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INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira Polipose e Neoplasia Intestinal Pólipos Intestinais Introdução Qualquer crescimento do epitélio intestinal no sen- tido para dentro do lúmen é caracterizado como póli- po. Adenoma (pólipo benigno) →Adenocarcinoma (pó- lipo maligno). Adenoma Fator de risco para desenvolver o CA - Viloso > 2 cm - Displasia grave O epitélio passa a ser compostos por células dife- rentes das células normais, com núcleo hipercromáti- co, perda da uniformidade de tamanho e orientação espacial. “Quase câncer” Tipos Não-neoplásicos Hiperplásicos Hamartomatosos Inflamatórios Neoplásicos Adenoma (benigno) Adenocarcinoma (maligno) “Pólipo = Polipectomia + Biópsia” Os pólipos podem ser pendunculados ou sesseis, solitários ou múltiplos, achados isolados ou parte de síndromes hereditárias. Pode ser isolado ou como manifestação de deter- minadas síndromes. Síndromes de Polipose Intestinal Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Clínica Presença do gene APC mutante (APC é o que evi- ta o surgimento de pólipos). Pólipos adenomatosos em todo TGI (> 100) Se 1 pólipo adenomatoso é capaz de desenvolver CA, imagina nesse caso, onde que tem milhares. Hiperpigmentação retiniana hipertrófica é um achado clássico da síndrome. Probabilidade de CA é de 100% em pacientes com > 40 anos (indicada colectomia profilática) Tratamento Protocolectomia profilática Variantes Gardner - Pólipo colorretal associado à - Dentes extra-numerários - Osteoma - Lipoma Turcot - Tumores de SNC - Meduloblastoma Peutz-Jeghers Clínica Pólipos hamartomatosos Manchas melanóticas (pele e mucosa) Acomete mais o delgado - Intussuscepção 1 INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira - Melena - Anemia Conduta Risco aumentado de neoplasia associado à essa síndrome. Dessa forma - A cada 2 anos - Colonoscopia - Avaliação de delgado - EDA A cada ano - USG de pâncreas. Em mulheres recomenda-se o USG pélvica anual associado à mamografia aos 25, 30, 35, 38 e a cada 2 anos dos 40 em diante. Cowden Clínica Pólipos hamartomatosos Acomete todo o TGI Ceratose palmoplantar Nódulos verrucosos (Triquilemomas - CA de pele). Polipose Juvenil Familiar Desordem autossômica dominante, caracterizada pelo aparecimento de 10 ou mais pólipos hamartoma- tosos juvenis colorretais. A doença costuma se manifestar na infância ou adolescência As complicações mais comuns decorrem de san- gramento, intussuscepção e obstrução. Algumas manifestações extraintestinais como mal- formações ateriovenosas pulmonares, estão descritas em associação à síndrome. CA Colorretal Adenocarcinoma Introdução CA das células cilíndricas que está presente no trânsito colônico. 2º Câncer com maior mortalidade - Perde apenas para o de pulmão - Incidência similar para o de pulmão. Esporádico Mais comum Fator de risco - Idade - Historia familiar - DII - Dieta rica em gordura, industrializados. - Hábitos de vida: Doença coronariana - Ureterossigmoidostomia - Irradiação de tumores ginecológicos e prostáti- cos. Fatores Protetores Fibras vegetais Selênio Cálcio Vitamina C e E Betacaroteno AAS e AINEs Exercício físico. Hereditário associado a pólipos Polipose adenomatosa familiar (PAF) e suas vari- antes. Hereditário não-polipose Síndrome de Lynch - Aqui não é que não tem pólipos, tem sim, mas surgi 1 ou outro e já se transforma em maligno Fator de Risco - ≥ 3 Familiares 2 INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira - CA < 50 anos (ginecológico, pâncreas) - 2 gerações - Não associada à polipose hereditária Clínica Cólon Direito Anemia ferropriva Massa palpável Cólon Esquerdo Alteração do hábito intestinal Reto Hematoquezia (mais comum) Tenesmo Constipação Eliminação de muco Sintomas relacionados à invasão de órgãos adja- centes. Diagnóstico Colonoscopia (tumor sincrônico) + Biópsia → Padrão-ouro Para o diagnóstico ser completo eu preciso fazer a colono, mesmo que feito a biópsia, pois ele é sincrô- nico, pode estar localizado em 2 lugares diferentes. Não tem colono do enunciado, e pede conduta após biópsia → Solicitar colonoscopia. CEA Acompanhamento da doença Rastreamento Tem alguns métodos, mas o melhor é a colonos- copia feita de 10 em 10 anos. É obrigatório realizar a partir de 50 anos (alguns falam de 45 anos), e fazer com 40 anos os pacientes que possuem história familiar de CA colorretal. Síndrome de Lynch - A partir dos 20 a 25 anos - Vai fazer colonoscopia de 2 em 2 anos Polipose Adenomatosa Familiar - A partir dos 10 a 12 anos - Vai fazer colonoscopia a cada ano. Estadiamento Semelhante ao estadiamento do esôfago. Tratamento Só não operar o paciente em conduta proibitiva. Até mesmo o paciente que está no paliativo. Cólon Colectomia + Linfadenectomia Se acometer em apenas 1 dos lados, é hemicolec- tomia. Ou se acometeu transverso é hemicolectomia ampliada. QT adjuvante - Se N positivo - Tumor agressivo Reto Até T2 e N0 e localizado no reto baixo - Excisão local Padrão - QT + RT neoadjuvante (reduzir o tumor) + - Cirurgia + - QT adjuvante Cirurgia → Depende da localização - > 5 cm da margem anal: Eu tenho margem para ressecção, dessa forma, fazer RAB = Res- secção Abdominal Baixa + Excisão do Mesorreto (drenagem linfática). Por fim, faz anastomose co- lorretal. T1a Mucosa T1b Submucosa → Invasão de Capilares Linfáticos T2 Muscular T3 Adventícia T4a Adjacentes ressecáveis T4b Adjacentes irressecáveis 3 INTESTINO PARTE 2 GASTROLOGIA 3 Eduardo Siqueira - < 5 cm da margem anal: Miles = Ressecção Abdominal Perineal + Excisão do Mesorreto. Por fim, fazer Colostomia Definitiva. 4 Tipos Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Peutz-Jeghers Cowden Polipose Juvenil Familiar Introdução Clínica Diagnóstico Estadiamento Tratamento
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