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Roteiro 3 - Execução de Título Extrajudicial

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Escola de Direito
Curso de Direito – Câmpus Maringá
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	Curso: Direito 
	Data: 
	Disciplina: Tutela Executiva
	Período/Turma:
	Professor Responsável: Luciano Schwerdtner
	Semestre: 02/2013
	Coordenador: Marcus Geandré Nakano Ramiro
	3ª UNIDADE – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
Da execução de título executivo extrajudicial
Diversas modalidades de execução já mencionadas no roteiro anterior.
Dos títulos executivos extrajudiciais
Descritos no art. 585, CPC, devem estar revestidos dos requisitos necessários ao ajuizamento e regular processamento da execução.
Legitimidade e Competência 
Análise dos arts. 566 (legitimidade ativa), 567 (legitimidade passiva) e 575 (competência), todos do CPC.
Execução da obrigação de pagar quantia certa contra devedor solvente
Maior amplitude da execução monetária ou da execução da obrigação de pagar quantia certa contra devedor solvente, por abranger, em parte, procedimentos comuns a outras espécies de execução.
Fases:
	Fase Inicial
(postulatória)
	Fase Preparatória 
(instrumental)
	Fase Final
(expropriatória, satisfativa)
	Petição Inicial
	Penhora
	Expropriação ou remição
	Citação
	Avaliação dos Bens
	Satisfação do credor
	Arresto (pré-penhora)
	Atos preparatórios à satisfação
	Extinção normal da execução
	Momento para embargos
	
	
Fase inicial
Petição Inicial
Sem demanda, não há execução, mesmo no caso de cumprimento de sentença. (salvo no caso dos cumprimentos de sentença stricto sensu – arts. 461 e 461-A, CPC)
Necessidade de observância dos requisitos do art. 282, CPC, compatíveis com a execução (v. art. 598, CPC). Em geral é mais sucinta, mas, nem por isso, deve prescindir dos requisitos da petição inicial.
Requisitos específicos: art. 614 a 616, CPC
Necessidade física do título (documento fundamental), em especial no que se refere aos títulos de crédito e a questão do processo digital.
“Em suma, a adequada exposição da causa de pedir na execução por quantia certa abrange: (I) menção e exibição do título executivo; (II) a narrativa e comprovação da exigibilidade do título; (III) a narrativa do inadimplemento do devedor; (IV) o demonstrativo especificado do débito, atualizado até a data da propositura da ação.”
Efeitos da propositura da ação
Interrupção da prescrição (art. 617, CPC);
Prazo prescricional: art. 205 e 206, CC; legislação esparsa (duplicatas, letras de câmbio, cheques) ou Súmula 150, STF – títulos judiciais (“Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação”);
Aplicação do art. 219, CPC – Prevenção, litispendência e litigiosidade da coisa;
Possibilidade de averbação no registro de bens – Art. 615-A, CPC – (SRI/CRI - matrícula, DETRAN);
Condenação em honorários advocatícios – Art. 652-A, CPC.
Citação
Necessidade de ser realizada pessoalmente, por mandado de citação (oficial de justiça – Art. 222, “d” c/c 224, CPC) e, eventualmente, por edital (art. 654, CPC).
Impossibilidade de citação postal ou por hora certa.
Citado, abre-se prazo para o pagamento em três dias, sob pena de penhora e avaliação dos bens – Art. 652, CPC. 
O termo inicial para o pagamento é da data da citação e não da juntada do mandado aos autos de execução. 
Havendo vários devedores, os prazos fluem independentemente das demais citações, não se aplicando a regra do art. 241, III, CPC.
O termo inicial para os embargos, no entanto, se dá no momento da juntada do mandado cumprido (art. 738, CPC).
Arresto (pré-penhora)
Não sendo encontrado o devedor para a sua citação, o oficial de justiça deverá arrestar bens suficientes para garantir a execução (art. 653, CPC).
Arresto é uma penhora prévia dos bens do devedor, já que o natural seria: a) citar o devedor; b) aguardar o tríduo legal e, só depois; c) penhorar os bens.
É medida tomada de ofício pelo oficial de justiça, independentemente de ordem judicial, contanto que tenham sido encontrados bens, mas não o devedor.
Procedimento da pré-penhora:
a) Tentativas reiteradas de localização do devedor com certificação no mandado (duas/três vezes);
b) Arresto;
c) Cumprimento do art. 653, parágrafo único, CPC.
d) No prazo anterior, se citar e pagar, arresto sem efeito; Se citar e não pagar, conversão do arresto em penhora.
e) No prazo anterior, se não citar, certidão do oficial.
f) Aguarda-se o requerimento de citação por edital, por parte do credor. Se o fizer, segue, caso contrário, arresto se extingue.
g) Citado por edital: aguarda-se o prazo legal para pagamento. Se pagar, extingue o arresto, se não pagar, conversão do arresto em penhora.
h) Citado por edital: prazo para embargos.
i) Convertido o arresto, lavra-se o auto de penhora (art. 665, CPC) e intima-se o devedor (art. 652, §5º, CPC)
Necessidade de curador especial para o devedor revel citado por edital (art. 9º, II, CPC e Súmula 196, STJ – “Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos”.
