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CARL GUSTAV JUNG BREVE BIOGRAFIA CARL GUSTAV JUNG (1875-1961) nasceu em uma pequena vila na Suíça, no seio de uma família culta e religiosa. Filho mais velho de um pastor protestante e de uma mãe dual, autoritária que sofria episódios de depressão. Viveu uma infância e juventude muito solitária, sofria de conflitos internos entre sua mente analítica e a fé cega de sua família, principalmente a do pai. Interesou-se por quatro áreas: filosofia, arqueologia, história e ciências naturais. Forma-se em medicina na Universidade de Basiléia em 1900 e interessa-se pela psiquiatria. 2 Em seus estudos em psiquiatria e na prática clínica, tentou humanizar o serviço de atendimento aos pacientes, buscando investigar, para além dos sintomas as questões existenciais que cada sujeito lhe trazia. 1902 Defesa da Tese de Doutorado: Psicopatologia e Patologia dos assim chamados Fenômenos Ocultos. Estudo sobre uma jovem médium espírita, interpreta a manifestações do espíritos como personificações de elementos inconscientes da médium. 1903 Casou-se com Emma Rauschenbach a segunda herdeira mais rica da Suíça, com quem teve cinco filhos. BREVE BIOGRAFIA 1903 Os primeiros trabalhos esperimentais sobre os testes de associações de palavras e a teoria dos complexos. 1907 Primeiro encontro com Freud. 1908 Considerado como o “princípe herdeiro” por Freud. Fundador e 1° presidente da Associação Psicanalítica Internacional. 1909 Os dois viajaram juntos aos EUA em 1909, proferindo palestras em um centro de pesquisas. 1912 Publica Transformações e Símbolos da libido, crítica a teoria Freudiana, o que antecederá o rompimentos com Freud e o movimento Psicanalítico em 1913. BREVE BIOGRAFIA 1913-1919 Período de “Reclusão Voluntária |crise pessoal”, permitiu-se explorar ao máximo como pesquisa de seu prórprio inconsciente. A angústia da separação com Freud rendeu material para que Jung pudesse continuar seus estudos, agora muito mais voltado para as relações indivíduo e imaginação, afastando-se das teorizações e do determinismo sexual da Psicanálise. BREVE BIOGRAFIA PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FREUD E JUNG Definiu o inconsciente como uma coleção de material pessoal reprimido. Dividiu a psique em três partes: consciência (ego), o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. Considerava a libido sexual o motor de uma pessoa. A libido sexual era uma força poderosa na psique humana, mas não a única. Na interpretação de sonhos, considerava qualquer objeto pontiagudo como um símbolo do pênis. Considerava que até mesmo o pênis poderia simbolizar algo mais, dependendo do conteúdo do sonho. Criatividade, por exemplo. Era ateu e tinha uma visão muito crítica sobre religião. Insistia que os seres humanos devem prestar atenção à sua vida espiritual. Estruturou sua teoria a partir da observação de casos de histeria. Seus tratamentos iniciais foram baseados em associação de palavras Também conhecida como psicologia JUNGUIANA ou psicologia COMPLEXA, se distingue da psicanálise por uma noção mais alargada da libido e pela introdução dos conceitos de inconsciente coletivo, sincronicidade e individuação. Psicologia com tradição humanista, holística, individual e sócio-cultural, biológico-corporal, psicológico, sócio cultural, crítica, etc. INTERDISCIPLINAR: diálogos com várioas áreas do conhecimento, como: filosofia, antropologia, sociologia, física qüantica, mitologia, estudos da religião e simbolismos. PRINCIPAIS CONCEITOS DA PSICOLIGIA ANALÍTICA EGO, INCONSCIENTE PESSOAL E COLETIVO EGO aspecto da personalidade que é consciente. SELF núcleo central da psiquê INCONSCIENTE PESSOAL é constituido essencialmente por conteúdos de natureza pessoal, formado por aquisições da existência individual. Já foram conscientes e no entanto desapareceram da consciência por terem sido esquecidos ou reprimidos. [Consiste em sua maior parte de complexos] INCONSCIENTE COLETIVO não se apoia em nehuma de nossas experiências individuais. Contém ideias preservadas em uma estrutura atemporal que age como uma espécie de “memória coletiva” herdadas de geração para geração. [É constituído essencialmente sob a linguagem de símbolos, os quais Jung chamou de arquétipos] Os mitos e os símbolos são surpreendentemente semelhantes em todas as culturas do mundo ao longo dos séculos. Devem ser, portanto, resultantes dos conhecimentos e das experiências que compartilhamos como espécie. A memória dessa experiência compartilhada é preservada... ...no inconsciente coletivo que faz parte de cada um de nós. ...sob a forma de arquétipos que agem como modelos organizadores dos padrões comportamentais. Cada um de nós nasce com uma tendência inata para usar esses arquétipos para entender o mundo. PERSONA A PERSONA é um dos arquétipos mais importantes descritos por Jung. Percebeu a tendência do ser humano em mostrar apenas uma parte de sua personalidade ao mundo exterior e que dividem sua personalidade mostrando apenas alguns componentes conforme o meio e a situação. O SELF que aprensentamos ao mundo – nossa imagem pública – é um arquétipo que Jung chamou de persona. Ou seja, é a nossa Consciência Coletiva: máscara, papéis sociais, identificação com o que a consciência coletiva (sociedade) valoriza ou demanda das pessoas. 