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23/09 CCPA Ingrid Leal obstrução uretral em cães e gatos introdução Gatos machos: uretra direcionada caudalmente, com angulação de 45° na região pélvica. Cálculos param na extremidade do pênis -> neste caso, fazer uretrostomia perineal e castrar o animal. Trajeto uretral estreito, obstruindo frequentemente. A sonda tom cat é o máximo que se pode passar. Cães machos: uretra curvilínea próximo ao períneo. Uretra peniana se deita sobre o osso peniano. Cálculos param na base do osso peniano -> realizar uretrostomia escrotal. Não se deve fazer ressecção do pênis. Fêmeas: uretra larga e curta. Bexiga abriga maior quantidade de urina, pois não demarcam território, podendo reter a urina por mais tempo. Urina: apresenta como eletrólitos cátions (H, Ca, NH4, K) e ânions (oxalato, HPO4). Na urina concentrada há menor teor de agua e maior proximidade entre os eletrólitos. Quando estes se juntam, formam cristais e a junção dos cristais gera urólitos. em cães urólitos mais frequentes · Estruvita (fosfato amônio magnésio) – se forma em pH básico · Oxalato de cálcio – se forma em pH mais ácido · Cistina · Fosfato de cálcio · Sílica · Urato de amônio – radiolucentes; mais frequentes em dálmatas metabolismo da ureia Purinas são fontes de ATP –> AMP –> hipoxantina é convertida em xantina, pela xantinaoxidase –> ácido úrico é convertido em alantoína, pela uricase –> amônia –> ureia Dálmata não produz ureia, pois apresenta deficiência no metabolismo do ácido úrico. Explicação para esta deficiência: · Tem menos uricase · Membrana do hepatócito é impermeável ao ácido úrico · Diminuição da reabsorção tubular renal do ácido úrico Alopurinol: bloqueia xantina oxidase por inibição competitiva. Adm 10-15 mg/kg a cada 8-12h para a vida toda nos animais que tem tendência a formar urato de amônio. sinais das urolitíases · Disúria – bem observada em cães, onde se vê gotejamento e maior tempo para urinar · Hematúria – pode não estar presente · Polaquiúria (aumento da frequência de micção) · Síndrome urêmica : êmese, gastrite, inapetência, estomatite, mucosa congesta, aumento de temperatura e FR (pela acidose metabólica, que gera taquipneia compensatória), desidratação, halitose · Aumento de potássio – afeta o coração: arritmias e tendência a bradicardias · Choques endotoxêmico e hipovolêmico · Anúria: pode ocorrer, levando a bexiga a se distender, romper e gerar uroperitônio Obs: em 24-48h após disúria virar anúria, a bexiga se rompe! diagnóstico · Anamnese e sinais · Parâmetros alterados: mucosas congestas, diminuição da temperatura, desidratação · Sondagem: sonda só vai até a altura do osso peniano, não progredindo mais · Usg · Rx · Uretrocistografia retrógrada – contraste iodo para na base do osso peniano tratamento · Fluidoterapia: fisiológica com glicose e insulina e após a cistocentese manter com ringer lactato. · Cistocentese de alívio: pela iminência da bexiga se romper. Feita no polo caudal da bexiga. · Diálise peritoneal: fazer 250 ml de solução fisiológica com 1 ampola de glicose 50% 20-30 ml/kg durante 20 min. O objetivo é diminuir a uremia e o potássio. A solução é hiperosmótica e atrai as coisas que estão em excesso no sangue. · Tentativa de retroidropropulsão · Cirurgia: cistotomia (feita quando se conseguiu mobilizar os cálculos para a bexiga através da retroidropropulsão) ou uretrostomia (abertura cirúrgica na base do osso peniano; acompanhada de castração) Obs: enviar cálculos para análise para saber sua composição e intervir no manejo para que não haja recidivas. Pós-operatório: não prescrever anti-inflamatório; usar tramadol, dipirona e escopolamina por 5 dias; atb por 10 dias; fralda e pomada com atb na região dos pontos; tirar os pontos após 2-3 semanas (esperar parar o sangramento) em gatos A obstrução geralmente ocorre na extremidade do pênis, principalmente por conta de cálculos e descamação celular acumulada (por cistite, uretrite). Acaba gerando aumento da densidade urinária. causas Problemas de manejo: estresse (n° de animais), oferecimento inadequado de agua, retenção urinária (por limpeza errônea da caixa de areia). Cistite por alterações congênitas: persistência do divertículo vésico uracal. Leva a uma projeção na bexiga e retenção de urina nesse divertículo. Origina descamação e consequentemente obstrução, ainda mais se for combinado aos erros de manejo. sinais da obstrução · Disúria/anúria · Polaquiúria · Hematúria Obs: bexiga do gato fica em região hipoástrica normalmente ou mesogástrica quando distendida. tratamento Exame: Colocar o animal em posição bipedal e fazer compressão na bexiga. · Cistocentese de alívio no polo caudal · Fluidoterapia · Diálise peritoneal · Desobstrução uretral com sondagem (expor o pênis -> tracionar uretra -> acoplar sonda, direcionar cranialmente para desobstruir e tentar avançar até bexiga) ou retropropulsão Obs: para desobstruir pode-se usar sonda rígida ou flexível, mas após desobstruir se usa a flexível. Manter a sonda por no máximo 24-48h, para a saída de sujidades que permaneceram na bexiga (deixar o mínimo possível a sonda para dentro e o que ficar para fora deve ser protegido com a fralda). Usar colar elisabetano.
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