Há a possibilidade de citação do devedor por edital sem a pré-penhora – inexistência de bens arrestáveis.
Momento para embargos
Como mencionado acima, os embargos poderão ser opostos no prazo de 15 dias. Maiores detalhes serão analisados no Roteiro 4.
Fase Preparatória
Penhora e intimação da penhora
a) Extinção da faculdade de nomear bens à penhora desde a Lei nº 11.232/2005, passando pela Lei nº 11.382/2006 e a possibilidade de contraditório e substituição da penhora (arts. 656 e 668, CPC).
b) Possibilidade de o credor indicar bens à penhora (art. 652, §2º, CPC)
c) Possibilidade de o juiz determinar que o devedor indique bens a serem penhorados (art. 652, §3º e 656, §1º, CPC)
Conceito e natureza jurídica
Conceito: “... ato executivo que afeta determinado bem à execução, permitindo sua ulterior expropriação, e torna os atos de disposição do seu proprietário ineficazes em face do processo”.
Natureza jurídica: é ato público estatal (realizado pelo oficial de justiça), sem caráter contratual (distinguindo-se do penhor) e de natureza executiva, pois com ela é que se inicia, propriamente, a atividade executiva. Possui natureza conservativa indireta (conserva o bem, evita alienação – depósito do bem), pois sua principal natureza é executiva
Impenhorabilidade absoluta e relativa
Absoluta: é a que não pode recair sobre os bens elencados legalmente, ou seja, indicados no art. 649, CPC. Além desses: a) os exemplares da bandeira nacional não reservados ao comércio (Lei nº 4.075/1962); b) os bens de família (Lei nº 8.009/1990 e Súmula 364 - STJ); c) os bens gravados com hipoteca e penhor, dado o direito de preferência do credor hipotecário e pignoratício; d) os bens públicos (art. 100, CF – precatórios).
Relativa: recai sobre que estão sujeitos à obediência de alguns critérios para que se realize a penhora, ou seja, aqueles bens que por razões especiais a Lei preserva em poder do devedor, autorizando sua penhora quando outros bens ou valores pecuniários não existirem no patrimônio do executado. → Art. 650, CPC.
Ordem da penhora (Art. 655, CPC)
É fundamental o respeito à ordem disposta no art. 655, CPC, mas é possível, considerando-se os princípios da maior efetividade da execução, do menor sacrifício do devedor e da execução equilibrada, sua flexibilização.
Procedimento: a) pesquisa de bens (pesquisas físicas ou on line - BacenJud, RenaJud); b) apreensão e depósito do bem (art. 664, CPC); c) inscrição da penhora do bem (SRI, Detran, Registro de Comércio); e, d) atos subsequentes à penhora (intimação dos interessados).
Penhora on line (art. 655-A, CPC e sistema BacenJud).
Penhora de faturamento da empresa (art. 655-A, §3º, CPC)
A questão da quebra e a medida da proteção do capital de giro.
O usufruto de bens móveis e imóveis (art. 716 a 724, CPC) → formas especiais de penhora (aviões e navios,“rosto dos autos” - art. 674, CPC, créditos – Art. 671 a 679, CPC)
Substituição da Penhora
Análise do art. 656 e 657, CPC
Depósito dos bens penhorados
“Depósito é ato integrante da penhora, pelo qual se incumbe alguém da guarda e conservação dos bens penhorados, transferindo-lhe a posse (mediata ou imediata) de tais bens”.
Tem natureza executiva, pública e não contratual (≠ contrato de depósito – arts. 627 a 652, CC).
Preferência histórica do depósito em nome do devedor ou do terceiro proprietário e a mudança significativa operada em 2006 → Art. 666, CPC, em especial seu §1º.
Possibilidade de depósito em nome do devedor caso o credor não se manifeste. Princípio do menor sacrifício e da execução equilibrada.
Possibilidade de o credor ser instituído depositário.
Condição de longa manus do depositário, já que é auxiliar da justiça (art. 148 a 150, CPC)
Deveres de guarda e conservação do bem penhorado nas formas ordinárias de penhora e também de administração dos bens nos casos de penhoras especiais, como a sobre estabelecimento comercial, industrial, agrícola ou de empresas permissionárias ou concessionárias de serviços públicos (arts. 677 a 679, CPC) ou, ainda, no usufruto executivo (arts. 716 a 724, CPC)
Direito de remuneração e ressarcimento das despesas arcadas durante o exercício do encargo.
Avaliação
Ato preparatório da expropriação, consistente em perícia pela qual se define o valor dos bens penhorados.
Em geral é feita pelo Oficial de Justiça no momento da penhora. Há críticas a respeito. Na Justiça Federal e Trabalhista o oficial cumula o cargo de avaliador judicial, o que minimiza, mas não exclui as críticas.
Dispensa de avaliação: art. 680, caput e 684, CPC.
Instrumento: Laudo de Avaliação. Requisitos: art. 681, CPC.
Possibilidade de contraditório. Decisão Interlocutória passível de agravo de instrumento.