10 ANIMUS E ANIMA Acreditava que o SELF tem partes masculinas e femininas e é moldado para ser totalmente feminino ou masculino tanto pela sociedade como pela biologia. Esses arquétipos nos ajudam a compreender a natureza do sexo oposto e refletem necessariamente as ideias tradicionais de masculino e feminino. ANIMUS: é o componente masculino da personalidade feminina [representado em nossa cultura como o homem real, musculoso, comandante de soldados, sedutor romântico, lógico de sangue frio.] ANIMA: são os atributos femininos da psique masculina. Trata-se da “outra metade” que nos foi suprimida à medida que nos constituímos como homem e mulher. [Aparece como uma ninfa da floresta, uma virgem, mulher sedutora. SOMBRA SOMBRA: este arquétipo representa a parte de nós que não desejamos mostrar ao mundo. Contém as atividades e os desejos imorais, violentos e inaceitávies, consiste na parte animalesca da personalidade. No entanto a sombra possui também o lado positivo, responsável pela espontaniedade, criatividade, pelo insigth e pela emoção profunda, características necessárias para o total desenvolvimento humano. Pode representar aspectos que optamos por suprimir apenas por serem inaceitáveis em determinada situação. Sombra não é um sentido de valor. O ser humano é uma constante luta entre luz e trevas = nós viemos da escuridão. Segundo o judaísmo por exemplo: No princÍpio eram as trevas e Deus disse: faça-se a luz! Existe uma atração, para com está escuridão que é de certa forma, de onde viemos. SOMBRA Romance “ O médico e o monstro” (1886), de R.L. Stevenson. No livro a “dissociação” de Jekyll se manifesta através de uma transformação física e não (como na realidade) sob a forma de um estado interior psíquico. PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO SELF núcleo central da psique. EGO consciente; nasce do self e se torna intermediário entre o self e o mundo; intermediário também entre as experiências objetivas e subjetivas (extroversão e introversão). É preciso que ele queira e se sinta motivado para o : PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO é um processo que estimula o indivÍduo criar condições para que cada um desperte o melhor de si e do outro. [arquétipo] Autoconhecimento Conhecer-se externa e internamente O encontro com o Centro / Self pode ser visto como algo que nos transcende. Poderíamos dizer que é um encontro com a totalidade de nosso ser, com as camadas mais profundas do inconsciente. AUTOREALIZAÇÃO O verdadeiro objetivo da existência humana, para Jung, é atingir um estado psicológico avançado, esclarecido, que ele denomina de “autorrealização”, e o caminho para alcançá-la passa pelo caminho do Verdadeiro Self. Quando inteiramente compreendido, esse arquétipo é fonte de sabedoria e verdade, capaz de conectar o self ao espiritual. Jung assegurava que a autorrealização não surge de maneira automática, é preciso buscá-la conscientemente. “Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou” C.G.Jung MANDALAS Jung acreditava que as mandalas representavam uma expressão simbólica da totalidade. Mandala é uma palavra em sânscrito que significa: o que contêm na Essência. (MANDA=essência LA=conteúdo) Possuem uma forma de desenho geralmente circular, e imagens que convergem no centro do círculo. Descobriu que seus pacientes ficavam mais relaxados e tranquilos quando desenhavam mandalas. A arte das mandalas foi muito trabalhada pelas culturas budistas, hinduístas e taoístas. Jung sinaliza que as mandalas apresentam naturalmente os fenômenos psicológicos. Segundo ele, as mandalas podem compensar um estados de dissociação psíquica ou desorientação. “Trata-se evidentemente, de uma ‘tentativa de autocura da natureza’” – Carl Jung REFERÊNCIAS JUNG, C. G. (2008). O homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. JAFFÉ, A. (10 Edição). Mémórias, Sonhos, Reflexões. Editora Nova Fronteira S.A HERMETO, C. M.; MARTINS A L. (2012). O livro da Psicologia. São Paulo: Globo Vídeo assesado em 14/09/2014: http://www.youtube.com/watch?v=xAmBmmaod3Q Vídeo assesado em 14/09/2014: http://www.youtube.com/watch?v=b8U7m3ZNn94
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