entendimento de ser imprescindível a intimação do recorrente para o oferecimento de suas razões, correndo a partir 
desta o prazo assinado pela lei. Não obstante, a falta de oferecimento de razões do recurso não obstaculiza a subida do 
mesmo. A faculdade de arrazoar em segunda instancia não existe no Recurso em Sentido Estrito. 
 
O recorrido também deverá ser intimado, em igual prazo, para apresentar suas contrarrazões e, segundo 
entendimento da jurisprudência, o que impede a subida do recurso é a falta de intimação do recorrido, e não a falta 
das contrarrazões. 
 
O juiz recebendo os autos, no prazo de dois dias, reformará ou manterá sua decisão, determinando que o recurso seja 
instruído com cópia das peças que julgar necessárias. O juízo de retratação deverá ser fundamentado, pois, caso 
contrário, o tribunal converterá o julgamento em diligência para essa finalidade. 
 
A ausência de manifestação do Juiz implica em nulidade e o tribunal devolverá os autos para que a providência seja 
realizada. 
 
No caso de ser mantida a decisão, o juiz remeterá os autos à instância superior e, em havendo a reforma, o recorrido 
deverá ser intimado da decisão e, mediante simples petição e no prazo de cinco dias, poderá requerer a subida do 
processo à segunda instância. 
Efeitos: 
 
São efeitos do Recurso em Sentido Estrito: devolutivo, regressivo e, suspensivo, em determinados casos. 
 
Ocorre nos seguintes casos, o efeito suspensivo: 
 
1) perda de fiança; 
 
2) da decisão que denegue a apelação ou a julgue deserta. O recurso não suspende os efeitos da sentença 
apelada, mas os efeitos do despacho denegatório da apelação. 
 
3) da decisão que julgar quebrada a fiança, no que concerne apenas à perda de metade do seu valor; 
 
4) da pronúncia, apenas quanto à realização do julgamento, tão somente; 
 
5) decisão que julgar extinta a punibilidade – ela não impossibilita que o acusado possa ficar em liberdade, 
imediatamente; 
 
6) no caso de desclassificação do crime doloso contra a vida para crime de competência do juízo singular. 
CRIME 
 ↓ 
 VPI 
 ↓ 
Inquérito (rejeita → arquiva) 
Policial→ MP → denúncia → Juiz → recebe → citação → RPO → MP → Juiz (despacho saneador) → AIJ 
 
art. 6º CPP art. 24 CPP art. 406 CPP art. 409 CPP art. 410 CPP art. 411 CPP 
 
 
 
 * depoimento da vítima (se possível) 
 * depoimento das testemunhas arroladas pela acusação 
 * depoimento das testemunhas arroladas pela defesa 
 * acareações 
 AIJ * reconhecimento (pessoas e/ou coisas) 
 * esclarecimento dos peritos 
 * diligências complementares 
 * interrogatório 
 * alegações finais da acusação 
 * alegações finais da defesa art. 411 § 9º c/c 403 § 3º CPP 
 * sentença de pronúncia PRONÚNCIA = art. 413 CPP RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 IMPRONÚNCIA = art. 414 CPP 
 DESCLASSIFICAÇÃO = art. 418 CPP RECURSO DE APELAÇÃO 
 ABSOLVIÇÃO = art. 415 CPP 
 
 
* CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI = RITO ESPECIAL 
 
CASO CONCRETO 
Questão modificada XI Exame de Ordem Unificado Direito Penal 2013. 
 
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os 
limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da 
velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa 
sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, 
conduzia sua moto no sentido oposto da via. 
 
Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo 
faleceu em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. 
 
Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decidiu oferecer 
denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual 
(Art. 121 c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP). 
 
Argumentou, o Parquet, a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo 
para realizar a ultrapassagem, além de não atentar para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi recebida pelo 
juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a instrução 
probatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado 
na inicial acusatória. 
 
O advogado(a) de Jerusa é intimado da referida decisão em 01 de junho de 2020 (2ª feira). 
 
Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e date-o 
com o último dia do prazo para a interposição. 
GABARITO 
O examinando deverá elaborar um recurso em sentido estrito com fundamento no art. 581, IV do CPP. 
 
A petição de interposição deverá ser endereçada ao Juiz da Vara Criminal do Tribunal do Júri. 
 
Deverá, o examinando, na própria petição de interposição, formular pedido de retratação (ou requerer o efeito 
regressivo/iterativo), com fundamento no art. 589, do CPP. 
 
Caso não seja feita petição de interposição haverá desconto no item relativo à estrutura da peça, além daqueles relativos 
aos itens de referida petição. 
 
As razões do recurso deverão ser endereçadas ao Tribunal de Justiça. 
 
No mérito, o examinando deve alegar que Jerusa não agiu com dolo, e sim com culpa. 
 
Isso porque o dolo eventual exige, além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco pela ocorrência do 
mesmo, nos termos do art. 18, I (parte final) do CP, que adotou, em relação ao dolo eventual, a teoria do consentimento. 
Nesse sentido, a conduta de Jerusa amolda-se àquela descrita no art. 302 do CTB, razão pela qual ela deve responder 
pela prática, apenas, de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Em consequência, não havendo crime 
doloso contra a vida, o Tribunal do Júri não é competente para apreciar a questão, razão pela qual deve ocorrer a 
desclassificação, nos termos do art. 419, do CPP. 
 