Refazimento da avaliação: art. 683, CPC.
Efeitos da avaliação:
Fixação dos parâmetros econômicos de expropriação (art. 686, II e 692, CPC);
Pode acarretar a alteração da penhora (art. 685, CPC).
Fase Final (Expropriatória/Satisfativa)
Mecanismos de expropriação dos bens do executado
a) Recaindo a penhora e consolidada a execução, caberá ao credor requerer o levantamento da quantia depositada, a fim de satisfazer o seu crédito (v. Art. 709 a 713, CPC).
b) Hipóteses de expropriação: art. 647, CPC.
Adjudicação (arts. 685-A e 685-B, CPC).
Ato de expropriação executiva, em que o bem penhorado se transfere in natura para o credor ou é adquirido por determinadas pessoas que têm vínculo familiar ou matrimonial com o devedor.
Quem pode adjudicar? Art. 685-A e seus §§ 2º e 4º, CPC.
Preço e forma de pagamento da adjudicação.
Documentação da adjudicação: a) auto de adjudicação e carta de adjudicação.
Alienação particular
Não havendo adjudicação, o credor pode requerer que os bens penhorados sejam alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante o Poder Judiciário.
O juiz fixará o prazo para a alienação, o preço mínimo (partindo-se da avaliação), a forma de publicidade, as condições de pagamento, eventuais garantias para o caso de pagamento parcelado e o valor da corretagem, se for o caso.
Realizando-se a alienação, realizar-se-á termo nos autos com carta de alienação (imóvel) ou mandado de entrega de bem (móvel) em favor do adquirente .
Subsidiariamente aplicam-se as regras acerca da alienação judicial.
O adquirente tem direito a ser ressarcido em virtude de evicção, mas, doutrinariamente, não tem direito à redibição ou ressarcimento por eventuais vícios existentes na coisa adquirida, visto não se tratar de contrato, mas ato público de expropriação, sem natureza contratual, portanto.
Arrematação (alienação judicial ou hasta pública)
É a forma de expropriação executiva pela qual os bens penhorados são transferidos por procedimento licitatório realizado pelo juízo da execução.
Espécies:
Leilão: aplicável a bens móveis – Art. 686, IV, primeira parte, CPC.
Praça: aplicável a bens imóveis – Art. 686, IV, segunda parte, CPC.
Bolsa de valores: ações que devam ser comercializadas por intermédio das bolsas de valores. (art. 704, CPC).
Atos preparatórios:
Avaliação
Publicação de editais (para o conhecimento dos licitantes).
Intimações das partes e dos credores com garantia real acerca da hasta;
Quem pode arrematar? art. 690-A, CPC.
Como é feito o pagamento? Arts. 690, CPC.
Os bens poderão ser arrematados individualmente ou em conjunto, com preferência para esta modalidade. (Art. 691, CC)
Os bens poderão ser colocados em hasta por duas vezes: a primeira, pelo valor da avaliação e a segunda, por qualquer lanço, contanto que não seja preço vil (art. 692, CC) ou no caso de bem imóvel de incapaz, 80% do valor da avaliação (art. 701, CPC) com possibilidade posterior de seguir os trâmites normais.
Documentação: Auto de arrematação (art. 707, CPC) e carta de arrematação ou ordem (mandado) de entrega de bem móvel (Art. 693 e 703, CPC).
É possível o desfazimento da avaliação (art. 694, CPC).
Usufruto Executivo (Judicial - Arts. 716 a 724, CPC)
Ato de expropriação executiva, que simultaneamente satisfaz o credor, Ocorre nos casos em que o bem penhorado produz frutos ou rendimentos com valor significativo (prédio locado, imóvel rural com produção agrícola etc.). Trata-se de expropriação parcial de bem, pois a constrição recai sobre todo o bem, mas somente seus frutos serão expropriados.
Quem pode usucapir? O exequente/credor.
Preço e forma de pagamento do usufruto executivo: avaliação por perito e possível ocorrência de administrador (art. 719 ou 723, CPC). Pagamento direto ao credor (arrendamento) ou por meio do administrador com entrega de dinheiro ao credor e mediante posterior prestação de contas.
Documentação no usufruto executivo: carta de constituição de usufruto a ser registrado na matrícula do imóvel ou para constituir o direito do credor para o caso de bem móvel.
Pagamento do Credor
Arts. 708 e ss. do CPC.
Alvará para o levantamento de quantia.
Concurso de Credores
O concurso especial de credores está regulado nos arts. 709 a 713 do Código de Processo Civil, que disciplinam a distribuição, pelo juiz, do produto da execução entre os vários credores.
Ocorre, pois, concurso especial de credores recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, sem que haja decretação da falência ou declaração judicial da insolvência do executado.
Há o concurso universal de credores que ocorre nos casos do art. 768, CPC.
O concurso é solucionado com base no quadro geral de credores, fundado nos artigos 955 a 965 do CC → Créditos trabalhistas/alimentícios, previdenciários, fiscais não previdenciários, com garantia real, com privilégio especial (art. 964, CC), com privilégio geral (art. 965, CC) e quirografários (art. 961, CC).
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