Ao final, o examinando deverá elaborar pedido de desclassificação do delito de homicídio simples doloso, para o delito 
de homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 do CTB). 
 
Levando em conta o comando da questão, que determina datar as peças com o último dia do prazo cabível para a 
interposição, ambas as petições (interposição e razões do recurso) deverão ser datadas do dia 08/06/2020. 
ESBOÇO DA PETIÇÃO (sugestão) 
 
Petição de interposição 
 
Endereçamento: Juiz da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de_________ 
 
Fundamento legal: Art. 581, IV do CPP. 
 
Pedido de retratação / efeito regressivo ou iterativo / nos termos do art. 589, do CPP. 
 
Razões do Recurso 
Endereçamento: Tribunal de Justiça do Estado 
 
Mérito: 
Jerusa não agiu com dolo, e sim com culpa. O dolo eventual exige, além da previsão do resultado, que o agente assuma 
o risco pela ocorrência do mesmo, nos termos do art. 18, I (parte final) do CP, que adotou, em relação ao dolo eventual, 
a teoria do consentimento. 
 
Prazo: 08/06/2020 (prazo e 5 dias, art. 586 do CPP). 
 
Estrutura: duas petições (interposição e razões); colocação de endereçamento nas petições; aposição de local, data, 
assinatura. 
MODELO 
Interposição: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA ____. 
 
Processo criminal nº ____. 
 
FELÍCIO, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe por seu advogado, nos autos da ação penal que lhe 
move o Ministério Público, não se conformando, data venia, com a respeitável sentença de pronúncia, vem 
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no artigo 581, IV, 
do Código de Processo Penal. 
 
Destarte, requer seja recebido e processado o presente recurso, e, caso Vossa Excelência mantenha a r. sentença de 
pronúncia, encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Obs.: atenção ao juízo de retratação! No “rese”, sempre faça menção à possibilidade de o juiz voltar atrás de sua decisão. 
 
Temos em que, 
Pede deferimento. 
Comarca, data. 
Advogado, 
OAB/____ n. ____. 
Obs.: se o problema informar a comarca, ou exigir que a interposição ocorra em certa data, utilize as informações. Caso 
contrário, diga apenas “comarca, data”. O mesmo vale para o nome do advogado e para o número da OAB. 
 
Razões: 
 
Razões de Recurso em Sentido Estrito 
Recorrente: Felício. 
Recorrido: Ministério Público. 
Processo nº____. 
Egrégio Tribunal de Justiça, 
Colenda Câmara, 
Doutos Desembargadores, 
 
Obs.: Se o “rese” for julgado pelo TRF, o endereçamento deve ser feito da seguinte forma: 
“Egrégio Tribunal Regional Federal, Colenda Turma, Doutos Desembargadores Federais.” 
 
Em que pese o notável saber jurídico do Meritíssimo Juiz de Direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca ____, a respeitável 
sentença de pronúncia não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I. Dos Fatos 
 
Segundo a denúncia, no dia ____, após uma partida de tênis, o recorrente desferiu um golpe de raquete na vítima Roberval, que, 
em razão do ataque, perdeu o equilíbrio e chocou-se contra a guia do calçamento, vindo a falecer e decorrência dos ferimentos. 
 
Por esse motivo, o Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor do recorrente, com fulcro no artigo 121, caput, do Código 
Penal. 
 
Encerrada a instrução, o magistrado entendeu que o acusado agiu com dolo eventual, devendo ser submetido a julgamento 
perante o Tribunal do Júri, conforme sentença de pronúncia defls. ____/____. 
II. Do Direito 
Contudo, a respeitável sentença de pronúncia não deve prosperar, pois é contrária aos ditames legais. 
 
Como já relatado, a vitima faleceu por motivos alheios à vontade e à conduta do acusado, que não concorreu 
intencionalmente para a ocorrência do fatídico desfecho – nem pôde prever ou assumir o resultado. 
 
Para que houvesse o dolo eventual, o acusado teria de ter assumido o resultado morte, o que não ocorreu, pois, como 
ficou comprovado, o golpe desferido pelo recorrente sequer foi dado com força. 
 
Entretanto, por infortúnio, a vítima perdeu o equilíbrio durante o entrevero e chocou-se contra a guia da calçada, vindo a 
falecer em razão disso. 
 
Portanto, inexistiu animus necandi na conduta do acusado, não havendo o que se falar em crime doloso contra a vida, de 
competência do Tribunal do Júri, sendo indubitavelmente excessiva a imputação que lhe é atribuída. 
 
Em verdade, a conduta do acusado amolda-se perfeitamente à descrição do tipo previsto no artigo 129, § 3º, do Código 
Penal, que trata sobre a lesão corporal seguida de morte: “se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente 
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo.” 
 
Ex positis, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, para que se desclassifique a conduta 
do recorrente para aquela prevista no artigo 129, § 3º, do Código Penal, como medida de justiça. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Comarca, data. 
Advogado

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